O conjunto Collegium Aureum foi fundado em 1962 na Alemanha, e sua especialidade é a música barroca tocada em instrumentos e informação de época. Vou trazer nas próximas postagens, algumas pérolas que este extraordinário conjunto gravou em seus cinquenta e três anos de existência. Nesta primeira postagem, temos dois concertos duplos de C.P.E. Bach, o filho mais talentoso do nosso mentor Johann Sebastian. A formação é um tanto quanto exótica, mas serve para melhor compreendermos o processo de transição entre e o barroco e o classicismo, e a ascensão do pianoforte enquanto instrumento solista. E só tem fera nessas gravações, gente que respira música barroca já há décadas, como Gustav Leonhardt, Alan Curtis e Jos van Immerseel.
Carl Phillip Emanuel Bach (1714-1788): Concerto Duplo para Cravo, Pianoforte e Orquestra, Sonatina para 2 Cravos e Orquestra, Concerto Duplo para 2 Cravos e Orquestra (Leonhardt, Immerseel, Curtis, Kelley, Collegium Aureum)
Doppelkonzert fur Cembalo, Fortepiano und Orchester Es-dur Wq.47 –
1.1 Allegro di molto
2.2 Larghetto
3.3 Presto
Eric Lynn Kelley – Harpsichord
Jos van Immerseel – Fortepiano
Sonatine fur 2 Cembali und Orchester D-dur Wq.109
4 Presto – Tempo di Minuetto
Eric Lynn Kelley – Harpsichord
Doppelkonzert fur 2 Cembali, Fortepiano und Orchester F-dur Wq. 46
5.1 Allegro
6.2 Largo
7.3 Allegro assai
Alan Curtis – Fortepiano
Gustav Leonhardt – Harpsichord
Collegium Aureum
FDP
Bravo, FDP! Bela postagem, mas gostaria de fazer uma restrição ao seu comentário: fico triste e indignado de sempre ouvir referências a um gênio da música como C.P.E. Bach, em que ele é simplesmente tachado de ‘filho talentoso’. Mas que nada! Um compositor da importância dele, criador de um novo estilo musical que lhe deu o título de precursor do classicismo e até mesmo do romantismo, devido ao aspecto do individualismo musical, não merece ser tratado assim. Um grande musicólogo alemão chegou a dizer que, após C.P.E. Bach, deveria seguir-se naturalmente a época romântica e não a clássica (que ainda não coloca o individualismo musical em primeiro plano). Mozart se referia a ele dizendo “Ele é o pai, nós somos os filhos”.
Parece até ter sido seu ‘azar’ ter nascido na família Bach, já que a luz máxima do gênio de J.S Bach é capaz de ofuscar todos em torno dele. Não fosse isso, C.P.E. Bach teria seu lugar de honra entre os grandes gênios, e não seria visto, de forma tão limitada e tão limitante, como aquele ‘filho talentoso…’.
Acho que já passou da hora de ‘esquecer’ o fato de C.P.E. Bach ser filho de J.S Bach e tratá-lo mais de acordo com sua importância histórica.
Grande postagem!
Que prato fino!
Obrigado FDP Bach!
bom dia, amigos. microsoft continua me impedindo de baixar esse post, uma vez que me força a abrir uma conta e mesmo quando tento, não consigo finalizar a operação. isso começou recentemente e a maioria dos discos não consigo baixar. alguma luz? muito obrigado.