Antonin Dvorak (1841-1904) – Violin Concerto in A Minor, op. 53, Edward Elgar, Violin Sonata in E Minor, op. 82

Esta postagem é uma pequena provocação para meu irmão PQP Bach, que admite não nutrir muitos amores por Antonin Dvorak. Fiz um desafio à ele, então: ouvir com atenção esse concerto para violino. Creio que após essa audição, ele irá rever seu conceito sobre este magnífico compositor.
A provocação também diz respeito ao mais venerado violinista da atualidade, Maxim Vengerov. Alguns críticos o comparam até a David Oistrakh (um pouco exagerada esta comparação). PQP Bach já confessou inúmeras vezes sua veneração a este genial, e ainda jovem, violinista… e sua interpretação deste concerto beira as raias da perfeição. Portanto, deixemos que Vengerov se encarregue desta missão, a saber, fazer com que PQP venha a se interessar mais por esse compositor único. Assim, ele poderá encarar as sinfonias que virão por aí…
Juntamente com o concerto, Vengerov interpreta uma belíssima e sensível sonata para violino de Edward Elgar.

Antonin Dvorak – Violin Concerto in A Minor, op. 53

1 – Allegro ma non troppo
2- Adagio ma non troppo
3 – Allegro giocoso, ma non troppo

Maxim Vengerov – violino
New York Philarmonic Orchestra
Kurt Masur – Conductor

Edward Elgar – Sonata for violin & piano in E minor, Op. 82

4 – Allegro
5 – Andante
6 – Allegro non troppo

Maxim Vengerov – Violino
Revital Chachamov – Piano

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8 comments / Add your comment below

  1. Vamos ver, FDP. Eu sempre desconfio de gentilezas vindas de irmãos.Vengorov, o meu Vengerov, tocando de Dvorak? Francamente, que sacanagem!:¬))))Abraços, P.Q.P. Bach.

  2. Muito obrigado F.D.P.! Eu, como apaixonado pelas obras de Dvorák, só tenho mesmo que te agradecer.Estou ouvindo agora e a interpretação de Vengerov está me deixando abismado. Claro que ainda não supera a de Oistrakh, mas está excelente. Outra intérprete que fez uma boa gravação deste concerto foi Isabelle Faust.Enfim, deixo aqui meus elogios à este blog, que cada dia vem me surpreendendo mais.

  3. Não consigo compreender o motivo que levou J.S. Bach a renegar dois filhos tão dedicados a divulgar sua obra. E tal desafeto parece vir desde o nascimento dos… Bem, dos bastardos – com todo todo o respeito, claro. Prova disso são os nomes com o qual foram batizados… Isto é, supondo que Bach soubesse português…E por falar em nomes, tenho uma pergunta a fazer, algo que volta e meia vem atormentar as minhas idéias. O que significam as letras “p”, “q” e “p”, em P.Q.P. Bach já me é sabido. O que significam, então, as letras “f”, “d” e “p”, em F.D.P. Bach? Espero que seja algo em alemão também…No mais, parabéns por este blog de veras merecedor de estar entre as 7 Maravilhas da Blogosfera.

  4. Concordo com o amigo Leopold, realmente Oistrakh é imbatível neste concerto, isso já é perceptível logo naquela primeira nota aguda longuíssima, ninguém consegue fazer como ele, uns saem curta outras desafinadas… Porém a gravação do Oistrakh feita ainda na ex URSS soa meio ruim, neste ponto gosto de ouvir Nathan Milstein, outro gênio neste concerto.

    Outra gravação soberba é com o bisneto de Dvorak, Josef Suk, não tenho a gravação, mas tem no youtube, é excelente.

    Gosto muito da parte do solo, porém a parte orquestral, tenho algumas ressalvas, as vezes acho este concerto meio irritante em algumas partes, não sei o que é. Talvez seja este fato dele ser tão pouco gravado, é um concerto complicado na relação solista x orquestra. E também pode ser este o motivo de Joseph Joaquim tê-lo rejeitado, uma vez que Dvorak compôs e dedicou a ele.

  5. Além do concerto de Dvorak, outro concerto bem pouco gravado, ou quase nunca gravado, é o concerto de Schumann.

    Schumann também escreveu seu concerto, após assistir Joaquim interpretar o concerto de Beethoven (não poderia ter melhor inspiração), e dedicou-o ao mesmo Joaquim que se recusou a interpretá-lo julgando um trabalho inferior às demais composições de Schumann, como o concerto para piano e o de violoncelo.

    Este concerto ficou no limbo por muitos anos, até uma sobrinha de Joaquim, também violinista redescobri-lo, e foi executado pela primeira vez na década de 30 pelo Kullenkampf.

    Embora o concerto seja inferior aos demais de Schumann, gosto muito dele, tenho 2 gravações, com o Kremer e o Joshua Bell, dos antigos Szeryng também gravou, já ouvi, e como sempre uma magnífica interpretação (difícil não gostar de algo com o ele).

    Enfim, há quem ache o Joaquim um chato de galocha, eu também, porém ele era o nome máximo do violino da época e tinha cacife para renegar obras que julgava inferiores. Ele mesmo (não sei se foi castigo J) teve 3 concertos que hoje estão quase que completamente esquecidos, sendo que um deles nunca foi gravado. O 2º concerto, em estilo húngaro, acho formidável na interpretação do Aaron Rosand, este concerto é dificílimo e tem uma cadência de arrepiar, vale a pena conhecê-lo.

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