A pianista Lise de la Salle (1988) está entre as novas estrelas da música erudita. É daquelas mais ou menos bonitinhas. As gravadoras que exploram a imagem dos artistas devem ficar meio decepcionadas com a excelente Lise. Ela se sai muito bem no Shosta e no Liszt, mas não vai tão bem assim no Prokofiev. Não adianta, a gravação que o FDP postou com a integral dos concertos do ucraniano é muito melhor. O legal do CD é o programa. Dois excelentes concertos com um Liszt bem ruinzinho no meio. É um refresco meio sem gosto entre os russos (ou entre o russo e o ucraniano, ambos soviéticos). Funciona como um adágio fraquinho entre dois movimentos rápidos e cheios de vida. Bem, não gosto de quase nada de Liszt e alguns podem discordar fortemente de mim. Todos os concertos são Nº 1… Na boa, por que ela não colocou Primeiro Concerto para Piano do Tchai, muito melhor que o do Liszt? Seria uma estupenda trinca!
Shostakovich, Liszt, Prokofiev: Concertos para Piano Nº uns
1. Shostakovich: Concerto No. 1 for piano, trumpet and strings in C minor, opus 35 – Allegro
2. II Lento
3. III Moderato
4. IV Allegro con brio
5. Liszt: Piano Concerto No.1 in E flat major, s.124 – Allegro maestoso
6. II Quasi adagio
7. III Allegro vivace – allegro animato
8. IV Allegro marziale animato
9. Prokofiev: Piano Concerto No.1 in D flat major, opus 10 – Allegro brioso
10. II Andante assai
11. III Allegro scherzando
Lise de la Salle, piano
Libson Gulbenkian Foundation Orchestra
Lawrence Foster
PQP
Ótimo, lembro que estudava os textos de Hanna Arendt sobre o Stalinismo, enquanto ouvia Shostakovich glorioso!
Agradeço a postagem, só faço um pedido que se possível coloquem o comentário possível com login do Facebook ou twitter, se torna muito mais ágil !
Puxa, Liszt é muito mais interessante que Tchaikovsky…!
E a Lise, bem, é novinha, não precisa ser lindíssima 😉
Também acho Liszt muito bom, e incomparavelmente mais importante pra história da música do que o batido Tchaikovsky… Basta dizer que o nível de variação temática que propõe viraria regra na música pós-romântica e moderna, além de unir o Concerto num único movimento encadeado (depois ainda mais aperfeiçoado no seu infelizmente desprestigiado mas belíssimo Segundo Concerto). Na interpretação, ainda fico com o imbatível Sviatoslav Richter…
Olá… Acabei de ouvir, seguindo esta sugestão do Pqp, só que lá Sportfy. Olha, não achei mal não. O Listz talvez, menos pela peça, quem sabe, mais pela intérprete, acredito, que é um pouco sem sal, mesmo. Mas gostei, em geral. Obrigado.