.: interlúdio :. Bela Fleck / Zakir Hussain / Edgar Meyer: The Melody Of Rhythm

Esses irrepetíveis CDs “fora de gênero”… Isto é jazz em razão de Bela Fleck? É world music por causa do grande Zakir Hussain? É clássica devido a Edgar Meyer? Bem, o mais importante é dizer que é tudo isso e que é tudo acessível, agradável e bem feito. Não é uma miscelânea de estilos, é algo com unidade e química próprias. Há as músicas em trio e há a participação de uma orquestra sinfônica com regência do excelente Leonard Slatkin.

Classifiquei o CD em jazz, mas não sei. Há improvisação mas não é jazz, certamente. Não é absolutamente vanguarda, nem free, nem world. Erudito seria adequado, mas não contaria toda a história. OK, fica sob o largo guarda-chuva do jazz.

Para vocês saberem se vão gostar, só ouvindo.

Bela Fleck / Zakir Hussain / Edgar Meyer – Melody Of Rhythm (2009)

1. Babar 6:10

2. Out Of The Blue 4:58

3. Bubbles 7:12

4. The Melody Of Rhythm, Movement 1 11:51
5. The Melody Of Rhythm, Movement 2 6:26
6. The Melody Of Rhythm, Movement 3 9:39

7. Cadence 3:56

8. In Conclusion 6:34

9. Then Again 6:40

Bela Fleck – five string banjo
Zakir Hussain – tabla
Edgar Meyer – double bass

Detroit Symphony Orchestra
Leonard Slatkin

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Bela Fleck, Edgar Meyer e Zakir Hussain na Sala Jazz de Detroit da PQP Bach Corp.

PQP (2012)

Post-scriptum de Pleyel em 2025 Não conheço nenhum disco ruim com Zakir Hussain (1951 – 2024). O percussionista indiano tocou por mais de 50 anos com centenas de parceiros e mesmo quando o negócio era mediano ele fazia ficar bom. Aqui, no Concerto Tríplice, antes de Hussain entrar a música já estava boa mas quando ele chega, vira uma festa para os ouvidos. O concerto foi escrito pelos três solistas, estreado em 2006 e gravado em 2009.

9 comments / Add your comment below

  1. Sou fã do Bela Fleck desde que ouvi, há uns dez anos atrás, pela primeira vez, “Bela Fleck & The Flecktones” que trazia composições no mínimo originais e recriações sensacionais de outras canções. O cara é um virtuose do banjo.
    Vou procurar aquele cd no meio da minha bagunça. Se achar, trago aqui.

  2. essa gente sabe demais, não? há cerca de um mês catei o Uncommon Ritual, de 97, com Béla, Mayer e Mike Marshall. não parou de tocar por aqui até então (e tá na fila pra vir pro PQP).

    e me agrada muito não saber bem a categoria, mas colocar em “jazz”. por um lado, o próprio jazz é generoso com seu guarda chuva; por outro, penso que é demais salutar que façamos essas pontes entre estilos distintos, mas que compartilham de uma aura comum, e de uma dedicação apaixonada à música instrumental high-brow.

  3. blue dog, há uns doze anos atrás, mais ou menos, vi na antiga Directv um show do Béla Fleck & The Flecktones que me deixou de queixo caído. A banda tinha o excepcional Victor Wooten, um baixista absurdamente virtuose, seu irmão, que tinha um nome meio natureba, tipo Mr Nature Man, e que era percussionista com um instrumento muito estranho, que misturava percussão eletrônica com percussão tradicional, e um saxofonista cujo nome não lembro. Foi um dos melhores shows que vi na minha vida. Nunca imaginei que se pudesse tirar aquele som em um banjo. Se não estou enganado, o bis foi uma peça do Cravo Bem temperado de Bach. Fui então atrás, e consegui uns dois ou três cds deles. Porém dei uma olhada geral na minha bagunça, mas não consegui encontrá-los. Ainda tenho esperanças pois falta um case de cds para ser vasculhado.

  4. VALEU PENSADOR!
    Tenho 19 anos e venho acompanhando seu trabalho no site já faz um tempo.
    Só tenho a agradecer por ampliar meus conhecimentos musicais e disponibilizar tais maravilhas onde eu JAMAIS ia encontrar!
    A tempos venho visualizando os trabalhos que você posta e a cada dia mais me espanto como tem coisa boa por aí e nego não da a minima, principalmente nessa geração de mal-criados, mal-amado…
    Sempre que puder vou deixar um comentário sobre a obra aqui
    Grato desde já e sempre.

  5. Serei sincero: não conheço os envolvidos, não sei definir a qual gênero pertence. Ouvi puramente puramente por ter um contrabaixo na capa. Admito que está muito, muito acima da minha capacidade como ouvinte. Mas o som do baixo é bonito demais e me conquistou logo na introdução. Agradeço muito pela postagem.

    1. Curioso, Henrique, como a percepção varia.
      pra mim o que pega aqui é sempre a percussão Zakir Hussain, cuja morte em 2024 eu só descobri este ano. Em breve repostaremos os discos dele com John McLaughlin

      1. Eu gosto muito do som do contrabaixo, então talvez a minha opinião seja pra lá de tendenciosa. Mas o disco é muito interessante.

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