IM-PER-DÍ-VEL !!!
Les Luthiers foi um hilariante grupo argentino de humor, popularíssimo em países de língua espanhola, que utiliza a música como um elemento fundamental de suas atuações, com instrumentos informais criados a partir de materiais improvisados, além de “instrumentos normais”. Os caras tocam muito bem e ainda enfrentam “instrumentos informais”. Desta característica provêm seu nome, luthier, que em francês significa “criador ou técnico de instrumentos musicais”. O conjunto foi originalmente composto por quatro membros: Daniel Rabinovich, Marcos Mundstock, Jorge Maronna e Gerardo Masana, até chegar a sete, e começou sua trajetória na segunda metade dos anos 60 na cidade de Buenos Aires. Foi fundado por Gerardo Masana em 1967, durante um período de grande auge da música universitária na Argentina. O grupo foi indicado ao Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes em 2011, o maior prêmio internacional concedido às atividades culturais, científicas e humanitárias em todo o âmbito hispano. No ano 2012, o Reino da Espanha concedeu-lhes a cidadania espanhola por carta de natureza, uma concessão especial a pessoas de méritos especiais.
Diz-se que sua obra foi todo composta por Johann Sebastian Mastropiero. Este CD possui uma piada decididamente racista típica de 1971 na faixa La Bossa Nostra, ano da produção deste incrível disco. Para compensar (uma ova!), há fartas piadas contra milicos.
Suspeita-se que Mastropiero tenha nascido no dia 7 de fevereiro, sem sabermos ano, século ou mesmo local. Vários países contestam a sua nacionalidade e até agora nenhum deles concordou em aceitá-lo. Seu nome de batismo, Johann Sebastian, é motivo de controvérsia, pois também era conhecido por outros nomes: Peter Illich, Wolfgang Amadeus, Etcétera (por exemplo, assinou sua terceira sinfonia como “Etcétera Mastropiero”). Sabe-se que ele nasceu de mãe italiana e que tinha um irmão gêmeo mafioso, chamado Harold Mastropiero, residente nos Estados Unidos .
A vida de Johann Sebastian Mastropiero nunca foi documentada com rigor. Seus dados biográficos são dispersos e cheios de lacunas e inconsistências, tornam muito difícil escrever uma biografia minimamente completa. Porém, são conhecidas muitas vicissitudes sobre acontecimentos muito específicos da vida do Mestre, normalmente relacionados com a composição de algumas de suas obras. Como exemplo, devemos lembrar quando ele executou o Tangum Gloria de Mastropiero no Vaticano. Uma Glória que teve que compor às pressas a partir das partituras de um de seus tangos. Ele organizou o texto em latim da melhor maneira que pôde e deu a cada músico sua parte. Quando o trabalho foi realizado antes do Sínodo, a surpresa foi enorme. Os bispos ficaram impressionados e indignados. Mastropiero foi imediatamente excomungado e a Guarda Suíça jogou os instrumentos, as partituras e Mastropiero pela janela.
Apesar de seus múltiplos casos amorosos, ele teve um relacionamento estável com a Condessa de Shortshot por um tempo. Com ela teve vários filhos, cujos sobrenomes significam o mesmo da mãe em diferentes idiomas.
A sua reputação como autor musical é essencialmente má, como apresenta o grupo que o interpreta na seguinte citação: “Todas as vezes — por necessidades económicas — Mastropiero foi obrigado a compor música por encomenda, produziu obras medíocres e inexpressivas. Pelo contrário, quando apenas obedeceu à sua inspiração, nunca escreveu uma nota.” Na verdade, a única coisa que se sabe com certeza sobre Mastropiero é que na Sexta-Feira Santa de 1729, a Catedral de Leipzig assistiu à estreia de uma Paixão de São Mateus que definitivamente não lhe pertence.
Ele teve uma vida amorosa muito ativa. Isso fica demonstrado no período cigano de Mastropiero, com Azucena, que mais tarde adotaria o filho, cortejando Gundula mesmo sabendo que ela tinha marido. Ele conheceu a Condessa de Shortshot com quem teve um relacionamento duradouro. E ele escreveu uma opereta para Elizabeth, que posteriormente o trocou por outra. Sua morte não é conhecida, diz-se que ele morreu nas mãos de seu irmão Harold quando descobriu que estava fingindo ser ele para frequentar a esposa de Harold, Margaret, e o matou a tiros quando o surpreendeu. O outro boato é que ele cometeu suicídio ao terminar de compor a opereta para Elizabeth. Porém, sabe-se que em 1999 compôs um hino exorcista a pedido da “Ordem de Nostradamus”, para impedir o nascimento do anticristo. Também no espetáculo “Lutherapia” na parte final é mencionado que ele era amante de Satanás, disfarçado de mulher, e aparente pai de Daniel Rabinovich e do anticristo.
Johann Sebastian Mastropiero ( – ): Les Luthiers (Vol. 3)
Side one
1 “Voglio entrare per la finestra” (lyrics: Marcos Mundstock; music & conduction: Carlos López Puccio)
2 “Miss Lilly Higgins sings shimmy in Mississippi’s spring” (lyrics: Marcos Mundstock; music: Ernesto Acher)
3 “Ya el sol se asomaba en el poniente” (lyrics: Les Luthiers; music: Gerardo Masana & Jorge Maronna)
Side two
4 “La Bossa Nostra” (lyrics: Agustín Cuzzani; music: Ernesto Acher, Carlos Núñez Cortés & Jorge Maronna)
5 “Romanza escocesa sin palabras” (music: Carlos Núñez Cortés)
6 “Suite de los noticieros cinematográficos” (libretto: Marcos Mundstock; music: Carlos Núñez Cortés & Jorge Maronna)
7 “Fe de erratas”
Arranged By – Les Luthiers
Directed By – Les Luthiers
Performer – Carlos López Puccio, Carlos Núñez Cortés, Daniel Rabinovich, Ernesto Acher, Gerardo Masana, Jorge Maronna, Marcos Mundstock
Written-By – Les Luthiers
PQP
Agora, sim, dá para levar este site a sério…
Finalmente, música de alta qualidade!
Mas é !!!
Eu sei! Sou fã desde que assisti (duas vezes…) o espetáculo deles no Salão de Atos da UFRGS em 75 ou 76…
Saudoso Marcos Mundstock, um dos mais criativos escritores de comédia que já conheci…
Si me permiten, puedo agregar algunos detalles de la historia de este grupo único e irrepetible. De los siete artistas nombrados, tres ya fallecieron: Gerardo Massana en 1973; Daniel Rabinovich, en 2015; Marcos Mundstock, en 2020; además Ernesto Acher dejó el grupo en 1986 (nunca se aclaró por qué) y Carlos Núñez Cortés se retiró en 2017, porque ya se sentía agotado. Así las cosas, los únicos que quedaban del grupo original eran Carlos López Puccio y Jorge Marona. En los últimos años entraron otros cuatro integrantes, que ya habían hecho reemplazos de los originales. En 2023, el grupo de disolvió, después de 56 años.
Muito obrigado, Julio! Faço grande confusão com os membros do Les Luthiers. Só não me confundo com Rabinovich e Mundstock.