Mais uma ópera de Wagner. Não estamos numa empreitada wagneriana. Verdade. Apenas, talvez, suprindo uma lacuna aqui do PQP Bach. Sei que existem inúmeros fãs da música do alemão e tantos outros que desejam conhecê-la. Eu, particularmente, não me entusiasmo com Wagner. Postarei em alguns dias Parsifal com Kubelik. Não pretendo postar todas as óperas de Wagner. FDP objetiva, futuramente, postar o ciclo do Anel. Aguardem. Não quero atrapalhá-lo nesse sentido. Por enquanto, fiquemos com Lohengrin. A próxima será Parsifal. Até lá!
Abaixo dados extraídos da Wikipédia:
Lohengrin é uma ópera romântica em três atos de Richard Wagner, que também foi responsável pelo libreto. Sua estréia aconteceu em Weimar, Alemanha em 28 de agostode 1850 sob direção de Franz Liszt, amigo próximo de Wagner. A história do protagonista foi retirada de uma novela germânica medieval, a história de Perceval e seu filho Lohengrin.
A trama é ambientada durante a primeira metade do século X no Ducado de Brabante (na atual região de Antuérpia, Bélgica, no rio Escalda). Concepção artística da chegada do cavaleiro desconhecido à Brabante.
Ato I
O ato começa com a chegada do rei Henrique I da Germânia à região após anúncio de seu arauto para convocar as tribos alemãs para expulsar os húngaros de suas terras. O conde Friederich de Telramund age como regente do duque Gottfried de Brabante, herdeiro do trono de Brabante mas que ainda era menor de idade, e cuja irmã era Elsa de Brabante, a virgem. Gottfried havia desaparecido misteriosamente e, coagido por sua esposa Ortrud, Telramund acusa Elsa de assassinato ao irmão e exige o título do ducado para si.
Rodeada de suas damas de honra surge Elsa, que, sabendo ser inocente, declara estar disposta a se submeter ao julgamento de Deus através do combate. Ela então invoca o protetor com o qual sonhou uma noite, e eis que surge no julgamento um cavaleiro num barco puxado por um cisne. A chegada havia acontecido somente após a segunda requisição do arauto. Ele aceita lutar por ela desde que ela nunca pergunte seu nome ou sua origem, proposta essa prontamente aceita. Telramund também aceita o desafio do julgamento pelo combate para provar a palavra de sua acusação.
O cavaleiro derrota Telramund num duelo, provando assim sua proteção divina e a inocência da princesa. Entretanto, poupa a vida do perdedor, declara Elsa inocente e a pede em casamento.
Ato II
O ato inicia na parte externa da catedral durante a noite. Juntos, Telramund e Ortrud lamentam sua atual situação, banidos moralmente da comunidade. Ortrud é pagã e lida com a magia, e esquema um plano de vingança para que Elsa pergunte ao cavaleiro as perguntas proibidas, fazendo com que ele vá embora. Com as primeiras luzes da manhã, Elsa aparece na sacada, vê Ortrud no pátio, lamenta sua situação e a convida para participar da cerimônia de casamento. Sem ter sido observado, Telramund retira-se do local. Ortrud começa a conspiração, argumentando que deve haver algo na vida do cavaleiro que o envergonha, algo que o faça querer negar seu passado.
Em outra cena, a população se amontoa e o arauto anuncia que o rei ofereceu ao cavaleiro o ducado de Brabante. Ele entretanto recusa a oferta, desejando ser conhecido somente como “Protetor de Brabante”. Enquanto o rei, o cavaleiro desconhecido, Elsa e suas damas de honra estavam prestes a entrar na igreja, Ortrud aparece e acusa o cavaleiro de ser um mágico, razão pela qual ele venceu a disputa, e cujo nome Elsa não sabe. Telramund também aparece e alega ter sido vítima de uma fraude pois nem o nome de seu oponente sabe. O cavaleiro se recusa a revelar a identidade, dizendo que somente Elsa possui o direito de conhecer a resposta, nem mesmo o rei é digno. Elsa, apesar de abalada pelas alegações de Ortrud e Telramund, assegura ao cavaleiro sua lealdade e eles entram na igreja.
Ato III
A cerimônia de casamento ocorre, e os dois expressam seu amor com o outro. Mas Elsa, persuadida por Ortrud, rompe o pacto com o cavaleiro e agora seu marido, fazendo-lhe as perguntas proibidas. Na mesma cena, Telramund aparece para atacar o cavaleiro, mas é morto por ele, que então se volta para Elsa e pede que ela o acompanhe para a presença do rei, para a revelação do mistério.
Muda-se a cena, e volta-se ao local do primeiro ato. As tropas chegam para a guerra. O corpo de Telramund e trazido, e o cavaleiro explica-se perante o rei o assassinato. O cavaleiro então anuncia diante de todos sua verdadeira identidade: Lohengrin, um cavaleiro do Santo Graal, filho do rei Parsifal. Revela também que foi enviado pelo cálice, mas que era hora de retornar, tendo aparecido somente para provar a inocência de Elsa.
Para tristeza de Elsa, o cisne reaparece, indicando a ida de Lohengrin. Ele ora pela volta do irmão de Elsa, desaparecido. O cisne desaparece nas águas e reaparece na forma do jovem Gottfried, que havia sido transformado em animal pelo feitiço de Ortrud. Um pombo então aparece do céu, e assumindo o lugar do cisne guia Lohengrin de volta para o castelo do Santo Graal.
Extraído DAQUI
Mais informações sobre o personagem da ópera AQUI
Richard Wagner (1813-1883) – Lohengrin (ópera em três atos)
DISCO 1
01. Act 1: Vorspiel
02. Act I, Scene 1: Hört! Grafen, Edle, Freie von Brabant!
03. Act I, Scene 1: Dank, König, dir, daß du zu richten kamst!
04. Act I, Scene 1: Welch fürchterliche Klage sprichst du aus!
05. Act I, Scene 2: Seht hin! Sie naht, die hart Beklagte!
06. Act I, Scene 2: Einsam in trüben Tagen
07. Act I, Scene 2: Bewahre uns des Himmels Huld
08. Act I, Scene 2: Des Ritters will ich wahren
09. Act I, Scene 2: Wer hier im Gotteskampf zu streiten kam
10. Act I, Scene 2: Du trugest zu ihm meine Klage
11. Act I, Scene 3: Nun sei bedankt, mein lieber Schwan!
12. Act I, Scene 3: Heil König Heinrich!
13. Act I, Scene 3: Wenn ich im Kampfe für dich siege
14. Act I, Scene 3: Welch holde Wunder muß ich sehn?
15. Act 1, Scene 3: Nun hört! Euch Volk und Edlen
16. Act I, Scene 3: Nun höret mich, und achtet wohl
17. Act I, Scene 3: Mein Herr und Gott, nun ruf’ ich Dich
18. Act I, Scene 3: Durch Gottes Sieg ist jetzt dein Leben mein
19. Act II: Vorspiel
20. Act II, Scene 1: Erhebe dich, Genossin meiner Schmach!
DISCO 2
01. Act II, Scene 1: Was macht dich in so wilder Klage doch vergehn?
02. Act II, Scene 1: Du wilde Seherin!
03. Act II, Scene 1: Der Rache Werk sei nun beschworen
04. Act II, Scene 2: Euch Lüften, die meine Klagen
05. Act II, Scene 2: Elsa!…Wer ruft?
06. Act II, Scene 2: Entweihte Götter!
07. Act II, Scene 2: Ortrud, wo bist du?
08. Act II, Scene 2: Du Ärmste kannst wohl nie ermessen
09. Act II, Scene 2: So zieht das Unheil in dies Haus!
10. Act II, Scene 3: In Frühn versammelt uns der Ruf
11. Act II, Scene 3: Des Königs Wort und Wlll’ tu ich euch kund
12. Act II, Scene 3: Nun hört, dem Lande will er uns entführen!
13. Act II, Scene 4: Gesegnet soll sie schrieten
14. Act II, Scene 4: Zurüch, Elsa!
15. Act II, Scene 4: Du Lästerin! Ruchlose Frau!
16. Act II, Scene 5: Heil! Heil dem König!
17. Act II, Scene 5: O König! Trugbertörte Fürsten!
18. Act II, Scene 5: Den dort im Glanz ich vor mir sehe
19. Act II, Scene 5: Welch ein Geheimnis muß der Held bewahren?
DISCO 3
01. Act II, Scene 5: Mein Held! Entgegne kühn dem Ungetreuen!
02. Act II, Scene 5: In deiner Hand, in deiner Treu’
03. Act III: Vorspiel
04. Act III, Scene 1: Treulich gefürht ziehet dahin
05. Act III, Scene 2: Das süße Lied verhallt
06. Act III, Scene 2: Wie hehr erkenn’ ich unsrer Liebe Wesen!
07. Act III, Scene 2: Atmest du nicht mit mir die süßen Düfte?
08. Act III, Scene 2: Höchstes Vertraun hast du mir schon zu danken
09. Act III, Scene 2: Hilf Gott, was muß ich hören!
10. Act III, Scene 2: Ach nein!
11. Act III, Scene 2: Weh! Nun ist all unser Glück dahin!
12. Act III, Scene 3: Heil König Heinrich!
13. Act III, Scene 3: Was bringen die?
14. Act III, Scene 3: Mein Herr und König, laß dir melden
15. Act III, Act 3: In fernem Land
16. Act III, Scene 3: Mir schwank der Boden!
17. Act III, Scene 3: O bleib, und zieh uns nicht von dannen!
18. Act III, Scene 3, Mein lieber Schwan!
19. Act III, Scene 3: Weh! Du edler, holder Mann!
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan, regente
Anna Tomowa-Sintow,
Dunja Vejzovic,
Josef Becker,
Karl Ridderbusch,
Martin Vantin
BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2
BAIXAR AQUI CD3
Carlinus
Carlinus!
Você está uma locomotiva de postagens aqui no PQP!
Maravilha!
Estou pensando em fazer o meu tcc duma possivel conexão de Wagner com correntes/pensamentos dalguns filosofos!
e não sou um conhecedor exímio de sua musica!
muito obrigado pela postagem!
Carlinus, obrigado por acatar a sugestão. Para quem não é fã vc prstou um serviço incomensurável à comunidade internáutica!
Só uma pergunta: estes arquivos vc pegou de alguma outra fonte ou ripou direto dos CDs? Pergunto porque eu tenho esta versão do blog do Falsário (se não me engano…) e tem uns pequenos defeitos de ripagem em algumas faixas.
Que beleza, Carlinus… curiosamente tenho o Lohengrin apenas em vídeo… e esta versão do Karajan com o excelente Karl Ridderbusch me parece “apetitosa”.
Com relação ao ciclo do anel, possivelmente será minha postagem do natal. Na atual conjuntura, não teria como preparar uma postagem deste porte.
Finalmente a comunidade pqpbachiana, a maior comunidade anti-wagner da internet brasileira, está se rendendo às óperas do alemão. Não sem antes, é claro, fazer um comentário levemente depreciativo de sua música: “Eu, particularmente, não me entusiasmo com Wagner.”
Brincadeiras à parte, muito boa postagem, Carlinus. Acho que o P. Q. P. dispõe de um acervo imbatível na internet brasileira, tanto em termos de qualidade como em quantidade, mas falta alguns cds de ópera aqui de vez em quando. Talvez esse comentário seja fruto de minha chatice somente, por ser um grande apreciador de ópera, mas sinto que poderia haver mais postagens do gênero — e não só das de Wagner; o acervo de Mozart perde muito sem as óperas, gênero em que desenvolveu a sua maior genialidade.
Mau, aqui dentro do PQP eu e o Carlinus somos os únicos que gostamos de ópera. Infelizmente, por problemas de falta absoluta de tempo, aliado à um problema crônico de ordem técnica de minha internet, não posso nem consigo postar uma ópera, devido ao tempo que demanda subir os arquivos para o servidor, preparar textos, correr atrás dos libretos, enfim, dá o maior trabalho. Sempre recomendo os blogs do Falsário Chicote, este sim um especialista na área, entre outros. Recém baixei três ou quatro óperas de Mozart nas gravações do René Jacobs que gostaria muito de postar, porém não tenho como fazê-lo. De minha parte, recomendo novamente o blog do Falsário Chicote e, claro o avaxhome.
FDP, sem problemas, eu entendo perfeitamente o trabalho absurdo que todos vocês tem para manter esse blog. Meu comentário foi, como eu disse, uma chatice mesmo, nada a ser levado a sério. Até mesmo porque eu já possuo trocentos cds de ópera — aliás, se quiser posso fazer o upload desses álbuns e mandar os links para o blog —, mas sabe como é a megalomanina, né?! Não importa que eu tenha 7 gravações de Don Giovanni ou 5 de Tristão e Isolda, eu sempre quero mais! huahuauhauhauha…
Abraços, e perdoe-me por qualquer comentário desnecessário.
Estive procurando alguma postagem com Luciano pavarotti e fiquei pasmo ao não encontrar absolutamente nada aqui no PQP. Eu sei que o foco são os compositores, mas por favor, coloquem alguns trabalhos com interpretação deste grande tenor. Obrigado.
Pois é, Mau, sei como é esse vício… a gente sempre quer mais. 15 versões das integrais das sinfonias de Beethoven, 10 dos Concertos para piano, 4 versões do ciclo do Anel, 6 de versões das sinfonias de Brahms, 6 coleções de Mahler… ah, recem completei a 7ª versão dos concertos para piano de Mozart… é um vício mesmo. Ainda bem que é um vício bom… se é que isso existe. Minha esposa não consegue entender para que tudo isso.. “mas é a mesma música…”, diz ela…
Por falar em óperas, você conhece estas versões que o René Jacobs gravou de Mozart? Estou meio que viciado nelas…
Meus caros.
Inestimável o serviço que vocês têm prestado em prol da cultura. Eu, que tive latente – e pulsante – o gosto pela música clássica, me desenvolvo nos comentários e postagens de vocês.
Quanto à quase promessa do FDP, digo-te que o ciclo do anel será um BAITA presente de natal.
Parabéns , carlinus.
Abraço a todos
Não vou comentar o post, mas a obra. Lohengrin foi a primeira ópera que assisti. Me apaixonei pelo gênero de cara. E Wagner é o mestre da ópera,pois apesar de todo respieto por Mozart, Beethoven, Rossini, etc, etc, a continuidade da música em Wagner é algo que se sobressai. Me perdoem se o vocabulário não está correto, mas a ausência de recitativos, a música indo de uma ária a outra continuamente é um choque maravilhoso.
Na graduação ensaiei fazer um ensaio acerca do paralelismo de Elza de Brabante e a Eva de John Milton (Paraíso Perdido), mas fiquei só na intenção mesmo. Se você aí, que está lendo isso agora esivar em dúvida se vai baixar ou não, BAIXE. Vale muito a pena. Mas nunca esqueça o conselho do tio Duda: óperas devem ser ouvidas, vista e entendidas. Baixe os cds e escute, mas depois procure o DVD. Vá por mim. Vale a pena.
Carlinus, poderia dizer de onde vieram estes arquivos? Já possuo esta versão porém a minha tem algumas faixas corrompidas (com uns “estalinhos”) que prejudicam MUITO a audição…
FDP, 10 anos depois vim aqui respondê-lo — não tinha visto seu comentário.
Então, eu tenho aqui La Clemenza di Tito, Così fan tutte e Idomeneo.
Achei todas muito boas, especialmente La Clemenza, uma ópera não tão regravada, que contou com a presença de Alexandrina Pendatchanska, soprano que eu tenho bastante apreço, embora reconheça suas limitações. Não supera, em minha opinião, a gravação de 78, conduzida por Böhm e abençoada pela voz de Teresa Berganza. Mesmo assim é um grande registro.
Outro que eu gostei bastante foi Idomeneo, a quel só tenho duas gravações dessa brilhante ópera de Mozart, e uma delas com um dos “três horrores” Placido Domingo e a cacarejante Cecilia Bartoli, sob o selo da Deutsche Grammophon — único motivo por eu ter comprado o cd.
Há a possibilidade de estar postando essa obra em torrent ou algum outro meio de download? O megaupload saiu do ar.
Se eu puder ajudar em alguma coisa pode contar comigo.
Abraços!