Meus amigos, que CD! Dispensa comentários. A seguir, segue um texto escrito por PQP Bach. Como estou numa inanição terrível, não vou escrever nada. O calor chafurda minhas forças. Um langor terrível fermenta minha melancolia, assim como na música de Shosta. Estou pegajoso. Segue o texto bem urdido: “Esta é a última composição de Shostakovich e uma de minhas preferidas [Op.147]. Ele começou a escrevê-la em 25 de junho de 1975 e, apesar de ter sido hospitalizado por problemas no coração e nos pulmões neste ínterim, terminou a primeira versão rapidamente, em 6 de julho. Para piorar, os problemas ortopédicos voltaram: “Eu tinha dificuldades para escrever com minha mão direita, foi muito complicado, mas consegui terminar a Sonata para Viola e Piano”. Depois, passou um mês revisando o trabalho em meio aos novos episódios de ordem médica que o levaram a falecer em 9 de agosto. Sentindo a proximidade da morte, Shostakovich escreveu que procurava repetir a postura estóica de Mussorgski, que teria enfrentado o inevitável sem auto-comiseração. E, ao ouvirmos esta Sonata, parece que temos mesmo de volta alguma luz dentro da tristeza das últimas obras. A intenção era a de que o primeiro movimento fosse uma espécie de conto, o segundo um scherzo e o terceiro um adágio em homenagem a Beethoven. O resultado é arrasadoramente belo com o som encorpado da viola dominando a sonata”. O outro trabalho do post é a sonata para viola e piano, Op. 134. Boa apreciação!
Dmitri Shostakovich (1905-1976) – Sonata para piano e violino, Op. 134 e Sonata para piano e viola, Op. 147
Sonata para piano e violino, Op. 134
01. I. Andante
02. II. Allegretto
03. III. Largo
Oleg Kagan, violino
Sviatoslav Richter, piano
Sonata para piano e viola, Op. 147
04. I. Moderato
05. II. Allegretto
06. III. Adagio
Yiuri Bashmet, viola
Sviatoslav Richter, piano
Carlinus
Eita!
Menos, Doutor Vanderson. Menos.
O que Vanderson quis dizer, Carlinus, é que o problema pode ser baixa de açúcar. Cortando a cana, tu já vai repondo o açúcar. No início da manhã, os teores de açúcar na cana são mais elevados, por isso o horário.
Sobre o post, não sabia que Shosta tinha dadicado a sua obra final ao mais belo dos instrumentos. Estou baixando aqui, depois eu comento. Mas em todo caso, viva a VIOLA!!!!
[voz no alto-falante do hospital]: Chamando Dr. Vanderson, chamando dr. Vanderson. Telefonema para o Dr. Vanderson na linha dois.
Dr. Vanderson: Alô!
[voz no outro lado da linha]: Menos, Dr. Vanderson. Menos.
E sobre o post, muito, muito boa a sonata para viola.
Em geral eu não simpatizo com a música do século XX (na verdade a arte do século XX como um todo). Acho que sinto falta de um tema para sair assoviando depois de ouvir a música, o que é bem difícil na música do século passado. Tenho a impressão de sempre estar ouvindo um improviso. O mesmo acontece quando ouço a maioria dos Jazz. Mas isso é coisa de quem não entende nada de música. É o meu caso.
Mas mesmo assim, gostei da sonata.
Alguém entendido em instrumentos de cordas friccionadas, por favor, me tire uma dúvida! Ao se tocar o arco com a madeira dá aquele efeito que a gente escuta no 1º movimento da sonata para viola lá pelos 9’30”?
A sonata para violino é muito boa também. Difícil dzer de qual gostei mais.