W. A. Mozart (1756-1791): Sonatas para Piano K. 330, 331 e 332 (Staier)

Este CD da Harmonia Mundi France foi o vencedor do Diapason d`Or de 2004. Se este fato coloca uma grife na gravação, sua audição coloca outras nestas obras que já receberam polêmicas abordagens, como as de Glenn Gould (no mínimo estranha e temperamental), as da “neo-brasileira” Maria João Pires (talvez a melhor) e de Mitsuko Uchida (a que mais ouvia, don`t ask me why). Pode ser que Uchida e Pires acabem substituídas por Staier como meu preferido, mas ainda é cedo para tais considerações que certamente não terão a menor repercussão fora dos poucos metros quadrados de minha sala…

Um anônimo deixou a nota a seguir num site norte-americano. Eu a assinaria, sem dúvida. Gostaria de imaginar que vocês também, após audição deste excelente trabalho de Andreas Staier.

A new standard for Mozart piano performance, June 8, 2005
By A Music Lover

First the essential information: This performance is on a period fortepiano, not a modern instrument. This performance is not always “pretty”, but often percussive and dynamic. Also, Mr. Staier chooses to add ornamentation that is not in the manuscript but is in accordance with the style and practice of the 18th century. Still interested? I hope so, because if you miss this, you will miss a very exciting performance of 3 of Mozart’s finest works. Not for the faint of heart or those who insist that Mozart always sound beautiful. There certainly are moments of beauty, and poignancy, but there is also fire. Mozart played as the logical precursor to Beethoven. Frankly, I’ve never completely been won over by Mozart’s piano sonatas. There always seemed to be something lacking, a feeling of them being almost, but not quite, perfect. This performance has convinced me that they are indeed masterworks. Staier’s choice of ornamentation is both tasteful and exciting, with an improvisatory feeling that adds to the almost operatic, vocal quality of the melodic line. Of course, these choices are “frozen” on disc and lose that improvisatory feel somewhat on repeated listenings, but overall I prefer this approach to a more “straight” reading. Staier doesn’t shy away from dynamic contrasts, either, at some points sounding as though he is pushing the instrument to its breaking point. But it works very well. This is a clear contender for recording of the year, along with Ronald Brautigam’s exciting fortepiano performances of Beethoven Sonatas on the Bis label.

W. A. Mozart (1756-1791) – Sonatas para Piano K. 330, 331 e 332 (Staier)

Piano Sonata No. 10 in C major, K. 330 (K. 300h)
Composed by Wolfgang Amadeus Mozart
with Andreas Staier, pianoforte
1. Allegro Moderato
2. Andante Cantabile
3. Allegretto

Piano Sonata No. 11 in A major (“Alla Turca”) K. 331 (K. 300i)
Composed by Wolfgang Amadeus Mozart
with Andreas Staier, pianoforte
4. Andante Grazioso (Theme Et Variations)
5. Menuetto-Trio
6. Alla Turca. Allegretto

Piano Sonata No. 12 in F major, K. 332 (K. 300k)
Composed by Wolfgang Amadeus Mozart
with Andreas Staier, pianoforte
7. Allegro
8. Adagio
9. Allegro Assai

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PQP

14 comments / Add your comment below

  1. Eu adoro essas sonatas (principalmente a K.331 e a K.332) achei muito boa a interpretação!Mas por favor, venho com toda a educação pedir: chega de Mozartnão dá pra colocar mais composições de Haydn!?Por favor eu lhe Rogo P.Q.P. Bach! Queria saber o por que de Haydn ser tão esquecido assim! Eu já disse: “eu amo Mozart” , mas já esta bom, agora já acabou o 250 anos de Mozart vamos trocar um pouco de compositor classista! Rezo para que em 2009 sejam lançados mais cds com músicas de Haydn afinal de contas como todos sabem (ou deveriam saber) 2009 e bicentenário de morte de HaydnPra quem não sabia agora já sabe (risos)Assinado:Um revoltado P.S: Desculpa caso achem que fui grosseiro.

  2. Caro Revoltado,Pensei q iria vociferar”chega de Schubert!”,mas tive sorte! (risos)A ver se a grande família Bach e a pequena Clara satisfazem o seu pedido! Os meus penhorados respeitos,A pigmeia Clara Schumann

  3. Sr Revoltado,Nossas escolhas de postagem sáo aleatórias, vai muito do que estamos ouvindo no momento. Realmente estamos oferecendo uma overdose de Mozart, assim como de Schubert. Mas nada temos contra Haydn, pode ter certeza. Estarei preparando algum material para postar nos próximos dias, desde trios, quartetos, sinfonias e concertos. Certo?A seu disporFDP Bach

  4. Franz, Peter e Clara,Modestamente, vejo (ou escuto) Haydn em Mozart e vice-versa. Lembro-me que o primeiro foi até professor do segundo, e que sobreviveu a este. Amo-os e sinto-os tão próximos que um e outro são sempre muito bons. Não se encabulem se alguém pede mais Haydn: sem o saber, ele pede, também, mais Mozart…Eu ganho com os dois, sempre sob o beneplácito feliz dessa Trindade Musical!Com meus cumprimentos haydnianos/mozartianos, seu criado de sempre,Rameau

  5. Peço que a família Bach não leve muito a sério os pedidos dos visitantes. Faça como sempre fizeram: compartilhando conosco essa linda mesa musical que vocês tiveram tanto carinho em preparar.

  6. Concordo inteiramente com o que Anonymous disse. Sou um glutão musical e gosto de esperar, com sofreguidão, o que os irmãos párias Bach e a doce Clara preparam para nós. No escurinho e na surpresa é sempre bem melhor…Terei eu sido erudito?Três vivas à Trindade, que nos faz Oferendas Musicais e põe à disposição iguarias as mais refinadas!Viva (Franz)! Viva (Peter)! Viva (Clara)!Do sempre entusiasmado criado,Rameau

  7. O Revoltado:Queridos amigos, Acho que o tom na minha 1ª mensagem foi um tão grosseira, depois de rele-la tirei esse conclusão (principalmente no final), por isso venho pedir desculpas caso ofendi alguémSobre o que o Anonymous e o Sr. Rameau disseram, também sempre fico,confesso, um pouco ansioso em esperar o próximo cd que Franz, Peter e Clara iram colocar no blog. Prova disto é o fato de visitar aqui todos os dias pelo menos umas duas vezes, só quero um pouco mais de Haydn pois minha coleção de obras de Mozart já está bem grande em relação aos outros compositores, principalmente em relação a Haydn por isso que resolvi “protestar” e pedir mais Haydn.Outro fato de minha revolta foi que pouco se vê interpretações atuais de Haydn, quero disser no sentido de execução ao vivo, Esse ano por minha sorte a OSESP trouxe o Quarteto Portinari que executou o Quarteto em fá menor, Op.20 nº 5, e antes deste quarteto teve uma apresentação do Divertimento nº 3 em Fá maior, KV 138 e depois Quarteto em Dó maior, KV 465 – Dissonância de Mozart. Por sorte o Quarteto Romanov ira interpretar mais quartetos de Haydn do que Mozart no dia 5 de Agosto na Sala São Paulo, mas mesmo assim haverá um quarteto de Mozart… Por esse e alguns outros motivos escrevi o minha 1ª mensagem. Querida Clara Schumann! Jamais falaria sobre o excesso de Schubert, como você, também o adoro, resolvi escrever essa outra mensagem justamente por ter lembrado de você, Clara Schumann, pois estou em casa ouvindo a Marcha Militar em Ré Maior, Op.51n°1!Obrigado por terem me atendidoRevoltado

  8. Gostaria de fazer um pedido, para postarem o Requiem de Mozart K-626. Apesar de ser uma obra fúnebre, a mesma aguça os ouvidos musicais, aprimora o conhecimento do repertório universal para coro, conduz a reflexões mais profundas sobre a Paixão de Cristo, além de dar grande prazer ao público imenso que ouvirá.Agradecido,AP.

  9. Sou leigo em se tratando de musica, estou procurando sonata para 2 pianos em ré maior de Mozart.
    Estou maravilhado com este belo trabalho.
    Grato pela atenção

  10. Aprendi a gostar dessas sonatas ouvindo as gravações de Alicia de Larocha, numa época em que as de Ushida eram badaladas, caras e difíceis de encontrar e as de Maria João Pires uma novidade. Algo parecido acontecia com relação às sonatas de Beethoven gravadas por Alfred Brendel. Como dizia Horowitz, salvo engano, citando Casals: “Mozart é muito fácil para estudantes e muito difícil para os artistas”. Desculpem, peço licença para disparar mais alguns pensamentos aleatórios: as sonatas para piano de Haydn, talvez porque ele tenha vivido muito mais que Mozart, formam um conjunto mais complexo e variado, provavelmente com menos apelo comercial. Algo parecido acontece com suas cento e poucas sinfonias.

    1. Acho que o último Mozart é em tudo superior a Haydn. Aliás, Haydn concordava com isso. Mas não me venham falar mal dele. Amo Haydn. Mas a gente tb pode não comparar e ficar com os dois, né?

    2. Eu não entendo a razão de querer comparar assim, dois compositores que, apesar de terem sido contemporâneos e de terem se conhecido tão bem, viveram momentos diferentes na música, tiveram vidas sociais radicalmente diferentes. Haydn compunha em grande parte para servir aos nobres para os quais trabalhava… é claro que essa posição lhe permitia experimentar suas ideias e explorar novidades. Tinha uma orquestra a sua disposição. Não é por acaso que escreveu mais de 100 sinfonias, mas como alguns poucos que as ouviram todas (saudoso Ammiratore entre eles) sabem, algumas bem chinfrins, outras muito mais elaboradas, essas compostas depois até da morte de Mozart. Este, depois de 1801, compunha a música que apresentaria em seus concertos, para assim ganhar a subsistência. Ou seja, além de ter outros talentos, tinha outras motivações para compor. E óperas, então, maravilhosas…
      Os Quartetos op. 76, de Haydn, foram compostos em 1797, seis a sete anos após a morte de Mozart. Como comparar com os chamados Quartetos Haydn, escritos por Mozart e dedicados ao papá Haydn?
      Eu sei que gosto não se discute, mas sempre que há uma comparação que coloca um compositor como Haydn contra outro como Mozart, ou mesmo Beethoven, que andava já por ali, acho injusto com todos…
      Esse é melhor do que aquele, isso eu não entendo…

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