Antonio Vivaldi (1678-1741): I Concerti di Dresda (Schreiber, Freiburg Baroque Orchestra)

Forte candidato a capa mais feia e nada a ver de todos os tempos, trata-se de um excelente disco da espetacular Orquestra Barroca de Freiburg, belíssima cidade que possui um time na segunda divisão alemã cuja camiseta é igual à do Flamengo do Rio. Após estas informações essenciais à fruição do CD, diria que este é um exemplar muito germanizado do grande compositor veneziano que, por ser COMUNISTA, era chamado de “Il Prete Rosso” ou O PADRE VERMELHO. Como os comunas comiam criancinhas, Vivaldi foi trabalhar num orfanato para meninas chamado Ospedale della Pietà. Era um padre menos safado que os atuais, que parecem preferir MENINOS. Sua música é maravilhosa, mas os publicitários, em vez de ouvi-la quietos, preferem estragá-la em propagandas. O Concerto da Primavera das Quatro Estações, por exemplo, é capaz de me provocar enjoo quando acompanhado de imagens ensolaradas de crianças correndo num parque, vendendo a liberdade que só determinada fralda ou supermercado dá.

Antonio Vivaldi (1678-1741): I Concerti di Dresda (Schreiber, Freiburg Baroque Orchestra)

1. Concerto In G Minor, R. 577: 1. Allegro Gottfried von der Goltz 3:49
2. Concerto In G Minor, R. 577: 2. Largo Non Molto Gottfried von der Goltz 2:17
3. Concerto In G Minor, R. 577: 3. Allegro Gottfried von der Goltz 3:34

4. Concerto In F Major, R. 569: 1. Anne-Katharina Schreiber 4:43
5. Concerto In F Major, R. 569: 2. Grave Anne-Katharina Schreiber 2:54
6. Concerto In F Major, R. 569: 3. Allegro Anne-Katharina Schreiber 4:48

7. Concerto In G Minor, R. 576: 1. Allegro Gottfried von der Goltz 4:48
8. Concerto In G Minor, R. 576: 2. Larghetto Gottfried von der Goltz 2:14
9. Concerto In G Minor, R. 576: 3. Allegro Gottfried von der Goltz 4:01

10. Concerto In C Major, R. 192: 1. Allegro Freiburg Baroque Orchestra 1:34
11. Concerto In C Major, R. 192: 2. Largo Freiburg Baroque Orchestra 0:45
12. Concerto In C Major, R. 192: 3. Allegro Freiburg Baroque Orchestra 0:57
13. Concerto In C Major, R. 192: 4. Allegro Freiburg Baroque Orchestra 2:01

14. Concerto In F Major, R. 574: 1. Allegro Gottfried von der Goltz 4:17
15. Concerto In F Major, R. 574: 2. Grave Gottfried von der Goltz 3:24
16. Concerto In F Major, R. 574: 3. Allegro Gottfried von der Goltz 3:30

Anne-Katharina Schreiber, violino
Gottfried von der Goltz, regência, violino
Freiburg Baroque Orchestra

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— Jamais ouvirei um vermelho — disse o Idiota Bolsonarista .

PQP

24 comments / Add your comment below

  1. Freiburg Baroque Orquestra pode comprar de olhos, e ouvidos…rsrsr…, fechados.
    O Ruivo era muito famiglia , primeiro as mães ….depois as filhas.

  2. Vivaldi comunista? Então foi por isso que expulssaram ele do convento, acho que não pegava bem para um padre comer criancinhas, apesar de ser um ato muito praticado por alguns deles até hoje (só que num sentido mais Michaelico da palavra…).

  3. Por favor, sei que esse nao é o lugar ideal,

    mas teria como voces colocarem algo de Michael Tippett?

    Ele é meio desconhecido do grande público, mas é muito bom.

  4. Caro PQP!
    Apenas para relembrar os pesadelos. Tinha aquela propaganda dos alérgicos sabonetes Vinólia onde aparecia o primeiro movimento da “primavera”. Outra das Aerolíneas Argentinas onde um avião pousava ao som do primeiro movimento do “Inverno”. Saindo de Vivaldi temos dezenas de lavadeiras dançando ao som de “Carmen”de Bizet (La Habanera) para enaltecer o desinfetante Minerva. Finalmente, flocos de aveia “Quacker” caindo no prato ao som da Pastoral de Beethoven.

  5. Oi pessoal?
    Trata-se de Antonio Vivaldi?
    Aquele da “Ospedale Della Pietá”?
    Compositor, regente e violinista que nasceu em Veneza no dia 04 de março de 1678 e faleceu em Viena em 1741?

    Comunista!??!

    Comunista no sentido de ele ser “um bem comum”?
    …ou comunista no sentido de defender que “toda a produção pertence à comunidade e a ela todos têm direito (ai incluída a produção de criancinhas, como é lógico supor)”?

    Já sei! Comuniosta!! Assim como os Cristão Primitivos!!!

    Bem… …a história diz que Vivaldi tinha os cabelos bem avermelhados mesmo. Por isto era o “Prete Rosso”.

    Quando foi mesmo que surgiu o comunismo?

    Ahhh!! Já sei!! Na Idade Média, durante as Cruzadas!!!

    Muito estranho que aquele Padre de Cabelo Vermelho fosse comunista e integrante das Cruzadas, pois, ele morreu em combate contra os sarracenos em 1741 e, como todos os demais músicos, ele era empregado dos Nobres, as vezes do Papa ou de algum dos Cardeais (acho que disse bobagem… …naquele tempo existima Cardeais???).

    É!!! Mas pode ser!!! Vivaldi era comunista!!!

    Pode ser se acreditarmos que ele reencarnou-se em Prokofief, depois de ter sido a reincarnação de Barba Azul, época na qual descobriu o Brasil e fomentou a vinda de Luiz Carlos Prestes ao Planeta Terra após anos de tentativas de fazê-lo abandonar a Contelação de Órion.

    Mas… …e… …em sentido assim… …figurado? Pode ser?

    Claro que pode!!! Realmente parece que ele morreu na miséria por ter distribuído todos os seus bens (inclusive sua cabeleira vermelha) àqueles que já tinham muita coisa pois ele (Antonio Vivaldi) era comunista demais.

    Pôôô!!! Que Padre bacana!!!
    Logo vi que para compor bem assim só mesmo sendo comunista.
    Comunista com H maiúsculo!
    ABRAÇÃO!

  6. Por falar no “comunismo” do vermelho Vivaldi… achei na internet notícias sobre um recentíssimo livro livre (seu conteúdo está licenciado em Creative Commons) sobre o futuro da música na era “pós-disco”. Foi organizado por Irineu Franco Perpétuo (conhecido de quem gosta de música clássica) e Sergio Amadeu. Os artigos são de vários autores. Entre eles, Harry Crowl, que escreve um capítulo sobre música clássica.

    (Harry Crowl é compositor e dos bons. Tenho alguns de seus discos. Há bastante coisa dele no blog Música Brasileira de Concerto, http://musicabrconcerto.blogspot.com/.)

    É um tema muito palpitante. Eu tenho cá comigo a tese de que os direitos autorais só beneficiam o dono da tecnologia de intermediação; com a internet, a tecnologia de intermediação torna-se banal; portanto, urge o fim dos direitos autorais. Em outras palavras, sou contra mesmo, e passei a odiar suporte físico (ou seja, intermediação) para tudo: revista, jornal, livro, CD, DVD…

    Enfim, lerei avidamente. Só o fato do livro ter sido lançado em PDF sob CC já me tornou simpático a ele. Já li o capítulo do Harry. É um panorama super rápido da relação música clássica e meios de reprodução, desde Edison. Ele martela um tanto a questão sobre a perda de agudos do MP3, “insuportável” para quem gosta de música clássica.

    Há duas falhas técnicas nessa argumentação. A primeira: MP3 não é uma coisa absoluta. Música sinfônica codificada a uma amostragem de 128 kbps é uma coisa; codificada a uma amostragem de 360 kbps já é outra coisa. A segunda: e os formatos “lossless”? Monkey Audio e FLAC são cópias fiéis dos originais. Não têm compressão tão eficiente, por óbvio, e geram arquivos grandes, mas a evolução das tecnologias de armazenamento e o crescimento da largura de banda de internet vão tornar essa uma questão irrelevante.

    Tovarishes! Baixem, leiam, comentem, revolucionem: http://www.futurodamusica.com.br

  7. Olá!
    É muito interessante que esteja sendo postada aqui esta questão dos direitos autorais.
    Não sou muito adepto de teses de doutorado e outras similares.
    Em geral são teorias das mais enfadonhas que ficam rodando no mesmo lugar.
    No entanto, tenho uma jovem amiga que está as voltas com uma tese de doutorado cujo epicentro é justamente: Diretos Autorais Na Música.
    O que vocês me dizem de nos juntarmos para sabsidiá-la nesta tarefa?
    Sim! Para que ela tenha condições de mostrando todos os ângulos da questão.
    Em nosso último contato ela estava fazendo uma entrevista com Egberto Gismont sobre o assunto.
    Eu acho que vale a pena.
    E vocês? O que acham?
    Bem! Um abração!
    Edson.
    PS- Oh PQP!!! Valeu a postagem daquele Antônio Comunista!!!
    Magnífica versão!
    Bem melhor do que a do Vivaldi.
    Parabéns.

  8. Minha primeira crítica:

    sim, a execução e interpretação são muito boas, coisa e tals, mas…

    a gravação deixa muito a desejar: os instrumentos de sopro ficaram láááá atrás, bem apagados!
    vou procurar outra versão do concerto in G Minor RV576, esse é muito belo!

  9. Tá muito bom o papo, só não gostei dessa história dos cristãos primitivos serem como o Vivaldi…
    Mas, enfim, como eu me integro aos amigos da OSPA? Ainda estou confuso…

    1. José Eduardo
      Eu fiquei realmente chateado com seu comentário ‘exceto jazz, que abomino’. Isso pois sua mensagem, apesar de aparecer aqui numa postagem de música de Vivaldi, veio pouco tempo depois de minha postagem com o álbum de Oscar Peterson. Essas generalizações tão radicais e ligeiramente rudes, me parecem mais ter o intuito de impressionar as outras pessoas do que qualquer outra coisa. É nivelar um universo tão rico e impressionante com uma palavra tão forte: chatíssimo! É como se tudo fosse som de elevador, música de lounge, tudo Kenny G (Sorry, Kenny G).
      Bom, eu definitivamente precisava dizer isso…
      Abraços!

      1. Excelente, René; também me incomodou, mas optei por não criar uma discussão e desviar o foco de Vivaldi; no entanto, agora que você trouxe uma ótima reflexão, com a qual concordo, afirmo que também a mim soa rude essa atitude, não somente no sentido que ela produz, mas no pensamento de quem a revela, por isso fecho com Thomas Hobbes “A experiência não leva a conclusões universais”…

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