IM-PER-DÍ-VEL !!!
Um notável disco! Eu realmente não sei porque estas peças neoclássicas de Stravinsky não são tão tocadas em concertos. Deveriam ser mais comuns! OK, são difíceis, mas há tanta porcaria difícil, né?
Strava escreveu o Ebony Concerto em 1945 para a banda de Woody Herman. Ele foi apresentado pela primeira vez em 25 de março de 1946 no Carnegie Hall, em Nova York, pela Woody Herman’s Band. O envolvimento de compositor com o jazz remonta aos últimos anos da Primeira Guerra Mundial, sendo as principais obras inspiradas no jazz desse período A História do Soldado, o Ragtime para Onze Instrumentos e o Piano-Rag-Music. Embora traços de elementos jazzísticos, especialmente blues e boogie-woogie, possam ser encontrados em sua música ao longo das décadas de 1920 e 1930, foi somente com o Ebony Concerto que Stravinsky pode dizer que tinha feito puro jazz. Já Dumbarton Oaks é um concerto de câmara cujo nome é inspirado pela propriedade de Robert Woods Bliss e Mildred Barnes Bliss em Dumbarton Oaks, Washington DC. O casal devia ser ultra rico, pois encomendaram o concerto para seu trigésimo aniversário de casamento. Composta no período neoclássico de Stravinsky, a peça é um dos dois concertos de câmara do compositor (sendo o outro o Concerto em Ré para cordas, 1946) escrita para uma orquestra de câmara de flauta, clarone, fagote, duas trompas, três violinos, três violas, dois violoncelos e dois contrabaixos. Os três movimentos, Tempo giusto, Allegretto e Con moto são executados sem pausa. O concerto foi fortemente inspirado no conjunto de Concertos de Brandenburgo de Bach e foi a última obra que Stravinsky completou na Europa em 1938.
Igor Stravinsky (1882-1971): Ebony Concerto – Dumbarton Oaks – Chamber Works (Boulez / Ensemble Intercontemporain)
1 Ebony Concerto (1945)
Clarinet – Michel Arrignon
8:51
2 Drei Stücke Für Klarinette Solo (1918)
Clarinet – Alain Damiens
4:00
3 Concertino Für Streichquartett (1920) 6:33
4 Acht Instrumental-Miniaturen Für 15 Spieler (1962) (7:45)
4.1 I. Andantino
4.2 II. Vivace
4.3 III. Lento
4.4 IV. Allegretto
4.5 V. Moderato
4.6 VI. Tempo Di Marcia
4.7 VII. Larghetto
4.8 VIII. Tempo Di Tango
5 Dumbarton Oaks (1937/38) – Concerto In Es Für Kammerorchester (15:12)
5.1 I. Tempo Giusto
5.2 II. Allegretto
5.3 III. Con Moto
6 Elegie Für Viola Solo (1944)
Viola – Gérard Causse*
5:09
7 Epitaphium (1959) – Für Das Grabmal Des Prinzen Max Egon Zu Fürstenberg 1:40
8 Doppelkanon Für Streichquartett (1959) – Raoul Dufy In Memoriam 1:37
Bassoon – Jean-Marie Lamothe, John Wetherill*
Cello – Philippe Muller, Pierre Strauch
Clarinet – Alain Damiens, Michel Arrignon
Conductor – Pierre Boulez
Cover [Drawing] – Pablo Picasso
Double Bass – Frédéric Stochl
Ensemble – Ensemble Intercontemporain
Flute – Istvan Matuz*, Lawrence Beauregard, Sophie Cherrier
Harp – Marie-Claire Jamet
Horn – Jacques Deleplancque, Jens McManama
Oboe – Didier Pateau, Laszlo Hadady
Percussion – Michel Cerutti
Piano – Alain Neveux
Trombone – Benny Sluchin, Jérôme Naulais
Trumpet – Antoine Cure, Jean-Jacques Gaudon
Tuba – Gérard Buquet
Viola – Gérard Causse*, Jean Sulem, Sylvie Altenburger
Violin – Jacques Ghestem, Maryvonne Le Dizes, Sylvie Gazeau
PQP
Creio que Stravinsky não seja tão tocado em concertos por conta dos direitos autorais… Li recentemente que até mesmo para comprar os direitos de execução, a depender da obra/editora, o homem é difícil – há casos em que a obra, para as Américas, está em um determinado escritório (Buenos Aires, por exemplo), e aí há dificuldades de contato, pagamentos… Fora que, também a depender da obra, os caras mandam a papelada em caixas, muitas vezes bastante manuseadas, de difícil trabalho, papéis gastos, enfim…