J. S. Bach
Partitas BWV 825 – 830
Masaaki Suzuki, cravo
Para responder a um debate sobre qual gravação das Partitas devemos preferencialmente ouvir – piano ou cravo – parti em busca das mais sensíveis testemunhas para debelar a questão por meio de um bem conduzido experimento.
Aproveitei o ambiente de trabalho, já que estes dias tenho dividido o escritório com minha cara metade, e tasquei o som, primeiro piano, depois o cravo. É claro, para manter a experiência sem qualquer interferência do experimentador, nada sobre isso falei para a minha querida, mas de quando em vez observava as reações dela pelos cantos dos olhos, enquanto as gravações se sucediam. É verdade que ela já está acostumada às minhas esquisitices, passou um bom pedaço de inverno ouvindo uma enfiada de sinfonias de Bruckner, e não demostrou outro sentimento que não fosse de satisfação com a música. Sendo assim, dei o experimento como inconclusivo e levei o exercício para o próximo estágio.
Neta chorando no colo, muito calor, liguei o ventilador e música no ambiente. Pasmem vocês, temos um vencedor, pelo menos até que novo debate se acenda no Grupo de WhatsApp dos blogueiros e amigos do PQP Bach. A coroa de louros vai para a gravação feita já há alguns anos (2001) pelo conhecido regente, cravista e organista, Masaaki Suzuki. Louros e direito à súbita postagem. A neném parou de chorar e adormeceu lá pela sarabanda da Primeira Partita e assim continuou até quase toda a Terceira Partita, que a segue no primeiro dos dois CDs.
Masaaki Suzuki talvez seja agora mais conhecido pelas suas gravações das Cantatas e outras obras corais de Bach, mas sua formação original foi como organista, estudando com Tsuguo Hirono. Também estudou cravo com Motoko Nabeshima. Em 1979 foi aperfeiçoar-se em Amsterdã, cravo com Ton Koopman e órgão com Piet Kee.
Eu certamente acredito que a qualidade da gravação, com produção exemplar do selo BIS, muito influiu para o sucesso de meus experimentos e vou continuar ouvindo esta gravação muitas vezes. Sugiro que você faça suas próprias experiências, ouvindo tanto o Suzuki quanto o Pinnock, para cravo. Ou ainda, o Esfahani. Se tiver dúvidas e quiser tentar gravações ao piano, pode incluir a segunda da Angela Hewitt e também a do articulado pianista Igor Levit, assim como Murray Perahia (I e II). Depois me conte…
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
CD1
Partita No. 1 em si bemol maior, BWV825
- Praeludium
- Allemande
- Corrent
- Sarabande
- Menuet I & II
- Giga
Partita No. 3 em lá menor, BWV827
- Fantasia
- Allemande
- Corrente
- Sarabande
- Burlesca
- Scherzo
- Gigue
Partita No. 4 em ré maior, BWV828
- Ouverture
- Allemande
- Courante
- Aria
- Sarabande
- Menuet
- Gigue
CD2
Partita No. 2 em dó menor, BWV826
- Sinfonia
- Allemande
- Courante
- Sarabande
- Rondeaux
- Capriccio
Partita No. 5 em sol maior, BWV829
- Preambulum
- Allemande
- Corrente
- Sarabande
- Tempo di Minuetta
- Passepied
- Gigue
Partita No. 6 em mi menor, BWV830
- Toccata
- Allemande
- Corrente
- Air
- Sarabande
- Tempo di Gavotta
- Gigue
Masaaki Suzuki, cravo
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FLAC | 1,01 GB
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MP3 | 320 KBPS | 381 MB
If you like a bold harpsichord sound, this very realistic BIS disc should provide great satisfaction, for Suzuki’s Bach perceptions are fully revealed here and he plays thoughtfully, commandingly and spontaneously. [Penguin Guide to Recorded Classical Music – 2009]
Espontaneidade, talvez? Aproveite!
René Denon
Supimpa! (Para usar a palavra da moda).
😃
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