Mendelssohn (1809 – 1847) & Tchaikovsky (1840 – 1893): Concertos para Violino – Akiko Suwanai – Czech Philharmonic Orchestra & Vladimir Ashkenazy ֍

Mendelssohn • Tchaikovsky

Concertos para Violino

Akiko Suwanai

Czech Philharmonic Orchestra

Vladimir Ashkenazy

Eu achava que se houvesse um pedacinho da cozinha do céu aqui na terra, esse seria o Bar das Freiras, que fazia o melhor queijo quente com banana do planeta. Ao lado da lanchonete das freirinhas, cuja féria vai toda para a caridade, fica o elevador que era pilotado pela Chica, a ascensorista com o maior sorriso que eu conheci e que morava em Niterói. Isto tudo aconteceu na minha outra vida, antes que eu soubesse que também moraria em Niterói.

Numa daquelas tardes, tive que correr para pegar o elevador: Chica, Chica, péra-aí! A porta já quase fechava e eu estava atrasado para o Seminário de Topologia. Acomodei-me e ataquei de assobio o tema do último movimento do Concerto para Violino que naqueles dias não saia da minha vitrola – fá, fá-fá-fi-fáá… Afinal, havia comprado na famosa Modern Sound aquele cobiçado LP do Heifetz e não ouvia outra coisa.   Foi então que ouvi a pergunta vinda do senhor professor: Mendelssohn ou Tchaikovsky? Olhei-o com alguma surpresa, afinal, não imaginava que professores de física se interessassem por música. Deve ser um destes concertos românticos, acrescentou ele. Eu ri e disse que era o tema do último movimento do Concerto de Brahms. Não muito fora da marca, riu ele, faz tempo que não ouço meus discos. Ficamos amigos e falávamos com frequência sobre nossas audições, sempre no vai-e-vem do elevador, cada um para o seu respectivo andar.

Lembrei-me dessas coisas ouvindo este disco da postagem com dois dos grandes concertos românticos para violino: Mendelssohn e Tchaikovsky! Quais outros? Bem, tem o pai de todos, o Concerto de Beethoven, o já mencionado Concerto de Brahms, já são quatro. Eu acrescentaria ‘o’ Concerto de Bruch, de Sibelius (certamente) e, talvez, Glazunov? Na verdade, basta olhar as gravações de Heifetz…

Na gravação deste disco a solista Akiko Suwanai usa o violino Dolphin Stradivarius, um violino feito em 1714 pelo famoso Antonio Stradivari e que também pertenceu ao Jascha Heifetz.

Atualmente a moça toca outro instrumento, mas nesta gravação temos uma feliz coincidência, afinal deve ser o mesmo instrumento ouvido nas gravações de Heifetz. E para acrescentar muita qualidade ao disco, temos a ótima Orquestra Filarmônica Tcheca, regida por Vladimir Ashkenazy, com gravações feitas no excelente Dvořák Hall – Rudolfinum -, em Praga.

Felix Mendelssohn (1809 – 1847)

Concerto para Violino em mi menor, Op. 64

  1. Allegro molto appassionato
  2. Andante
  3. Allegretto non troppo – Allegro molto vivace

Piotr Tchaikovsky (1840 – 1893)

Concerto para Violino em ré maior, Op. 35

  1. Allegro moderato
  2. Canzonetta: Andante
  3. Allegro vivacíssimo

Akiko Suwanai, violino

Czech Philharmonic Orchestra

Vladimir Ashkenazy

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FLAC | 249 MB

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MP3 | 320 KBPS | 196 MB

Momento ‘Sol Nascente’: メンデルスゾーンとチャイコフスキーのヴァイオリン協奏曲どちらも大好きですが、諏訪内晶子さんの演奏も素敵な魅力を感じました。

Eu amo os concertos para violino de Mendelssohn e Tchaikovsky, mas a performance de Akiko Suwanai também foi fascinante. (Tradutor do Google)

E também: Akiko Suwanai’s Tchaikovsky is one of the most musical renditions of the Tchaikovsky violin concerto. Just listen to around 1:00 of the first track, where she introduces the main theme. It is so beautiful and moving, not like any version I listened to.

Forte, ma non tanto…

Aproveitem!

René Denon

6 comments / Add your comment below

  1. Grande Postagem!
    Essa moça é mesmo incrível.
    Já desconfiava que você tivesse algo a ver com a Física.
    Não nos conhecemos, mas talvez sejamos colegas.
    Bem, eu nasci em Niterói, mas me formei em Física na UFRJ.
    Um grande abraço!
    ([email protected])

  2. Só complementando…
    Professores de Física não se interessam por música?
    Bom, não sei o que pode ter havido desde que saí da Universidade (Lá se vão mais de 30 anos…)
    Mas, no meu tempo, era bastante comum encontrarmos colegas em concertos e recitais, e também na Modern Sound, ou na Arlequim.
    Basta lembrar que Einstein foi um violinista um pouco acima de mediano.
    Eu mesmo fiz minhas tentativas, até me convencer de que em uma sala de concertos o meu lugar é na platéia.

    1. Olá, Luiz Eurípedes!
      Espero que esteja tudo bem com você! Vi sua mensagem ontem e mal podia esperar para responder… Pois que adoro quando minhas postagens recebem alguma mensagem. E gostei muito da sua.
      Além disso, ao longo do fim de semana, foi a segunda vez que me deparei com o nome Eurípedes. Como bom leitor de Guimarães Rosa, sou muito impressionável pelas ‘coincidências’.
      A outra situação foi na coluna (que não costumo ler…) do Eurípedes Alcântara, na qual ele menciona que conseguiu uma certa entrevista graças (parcialmente) a este nome.
      https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/post/alface-chega-antes-da-ambulancia.html
      Realmente, moro em Niterói e sou originalmente matemático…
      Deixa baixar um pouco mais essa poeira, que as doses adequadas da vacina se instalem e, quem sabe, batemos um papo dia destes…
      Forte abraço do
      René

      1. Seria ótimo que possamos bater um papo qualquer dia desses. Só que hoje eu, na verdade, vivo um pouquinho longe da terra do valente Araribóia…

  3. Akiko Suwanai estrenó en Buenos Aires en 2004 el 2º concerto para violín de Krzysztof Penderecki, con la dirección del compositor. Fue una audición maravillosa.

    1. Olá, Juliowolgang!
      Obrigado por nos dar esta informação… Realmente, ela é ótima violinista.
      Como está o frio por aí?
      Aqui em Niterói estamos batendo queixos….
      Abraços!
      René

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