Sem muito medo de errar, posso dizer que um dos principais campos de experimentação de meu pai eram suas composições para órgão e as Fantasias. Se vocês querem ouvir um Bach diferente, é aí que ele está. Aliás, o nome “fantasia” diz tudo, não? O termo foi aplicado pela primeira vez em música durante o século XVI, para se referir a uma ideia musical imaginativa e não a um gênero de composição específico. Desde o início, a fantasia teve o sentido de “invenção”, particularmente em composições para alaúde. Algumas composições do barroco trazem esse nome e reafirmam a ideia do gênero como uma obra livre, sem laços estreitos com as formas estabelecidas, como Fantasia Cromática e Fuga BWV 903 para cravo, aqui presente (faixa 8), Fantasia e Fuga em Sol menor BWV 542 e a Fantasia e Fuga em Dó menor BWV 537 para órgão. Este disco é uma joia. Staier está tão à vontade quando na foto abaixo. Um disco sensacional.
J. S. Bach (1685-1750): Clavierfantasien (Staier)
1 Fantasia In A Minor BWV 922 6:38
2 Fantasia And Fugue In A Minor BWV 904 8:56
3 Fantasia In C Minor BWV 921 3:10
4 Fantasia In C Minor BWV 919 1:28
5 Prelude And Fugue In A Minor BWV 894 9:37
6 Prelude And Fughetta In G BWV 902 9:20
7 Prelude Anf Fugue In F BWV 901 2:20
8 Chromatic Fantasia And Fugue In D Minor BWV 903 11:58
9 Fantasia “Duobus Subiectis” in G Minor BWV 917 2:12
10 Fantasia And Unfinished Fugue In C Minor BWV 906 7:02
Andreas Staier, cravo
PQP