Bem, para a saideira do BTHVN250 eu escolhi um disco que talvez ponha a perder todo crédito que possa ter ganhado junto a vocês em função de meu trabalhão de trazer-lhes a obra completa do renano.
O disco começa relativamente convencional, com um bom arranjo da sonata para violino, Op. 30 no. 2, reimaginada como peça orquestral pelo regente Yaniv Segal e por Garrett Schumann, que não tem relação com o saxão. Em seguida, uma engenhosa suíte de Fidelio que nos conduz em meia hora, e de modo muito eficiente, por toda narrativa da mais obra mais complicada que Beethoven pariu. Um Fidelio com restrições orçamentárias? É, talvez.
Por fim…
Ok, confesso que olhei a palavra remix e esperei o pior. Gabriel Prokofiev? “Compositor e DJ russo”, respondeu-me a googleada… Hmmmm, DJ com sobrenome de compositor? Fui ver, e constatei que Gabriel é filho de Oleg Sergeievich, que é filho de…
Sim: Sergei Sergeievich.
Acabou que Gabriel é neto do homem. Resolvi dar-lhe uma chance, nem que fosse pelo pedigree, e admito que me surpreendi. Seu Beethoven9 Symphonic Remix é uma manipulação eletrônica da Nona que, embora imagine que vá soar herética à maioria de vós outros, soou-me melhor que a expectativa. Não sei se a posso recomendar, mas, por via das dúvidas, eu a postarei às três da madrugada e… sairei correndo.
Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Sonata para violino e piano em Dó menor, Op. 30 no. 2
Orquestrada por Garrett Schumann (1987) e Yaniv Segal (1981)
1 – Allegro con brio
2 – Adagio cantabile
3 – Scherzo: Allegro
4 – Finale: Allegro
Yaniv Segal (1981), sobre obra de Ludwig van BEETHOVEN
A Fidelio Symphony, para orquestra, baseada na ópera Fidelio de Ludwig van Beethoven
5 – I. Einleitung
6 – II. Aktion
7 – III. Apotheose
Gabriel PROKOFIEV (1975)
Beethoven9 Symphonic Remix
8 – I. Presto
9 – II. Allegro assai
10 – III. Freunde, haben wir ein neues Babel: Presto
11 – IV. Freude Schöner GötterFUNKen: Allegro assai
12 – V. Über Sternen (Beyond Stars): Andante Maestoso a mezzo tempo
13 – VI. Alla marcia
14 – VII. Ode finale: Molto vivace ma tranquillo
Gabriel Prokofiev, eletrônicos
BBC National Orchestra of Wales
Yaniv Segal, regência
Vassily
O pior disco já postado aqui desde aquele famoso do Yngwie Johann Malmsteen. 😖
Mas o Vassily tem crédito, não precisa sair correndo. 😌
Agora vou ouvir a Nona com o Celibidache para me recuperar. 😝
Nossa, no apagar das luzes, uma proeza! Postar o disco que superou o disco de Malmsteen no Livro de Ódio do PQP Bach é uma distinção que adoraria levar! Grato por relevar o dano, em função de meu crédito, e que Celibidache o cure rápido!
Mea culpa, Vassily. Exagerei no veneno. Depois de uma segunda tentativa, acho as sete primeiras faixas interessantes, o Remix é que estraga tudo. Se eu fosse o avô, iria assombar o resto da vida do Gabriel Prokofiev. Cada vez que o guri encostasse em um sampler, iria tomar choque!
Mas não sou a pessoa certa para comentar um disco como Beethoven Reimagined. Meu gosto é meio conservador – o PQP sabe que tenho aversão a Xenakis e quase tudo que vem depois de Bartók. Desculpa pela opinião tendenciosa.
Já aquela… hum… obra do Malmsteen está em outro patamar. Acredito que, para superá-la, só postando algo com funk carioca ou sertanejo universitário. 😉
HAHAHAHAHA. Altamente frustrante, para mim, não ter batido o recorde de ódio do Malmsteen. Minha busca por superá-lo em ruindade continua! Nesse sentido, talvez lhe possa sugerir isso: https://www.youtube.com/watch?v=6HvwSVPvhd0
Vassily, já que falou em Beethovianismos-não-convencionais, me arrisco a te indicar meu arranjo da Abertura Coriolano para banda de rock progressivo… Se tiver coragem de ouvir (o velho Ludwig deve se revirar na tumba…), por favor comente…
https://www.youtube.com/watch?v=MVFN3s0qIDg&fbclid=IwAR1zVIHAy_7tLiCdnvMZq0_v-zxb2ipCokmi71LA6GbYJvtUEMYYC-tI7lw
Olá, Eduardo!
Eu comentei e, inclusive, publiquei seu vídeo ao final da postagem do “Coriolano”, em nossa série! Confere lá!
Vassily, puxa não tinha visto!! Obrigado, fico honrado!!!!