BTHVN
Sonatas para Violoncelo
Adolfo Gutiérrez Arenas
Christopher Park
A capa deste álbum tem uma foto do violoncelista em pleno movimento – efeito conseguido pela longa exposição – tem uma escolha de tipos para o título e demais informações, em caixa alta, com algumas falhas, como se fosse resultado de um carimbo e coroando tudo o título: EVOLUTION.
O que temos aqui são as sonatas compostas por Beethoven para violoncelo e piano. As variações que costumam ser adicionadas como contrapeso ficaram de fora desta vez, mas isto também é parte de um plano geral.
Plano este que é muito bem explicado pelos articulados artistas no excelente libreto que pode ser acessado na sua versão digital aqui.
Os músicos explicam que costumam apresentar as cinco sonatas em sequência em seus concertos – para que se possa apreciar a evolução do estilo de Beethoven.
Para eles, as Sonatas do Opus 5 são as exclamações de alguém que entendeu que está destinado a ser ouvido, que a Sonata do Opus 69 reflete a conquista de uma nova voz, poderosa e certa de si mesma, e as duas últimas Sonatas, do Opus 102, mostram a necessária transição para uma reclusão interior.
Pois é, os músicos – o violoncelista Adolfo Gutiérrez Arenas e o pianista Christopher Park têm opiniões bem definidas e as explicam de forma clara no libreto.
Dizem que as interpretações politicamente corretas que arredondam as arestas da música de Beethoven, tornando-as peças polidas e bonitas, roubam-lhes alguma essência. Para eles, e eu concordo ao ler junto, é fundamental na interpretação da música de Beethoven o contraste entre uma incrivelmente brilhante, audaciosa e sofisticada arte e os mais puros e primitivos sentimentos trazidos por seu estilo de compor, levando a uma montanha russa de emoções que em uma mesma frase leva do doce ao amargo, do exultante ao desesperado, do vulgar ao elevado, mas sempre com honestidade.
Essa intensidade e mesmo brutalidade nas mudanças de emoções estão presentes em toda a sua música, desde os dias do classicismo do Opus 5 a uma metafísica musical, presente no Opus 102. Uma evolução artística e espiritual incrível e sem paralelos.
Depois disso, vale a pena conferir!
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Sonata para Violoncelo No. 1 em fá maior, Op. 5 No. 1
- Adagio sostenuto
- Allegro
- Rondo. Allegro vivace
Sonata para Violoncelo No. 2 em sol menor, Op. 5 No. 2
- Adagio sostenuto ed espressivo
- Allegro molto più tosto presto
- Rondo. Allegro
Sonata para Violoncelo No. 3 em lá maior, Op. 69
- Allegro, ma non tanto
- Scherzo. Allegro molto
- Adagio cantabile
- Allegro vivace
Sonata para Violoncelo No. 4 em dó maior, Op. 102 No. 1
- Andante
- Allegro vivace
- Adagio + IIb. Allegro vivace
Sonata para Violoncelo No. 5 em ré maior, Op. 102 No. 2
- Allegro con brio
- Adagio con molto sentimento d’affetto
- Allegro
Adolfo Gutiérrerz Arenas, violoncelo
Christopher Park, piano
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FLAC | 420 MB
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MP3 | 320 KBPS | 204 MB
Spanish cellist Adolfo Gutierrez Arenas and German-Korean pianist Christopher Park deliver refreshingly vigorous, even irreverent performances of the complete Beethoven Cello Sonatas, works that offer the listener a unique overview of the composer’s evolving style.
I couldn’t agree more!
Aproveite!
René Denon