J. S. Bach (1685-1750): Cantata do Café BWV 211 e Cantata dos Camponeses BWV 212 — Coleção Collegium Aureum Vol. 4 de 10

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é um resumo bastante incompleto do que foi a carreira do extraordinário Collegium Aureum, grupo que teve sua origem na Harmonia Mundi e que foi um dos principais pioneiros das interpretações historicamente informadas. 

Essas Cantatas de Bach costumavam vir juntas em LPs e CDs. Hoje mudou muito e a elas foram agregadas outras Cantatas seculares.

Só que a Cantata do Café é muito superior à dos Camponeses. Na do Café, Schlendrian é um pai grosseiro e está preocupadíssimo porque sua filha Lieschen entregou-se à nova mania de tomar café. Todas as promessas e ameaças para desviá-la de tão detestável hábito foram infrutíferas até que, para dissuadi-la, ofereceu-lhe um marido. Lieschen aceita a idéia com entusiasmo e o pai parte apressadamente para conseguir-lhe um. Esta é a idéia principal da Cantata do Café, obra cômica de J. S. Bach, uma mini-ópera, que foi apresentada entre 1732 e 1735 na Kaffeehaus de Zimmermann, em Leipzig. A primeira Kaffeehaus da cidade foi aberta em 1694 — o café chegara à Alemanha em 1670 — e em 1735 a burguesia podia escolher entre oito privilegiadas casas.

Kaffeekantate, BWV 211, foi encomendada a Bach por Zimmermann e é, em parte, uma ode ao produto (sim, puro merchandising) e, de outra parte, uma punhalada no movimento existente na Alemanha para impedir seu consumo pelas mulheres. Acreditava-se que o “negro veneno” pudesse causar descontrole e esterilidade ao sexo frágil, mas Bach, em troca do pagamento de Zimmermann, ignorou estes terríveis perigos. Senão, talvez não musicasse uma ária que diz: “Ah, como é doce o seu sabor. / Delicioso como milhares de beijos, / mais doce que um moscatel. / Eu preciso de café”; e nem nos brindaria com estas delicadezas…: “Paizinho, não sejas tão mau. / Se eu não beber meu café / as minhas curvas vão secar / as minhas pernas vão murchar / ninguém comigo irá casar”.

Na dos Camponeses. o texto descreve como um fazendeiro não identificado ri com a esposa do fazendeiro Mieke sobre as maquinações do coletor de impostos, enquanto elogia a economia de sua esposa. De acordo com a natureza do texto, Bach criou uma composição relativamente simples com árias curtas. Ele recorreu a formas de dança popular, melodias folclóricas e populares (como La Folia, por exemplo) e trechos de suas próprias peças (BWV 11 e BWV 201).

J. S. Bach (1685-1750): Cantata do Café BWV 211 e Cantata dos Camponeses BWV 212 — Coleção Collegium Aureum Vol. 4 de 10

CD04: J.S. Bach – Kaffee-kantate, Bauern-kantate (58:11)
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Kaffee-kantate, BWV 211
01. I. Recitativo (Erzähler): Schweigt stille, plaudert nicht
02. II. Aria (Schlendrian): Hat man nicht mit seinen Kindern
03. III. Recitativo (Schlendrian): Du böses Kind, du loses Mädchen
04. IV. Aria (Lieschen): Ei, wie schmeckt der Coffee süße
05. V. Recitativo (Schlendrian): Wenn du mir nicht den Coffee lässt
06. VI. Aria (Schlendrian): Mädchen, die von harten Sinnen
07. VII. Recitativo (Schlendrian): Nun folge, was dein Vater spricht
08. VIII. Aria (Lieschen): Heute noch, heute noch
09. IX. Recitativo (Erzähler): Nun geht und sucht der alte Schlendrian
10. X. Coro: Die Katze lässt das Mausen nicht

Bauern-kantate, BWV 212
11. I. Sinfonia
12. II. Duetto: Mer han en neue Oberkeet
13. III. Recitativo (bass): Nu, Miecke, gib dein Guschel immer her
14. IV. Aria (soprano): Ach es schmeckt doch gar zu gut
15. V. Recitativo (bass): Der Herr ist gut
16. VI. Aria (bass): Ach, Herr Schösser, geht nicht gar zu schlimm
17. VII. Recitativo (soprano): Es bleibt dabei, dass unser Herr der beste sei
18. VIII. Aria (soprano): Unser trefflicher lieber Kammerherr
19. IX. Recitativo (bass): Er hilft uns allein, alt und jung
20. X. Aria (soprano): Das ist galant
21. XI. Recitativo (bass): Und unsre gnädige Frau ist nicht ein prinkel stolz
22. XII. Aria (bass): Fünfzig Taler bares Geld
23. XIII. Recitativo (soprano): Im Ernst ein Wort!
24. XIV. Aria (soprano): Kein Zschocher müsse so zart und süße
25. XV. Recitativo (bass): Das ist zu klug vor dich
26. XVI. Aria (bass): Es nehme zehntausend Ducaten
27. XVII. Recitativo (soprano): Das klingt zu liederlich
28. XVIII. Aria (soprano): Gib, Schöne, viel Söhne von artger Gestalt
29. XIX. Recitativo (bass): Du hast wohl recht
30. XX. Aria (bass): Dein Wachstum sei feste und lache vor Lust
31. XXI. Recitativo (soprano): Und damit sei es auch genug
32. XXII. Aria (soprano): Und dass ihr’s alle wisst
33. XXIII. Recitativo (bass): Mein Schatz, erraten!
34. XXIV. Coro: Wir gehn nun, wo der Tudelsack

Elly Ameling, soprano
Gerald English, tenor
Siegmund Nimsgern, bass
Collegium Aureum

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