Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (Má Vlast) – Harnoncourt

Minha Pátria é um conjunto de seis poemas sinfônicos escritos por Bedřich Smetana. De inspiração nacionalista, este poema tem por objetivo retratar cenas da região da Boêmia, de onde o compositor era oriundo.

Smetana passou a vida defendendo a libertação de sua querida pátria das mãos do poderoso Império Austro-Húngaro.  Também é conhecido como o pai da música tcheca.  Talvez ele tenha sido o primeiro compositor a se utilizar dos elementos do folclore e da música popular de seu país. Foi um grande amigo e maior influenciador de Antonín Dvořák, que é o compositor tcheco mais conhecido.

Nikolaus Harnoncourt dispensa apresentações. Com uma carreira internacional reconhecida já há mais de 50 anos, tornou-se um dos grandes regentes do século XX e deste início do século XXI. Suas gravações são sempre reconhecidas como de excepcional qualidade. E nesta sua leitura de Smetana não é diferente.

Convenhamos que com uma orquestra do nível da Filarmônica de Viena as coisas até se tornem um pouco mais fáceis, mas claro que ele impõe sua marca, utilizando um tempo mais cadenciado. Alguns comentaristas se enfureceram com isso. Não vou perder tempo com estas considerações, deixo para os senhores tirarem suas próprias conclusões depois de lerem o excelente booklet assinado pelo próprio Harnoncourt.

(PQP achou o disco sensacional).

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (Má Vlast) – Harnoncourt

1-1 Vyšehrad 15:55
1-2 Vltava 12:54
1-3 Šárka 10:41
2-1 Z Českých Luhů A Hájů 13:52
2-2 Tábor 14:25
2-3 Blaník 15:28

Wiener Philharmoniker
Nikolaus Harnoncourt – Director

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach (com PQP)

9 comments / Add your comment below

  1. Tenho frequentado esse blog já há algum tempo sem nunca comentar, mas agora não resisto mais…

    Vanderson, tu és irritante. Ficas aqui incomodando quem te proporciona vários cds maravilhosos e nem ao menos sabes escrever. Por que o acento em “Por quê há duas faixas 5?” E “discuido”???
    E em um comentário em outro post erraste várias colocações pronominais, imperdoáveis.

    Na verdade, soa ridículo pra mim ficar falando desse tipo de coisa aqui, mas seria bom se te desses conta de como os comentários sobre eventuais erros de digitação são inoportunos.

    Desculpem o desabafo.

    O pessoal do blog está de parabéns, sempre.

  2. Ok, Vanderson, nesse caso, você venceu… realmente por algum descuido de minha parte, a quinta faixa foi escrita duas vezes.Na verdade, a sexta faixa se chama Blanik, como o colega falou ai em cima. Estive fora de casa o dia inteiro e só agora reparei. Se me der vontade, corrijo amanhã.

  3. Essa gravação de Harnoncourt é muito diferente do “standard” interpretativo consagrado para esta obra. Recomendo que todos se habituem com as versões de Kubelík ou Ancerl, por exemplo, antes de se arriscarem no Harnoncourt.

    Em geral, eu gosto de interpretações mais dinâmicas e vivas de praticamente todo o repertório. Quando o assunto é a música sinfônica romântica, então, lassidão interpretativa me incomoda bastante. Como, por exemplo, o Liszt de Bernard Haitink, que, aos meus ouvidos, consegue piorar obras que já são, na maioria, bem ruins.

    No caso do “Minha pátria”, a visão ultra reflexiva de Harnoncourt fez a música soar bastante aborrecida e não-emocionante para os meus padrões. E eu gosto bastante da obra!

    (Curiosidade: há alguns anos eu costumava viajar bastante entre São Paulo e Campinas de ônibus. Invariavelmente eu ouvia, nesse trajeto, o “Minha pátria”, na gravação de Kubelík. O tempo desse registro, cerca de 75 minutos, equivalia com boa exatidão ao tempo de viagem.)

  4. Pois é, José Eduardo, eu até comentei na lista interna do blog que essa versão do Harnoncourt não me agradou, e depois que ouvi as versões do Kubelik e do Ancerl, bem, aí entendi o que você quis dizer.
    Mas vou trazer Kubelik logo, logo, e se for o caso, a gravação do Ancerl, que me agradou bastante também.

  5. Devo confessar que, neste exato momento, estou me divertindo às pampas ouvindo a transcrição para piano a quatro mãos que Smetana fez de “Minha pátria”, tocada por um excelente duo tcheco – gravação que apareceu nas interwebs hoje.

    Interpretação muito mais musical e viva que a de Harnoncourt! (E a textura obviamente mais transparente revela muitos detalhes interessantes da obra.)

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