O segundo volume da aventura fortepianística beethoveniana de Paul Badura-Skoda (que, prometêramos, seria doravante mencionado como PBS) traz algumas obras menos votadas do famoso rol das trinta-e-duas. O som deste piano Broadwood de 1796, mesmo fabricante que décadas depois presentearia Beethoven com o, bem, “piano de Beethoven” que já foi tantas vezes ouvido em gravações, não é tão fácil de escutar quanto o do volume passado. Ele quase estoura na “Grande Sonata”, op. 7, o que nos faz imaginar o que não seria de seus pobres martelinhos se PBS atacasse a brutal “Hammerklavier” com ele. O Broadwood tem melhor sorte com a relativamente pouco ouvida sonata Op. 22, uma das preferidas do compositor, e com a levinha Op. 14 no. 1, que ele próprio transcreveu para quarteto de cordas.
Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Grande Sonata para piano em Mi bemol maior, Op. 7
1 – Allegro molto e con brio
2 – Largo, con gran espressione
3 – Allegro
4 – Rondo: Poco allegretto e grazioso
Sonata para piano em Si bemol maior, Op. 22
5 – Allegro con brio
6 – Adagio con molta espressione
7 – Menuetto
8 – Rondo: Allegretto
Duas sonatas para piano, Op. 14
No. 1 em Mi maior
9 – Allegro
10 – Allegretto – Trio
11 – Rondo. Allegro comodo
Paul Badura-Skoda, fortepiano (John Broadwood, Londres, ca. 1796)
Vassily