Avital dispensa apresentações, pois já passou por aqui com um belo álbum dedicado a Vivaldi e excelente repercussão (pelo menos em termos de downloads, pois, se fôssemos julgar somente pelos comentários, conforme há muito resmungamos, pensaríamos ter somente aquele fiel punhado de leitores-ouvintes). Como o compositor também as dispensa, pois é o Alfa e o Ômega de toda a Música, passo direto à gravação. Ah, e já que Sebastian não escreveu uma nota sequer para o bandolim, coube ao ótimo Avital também o afã de habilmente transcrevê-las. Talvez a Kammerakademie Potsdam esteja alguns degraus abaixo da orquestra veneziana que o acompanhou no álbum de Vivaldi, mas o risonho virtuoso israelense é tão bom que a gente não reclama.
Divirtam-se!
BACH – AVI AVITAL
Johann Sebastian BACH (1685-1750)
transcrições para bandolim de Avi Avital (1978)
Concerto para cravo, orquestra de cordas e baixo contínuo no. 1 em Ré menor, BWV 1052
01 – Allegro
02 – Adagio
03 – Allegro
05 – Largo
06 – PrestoConcerto para violino, orquestra de cordas e baixo contínuo no. 1 em Lá menor, BWV 104107 – Sem indicação de movimento
08 – Andante
09 – Allegro assai
Kammerakademie Potsdam
Ophira Zakai, teorba
Shalev Ad-El, cravo e regência
Sonata para flauta e baixo contínuo no. 5 em Mi menor, BWV 1034
10 – Adagio ma non troppo
11 – Allegro
12 – Andante
13 – Allegro
Avi Avital, bandolim
Shalev Ad-El, cravo
Ophira Zakai, teorba
Ira Givol, violoncelo
Vassily Genrikhovich
Eu não sei se foi alguma coisa que você disse no texto, mas minha antena ficou captando mais sinais de Vivaldi do que de Bach nestas gravações do Avital dos concertos de Bach.
Achei o disco meio cross, sabe esses discos do Yo Yo Ma tocando jazz ou música brasileira?
Sei que posso estar sendo injusto, que a música permite muitas interpretações e tal, mas só para ficar no âmbito das postagens, toque o primeiro movimento do grande concerto em ré menor, BWV 1052, na transcrição do Avital, e depois toque o mesmo movimento na gravação do Staier e a Orquestra de Freiburg…
Sei que gosto e certas outras coisas são pessoais e não se discute, mas já estou um pouquinho provocando.
De qualquer forma, se não fossem essas postagens, eu certamente não ouviria o Avital, e com menos chance ainda, o Bachquelele…
Abração!!
Mário
Salve, Mário!
Eu também ouvi muitos ecos de Vivaldi nesse disco. Suponho que Avital, sabendo da enorme admiração de J. S. Bach pelo mestre veneziano (expressa, entre outras, pelas várias transcrições para teclado do “L’Estro Armonico” e do Concerto quádruplo para violinos, vertido para quatro teclados), buscou tais ecos deliberadamente.
Gostei bem mais do disco que você, no que certamente enveredamos em questões de gosto. Não consigo comparar a excelente gravação de Staier com a de Avital, tão diferentes são as naturezas de seus respectivos instrumentos. Acho, sim, que a orquestra nesta gravação de Bach é bastante inferior àquela que acompanhou Avital em Vivaldi, e lhe falta a verve rítmica tão evidente (e essencial!) ao bandolim. Não senti, tampouco, o gosto de “crossover” – mas o fato de você o ter sentido talvez indique que Avital tenha botado seu peixe para respirar fora d’água.
Dir-se-ia a língua de Bach com sotaque italiano? Penso que sim. De qualquer maneira, aprecio sua disposição continuada em escutar nossas postagens, mesmo aquilo que não lhe apetece tanto, e de deixar-me saber suas impressões!
Um abraço!
PS: Não deixe ouvir (você deve ter visto, eu presumo) a postagem do PQP dos concertos para cordas “pinicadas” do
L’ Arte dell’Arco Ensemble
Federico Guglielmo Conductor
Abraços
Mário
Grande Vassily,
Passando por aqui apenas para agradecer o teu trabalho e dizer que aproveitei as tuas últimas postagens para compartilhar com outros…
Dê uma olhada, se possível:
http://harmoniasangreal.blogspot.com.br/2015/11/que-bach-e-esse.html
Nao se esquecam que, em termos de transgressoes intrumentisticas (nao sei se tal palavra existe, se nao existe eu inventei agora) com a música de Bach (se é que tal coisa possa existir com música tao universal), a meu ver, nada supera esse aqui https://pqpbach.ars.blog.br/2015/04/01/bach-na-viola-brasileira-1971-5-transcricoes-por-a-theodoro-nogueira-1913-2002/
Essa gravação excelente é hors-concours!!!
Obrigado a todos por tanta música. Abraço de Portugal.
Caro Vassily, permita-me incluir na tua série “A Família das Cordas” a gravação de Geraldo Ribeiro.
Com muito gosto!
Por favor, ¿se podría reeditar este link? Muchas gracias.
another interesting mandolin music could be the mandolin concerto of gil shohat, also from israel. Don’t know how good the entire piece is, but here’s a small part
https://www.youtube.com/watch?v=j6xoKwjyDlI
Pôxa, que pena…o link não está mais disponível. Achei esse músico brilhante pelas poucas coisas que ouvi dele. Será que conseguem repostar???
Salve, Ronaldo,
Link restaurado. Divirta-se!
Nossa, muito obrigado mesmo Vassily! Deus é mais rsrs o site de vcs é inigualável. Parabéns mesmo pelo conhecimento, pela qualidade das informações claras e até pelo português super bem empregado. Vida Longa e Próspera!
Grato, Ronaldo. Que assim seja – evoé!