Johann Friedrich Fasch não é Bach, porém é injustamente desconhecido. E este CD é absolutamente monumental. Enquanto Bach construía a mais bela obra barroca — secular e sacra — , Fasch, mais moderno, já escolhia tijolos para a construção da ponte entre o barroco e o clássico, finalizada por meus irmãos e outros. Foi desconhecido em sua época, porém meu pai tinha muitas de suas obras copiadas. A interpretação do Il Fondamento de Paul Dombrecht deixa Trevor Pinnock e seu English Concert envergonhados por terem feito um trabalhinho bem porquinho no passado com o pobre Fasch. Há muuuuuita coisa inédita de Fasch, autor de enorme obra. Provavelmente, os próximos anos nos brindarão com várias gravações deste surpreendente compositor.
Johann Friedrich Fasch (1688-1758): Aberturas
Ouverture en sol mineur (FWV K: g2) pour 3 hautbois, cordes et bc
1. Ouverture
2. Aria Largo
3. Jardiniers
4. Aria Largo
5. Aria Allegro
6. Gavotte
7. Menuet
Ouverture en ré mineur (FWV K: d4) pour 2 hautbois, basson, cordes et bc
8. Menuet
9. Air
10. Gavotte
11. Aria largo
12. Fuga
13. Menuet
14. Réjouissance
15. Menuet
Ouverture en sol majeur (FWV K: G15) pour 3 hautbois, basson, cordes et bc
16. Ouverture
17. Aria andante
18. Jardiniers
19. Aria andante
20. Bouree
21. Menuet I – Menuet II – Menuet I
Il Fondamento
dir. Paul Dombrecht
PQP
MUY BELLA MUSICA
FELICITACIONES A QUIEN HA SUBIDO ESTE SITIO
UN SALUDO
ARGENTINO
Fasch é extraordinário. Eu uso o Andante de seu concerto em Ré bemol na abertura de meu documentário “Dresden, glória morte e ressurreição” [http://moviolafm.blogspot.com/2008/10/dresden-glria-morte-e-ressurreio.html ], cujo protagonista, na verdade, é o Crucifixus da missa em Si menor.
Ouvi a Abertura (Suíte) em Sol menor (Fasch) de Pinnock e comparei com a gravação do Il Fondamento. Tenho ouvido muita música barroca e o “approach” de Dombrecht se assemelha ao de Goebel/MAK na Tafelmusik (Telemann) e ao de Carmignola nas 4 Estações (Vivaldi). Ambas são excelentes formas de se ouvir a música antiga pois são acrescentados elementos “old school” na condução destas obras tornando-as mais atraentes aos ouvidos médios dos apreciadores de música erudita, mas a utilização de instrumentos antigos pode se tornar um mero adereço ou “griffe”.
Pinnock e a English Concert buscam preservar a pureza das levadas barrocas se utilizando de forma eficiente das pesquisas e do instrumental original. Nem sempre o seu som agrada aos ouvidos mas é honesto, não se deixando levar por artifícios fáceis como a alteração de andamentos e de volumes orquestrais ou a utilização de técnicas de gravação para destacar este ou aquele naipe em detrimento do volume total da orquestra barroca e do som particular de cada instrumento.
Chico, sou apenas um ouvinte e não tenho a mínima ilusão de estar estabelecendo cânones… Não sei se o que Dombrecht faz são “artifícios fáceis” ou se ele é mais ou menos histórico. Ou sei, mas tento fazer com que minhas opiniões venham do maior ou menor prazer que tive durante a audição.
Não exponho isso como mérito, exponho apenas para dizer que o que escrevo vale somente para aquele espaço que está entre meus dois ouvidos — o qual pode ter maior ou menor grau de rarefação… –, mas sempre trato de dizer, pois tento incentivar que as pessoas gostem do que gosto. Ou seja, posso me enganar, mas sou humano…
:¬))))
Abraço.
Obrigado!
É muito bom ouvir música diferente de tamanha qualidade da época de Bach e Händel, que não seja de Bach nem Händel.
Esse Fasch é excelente! E a obra deste é razoavelmente grande, então, muita coisa há que ser “descoberta” por aí.
extraordinário!
mais uma vez comprovado: podemos ser guiados com segurança absoluta pelo rótulo “IMPERDÍVEL”.
fico extremamente confuso, e realmente eu duvido que outros compositores como Fasch possam ser enquadrados como barrocos; é uma música mais próxima de Haydn ou Mozart… nao consigo entender. Barroco na forma e clássico no estilo…