A Sonata Nº 1 para Violino e Piano, Op. 105, de Schumann, foi composta em 1851. A melhor delas, a segunda, Op. 121, foi escrita dois anos depois e já tem uma dimensão muito mais ambiciosa, tanto que ele a intitulou “Grande Sonata”. Clara acompanhou o violinista Joseph Joachim na primeira execução da obra, em 29 de outubro de 1853, em Düsseldorf, cinco meses antes da crise de loucura que levou o compositor a se atirar no Reno gelado. Essas obras não são universalmente admiradas, mas este CD traz uma performance muito convincente, uma vez só febril e lírica, com o som bem equilibrado e a invenção musical bem explorada. O que poderia ser mais sedutor do que a abertura silenciosa do terceiro movimento da Sonata Nº 2, marcado como “suavemente, simplesmente”, mas soando igualmente fantasmagórico e surpreendente? Schumann, o mais perturbado dos gênios, raramente falha na música de câmara.
Robert Schumann (1810-1856): Violin Sonatas Nos. 1 & 2
01. Violin Sonata No. 1 in A Minor, Op. 105_ I. Mit Leidenschaftlichem Ausdruck
02. Violin Sonata No. 1 in A Minor, Op. 105_ II. Allegretto
03. Violin Sonata No. 1 in A Minor, Op. 105_ III. Lebhaft
04. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ I. Ziemlich langsam-Lebhaft
05. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ II. Sehr lebhaft
06. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ III. Leise, einfach
07. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ IV. Bewegt
Nicolás Chumachenco, violino
Daniel Levy, piano
PQP
E é uma grande injustiça que não sejam admiradas universalmente, principalmente a 2ª. Aquele primeiro movimento é, sem dúvida, uma das mais memoráveis páginas para violino e piano da literatura musical, com sua densidade, tensão, extremos emocionais e comovente lirismo.
Concordo.