Ariel Ramirez (1921-2010) – Misa Criolla, com Mercedes Sosa

misa-criollaMisa Criolla

de Ariel Ramirez

com Mercedes Sosa

 

 

Written and composed by the Argentine composer Ariel Ramírez in 1963, Misa Criolla has become one of the most well known and oft-performed South American choral works throughout the world. A product of the composer’s long study of Argentine folk music, the piece synthesizes popular and liturgical styles, drawing on the rhythms and melodies of Argentina and other South American cultures. The opening Kyrie (“Lord, have mercy upon us…”) uses the slow rhythms of the vidala-baguala folk style (characteristic of northern Argentina) and a spare accompaniment to depict the loneliness of the high plateaus. In the Gloria (“Glory to God in the highest, and peace to all people on earth…”), the joyous rhythms of the carnavalito style are temporarily interrupted by the soloists’ plaintive pleas for mercy. The following Credo is based on the obsessive cross-rhythms (two against three) of the chacarera trunca style, emphasizing the conviction of this profession of faith. Similar cross-rhythms from the Bolivian carnaval cochabambino underlie the Sanctus (“Holy, holy, holy…”). The closing Agnus Dei (“Lamb of God, who takes away the sin of the world, hear our prayer…grant us peace.”) uses the estilo pampeano (“style of the Pampas”) to evoke the solitude and distance of that southern plains region. Though originally scored for keyboard, string bass, and standard percussion, our performance utilizes indigenous folk instruments, which the composer elsewhere has endorsed, in order to capture the flavor of the underlying musical styles. (Maza’s blog)

Ariel Ramírez
1. Misa Criolla: 1. Kyrie (Vidala baguala)
2. Misa Criolla: 2. Gloria (Carnavalito yaraví)
3. Misa Criolla: 3. Credo (Chacarera trunca)
4. Misa Criolla: 4. Sanctus (Carnaval cochabambino)
5. Misa Criolla: 5. Agnus Dei (Estilo pampeano)

Félix Luna / Ariel Ramírez
6. Navidad Nuestra: 1. La Annunciación (Chamamé)
7. Navidad Nuestra: 2. La Peregrinación (Huella pampeana)
8. Navidad Nuestra: 3. El Nacimento (Vidala catamarqueña)
9. Navidad Nuestra: 4. Los Pastores (Chaya riojana)
10. Navidad Nuestra: 5. Los Reyes Magos (Takirari)
11. Navidad Nuestra: 6. La Huida (Vidala tucumana)

Misa Criolla – Mercedes Sosa – 1999
Estudio Coral de Buenos Aires, director: Carlos López Puccio (Misa Criolla)
Asociación Coral Lagun Onak, director: Mario de Rose (Navidad Nuestra)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 97,3 MB – 41,6 min
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Boa audição!

pé na agua

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

29 comments / Add your comment below

  1. É a minha missa favorita, ao lado da Glagolítica de Janácek. Mas ainda gosto mais dessa.

    Só discordo da categoria “Sei lá”. Ela é uma obra erudita que prescreve uma conjunto de instrumentos andinos no lugar dos sinfônicos e também não exige que os cantores sejam líricos.

    O título certo pro post seria: “Ariel Ramirez (1921) – Misa Criolla, con Mercedes Sosa”. E categoria “Ramirez” (por sinal uma excelente compositor e defensor da música folclórica da América do Sul Hispânica).

  2. Puxa Avicenna, muito boa postagem. Cheguei a pensar em postar essa missa, que é uma das minhas prediletas, mas do jeito que o povo está “meio assim…” comigo, achei melhor não.
    A propósito, eu tenho uma missa em tupy-guarani da compositora e pesquisadora Marlui Miranda, alguém já ouviu? Se sim. O que acharam? Devo postar? O nome do cd é IHU 2 – Kewere (Rezar).

    1. Poste sim, Marcelo. No mínimo será uma postagem histórica e cultural.
      Eu também estou tentando digitalizar um LP de 1966 para postar. É a “Missa Bantu” com o Coral das Irmãs Brancas Congolesas de Katana (Kivu), África.
      Um abraço!

  3. Bela postagem, Avicenna. Lembro-me de que nos anos 80 era comum a Mercedes Sosa se apresentar no país, principalmente aqui no sul, e suas apresentações sempre lotavam o Teatro do CIC em Florianópolis. Eu tive em LP uma gravação desta missa com o Jose Carreras, mas acabei vendendo há uns anos atrás.
    Marcelo, a Marlui Miranda faz um belissimo trabalho de pesquisa etnográfica, que é reconhecido no mundo inteiro. Creio que essa gravação seria muito bem vinda por aqui, devido inclusive à dificuldade de se conseguir as gravações dela.

    1. Já houví bons comentários sobre essa gravação com o José Carreras, talvés a mais difundida aquí, fdpbach. Também gostaria de ouvir a gravação com Los Fronterizos, a original, regida pelo próprio Ariel Ramirez. Um abraço!

  4. FDP,
    a Mercedes Sosa se apresentava tambem no ginásio do Sesc aqui em Florianópolis. Lembro de uma vez que ela participou de um show do Fagner por aqui. El tiempo pasa …
    Luciano

  5. Bem lembrado, Luciano, o velho Ginásio Charles Moritz viu diversos shows, antes da inauguração do Teatro do CIC. A acútista era péssima, mas era a única opção que existia além, é claro, do Teatro Álvaro de Carvalho. Por falar nisso, esse teatro ainda está ativo ou já virou igreja?

  6. FDP,
    o TAC felizmente não virou igreja. Ele pertence ao governo do estado, e me parece que estão repassando a gestão dele à prefeitura. Ainda tem espetáculos lá, mas não como antigamente. Hoje além do CIC temos o teatro da UBRA e o teatro Pedro Ivo Campos. Além destes temos também o Centro de convenções que não é teatro, mais parece um hangar e tem uma acústica mil vezes pior do que o ginásio do Sesc. O pior é que insistem nele para apresentar shows com apelo mais popular, talvez por ser o mais central -fica no aterro da baia sul, local grande e com acesso mais fácil.

  7. Bem, menos mal. Se não me engano, no final dos anos setenta o John McLaughlin e o Hermeto Pascoal dividiram o palco do TAC. Eu ainda não morava em Floripa, mas ouvi algumas pessoas contarem. Na época, ou esses shows eram no TAC ou então no SESC.

  8. FDP,
    em meados dos anos 70 houve uma apresentação no TAC em Florianópolis do show dos “Doces Barbaros” que era composto pelo Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa. Aconteceu que prenderam o Gil e o Caetano por porte e uso de drogas, liberam o Caetano, mas o Gil ficou internado na casa de saúde São Sebastião no Centro e depois foi transferido para o Instituto São José que fica no centro de São José. Após este episódio, Florianópolis amargou quase duas décadas de boicote velado de artistas de renome nacional. Quase todos fazendo a ponte aérea Curitiba-Porto Alegre. Neste tempo somente artistas envolvidos com o finado Projeto Pixinguinha é que se apresentavam por aqui. Do show do Hermeto com o McLaughlin lembro só da propaganda na tv, evento raro naquela época. Desta história do Gil e do Caetano lembro bem porque minha mãe tinha alugado uma casa para umas pessoas que eram conhecidas deles e estava naquela casa brincado com outras crianças e pude conhece-los no dia anterior a prisão, eu tinha 10 para 11 anos quando isto aconteceu. Destes artistas o único que não ficou com mágoa da cidade foi o Gil que sempre veio lançar seus discos aqui. O Caetano faz 5 anos que se apresentou aqui, a Gal faz dois anos e a Bethânia nunca mais veio. Parte desta história da prisão do Gil e do Caetano pode ser vista num filme também chamado Doces Bárbaros que já tem em dvd, eu nunca assisti.
    O que também lembro é tentaram filmar quando o Gil e o Caetano estavam visitando os conhecidos que eram inquilinos da minha mãe, mas como o local era área próxima ao exército no Estreito em plena ditatura, os milicos não deixaram filmar e ficaram observando à distância.

  9. Luciano, conheço bem esta história da prisão do Gil. Mas lembro que o Caetano fez um show no próprio Ginásio do SESC, quando lançou “Cinema Transcedental” em 1980. Lembro que comprei o ingresso, mas acabei perdendo ele, e por isso não pude ir. O Gil voltou na mesma época, com a turnê do “Realce”, se não me engano. Um show que assisti ali e que nunca esqueci, talvez por ter sido a primeira vez que fui a um show sozinho (devia ter quinze anos), foi o da “A Cor do Som”, banda do Armandinho (nada a ver com o cantor que vive aqui no litoral de Santa Catarina), excepcional guitarrista baiano.

  10. FDP,
    o Armandinho atual canta “fuma, fuma, fuma a folha da bananeira …” Do Caetano se apresentando o show Cinema Transcedental, de fato não lembro. Lembro sim que no aniversário de dois anos do shopping itaguaçu ele se apresentou debaixo de muita chuva e ainda disse que num dia de chuva como aquele, ele não sairia de casa para para assistir um show ao ar livre. Detalhe é que o estacionamento estava tomado de gente. Sim, o Gil se apresentou com Realce, Luar e todos os outros discos que foram lançados durante os anos 80. Realce ele apresenotou no ginásio do Sesc . Luar ele apresentou no pasto do bode -o antigo estádio do avai que cedeu espaço ao atual shopping beira-mar, e depois a festa foi na boite phoenix no Estreito estive em ambos. Na phoenix ele ainda fez uma mini apresentação de violão em punho. O que lembro deles na infância é que o Caetano era um pouco recatado e o Gil bem expansivo. Da Cor do som lembro vagamente deles por aqui, e tocavam muito em rádio uma música que o Gil compôs mas nunca gravou chamada “abri a porta”. Estranho você ter dito o primeiro show que foi sozinho, eu sempre ia em bando, e nunca com supervisão de adultos, fosse pai e mãe meu ou de meus amigos. Neste ponto minha mãe era liberal, com 13 anos me deu a chave da porta de casa só me disse: vê lá o que tu vais fazer. E olha que teve épocas em que só me viam na sexta-feira a noite ao sair de casa e quando retornava no domingo a noite. Claro que esta fase eu já tinha 16 anos e já trabalhava… Bons tempos, era feliz e não sabia KKKKK
    Luciano

  11. Luciano, essa conversa está ficando cada vez melhor. Realmente, comparando com a atual geração, já que temos apenas dois anos de diferença de idade, nós nos divertíamos bem mais. Eu fui para Floripa para estudar, e minha família vivia no interior do Paraná. Só por curiosidade, onde você estudava nessa época? Estudei no Instituto Estadual de Educação e depois fui pra Escola Técnica.

  12. FDP,
    eu estudei em colégio de freira na primeira e segunda série, no Elisa Andreoli que fica em Barreiros. Tinha que pegar kombi as 6:30 da manhã para a aula que começava as 8. Quando meus pais se separaram fiz todo o primeiro grau no José Boiteux no Estreito, que era o mais próximo da minha casa. O segundo grau fiz parte na então ETFESC (não tinha saco para números) e fui para o IEE não me adptei ao excesso de disciplina e aos moscões. Daí segui para o cepu. Feito isto, fiquei uns dez aos sem pegar no caderno e em 95 fiz vestibular para sociologia na UFSC e passei em segundo lugar geral. Bastou um cursinho superintensivo que fiz em novembro e dezembro o vestibular foi nos primeiros dias de janeiro. Para tanto tempo sem estudar me dei bem. Se tivesse mais paciência com números, talvez fizesse engenharia que é um curso que te toma o dia inteiro. Depois de um tempo descobri que não lido bem com números abstratos como na matemática prua, mas em física que na verdade é matemática com aplicações práticas me entendo. Aliás, esta coisa de não lidas bem com certas coisas acabou aumentando aumentando minhas restrições a militares, hierarquias e coisas do tipo. Tanto que apesar de morar ao lado do 63º batalhão de infantaria no estreito, na época do serviço militar, optei por ir para aeronáutica. Este quartel era quase um quintal da minha casa.
    Minha mãe tinha quatro casas e alugava três, e não raro duas delas sempre ocupadas por militares. Daí, ela tinha amizade com as esposas deste militares e suas famílias. Cresci vendo e ouvindo coisas ditas sem meias palavras por militares neste período da ditadura e que são immpesáveis hoje em dia. Minha sorte é que era muito novo para enterder a extensão de tudo, mas não era tão tacanho. Em 73 militares se organizaram para dar um contragolpe na ditadura e ouvia que o Médici estava relaxando e seria derrubado por aquartelados por exemplo. Estranho, a história hoje indica que no mandato dele como presidente foi o pior na repressão. Isso deu em nada. Do JK ouvi falaram que ele era uma ameaça comunista e era preciso livra-se dele. Tempos depois o coitado teve aquele fim num acidente, e até hoje há quem diga que não foi acidente e sim uma conspiração. Mas também sei que as pessoas morrem em acidentes. Isso me fez torcer o nariz para essa coisa de alistamento obrigatório e serviço militar. O lado bom da amizade com os militares é que sempre tinha colônia de férias garantida e sempre recebia aquelas vacinas contra miningite bem antes do restante da população, como se fosse filho de militar. Mas tirando este ambiente meio pesado dava até para sair de casa sem se preocupar em fechar a casa. O moradores de morro não tinham tantos problemas com ciminalidade. Sair de casa para ir na praia da armação do pantano do sul era quase uma aventura devido as estradas ainda serem de chão e aquelas comunidades quase isoladas e as praias quase intocadas. Cheguei a acampar na ilha da praia da armação em 79, mas em 81 proibiram acampar no local porque uma família inteira morreu por ter colocado a barraca em cima de tocas de cobra. O caminho para a praia da joaquina era de chão, quase sempre tomado pelas dunas. lembro agora que ví um show do Tim Maia por lá, e ele como sempre tão sobrio quanto um peru em véspera de natal. Mas ele garantiu o show. Foi pena o que a bebida fez com ele e com o Raul Seixas. Aliás, acho que o Raul nunca se apresentou em floripa. O mais próximo que ele esteve foi numa casa noturna em Palhoça chamada Piramide, junto com o Marcelo Nova, e depois lançaram o disco “a panela do diabo” e tempos depois o Raul se foi. Lembrei agora que no início dos anos 80 teve um show do Erasmo Carlos com as Frenéticas no TAC, que foi legal. Após o fim do The Police, o Andy Summers se apresentou no CIC em 97. Tivemos ainda o Rod Stwart e Eric Clapton no estádio do figueirense também nos anos 90. O Rod Stewart já não era aquele medalhão, e o Clapton era um cara bem simples. Um colega o encontrou fazendo compras de bermuda e chinelo no supermercado imperatriz onde hoje é o floripa music hall. Este supermercado ficava ao lado do hotel diplomata onde estava hospedado, proximo a rótula da rodoviaria.
    Luciano

  13. Luciano, uma pequena correção: o show do Rod Stewart foi ou em 88 ou em 89, sei porque estive lá. Não fui no show do Clapton porque na época (entre 90 e 92, não tenho certeza) eu morava em São Paulo, e lá ele tocou no Olímpia, casa de espetáculos famosa na época, onde não cabiam mais de 3000 pessoas, e quando fui comprar ingressos estava tudo lotado. Façamos o seguinte: estarei mandando para o seu email meu email particular. Estarei indo pra Floripa no feriadão da semana que vem, de repente podemos nos encontrar e trocar mais lembranças da boa e velha Floripa.

  14. FDP,
    o meu email no ig estava com problemas, fiquei 90 dias sem utilizá-lo e é bem provável que tua mensagem tenha retornado como email não exitente ou coisa do tipo. Bom, já regularizei situação no ig, então podes reenviar teu email para contato?
    Você falou em feriadão e comecei a rir. Minha esposa é professora na rede municipal, e como houve uma greve, a pmf está usando feriados para e sábados para reposição de aulas e cumprimento do calendário escolar. A Heloisa vai curtir o feriado de 7 de setembro em sala de aula. O absurdo dos absurdos é que o ano letivo na rede municipal encerrará em 22 de dezembro.
    Enquanto isso, eu ficarei em casa cuidando das minhas gêmeas de 3 anos. Mas podemos sim tentar combinar um encontro.

  15. FDP,
    o meu email no ig estava com problemas, fiquei 90 dias sem utilizá-lo e é bem provável que tua mensagem tenha retornado como email não exitente ou coisa do tipo. Bom, já regularizei situação no ig, então podes reenviar teu email para contato?
    Você falou em feriadão e comecei a rir. Minha esposa é professora na rede municipal, e como houve uma greve, a pmf está usando feriados para e sábados para reposição de aulas e cumprimento do calendário escolar. A Heloisa vai curtir o feriado de 7 de setembro em sala de aula. O absurdo dos absurdos é que o ano letivo na rede municipal encerrará em 22 de dezembro.
    Enquanto isso, eu ficarei em casa cuidando das minhas gêmeas de 3 anos. Mas podemos sim tentar combinar um encontro.
    Luciano

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