A partir do som mais ou menos, podemos quase garantir que se tratam de velhas gravações da Melodiya, o que não significa que sejam ruins. A interpretação é boa e elegante, com aquele entusiasmo contido e a alegria que convêm à Haydn. Claro que as sinfonias mostram mais uma vez o modelo clássico formatado pela Escola de Mannheim e consolidado por Haydn, sempre dividido em 4 partes. O primeiro movimento pode ser uma música de caráter ligeiro, um allegro por exemplo. Alguns primeiros movimentos possuem uma curta introdução de caráter mais grave. O segundo movimento é a parte lenta e reflexiva da obra. O terceiro movimento é conhecido como minueto. É a música mais dançável da obra. Estes dois últimos movimentos podem ter invertidas suas ordens. O quarto e último movimento (finale) tem características semelhantes à do primeiro movimento, mas aqui o caráter é habitualmente triunfante, daquele tipo que busca o aplauso. Sim, há que considerar o ambiente dos concertos. As sinfonias? Sim, são ótimas!
F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 44, 28 e 49
01. Symphony No.44_ I. Allegro con brio
02. II. Menuetto. Allegretto. Canone in diapason
03. III. Adagio
04. IV. Finale. Presto
05. Symphony No.28_ I. Allegro di molto
06. II. Poco Adagio
07. III. Menuet. Allegro molto
08. IV. Presto assai
09. Symphony No.49_ I. Adagio
10. II. Allefro di molto
11. III. Menuetto
12. IV. Finale. Presto
The Moscow Chamber Orchestra
PQP
Mas veja só que mestre é mestre, e merece ser bem executado (algo que, neste caso, não ocorre, ao menos para minha sensibilidade): na sinf.44 o minueto vem no segundo movimento; dificilmente o primeiro poderia ser tomado como “música ligeira” e é no terceiro que encontramos o lento e reflexivo; nesta e na 49 os minuetos o são na forma, mas dificilmente são dançáveis; na 49 o lento e reflexivo está no primeiro movimento. Dentro do esquema, apenas a 28, obra seguramente menor… Enfim, uma boa confusão para exigir um mergulho atento ao mundo sinfônico do não-convencional Haydn!
E Beethoven, não bebe?