Versátil e avançado, pioneiro no uso de certos recursos, exímio na montagem de contrapontos, Lobo de Mesquita precedeu ao próprio Beethoven na utilização de alguma técnicas de composição. Insuplantável como organista, ele, no entanto, produziu para a trompa a maior parte de sua extensa e valiosa obra.
Marcado pela exuberância e caracterizado ideologicamente como uma contraposição espiritualista às tendências antropocêntricas do Renascimento, o Barroco teve sua primeiras e mais significativas manifestações nos meados do Século XVI, florescendo até o final do Século XVII, quando entrou em declínio.
Grandes vultos enriqueceram o Barroco com o seu talento, na literatura, nas artes, na música, na arquitetura e na escultura. Já na obra de Miguel Ângelo se vislumbram os primeiros traços deste estilo, que teve no Padre Antonio Vieira, em Luiz de Góngora, em Vivaldi e Bach, em El Greco e no imortal Aleijadinho e outros grandes expoentes.
Minas Gerais tem o Barroco impregnado nas sua raízes culturais e sua contribuição é marcante para a disseminação do estilo em todo o País. Além da expressão máxima do Barroco brasileiro – o Aleijadinho -, Minas deu ao Brasil a genialidade de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, cuja obra musical – só recentemente descoberta e divulgada – se compara em riqueza e criatividade à dos grandes mestres europeus.
De sua pessoa se sabe muito pouco. Tem-se como certo que nasceu no Arraial de Tejuco, hoje Diamantina, em data ignorada. Gênio instrumental, foi organista da Irmandade do Sacramento, em sua terra, transferindo-se no final do Século XVIII para Vila Rica, onde – graças à fama conquistada – não teve dificuldade em se tornar o organista titular da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar.
Dele é o Noturno para Orquestra e Coro que compõe um dos lados deste disco.
(extraído da contra-capa do LP)
Palhinha: ouça a integral do Noturno nº 1 (Antífona), enquanto aprecia as obras do ‘Aleijadinho’.
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José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 1 (Antífona)
Noturno nº 1 (Antífona): 01. Astiterunt Reges Terrae
Noturno nº 1 (Antífona): 02. De Lamentatione Jeremiae
Noturno nº 1 (Antífona): 03. Cogitavit Dominus
Noturno nº 1 (Antífona): 04. Defixae Sunt
Noturno nº 1 (Antífona): 05. Consperserunt Cinere
Noturno nº 1 (Antífona): 06. Omnes Amici
Noturno nº 1 (Antífona): 07. Et Terribilibus Oculis
Noturno nº 1 (Antífona): 08. Inter Iniquos
Noturno nº 1 (Antífona): 09. Velum Templi
Noturno nº 1 (Antífona): 10. Et Omnis Terra
Noturno nº 1 (Antífona): 11. Petrae Scissae Sunt
Noturno nº 1 (Antífona): 12. Vinea Mea Electa
Noturno nº 1 (Antífona): 13. Sepivi Te
Noturno nº 1 (Antífona): 14. Tenebrae Factae Sunt
Noturno nº 1 (Antífona): 15. Et Inclinato Capite
Encontro Barroco – vol. 1 – 1983
Instrumentistas de Orquestra e Coristas da Fundação Clóvis Salgado
Regente: Sergio Magnani
LP editado pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira e gentilmente cedido pelo nosso ouvinte das Gerais, Alisson Roberto Ferreira de Freitas. Não tem preço!
Digitalizado por Avicenna.
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XLD RIP |Flac | 123,5 MB
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MP3 | 320 kbps | 51,6 MB
powered by iTunes 12.3.3 | 21,4 min
Boa audição.
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Avicenna
Corrijam o nome do Maestro que é Sergio (sem acento) Magnani (sem s final). Eu participei da gravação.
Abraços!
José Maurício
Feito, José Maurício.
Avicenna