Duetos Concertantes: Gabriel Fernandes da Trindade (1799/1800-1854) – Acervo PQPBach

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Gabriel Fernandes da Trindade

Maria Ester Brandão (1º violino)
Koiti Watanabe (2º violino)

Gabriel Fernandes da Trindade, inicialmente conhecido apenas como autor de “modinhas”, tem origem incerta. Não se sabe até hoje se era português ou brasileiro. Pesquisas revelaram, entretanto, que ele compôs as duas únicas obras instrumentais camerísticas do período colonial brasileiro: os Duetos Concertantes. O autor utilizou nesses duetos uma base estética clássica italiana. Mas características luso-brasileiras são claras em alguns movimentos dos duetos n. 2 e em todo o dueto n. 3.

Além de seus traços estéticos que lhe imputam sua importância como obra de arte, os duetos também são sociologicamente importantes, pois documentam um estilo cortesão de vida no Rio de Janeiro já na época de D. João VI. Destacamos aqui o “Allegro Vivace” (faixa 3), terceiro movimento do dueto n. 1. A peça é um rondó que traz um tema jocoso que é repetido, seguindo-se de uma seção em modo menor. Maria Ester Brandão (1º violino) e Koiti Watanabe (2º violino), ambos naturais de Curitiba, executam com graça e vivacidade os duetos desta gravação, abrilhantando ainda mais esta importante obra de Gabriel Fernandes da Trindade. (http://www.paulus.com.br)

Restaurados por Paulo Castagna e Anderson Rocha, os Duetos são essencialmente brilhantes e mesmo os movimentos lentos manifestam extroversão. A linguagem é simples e divertida, com procedimentos melódicos e harmônicos típicos do estilo operístico italiano

Maria Ester Brandão
Natural de Curitiba, iniciou sua carreira com o Coral e Conjunto da Família Brandão. Conquistou vários Primeiros Prêmios em concursos no Brasil e desde então tem se apresentado como solista junto a orquestras por todo o Brasil e Exterior. Graduou-se sob a orientação do Professor Moysés Azulay de Castro pelo Curso Fundamental e Superior da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Integrou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra de Câmara Solistas do Brasil, foi professora de Violino e Musica de Câmara do Departamento de Musica da Universidade de São Paulo e realizou turnês pela Europa como solista convidada da Orquestra de Câmara de Blumenau em 90, 91 e 93 com grande sucesso. Tem se apresentado como solista com as principais orquestras brasileiras, com o Duo Brandão – Watanabe e o pianista Denis Akel e também com a cravista e pianista Regina Schlochauer em recitais pelo Brasil. Foi spalla da Orquestra Filarmonica de São Paulo, da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo e da Orquestra do Programa PRELÚDIO da TV Cultura – RTC – SP em 2005 e 2006.

Koiti Watanabe (in memoriam)
Natural de Curitiba, iniciou seus estudos de violino com Bianca Bianchi na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Em 1974 obteve uma bolsa de estudos do governo norte-americano para estudar com Francis Elliott na Tennessee Technological University, com Broadus Erle e Sioko Aki na Yale University Summer School of Music and Arts – Connecticut – e com Tossy Spivakovsky, professor da Juilliard School of Music – New York. Vinha se apresentando como violinista e violista com o Duo Brandão – Watanabe, em grupos de câmara, com os pianistas Denis Akel, Olga Kiun, André Heller e a também cravista Regina Schlochauer em recitais e festivais pelo Brasil.

Palhinha: ouça 01. Dueto No. 1 – 1. Allegro moderato

Gabriel Fernandes da Trindade (Ouro Preto, 1799/1800-Rio de Janeiro, 1854)
Duetos Concertantes (c.1814)
01. Dueto No. 1 – 1. Allegro moderato
02. Dueto No. 1 – 2. Andante sostenuto
03. Dueto No. 1 – 3. Allegro vivace
04. Dueto No. 2 – 1. Allegro moderato
05. Dueto No. 2 – 2. Andante con espressione
06. Dueto No. 2 – 3. Allegro con spirito
07. Dueto No. 3 – 1. Adagio
08. Dueto No. 3 – 2. Allegro con moltissimo moto

Duo Brandão – Watanabe: Duetos Concertantes – 1995
Maria Ester Brandão (1º violino)
Koiti Watanabe (2º violino)

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.Boa audição.

bebe computer

 

 

 

 

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Avicenna

26 comments / Add your comment below

  1. Obrigado pela dica, Rodrigo.
    Ví na planilha do MEC que amanhã vão tocar muitas obras do Brasílio Itiberê que, coincidentemente, é a minha postagem especial para amanhã, 7 de Setembro.

    Um abraço!

    Avicenna

  2. Curiosíssimo para ouvir esta postagem, só não corro mais pq tem outro download em andamento!

    Inclusive porque quando Ranulfus era moleque, a Família Brandão de Curitiba vinha se apresentar no ponto poeirento das estepes onde ele vivia: pai, mãe e seis ou sete filhos tocando juntos, inclusive a linda Maria Esther ao violino e sua irmã Maria Alice ao violoncelo… Também cantavam, tocavam flautas doces que Ranulfus nunca tinha ouvido antes, o escambau… e Ranulfus sonhava se um dia poderia fazer parte de um mundo tão bonito assim!

    Anos mais tarde Ranulfus gravou num cassete Maria Esther tocando no palco da escola de música a sonata de Beethoven que devia se chamar Bridgetower mas é conhecida como Kreutzer… Foi seu primeiro contato com essa que lhe parece até hoje uma das coisas mais fortes já compostas para o violino, e por muitos anos foi naquele cassetezinho que Ranulfus a ouviu…

    Depois, depois… a correnteza levou cada barco para um lado e Ranulfus nunca mais ouviu falar de Maria Esther Brandão, até que um dia… eis que o chega o Mago Avicenna e… ENFIM, MAL POSSO ESPERAR! 😀

  3. Caro Avicenna:

    Que postagem concorrida para downloading! Tentei baixá-la no meio da tarde mas não consegui. Insisti no final desta e então deu certo. Estou ouvindo os Duetos enquanto escrevo, que belas composições! Estaria enganado se dissesse que me lembra Mozart?
    É o primeiro post deste compositor aqui no PQP e mais uma demonstração do seu bom gosto!

  4. Eu achei que você iria gostar, Adriano. Que bom!
    Qual foi a mensagem que você recebeu quando não conseguiu baixar? Quero checar se posso fazer algo para isso não mais acontecer.

    Um abraço,

    Avicenna

  5. Caro Avicenna:

    Obrigado pela atenção, mas não há o que fazer. Já tinha percebido que o Rapishare tem um limite de downloads. Se o número de downloads simultâneos de um mesmo arquivo ultrapassa este, os demais pedidos para baixar o mesmo são bloqueados por 2 minutos. Eu já consegui aguardar exatos 2 minutos e começar um download. É um incômodo provisório e, ao mesmo tempo, a certeza que são muitos os seus admiradores, entre os quais me coloco.

    P.S.: já baixei o CD do Brasílo Itiberê… que suavidade! faz-me pensar num Chopin sem melancolia.

  6. Gostei muito do post.
    Esses duetos me lembram a época que eu tocava os Duetos do método Klosè. Penso que o dueto é uma forma bem clara de expor o que o compositor quer. é uma melodia e um acompanhamente e/ou hermonia por trás.
    Realmente uma boa Postagem

  7. Prezados Adriano e Gabriel,
    Encontrei esse CD abandonado num cantinho poerento de um sebo em S. Paulo. Não dei muito por ele e até demorei para ouví-lo. Me encantei quando ouví pela primeira vez. Hoje é um dos meus favoritos.

    Obrigado pela presença de ambos!

    Avicenna

  8. Hola… hace poco bajé el archivo de este disco que aparentemente se hallaba en formato .Flac… pero al descomprimirlo figuraba como .AIFF o algo así… y creo no haber cometido un error al descargar… Lo informo por si acaso pueden corregirlo.
    Felicito a los sostenedores de esta página que tantas y tan singulares bellezas musicales suele proporcionar.
    Un saludo.
    Rel.

      1. Espero “no” haya extrañado mi agradecimiento en su momento… jeje… pues fue muy presto en responder a mi inquietud, además que afectuoso y cordial… y yo, negligentemente, quedé mudo… jeje… pues a veces me duermo por largo tiempo…. sin embargo, se lo debía y, “como más vale tarde que nuca”, aprovecho de agradecer su buena disposición en general, no tan sólo por atender las requerimientos eventuales de quienes manifiesten alguna dificultad en descargar música desde su página, como fue mi caso… sino por la oportunidad de compartir este repertorio tan diverso y, en ocasiones, tan sorprendente por su rareza o poca difusión.
        Una brazo desde más al sur…

      2. Espero “no” haya extrañado mi agradecimiento en su momento… jeje… pues fue muy presto en responder a mi inquietud, además que afectuoso y cordial… y yo, negligentemente, quedé mudo… ”¡¡¡por más de un año!!!!… jeje… pues a veces me duermo por largo tiempo…. sin embargo, se lo debía y, “como más vale tarde que nuca”, aprovecho de agradecer su buena disposición en general, no tan sólo por atender los requerimientos eventuales de quienes manifiestan alguna dificultad en descargar música desde su página, como fue mi caso… sino por la oportunidad de compartir este repertorio tan diverso y, en ocasiones, tan gratamente sorprendente por su rareza o poca difusión.
        Una fraterno abrazo desde más al sur…

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