Este disco me foi apresentado por um amigo no início dos anos 80. Adorei, curti, ouvi muito, nossa, mas acho que fazia uns 20 anos que não o fazia. Peguei o vinil hoje e vi quão anos 70 ele é. Uma confusão de gêneros e uma instrumentação que jamais Corea utilizaria se fossem outros os tempos, só que há um talento e uma juventude embutidos nele que o torna uma obra-prima daquelas indiscutíveis. O pianista, compositor e arranjador Chick Corea é mais conhecido por seus grupos de fusion Return to Forever e Chick Corea’s Elektrik Band, mas tem um pé na salsa que tocava com Mongo Santamaria no início de carreira. Se o jazz norte-americano é óbvio e principal ao longo de sua carreira, seu interesse pelo derramamento lírico espanhol também é. Este ambicioso trabalho — disco do ano de 1976 em quase todas as publicações — traz boa parte da herança cultural de sua família. além de ser uma reminiscência da colaboração entre Miles Davis e Gil Evans em Sketches of Spain e da pesquisa de Charles Mingus em Tijuana Moods. Já postamos estas duas outras obras-primas?
Chick Corea – My Spanish Heart
1 Love Castle 4:46
2 The Gardens 3:12
3 Day Danse 4:27
4 My Spanish Heart 1:38
5 Night Streets 6:02
6 The Hilltop 6:16
7 The Sky 4:58
8 Wind Danse 4:55
9 Armando’s Rhumba 5:19
10 Prelude To El Bozo 1:34
11 El Bozo, Part I 2:52
12 El Bozo, Part II 2:04
13 El Bozo, Part III 4:59
14 Spanish Fantasy, Part I 6:06
15 Spanish Fantasy, Part II 5:15
16 Spanish Fantasy, Part III 3:06
17 Spanish Fantasy, Part IV 5:06
18 The Clouds 4:33
PQP
Ouvi metade agora há pouco. Não conhecia. Um tanto quanto incongruente no sentido de que não se percebe uma “Unidade Conceitual”. Mas algumas me agradaram muito, em especial The Hilltop.
Esse album é de fazer você repensar em tudo que conhece sobre estilística e possibilidades. Adoro demais! Obrigado por postarem, procurei em tudo que é lugar, em tudo que é língua e encontrei bem aqui! (pra variar!!!)
Essa obra El bozo é de uma preciosidade que mostra do que a excentricidade de Chick Corea é capaz! Armando’s Rhumba é outra pérola com participação igualmente genial de Jean Luc Ponty e Stanley Clarke