Aqui Steve Reich permanece mais uma vez fiel a seu corolário de dialogar com a música popular e traz, além dos guitarristas mandando bala na Electric Counterpoint — dedicada e gravada originalmente por Pat Metheny — e dos seis pianos de Piano Counterpoint, Radio Rewrite, que é baseada em canções do grupo inglês Radiohead.
Não canso de deixar clara uma das opiniões do genial Reich:
Todos os músicos do passado, começando na Idade Média, estavam interessados na música popular. A música de Béla Bartók se fez inteiramente com fontes de música tradicional húngara. E Igor Stravinsky, ainda que gostasse de nos enganar, utilizou toda a sorte de fontes russas para seus primeros balés. A grande obra-prima Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill, utiliza o estilo de cabaret da República de Weimar. Arnold Schoenberg e seus seguidores criaram um muro artificial, que nunca existiu antes. Minha geração atirou o muro abaixo e agora estamos novamente numa situação normal. Por exemplo, se Brian Eno ou David Bowie recorrem a mim e se músicos populares reutilizam minha música, como The Orb ou DJ Spooky, é uma coisa boa. Este é um procedimento histórico habitual, normal, natural.
Steve Reich
O terceiro movimento de Electric Counterpoint (Fast):
Steve Reich (1936): Radio Rewrite
1. Electric Counterpoint: I. Fast
2. Electric Counterpoint: II. Slow
3. Electric Counterpoint: III. Fast
4. Piano Counterpoint (para seis pianos)
5. Radio Rewrite: I. Fast
6. Radio Rewrite: II. Slow
7. Radio Rewrite: III. Fast
8. Radio Rewrite: IV. Slow
9. Radio Rewrite: V. Fast
Pelos músicos do Alarm will sound.
PQP
This looks very interesting. Thanks very much!
-Brian