Hoje vou quebrar um pouquinho minha tradição de postar compositores modernos e contemporâneos, e vou postar um álbum de um compositor romântico.
Romântico? Na verdade, nem tanto. Dvorák, compositor tcheco, tinha um ideal nacionalista e modernista em sua música que antecipa bastante o movimento modernista que seria acompanhado por outros grandes compositores europeus como Jean Sibelius e Edvard Grieg. A sua Sinfonia No. 9, conhecida como “Do Novo Mundo” é uma obra extremamente reconhecida do repertório da música erudita. Percebi que o blog estava precisando que ela fosse repostada.
Embora num primeiro momento o nome possa remeter à uma ideia de novo mundo utópico ou imaginário, o drama de novo mundo foi muito real. Veio a partir do choque que Dvorák teve em sua estadia nos Estados Unidos. E junto à sinfonia, Dvorák escreveu também, no “novo mundo”, o famoso concerto para violoncelo.
A interpretação aqui é polêmica. Embora os performers sejam ótimos, a Orquestra da Academia de Santa Cecília conduzida por Antonio Pappano e o solista do concerto para violoncelo sendo Mario Brunello, por ser ao vivo, temos muitos “sons de marcenaria” como diria PQP. Eu não me importo, mas alguns comentaristas da Amazon foram cruéis em seu julgamento.
Antonín Dvořák (1841-1904)
CD1
Symphony No. 9 in E minor Op. 95 “From the New World”
01 Adagio – Allegro molto
02 Largo
03 Scherzo: Molto vivace – Poco sostenuto
04 Allegro con fuoco
Accademia di Santa Cecilia Orchestra
Antonio Pappano, conductor
CD2
Cello Concerto in B minor Op. 104
01 Allegro
02 Adagio, ma non troppo
03 Finale: Allegro moderato – Andante – Allegro vivo
Accademia di Santa Cecilia Orchestra
Antonio Pappano, conductor
Mario Brunello, cello
Luke
Dvořák é tipo lasanha congelada da Sadia: parece ruim, mas até que é bom…
Brincadeira à parte, amo essa sinfonia. A única merd* é que, depois daquele vídeo das garotas sul-coreanas dançando ao som dessa sinfonia e quase nos fazendo mergulhar em suas nádegas, sempre que a ouço, sou imediatamente redirecionado a esse cenário de vibração dionisíada.
Jamais assistam. É irreversível.