.: interlúdio :. Nine Immortal Non-Evergreens for Eric Dolphy – Viena Art Orchestra

Nine Immortal Non-Evergreens for Eric DolphyIM-PER-DÍ-VEL !!!

Dedicado ao Blue Dog, que vai adorar

Este CD é uma espetacular anormalidade que meu amigo A.M. — sim, professor universitário, toca em sinfônica e como solista, chupem preconceituosos! — plantou no meu micro. (Quando vem aqui em casa, ele sempre se levanta de repente, pega um pen drive e diz: “Vou botar umas coisinhas pra tu ouvir…”. Como é sempre bom, não o reprimo). É uma obra-prima. Por favor, ouçam com o som bem alto num bom equipamento, nada de caixinhas de micro desta vez, tá? Muito respeito a Eric Dolphy e a esses surpreendentes vienenses.

Eric Dolphy (1928–1964) tocava saxofone alto, flauta, clarinete e clarone (clarinete baixo). Foi também o primeiro claronista importante como solista no jazz. Em todos esses instrumentos era um notável improvisador, muitas vezes selvagem, surpreendente e incontrolável. Nas primeiras gravações, ele tocava ocasionalmente um clarinete soprano tradicional. Seu estilo de improvisação, quase sempre uma tsunami de idéias, utilizando amplos saltos intervalares e abusando das doze notas da escala foi às vezes classificado como free jazz, mas você não precisa ser trouxa, nem sair dizendo por aí uma bobagem dessas, tá? Agora chega de papo.

Nine Immortal Non-Evergreens for Eric Dolphy – 1995

1 Out there
2 Hat and Beard
3 245
4 Miss Ann
5 Gazzelloni
6 Something Sweet – Something Tender
7 Straight Up & Down
8 Jitterbug Waltz

All titles composed by Eric Dolphy & arr. by m.ruegg,
except for the Jitterburg Walz,
composed by Fats Waller & arr. by m.ruegg.

Matthieu Michel, Bumi Fian, Herbert Joos trumpet
Klaus Dickbauer, Florian Brambock, Andy Scherrer sax
Claudio Pontiggia flugelhorn
Christian Muthspiel trombone
Frank Tortiller vibes
Heiri Kanzig bass
Uli Scherer piano
Thomas Alkier drums
mathias rüegg leader
Anna Lauvergnac, Monika Trotz vocals on 8

Vienna Art Orchestra

Recorded live during the VAO European Tour, 28 October 1995, at Migros Hochaus, Zurich, by Jurg Peterhans (Studer 48-track digital).

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

A Vienna Art Orchestra
A Vienna Art Orchestra

PQP

4 comments / Add your comment below

  1. PQP,

    obrigado por romper o silêncio sobre o tão maravilhoso campo do jazz que é Dolphy. Como há tempos reluto em fazê-lo no OPS!, me franqueaste, com teu belo abre-alas, espirituoso, preciso e enxuto, um espaço ideal – porquanto com o melhor público ! – para tanto.

    Antes, porém, de falar em Dolphy, algumas palavras sobre como vim a saber desses autríacos assombrosos. O elo de ligação, ausente neste disco, é o guitarrista do grupo, Alegre Correa, compositor, gaúcho de Passo Fundo que muito cedo procurou refúgio da cena musical brasileira instrumental em Viena, onde desenvolveu carreira, além de na VAO, também a frente de seu Alegre Correa Group e do Zawinul Syndicate (do recentemente falecido tecladista Joe Zawinul, co-mentor do inovador Weather Report) – ambos os grupos, no caso, aglomerados multiculturais de improvisadores instigantes.

    Encontrei Alegre poucas vezes na vida, todas elas memoráveis. Numa das primeiras, tentou me convencer de que improvisar jazzisticamente era fácil se nos ativéssemos à ideia de aderência, a cada instante, a um determinado campo tonal. Como, ainda assim, eu teria que me dedicar à pratica de escalas e arpejos a um nível do qual jamais fui capaz, acabei encontrando ofício nas águas relativamente mais seguras da música inadequadamente designada por erudita.

    Desde então, sei do Alegre, muito mais do que, propriamente, o encontro, mais ou menos a cada dez anos, por meio de um amigo comum (a quem, todavia, jamais encontrei pessoalmente (maravilhas da web…)), o compositor porto-alegrense, radicado em Passo Fundo, Raul Boeira, parceiro de Alegre, que me apresentou a VAO como “a melhor big band da Europa”. Avesso aos superlativos, não conheço, todavia, neste caso, nenhuma evidência capaz de refutar tal afirmação.

    For now, so much for VAO – yet, for Eric, a later comment is needed, for offline life’s waiting…

  2. By the way, PQP,

    “[…] selvagem, surpreendente e incontrolável.[…] Seu estilo de improvisação, quase sempre uma tsunami de idéias, utilizando amplos saltos intervalares e abusando das doze notas…”

    is, indeed, quite a perfect critical musical satement – too much, some might find, to have been profered by a musical layman.

    A remarkable evidence in favor of my long time sympathy for the amateur.

    Regards,

    Basseto

  3. Meus caros amigos, seria muito interessante ver neste espaço de “interlúdio”, o grande album de José Cid, 10.000 anos entre Venus e Marte, obra-prima, reconhecida internacionalmente como sendo um dos melhores discos de Rock Progressivo de sempre… Deixo aqui o link para o caso de estarem interessados:

    http://rapidlibrary.com/download_file_i.php?qq=jose%20cid&file=11556283&desc=Jose+Cid+-+10000+Anos+Depois+Entre+Venus+E+Marte+.rar

    Abraço

    Z.

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