Essa belíssima sinfonia apareceu muito pouco aqui no PQPBach. Na verdade, nem lembro se já a postei, ou se algum outro colega o tenha feito. Estive ouvindo essa sinfonia nesta tarde chuvosa em uma gravação antiga de Pierre Monteux, realizada ainda nos anos 40, mas a qualidade da gravação era muito ruim, por isso então resolvi trazer outra leitura mais moderna, novamente com o italiano Carlo Maria Giulini regendo a Filarmônica de Viena.
Nesta obra Cesar Franck não nega sua influência wagneriana. A abertura da obra, um movimento lento belíssimo, poderia perfeitamente abrir alguma ópera de Wagner. Mas a obra logo adquire personalidade própria dando voz a Franck. Lindas passagens, românticas, densas, outras mais leves. E como não poderia deixar de ser, novamente Giulini deixa a sua marca, realizando umas das melhores gravações desta sinfonia nos últimos anos. Lembram dos Bruckner que eu trouxe há algum tempo atrás com esse mesmo maestro? Pois então, estas gravações foram realizadas neste mesmo período final da vida do maestro.
Paul Crossley fecha o cd com chave de ouro sentado ao piano, tocando as Variações Sinfônicas para Piano e Orquestra, sempre acompanhado por essa fenomenal orquestra dirigida por um dos grandes nomes da regência do século XX.
01. Symphony in D – I. Lento – Allegro non troppo
02. Symphony in D – II. Allegretto – attacca
03. Symphony in D – III. Allegro non troppo
04. Symphonic Variations
Paul Crossley – Piano
Wiener Philharmoniker
Carlo Maria Giulini – Conductor
Prezado fdpbach,
Bonita postagem. Vou ainda baixá-la, mas o simples fato de ter lembrado desta sinfonia, uma das mais belas que conheço, já merece parabéns.
Tenho uma muito boa gravação da mesma, com a Orquestra Filarmônica de Nova York e Kurt Masur, de1992 (CD – TELDEC), e uma outra, que considero insuperável (em vinil – DGG), com a Orquestra de Paris e Daniel Barenboim, de 1985. Tempos atrás, procurei tal gravação em CD, mas não a encontrei.
Vou ouvir atentamente a que ora você posta.
Abraços,
Nilton Maia
Nilton, curiosamente conheci também conheci essa sinfonia através dessa gravação do Baremboim.
bom dia!!!! noto que essa sinfonia linda, maravilhosa de franck aparece pouco por aqui. seria possivel renovar este post? ou a gravação da deutsche grammophon, também com giulini e com eros e psyche? muito obrigado!
Salve, Bernardo. Link restaurado!
boa noite, agora, hoje que vi!!!! desculpe pela demora e obrigado pela consideração e carinho!!!!!
césar franck et giulini…aprés une lecture de wagner.
quando era pequena, lá pelos 12 anos anos, minha mãe e minha avó apresentaram para mim dois lps da coleção mestres da música, da abril cultural. num havia a sonata para violino e piano e as variações sinfônicas, com hanae nakajima e rato tschupp, bamberger symphoniker – os intérpretes da sonata não me lembro.
no outro lp, a sinfonia em ré menor.
amor à primeria vista. a beleza, a paixão e o fogo sob uma áura de severidade belga, católica. mas o fogo está ali.
as variações sinfônicas…bem… o que dizer delas. uma contemplação, uma confissão apaixonada num dia nublado.
aos poucos era arrastado por aquela obra, pra dentro dela. e fiquei!
o que dizer do momento final do primeiro movimento da sinfonia em ré menor? a alusão ao final da cena die frist ist um, de der fliegende hollände, nos metais. precisa dizer mais alguma coisa?
e quanto à sonata para violino e piano…bem. in my humble opinion, é o caminho para as obras de debussy e ravel.
franck, com seu jeito de organista de uma sisuda igreja católica belga, daquelas descritas em susas memórias, por margherite yourcenar, arrasta o mundo franco-belga para o universo wagneriano, e, assim, para a modernidade da música. mas não uma modernidade estéril. uma modernidade cheia de compreensão daquilo que a precedeu e daquilo que estava porvir. e veio
sugestão . faure com michel plasson. é maravilhoso o álbum!!!!!