Até onde vão os limites da intertextualidade?
Tente responder a essa pergunta a partir de um exemplo hipotético: se eu escrevo uma peça que usa a mesma orquestração e a mesma estrutura, digamos, de O pássaro de fogo de Stravínski, mas remelodizando-a com escalas modais nordestinas e aplicando a respectiva harmonização, estou cometendo plágio, exercendo intertextualidade ou apenas expondo minha preguiça de começar do zero?
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Pois bem, após vossa tentativa de resposta deem uma escutada no concerto para piano de Kaplan e vejam como ele se estrutura sobre o segundo concerto de Chostakóvitch, para não falar de como El Salón México de Copland transformou-se numa abertura festiva calcada em temas do folclore paraibano.
Não sei se as outras duas obras do presente CD – uma fantasia para violão, flauta e orquestra de câmara e um concerto para violino (talvez a peça mais interessante dentre as quatro) – têm relação com outras do cânone, porém fico muito desconfiado. Vale de toda forma a oitiva.
BAIXE AQUI (Update: esqueça esse link. O FBI que o diga.)
CVL
Se preferir (quer dizer, agora não tem mais preferência: é a única alternativa), baixe arquivo por arquivo neste link, que contém também o texto do encarte e a lista de faixas.
Carambolas! Ao ler o texto não imaginei que fosse tão escancarado assim, sobre o Concerto Para Piano, tudo está tão igual ao do Shostakovich!
Oi!
Concordo contigo sobre o abuso da intertextualidade usado pelo Kaplan. Acredito que ele tenha feito a mesma coisa com o concerto para violino, mas agora não me lembro com qual obra.
Por algum acaso sabes como eu poderia adquirir a partitura do concerto, tanto o para piano ou violino?
Eu moro no EUA e não tenho acesso as bibliotecas brasileiras.