Gheorghe Zamfir (1941) – Rapsódia da Primavera – Concerto para Flauta de Pã e Orquestra

Imagino o olhar de incredulidade de alguns que adentram constantemente nosso blog e o pensamento preconceituoso do tipo: Caracas, dessa vez apelaram de vez! Zamfir?!?! Era só o que faltava! Putz, o Richard Clayderman da flauta de pã! Tentativas de leitura de pensamento a parte, estamos nos referindo nesse momento, não ao Zamfir intérprete popular, mas ao compositor. E é inegável o seu virtuosismo em um instrumento, apesar do aparente paradoxo, simplório e sem muita tecnologia, mas de extrema dificuldade técnica. Não tenho um amplo conhecimento sobre a obra autoral do compositor romeno, mas acredito que não são muito abundantes as suas composições de real cunho erudito. O álbum que compartilho com vocês, é um explêndido registro das possibilidades que podem ser alcançadas com uma flauta de pã, além de nos encantar com belíssimas melodias que lembram a música folclórica romena. As composições presentes nesta gravação, além de cativantes, demonstram todo o lirismo e, acima de tudo, virtuosismo, do talvez, maior virtuose do instrumento em todo o mundo

É ouvir pra crer! Uma ótima audição!

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Gheorge Zamfir: Rhapsodie du Printemps – Concerto for Panpipes and Orchestra

Rhapsodie Du Printemps
01 Roumanian Rhapsody For Panpipes And Orchestra

Concerto No. 1 In G For Panpipes And Orchestra
02 Allegretto
03 Moderato poco rubato
04 Andante moderato
05 Allegro vivace

06 Couleurs d’Automne

07 Black Waltz

Orchestre Philharmonique de Monte Carlo
Lawrence Foster, Conductor

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Marcelo Stravinsky

25 comments / Add your comment below

  1. Nada de preconceito, meu amigo, é que é ruim mesmo. Esperamos que o blog volte à programação habitual de música.

    Um fuóin-fuóin-fuóin para o pã-post.

  2. Eu particularmente, gosto bastante da Rapsódia e do Concerto e acho maldade falar que é ruim, sem nem ao menos ter escutado um pouquinho. Acho que o grande problema está nos antecedentes. Parece que o instrumento é muito mal compreendido e se tornou sinônimo de música pop internacional. Clarissa, escute pelo menos o Concerto, talvez você o ache bonitinho!

  3. Acho que esta obra já foi postada pelo Strava, possivelmente em outra gravação. Ouvi-a novamente e vejo o seguinte: não questionando a orquestração neorromântica (franco-russa) com um tratamento trompetístico pendendo pro barroco, nem o desenvolvimento temático convencional, a Rapsódia é tecnicamente exigente para a flauta de pã e nada tem de vulgar no papel reservado a ela. Pra mim, a discussão de mau gosto se atém à tal orquestração mesmo, mas até relevei isso e apreciei bastante (de novo) a peça. O Concerto para trompete de Arutunian, só para tomar um exemplo, é cheio de clichês e não traz nada de novidade – mas a maioria dos trompetistas adora tocá-lo e não vejo ninguém descendo o cacete nele.

  4. olha, se zanfir não é lá essas coisas como compositor, devemos admitir que é um gênio na pã. todos já devem ter ouvido e visto esses andinos que andam por aí tocando essas flautas. bem, é só comparar a técnica. se alguém já pôs a mão numa dessas sabe o quanto é difícil fazer o que o zanfir faz. e o timbre é muito agradável, acho. não entendo quem diz o contrário. é sim etéreo, mas a velocidade e a precisão que o cara imprime nas notas compensa. viram que ele executa até vibratos?

  5. Os que saíram daqui de casa foi o da Clarissa e o do “con ternura”. Descobri qdo fui comentar e apareceu o nome. Fui ver o IP…

    Coisas.

  6. Ouvi. Que lixo. Se, ao invés do Zamfir na flauta de pã, o concerto fosse tocado pelo Szeryng em seu Guarneri “Le Duc”… seria a mesma porcaria! Uma mistura kitsch, melosa, nonsense, de Vivaldi com qualquer outra coisa.

    As rádios easy listening devem adorar. Para mim, é very hard listening.

  7. Baixei, gravei no pendrive e fui ouvindo no caminho prá Sampa. Gostei bastante, tanto que repeti duas vezes. Acho que não sou tão exigente quanto outros por aqui, ouço de tudo. Fui pro show do Pedra Branca e na volta de Sampa voltei ouvindo Rammstein. Bela mistura.

  8. Sobre Zamfir três afirmações:
    1- Ele é um gênio incontestável da flauta pã. O cara realmete é bom nisso.
    2- Como compositor, ele é no máximo mediano. As músicas dele são até bonitinhas, mas não prendem a atenção. São como uma mulher com o rosto muito bonito, mas sem peito e sem bunda. Pessoalmente, prefiro a Jaque do BBB.
    3- É uma boa audição para os iniciantes na grande música. Pessoas que não têm o costume de ouvir 9ª de Beethoven podem muito bem começar com Zamfir e ir evoluindo.

    No final das contas, e um post que os leitores habituais do blog podem não se encantar, mas que pode trazer muitos leitores mais.

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