Igor Stravinsky (1882-1971) – Les Noces, Claude Debussy (1862-1918) – First Rhapsody for Clarinet and Orchestra e Sergei Prokofiev (1891-1953) – Cantata for the 20th Anniversary of the October Revolution, for 2 choruses, accordions & orchestra, Op. 74

null

Enquanto digito estas palavras, ouço ao fundo as peças deste maravilhoso post – Stravinsky, Debussy e Prokofiev. Neste exato momento estou a ouvir a Cantata para o Vigésimo Aniversário da Revolução de Outubro de Prokofiev, encomendada pelo PCUS (Partido Comunista da União Soviética) para celebrar o vigésimo aniversário da Revolução de Outubro. É um trabalho vigoroso; revelador da paixão do povo soviético pela Revolução de 1917. É magnificente. Gestor de um forte realismo que se volta para cantar as glórias do país. A obra foi escrita entre os anos de 1936 e 1937. Na década de 30, Stálin introduziu na União Soviético o Realismo Soviético, que tanto causou problemas a artistas e intelectuais. Esse Realismo tinha por objetivo orientar a prática da criação de qualquer produto artístico. O Realismo era uma política de Estado para guiar a estética em qualquer campo das produções humanas. Prokofiev, assim, criou essa cantata – um hino que enaltece, canta as glórias do triunfo do povo, quando derrubou o Estado czarista e erigiu a União Soviética. É uma gravação primorosa. Aparecem ainda Les Noces de Stravinsky e um obra doce, vaga, típica de Debussy, a rapsódia para clarinete e orquestra. Boa apreciação!

Igor Stravinsky (1882-1971) – Les Noces
01. Part I, Scene I, The Brides Chamber
02. Part I, Scene II, At the Bridegroom’s
03. Part I, Scene III, The Bride’s Departure
04. Part II, Scene IV, The Wedding Feast

Claude Debussy (1862-1918) – First Rhapsody for Clarinet and Orchestra
05. First Rhapsody for Clarinet and Orchestra

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Cantata for the 20th Anniversary of the October Revolution, for 2 choruses, accordions & orchestra, Op. 74
06. Introduction. ‘A Spectre
07. Philosophers
08. Interlude
09. ‘We Are Marching In Close
10. Interlude
11. Revolution
12. Victory
13. A Pledge
14. Symphony
15. Constitution

Members of the Mariinsky Chorus
London Symphony Chorus

London Symphony Orchestra

Valery Gergiev, regente
Andrew Marriner, clarinete
Irina Vasilieva, soprano
Olga Savova, mezzo soprano
Andrei Ilyushnikov, tenor
Gennady Bezzubenkov, bass

BAIXAR AQUI

Carlinus

6 comments / Add your comment below

  1. E por falar em Stravinsky e Gergiev… Baixei um DVD com dois dos mais espetaculares balés do titio: O Pássaro de Fogo e A Sagração da Primavera, numa reconstrução da coreografia original do Nijinsky. Simplesmente demais!!!!

  2. Nossa, Carlinus, taí uma jóia do Prokofiev que desconhecia. Brigadão 😀 .

    E acompanhando o Strava nos nossos assuntos coreográficos, eu achei fenomenal essas gravações do Gergiev com o Mariinsky/Kirov. A Dança da Virgem Escolhida da Sagração é fenomenal, a hora que ela faz aqueles giros com os braços soltos por causa do cansaço me dá um nó na respiração…

    Quem quiser apreciar essa bela junção de movimento-música-artes visuais, está esse pedacinho aqui:
    http://www.youtube.com/watch?v=-uKMkmeGx1I

    Mas já que temos o Prokofiev em destaque aí, não posso deixar de comentar sobre o fantástico ballet que fizeram de sua música que não era pra ballet: Ivan, O Terrível. Se eu não me engano, o ballet da Ópera de Paris fez uma versão da coreografia do Yuri Grigorivich que não sei se ainda está no Youtube. Vale a pena conferir, principalmente a cena da invasão, que tem uns saltos de cair o queixo do personagem-título.

    E Dança Contemporânea e Dança Moderna também fizeram ótimas junções com nossos adorados mestres compositores. O Bartók fez uma maravilha naquele Mandarim Miraculoso, apesar de haver um monte de coreografias, algumas um tanto esquisitas. E, entre muitos outros, Aaron Copland e Samuel Barber trabalharam com a grande Martha Graham, em Appalachian Spring e na Caverna do Coração, além de vários outros nos dois ramos.

    Ainda torço pra um dia encontrar a coreografia do ballet Undine, do Hans Werner Henze.

  3. Strava, fiz esta postagem por causa do Gergiev. Gosto muito da condução dele. E mais: o moço ao vivo é um espetáculo.

    Não cheguei a ver as peças de Stravinsky regidas por ele, mas acredito que sejam um espetáculo – literalmente.

    Abraços!

Deixe um comentário para Bruno Cancelar resposta