Samuel Coleridge-Taylor (1875-1912): Violin Concerto

Graças ao excelente post de Ranulfus sobre o compositor negro Joseph Bologne, trago também outro compositor negro que merece ser reconhecido – Samuel Coleridge-Taylor. Nascido na Inglaterra, Taylor foi filho de um médico negro de Sierra Leone e de uma mãe inglesa. Sofreu um pouco, mas seu talento era tão grande que ainda jovem recebeu apoio da comunidade musical inglesa. Até mesmo o reconhecimento de gente importante como Elgar, Vaughan Williams, Holst…Sua obra Hiawatha (1898) para coro e orquestra, composta quando Taylor tinha 23 anos, foi um enorme sucesso. Chegou a bater o Messias de Handel em número de apresentações.

Neste disco temos uma de suas últimas obras (infelizmente o compositor morreu jovem – 37 anos) – o concerto para violino e orquestra (1910). Obra de muito lirismo e fortemente influenciada pela música de Dvorak (que sabidamente também está incluída nesse disco). Música que, nos primeiros segundos, já está presa em sua memória.

1. (Taylor) Violin Concerto in G Minor, Op. 80: Allegro maestoso- vivace
2. Violin Concerto in G Minor, Op. 80: Andante
3. Violin Concerto in G Minor, Op. 80: Allegro molto
4. (Dvorak)Violin Concerto in A Minor, Op. 53: Allegro ma non troppo
5. Violin Concerto in A Minor, Op. 53: Adagio ma non troppo
6. Violin Concerto in A Minor, Op. 53: Finale – Allegro giocoso, ma non troppo

Performed by Johannesburg Philharmonic Orchestra
with Philippe Graffin
Conducted by Michael Hankinson

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

cdf

9 comments / Add your comment below

  1. Rapaz, que belo contraponto!! Até hoje eu havia ouvido só peças menores de Coleridge-Taylor, e nunca havia visto uma foto. Ótimo! (Mas a propósito: como é que alguém pode parecer tão britânico, ao mesmo tempo que tão africano? :D)

    E já que estamos na onda… olha aí dois links de interesse para o tema: um, o site AfriClassical.com , cujo nome de domínio é uma homenagem ao Chevalier de Saint-Georges, http://chevalierdesaintgeorges.homestead.com/index.html . Por enquanto o Brasil só entá representado por José Maurício, que aparece como “Garcia” – mas já é alguma coisa, não?

    Outro, menos aprofundado mas ponto de partida para várias páginas quentes http://www.zimbio.com/Black+Classical+Composers+and+Musicians . Por coincidência, a tela de abertura deste apresenta hoje Saint-Georges e… Coleridge-Taylor!

    São estas coisas que fazem desta “mesa de boteco” uma delícia: um joga um assunto, outro sempre traz algo com que levar o assunto adiante, e assim vamos indo dia após dia, noite após noite… O único probelma é que tenho que trabalhar e agora já estou pensando no próximo post!

  2. Oi Vanderson – somos nove (9) na equipe, e geralmente nosso “nome de guerra” é a última coisa que aparece no post. Este aqui p.ex. foi do CDF – isso porque temos a honra de contar com três filhos menos conhecidos de Bach nesta equipe: o P.Q.P. (o mais velho deles), o F.D.P. e o C.D.F…

    Existem várias peças de Neukomm postadas aqui, só que na lista de categorias aparece como Sigismund Neukomm.

    Quanto a informações da gravação, talvez o mano CDF tenha mais algo a dizer, mas adianto que clicando no selo da Amazon você sempre consegue – e não se preocupe: não é obrigado a comprar!

  3. Eita, erro grave, esqueci de colocar os interpretes. Já corrigido

    Júlio,

    Você tem razão. O nome é uma homenagem ao poeta inglês Samuel Taylor Coleridge.

    Ranulfus,

    Sem querer ser politicamente correto, além dos negros, tenho interesse de colocar mais obras de compositores mulheres aqui, a russa Ulstvolskaia principalmente.

  4. ÓTIMO, CDF, só posso apoiar – isso de obras de compositoras. Não se trata de ser “politicamente correto” valorizando coisas sem valor só pra ficar igualitário, mas de fato está cheio de coisas de valor que nosso comodismo nem deixa conhecer, pois ficamos só repetindo 10 mil vezes os caminhos já mais trilhados…

    Tenho um vinil com obras da irmã de Nadia Boulanger, Lili, precocemente falecida, mas é mais uma homenagem afetiva, não chegou a realmente se realizar como compositora.

    Poder-se-ia também mergulhar até o romantismo: acredito que já hajam gravações de obras da irmã de Mendelssohn, não? Parece que a própria Clara compunha…

    Quanto às russas recentes, também ainda não temos nada de Sofia Gubaidulina – e eu mesmo confesso que ainda não vi, mas tudo o que li sobre ela sugeria tratar-se de um(a) dos(as) compositores(as) mais importantes da atualidade. Vocês colegas têm algo a dizer sobre ela?

    Então que venha Ultvolskaia – e muitas mais!!

  5. Já ouviram as obras orquestrais de William Grant Still, uma geração posterior a Coleridge-Taylor, espécie de contraponto “comportado e erudito” a Duke Ellington? É curioso e interessante. Ainda não ouvi o Coleridge-Taylor e o Saint-Georges, vou fazê-lo.

  6. P.Q.P Bach, grande e caro colaborador da fomentação cultural desse País, fico imaginando a quantidade de pessoas assim como eu, que graças ao seu blog, aos primeiros downloads adventos da curiosidade dessa intrigante e dificil música, que é a música erudita, começaram a habituar-se e apreciar música de alto nível, música de fato de qualidade! Eu que sempre estou acompanhando o blog gostaria de te fazer um pedido, gostaria que você postasse quando possível o Hiawatha, achei belissimo o concerto de violino do Samuel Taylor e graças ao texto que acompanha o post fiquei muito curioso em relação a obra Hiawatha. Quando possível, poste-a Att
    CNetto

  7. Eu estava vendo as postagens de Dvorak mas não achei A Serenata para Cordas em mi maior opus 22. Essa serenata é uma obra prima. Caro PQPBach, se puder, poste algum dia esta serenata, e os admiradores de Dvorak te agradecerão.

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