Modest Mussorgsky (1839-1881) – Quadros em uma Exposição e Maurice Ravel (1875-1937) – Bolero

Há uma tríade maravilhosa nesta postagem: (1) Sergiu Celibidache. O maestro romeno, morto em 1996, era uma figura formidável do mundo da regência. As interpretações do maestro eram absolutamente pessoais e diversas de quaisquer outras que se conheça. É o que podemos testemunhar neste post maravilhosamente imperdível. Há algo de misterioso e fascinante em seus trabalhos. Há uma força que nos chama, que nos convoca à apreciação. É sempre bom ouvir peças regidas pelo velho Sergiu – filósofo, físico e matemático. (2) Mussorgsky. O russo é um dos meus compositores favoritos. Os Seus Quadros em uma exposição são uma das peças mais conhecidas do repertório erudito de todo o mundo. É música genuinamente russa elevada ao cubo. Os Quadros em uma Exposição buscam retratar musicalmente uma visita à exposição das obras de Hartmann, na qual o ouvinte tem como guia o próprio compositor, simbolizando na obra nas diversas Promenades que separam as diferentes seções. (3) Ravel. Aqui temos o Bolero, uma das peças mais conhecidas e aclamadas do século XX. É sempre agradável ouvir o Bolero de Ravel. A melodia do Bolero é simples, repetitiva e envolvente. É uma música que anda em círculos, em volteios, que vão se intensificando e eivando de complexidade. Somos compelidos a acompanhá-lo em sua ciranda agradável. Em suma: este CD deve ser ouvido para ser entendido. Não deixe de ouvir e apreciar. Boa contemplação!

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Quadros em uma Exposição

01. Applause
02. Promenade
03. Gnomus
04. Promenade
05. Il vecchio castello
06. Promenade
07. Tuileries
08. Bydlo
09. Promenade
10. Ballet des petits poussins dans leurs coques
11. Samuel Goldenberg und Schmuyle
12. Limoges- le marché
13. Catacombae- Sepulchrum Romanum
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. La Cabane de Baba-Yaga sur des pattes de poule
16. La Grande Porte de Kiev
17. Applause

Maurice Ravel (1875-1937) – Bolero

18. Applause
19. Tempo di Bolero moderato assai
20 Applause

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Carlinus

8 comments / Add your comment below

  1. Eu volta e meia tenho o tema de “Bydlo” na cabeça. É meu quadro favorito.

    Mas esse disco do Celi é uma atrocidade. Acho que o regente romeno quis apresentar a exposição do ponto de vista de um caramujo que se arrasta no chão da galeria. Só pode ser.

  2. Eu sou fã incondicional de Celibidache e só agora estou vendo estes links, pena que todos estejam indisponíveis para biaxar!!!

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