Hector Berlioz (1803-1869) – Le Carnaval Romain Overture, Op. 9 e Symphonie Fantastique for Orchestra, H.48, Op. 14

FDP postou há algum tempo atrás uma versão da Sinfonia Fantástica de Berlioz. Após ouvir esta convincente interpretação da obra de Berlioz com Abbado, resolvi postar. Fará frente àquela versão postada por FDP. O texto abaixo foi extraído da Wikipédia.

A Sinfonia Fantástica Opus 14, nome oficial Episódio da Vida de um Artista, Sinfonia Fantástica em Cinco Partes (em francês Épisode de la vie d’un artiste, symphonie fantastique en cinq parties), foi a primeira sinfonia de Hector Berlioz , composta no ano de 1830. é o verdadeiro nome da obra, apresentada no dia 5 dezembro de 1830 no Conservatório de Paris, sob a batuta do maestro François-Antoine Habeneck. Esta apresentação difere da que conhecemos hoje, uma vez que Berlioz revisou o trabalho durante anos e só veio a republicá-la em 1845.

É o trabalho mais conhecido de Berlioz e foi criado por inspiração de sua paixão pela atriz irlandesa Harriet Smithson, após vê-la representar o papel de Ofélia na peça Hamlet, de Shakespeare, no Teatro de Paris, em 1827, e também pela leitura de Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe. A obra é um marco na música francesa, pois inaugura o sinfonismo na França. Berlioz quebra a estrutura formal da sinfonia, formada de quatro movimentos, quando a apresenta com um movimento a mais. Berlioz redigiu um roteiro impresso em 1831 em que indicava o que o protagonista imaginava em cada movimento da obra. Para o autor, o artista, sob efeito do ópio, tem alucinações e estas são traduzidas em cinco situações indicadas através dos cinco movimentos.

Movimentos

* Movimento I
Visões e Paixões – Largo; Allegro Agitato e Appassionato Assai.

* Movimento II
Um Baile – Valse: Allegro Ma Non Troppo.

* Movimento III
Cena Campestre – Adagio.

* Movimento IV
Marcha para o Cadafalso – Allegretto Non Troppo.

* Movimento V
Sonho de uma Noite de Sabá – Larghetto; Allegro Assai.

História

A Sinfonia Fantástica foi executada pela primeira vez em 5 de dezembro de 1830 com a Orquestra formada por membros do Conservatório de Paris, tendo como condutor François-Antoine Habeneck. Sofreu inúmeras revisões pelo autor até ser publicada em 1845. O seu roteiro explicativo, que segundo o autor “é indispensável à completa intelecção do plano dramático da obra” também sofreu revisões ao longo do tempo.

Texto extraído DAQUI

Hector Berlioz (1803-1869) – Le Carnaval Romain Overture, Op. 9 e Symphonie Fantastique for Orchestra, H.48, Op. 14

Le Carnaval Romain Overture, Op. 9
01. Le Carnaval Romain Overture, Op. 9

Symphonie Fantastique for Orchestra, H.48, Op. 14
02. 1. Rêveries, Passions
03. 2. Un Bal
04. 3. Scène Aux Champs
05. 4. Marche Au Supplice
06. 5A. Songe D’Une Nuit Du Sabbat (Opening)
07. 5B. Dies Irae
08. 5C. Ronde Du Sabbat
09. 5D. Dies Irae & Ronde Du Sabbat

Berlin Philhamonic Orchestra
Chicago Simphony Orchestra

Claudio Abbado, regente

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Carlinus

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  1. Carlinus, terá sido você? rsrs

    Dá a impressão de que no meio da descrição dos movimentos da Sinfonia Fantástica você esqueceu de fechar um itálico, e o blog INTEIRO abaixo disso está em itálico! – rsrs Talvez não seja isso, mas… e se for??

  2. Berlioz é um compositor muito interessante, mas por algum motivo não consigo me interessar por suas outras obras, além desta Sinfonia Fantástica. Baixei uma caixa de 10 cds da DG, e outra com 7 ou 8 cds, com o Colin Davis, com praticamente toda sua obra, porém não me animou. Seu “Haroldo na Itália” tem momentos muito bonitos, mas nada que chegue a me empolgar. Tenho uma gravação de “La Nuit D´Ete” (por favor corrijam se o meu francês estiver errado) com o Boulez e com a von Otter, e nem esses dois conseguem me animar. Seu Requiem também tem momentos interessantes, porém novamente não me empolga. Será que é só comigo que isso acontece? Parecem dois compositores diferentes: o que compôs a Sinfonia Fantástica (e aquela gravação do Markevitch que postei foi a que mais empolgou) e o que compôs “Haroldo na Itália” ou o próprio “Requiem”.

  3. FDP, sou solidário para com as suas palavras. Berlioz também não me empolga. O trabalho mais encorpado, mais envolvente, é justamente a Sinfonia Fantástica – ao meu modo de ver. Apesar de não conhecê-lo com bastante profundidade, acho-o chato. Como você disse, “seu “Haroldo na Itália” tem momentos muito bonitos, mas nada que chegue a me empolgar”. O Réquiem é fastidioso. Postei esta versão com o Abbado para que tivessêmos uma outra versão além da daquela com o Markevitch postada por você! E outra: pela importância da obra para a música francesa.

  4. Pois é, a mesma coisa: quando soube que no Requiem ele usava quatro grupos de metais, distribuídos em Norte, Sul, Leste e Oeste e (se não me engano) dezesseis tímpanos tocando em acordes, pensei “tenho que ouvir isso!” Mas quando fui ouvir foi mais ou menos: “é, foram idéias de formas interessantes, pena que ele não tinha substância musical de qualidade pra preencher tantas idéias de formas”. E nunca cheguei a conseguir ouvir o Requiem inteiro.

    Mas apesar disso a Sinfonia Fantástica É uma obra fundamental (será o mesmo caso de Orff, que parece ter nascido com estque de inspiração pra uma só obra importante na vida?) – e estou aqui é para agradecer a postagem! –

    … pois neste momento em que as postagens de Franck trouxeram à baila debates sobre o romantismo francês, re-ouvir Berlioz se tornou indispensável – no mínimo pra eu conseguir manter a fachada, hahaha!

  5. Também sou fã da versão do Markevich da Sinfonia Fantástica de Berlioz.

    Alguém conhece “A infância de Cristo”? Já ouvi falar muito dela, mas ouvi apenas um ou outro trecho isolado. Gostei do que ouvi, mas queria saber a opinião de quem já ouviu a obra toda!

  6. Conheço “A infância de Cristo”. É bonito, mas não exatamente memorável, pelo menos para mim.

    Gosto muito de Berlioz. A “Sinfonia fantástica” é um pilar do romantismo musical. Com ela, Berlioz deu o proverbial passo à frente no caminho que Beethoven deixou aberto. E é uma obra-prima sensacional.

    Não só a “Sinfonia fantástica”. As demais obras de Berlioz também estão num nível absurdamente alto perto do que se produzia na França na época. Compare a Abertura “Carnaval romano” com qualquer outra abertura de Cherubini, Spontini, Meyerbeer… é ridículo.

    Ou a “Sinfonia fúnebre e triunfal”, o Requiem, o “Te deum”, a lindíssima sinfonia-cum-cantata “Romeu e Julieta”, mesmo o “Haroldo na Itália”… tudo música de primeira!

  7. FDP, experimente ouvir as versões de Le Nuit d’Été com a Janet Baker. São excepcionais. A mezzo inglesa deposita a dose certa de dedicação e expressividade para as belissímas canções de Berlioz.

  8. Pois é. Cada um tem suas preferências. A sinfonia fantástica não me empolgou tanto assim.
    Mas, o Requiem, para mim é uma das obras mais emocionantes que já ouvi. A riqueza temática é fantástica. Ao contrário da opinião de Ranulfus, acho que ele preencheu de forma magistral os quatro cantos da música.
    Quando morrer, que que toquem esta obra sem parar.

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