Estiver a olhar as postagens das sinfonias de Brahms aqui do blog e pude constatar que não existe nenhuma integral com as referidas obras. Temos todas as sinfonias do compositor alemão com postagens avulsas – Bernstein, Kleiber, Jochum e outros (se não estou equivocado). Após ouvir as sinfonias de Johannes regidas por Rattle, achei oportuno postá-las. Brahms é um dos meus compositores favoritos, sem qualquer titubeio. Tenho 6 compositores que não abro mão deles – Beethoven, Mozart, Bach, Mahler, Shostakovich e o meu querido Brahms. Brahms é um mundo de horizontes e cores. Suas obras são cordas grossas que se amarram no torno do ser da alma da gente. E como gosto de de suas Sinfonias. As quatro são verdadeiras enciclopédias de arte e beleza. Elas possuem suas particularidades. Mas a que mais gosto é de número 1. Enquanto digito estas palavras, estou a ouvi-la (terceiro movimento). Já estou ouvindo pela terceira vez no dia de hoje. Esta versão com Rattle é convincente. Ainda não conhecia. Devo ter para mais de 20 versões dessa sinfonia no. 1 e não me canso de ouvi-la e admirá-la. Resolvir iniciar hoje essa integral com as Sinfonias de Brahms, conduzidas por Simon Rattle, por causa do outono que sempre me inspira. É a melhor das estações. A mais poética das estações. E como acho que poesia e Brahms são sinônimos, acredito que essa integral das sinfonias de Brahms vem em boa hora. Havia separado duas outras integrais. Uma com Celibidache e outra com o Abbado, mas essa com o Rattle é especial, por isso vai ela mesma. Uma boa apreciação!
Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 1 in C minor, Op. 68
01. Un poco sostenuto-allegro-meno allegro
02. Andante sostenuto
03. Un poco allegretto e grazioso
04. Finale
Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente
Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
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Carlinus
Vamos ver o que o Rattle tem a mostrar em Brahms. Sou meio cético. Ele é ótimo em música do século 20, mas tem decepcionado consistentemente no repertório do século 19. Tem uma Nona de Schubert dele que é a última fronteira da bizarrice.
E, sorry, tenho TOC:
C = dó
D = ré
E = mi
F = fá
G = sol
A = lá
B = si
minor = menor
major = maior
flat = bemol
sharp = sustenido
É fácil 🙂
Heheheh… e é bom não esquecer que os alemães TINHAM que dar um jeitinho de complicar, né? De modo que nos materiais dessa procedência
B = si bemol
H = si …
Exato 🙂
Tanto que há o famoso “motivo B-A-C-H”: si bemol, lá, dó, si natural.
Ou, pior ainda, o “motivo D-S-C-H”: ré, mi bemol, dó, si natural. S vem de Es, notação alemã para mi bemol (sufixo “es” ou “s” para bemol, “is” para sustenido: Es, Cis, Ges, Fis etc).
Obrigado pela dica. Para mim dá na mesma. Mas, nas próximas postagens seguirei rigorosamente a nomenclatura.
Carlinus, valeu por este Rattle. Meu Brahms favorito sempre será o do Karajan, mas aí entram questões pessoais que não
vem ao caso discutir. Antes de abandonar o barco eu estava pensando em postar a coleção de 7 cds com o Bernstein regendo Brahms. Mas fica para outro, quem sabe você mesmo ou o PQP.
De nada, grande FDP. Conheço a sua paixão por Brahms. Ainda não me convenci com a sua saída. Seria interessante que você nos brindasse, com toda sua competência, com estas postagens maravilhosas do velho e bom Brahms. Afinal, Rattle não é não será Bernstein.
Um grande abraço!
Nem eu me convenci…
Baixando…
Lendo essa postagem, excelente como de praxe, Carlinus, me peguei refletindo sobre o “Tenho 6 compositores que não abro mão deles – Beethoven, Mozart, Bach, Mahler, Shostakovich”…
Quais seriam os meus 6 compositores de quem não abro mão?
Pensei, repensei e vamos lá:
I. Vivaldi
II. Bach
III. Mozart
IV. Beethoven
V. Brahms
VI. Bruckner