A postagem é homenagem à Sexta Feira Santa dos cristãos. Para não dizerem que somos cínicos e ateus vai este magnífico CD do meu compositor favorito. A Missa em C maior, Op. 86, foi composta em 1807. Ou seja, bem antes da Missa Solemnis, que seria escrita quinze anos depois. A Missa em C foi escrita por encomenda para os Esterhazy, família de nobres, que teve sua gênese ainda na Idade Média. Era comum os Esterházy solicitarem esse tipo de trabalho todos os anos sempre que havia uma data comemorativa que fizesse referência à família. Quem geralmente fazia esse trabalho era o velho Haydn. Todavia, após o ano de 1802, Haydn viu-se gradualmente com o estado de saúde fragilizado, o que impediu o compositor de aceitar o trabalho. A tarefa foi encomendada, assim, a Beethoven, que gozava de grande prestígio. Mas, parece que o trabalho não foi bem aceito pelos Esterhazy, o que gerou sensações inamistosas em Beethoven. Fica aqui a certeza de uma grande obra. Vale a apreciação pela monumental obra que é. Aparece ainda Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65 e Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, de grande beleza e grandeza orquestral.Boa fruição!
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65, Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, Missa em C maior, Op. 86
Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65 – Ária para soprano e orquestra
01. Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65
Charlotte Margiano, soprano
Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112
02. Meeresstille und gluckliche Fahrt
Missa em C maior, Op. 86
03. Kyrie
04. Gloria
05. Credo
06. Sanctus-Benedictus
07. Agnus Dei
Orchestre Revolutionnaire et Romantique
The Monteverdi Choir
John Eliot Gardiner, regente
Charlotte Margiono, soprano
Catherine Robin, mezzo-soprano
William Kendall, tenor
Alastair Miles, baixo
Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
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Carlinus
[reativado por Vassily em 1/12/2020]
Oi, Carlinus!
Não é necessário postar/ouvir música religiosa para ser cristão ou ter fé nesta semana; tampouco é necessário ser cristão ou ter fé para apreciar a beleza das peças religiosas. A música comunica por si mesma e a beleza é agnosticamente divina.
Abraço,
Rameau
PS: grato pelo post. Beethoven é especial
Abraço,
Rameau
É verdade, Rameau. Eu usei apenas de ironia.
Abraço!
Eu sei, Carlinus. Mas não resisti à sua provocação e entrei com um acorde pessoal. Você usou de ironia, eu de sarcasmo.
Outro abraço,
Rameau