Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Vamos ao segundo cd de uma série de seis em que temos Villa regendo Villa. Neste começamos a série das Bachianas Brasileiras, já postadas aqui no Blog pelo nosso ilustre PQP, mas em gravações distintas. Há quem diga: “Nada como a regência do próprio compositor”. Não concordo com a colocação, mas isso é assunto para os comentários.
Aqui podemos perceber a real influência de Bach na música de Villa-Lobos, e é sem dúvidas que podemos afirmar que as Bachianas Brasileiras estão entre as duas grandes obras-primas do compositor carioca.
Não vou me estender muito no texto sobre a obras, pois estas já foram bastante comentadas na postagem já citada.
A Bachiana Brasileira nº 1 é uma peça maravilhosa para um conjunto de violocelos que ao meu ver, tem fundamental importância na literatura moderna do instrumento. Aqui sim, encontramos uma verdadeira Fuga.
A Bachiana nº 2 se destaca sobretudo pela Tocata do Trenzinho do Caipira, obra que extrapolou os limites das Bachianas e hoje é executada como peça independente. Ainda sobre a de nº 2, acho espetacular o saxofone do primeiro andamento, talvez por influência de Milhaud e sua Criação do Mundo, pois os dois compositores nutriram estreita amizade.
O cd se completa com a Bachina nº 3, uma verdadeira sinfonia para piano e orquestra.

Agradecimentos ao amigo Emerson Rodrigues que colaborou com essa jóia.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

Bachianas Brasileiras

Bachianas Brasileiras Nº 1, pour ensemble de violoncelles
01 I. Introduction (Embolada) (6:44)
02 II. Prélude (Modinha) (9:00)
03 III. Fugue (Conversa) (4:24)

Bachianas Brasileiras Nº 2, pour orchestre
04 I. Prélude (Canto do capadócio) (7:02)
05 II. Aria (Canto da nossa terra) (5:37)
06 III. Danse (Lembrança do sertão) (4:55)
07 IV. Toccata (O Trezinho do Caipira) (4:04)

Bachianas Brasileiras Nº 3, pour piano et orchestre
08 I. Prélude (Ponteio) (7:10)
09 II. Fantaisie (Devaneio) (5:57)
10 III. Aria (Modinha) (7:49)
11 IV. Toccata (Picapau) (6:37)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
08 – 11 Manuel Braune, piano

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7 comments / Add your comment below

  1. “Há quem diga: ‘Nada como a regência do próprio compositor’. Não concordo com a colocação, mas isso é assunto para os comentários.”

    Pode ser que não seja a melhor gravação/interpretação das músicas do Heitor (se é que me é permitida esta intimidade, hehehe), mas há de se concordar que são ao menos históricas, muito importantes de se ter na coleção, já que é o prório villa-Lobos, par lui-même, regendo estas gravações de mais de 50 anos. Muitíssimo obrigado por estas maravilhosas relíquias!!!

  2. O primeiro movimento das Bachianas nº 1, 4 e 5 são simplesmente na minha arrogante opinião, umas das 10 melodias mais belas de compositores mundiais do século XX, lindíssimas, poéticas, ah, já ia me esquecendo do Trem do caipira da nº2, que entra também com certeza, a maior invensão para orquestra do século passado; Villa que dizia que a música dele não era morta, se o bonde passava, lá estaria ele, e assim foi com a floresta do Amazonas, com os pássaros e com o trem, imortalizou a Maria fumaça!!!

  3. Há muitos anos eu estava atrás destes CDs. Tudo bem, eles são meio desafinados, mas só de pensar que O Cara participou, já basta para que eu ache todos violoncelos perfeitos.

    Villa rules!

  4. A abertura da bachiana nº 4 é muito especial para mim, havia um programa de rádio chamado Intermezzo, pela rádio morena de Campinas, um progrma aos domingos maravilhoso, e na abertura do programa, era tocado o primeiro movimento da quarta bachiana, eu me maravilhava com aquilo, não sabia quem era o compositor, imaginava justamente Bach, quando descobri que era de um brasileiro, me surpreendeu bastante, era um menino ainda e não tinha lá muito conhecimento musical, hoje, agradeço ao mestre Villa, por tantas e tantas obras de arte que nos delicia, bravo Villa-Lobos!

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