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  1. PQP, também li o texto “sensacional”. Assim como é inevitável coibir o movimento de rotação da terra ou anular as leis naturais, assim penso ser impossível reverter as possibilidades da net. É necessário, como atesta o excelente texto do blog do Felipe Amorim, que os gananciosos capitalistas, com suas gargantas vorazes por lucro se adaptem à nova realidade e não repita o modelo egoístico, por isso falido da Kodak. É verdade, PQP, que os links do PQP Bach estão ameaçados de serem removidos? Isso constituíria um grande prejuízo para o público em geral que não conhece a boa música. Com isso, vislumbramos uma intencionalidade política e econômica nessa pressão. Extraordinário o texto! Precisa ser difundido, defendido, pregado, apregoado, pois essa é mais plena reflexão da verdade. Como diz o Felipe: “o futuro é isso e ele já está aqui”. Embora incógnito pela virtualidade, sou um admirador incoteste de sua ousadia. O ganancioso monopólio da indústria capitalista é mais criminoso que a dita pirataria. Um forte abraço, camarada PQP.

    Brasília-DF

  2. Eu apoio totalmente a idéia de informação gratuita.

    As pessoas são alienadas a pensar em tudo que as grandes mídias mostram. Nas tvs o que se fala é “A Polícia destruiu hoje cd’s piratas, como sinal de combate a falsificação” e eles acham aquilo o máximo.

    Agora me respondam sinceramente, quem alguma vez já ouviu uma notícia como essa “A internet está de parabéns por levar aos lares informação, notícias, cultura, de maneira rápida e eficaz. Inclusive no campo da música, compartilhando-a com pessoas que não podem pagar ou mesmo não possam ter contato com obras raras ou fora de catálogo”. Alguém já ouviu uma notícia dessas?

    O que se vê são um monte de mesquinharias e egoísmos (que só pensam num lucro próprio,sem se importar com cultura ou o bem estar social) gratuitos jogados insistentemente nos ouvidos da população, pessoas acomodadas e/ou mente fracas não contestam, e ficam alí sempre seguindo aquele padrão de babaquice barata.

  3. Repito aqui minhas palavras:
    Simples, coerente, verdadeiro e genial. Vivas e vida longa ao PQP Bach e todos que fazem parte do presente!

  4. Eu não sei, eu vejo alguns poréns nesta história… A comparação com a Kodak não me parece muito boa. Neste caso a empresa não queria produzir um novo produto por medo de matar o velho, mas ela poderia lucrar com o novo produto. Já no caso das gravadoras, eu vejo a diferença justamente no lucrar. Quem pega por música para download? E como manter uma gravadora sem dinheiro? Sei que existem sites que disponibilizam esta opção (como a Amazon) mas eu imagino que o número de pessoas que utilizam este recurso deve ser limitadíssimo. Eu também me coloco contra os absurdos das gravadoras, mas como compositor também tenho medo do contrário… Eu nunca vou receber para compor, ninguém mais encomenda música. No Brasil não se recebe por direitos autorais quando sua música é executada (todas as entidades de direitos autorais européias que eu conheço não cobrem o Brasil por saberem como as coisas funcionam por aí). Gravações de música erudita contemporânea são raríssimas e, se existem, vendem pouco. E aí, então? Eu só componho porque gosto disto, porque é algo mais forte do que eu e eu não sei fazer outra coisa, mas eu terei de encontrar algum emprego qualquer para poder sobreviver. E isto é uma tristeza…

    Não me entendam mal, por favor, eu acho um absurdo os preços dos CDs e DVDs e acho um absurdo a porcentagem de lucro das gravadoras. Não me sinto mal nem muito menos culpado por baixar música, mas penso que talvez este problema todo possa ter uma solução que não consigo enxergar.

  5. Caro Gilberto, tudo o que você disse existe independente dos copyrights ou das gravadoras:

    . “ninguém mais encomenda música”;
    . “no Brasil não se recebe por direitos autorais quando sua música é executada”;
    . “gravações de música erudita contemporânea são raríssimas e, se existem, vendem pouco”.

    Esse cenário que você descreve é o *atual*, no qual convivemos com gravadoras, intermediários de todo tipo, direitos de reprodução etc.

    Por isso não há porque você ter “medo do contrário”, pois pior não pode ficar. E eu digo mais: sem copyrights, vai melhorar para os criadores como você. Tenho certeza disso. A sua música vai se difundir mais, melhor e mais rapidamente. Você vai atingir mais pessoas, vai ser mais relevante. E vai dar aulas, concertos, palestras, masterclasses. Vai conseguir mecenas, patrocínios. Vai compor mais. E vai tocar sua vida como músico mesmo, sem precisar vender seguros ou abrir uma clínica ortopédica (*).

    Não se iluda. A menos que você fosse a Madonna ou o Karajan, você não conseguiria viver de royalties.

    Aliás, creio que a Madonna ganhe muito mais de outras formas. Gravar em breve entrará nos budgets de *marketing* artistas, como investimento. Hoje a gente não paga ingresso para ver propaganda da Fiat, por exemplo. O custo de produção e distribuição da propaganda é todo bancado pela própria Fiat para divulgar seu produto. Com a música vai ser a mesma coisa, imagino (e espero).

    Sorria que o futuro tem tudo para ser ensolarado 🙂

    (*) Exemplos reais. Não tinha internet na época de Ives ou Berwald.

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