Parece gozação, mas não é. O quinteto de metais Canadian Brass interpreta as Variações Goldberg de nosso pai. É um registro respeitoso que dá nova sonoridade a uma obra de tal forma polifônica que não pensaríamos numa versão deste tipo. Mas notem: no passado, o Canadian já tinha dado um banho de bola em A Arte da Fuga, que só possuo em vinil.
Não obstante, não posso deixar de rir ante o esforço que os canadenses fazem para vencerem alguns temas mais longos e com tantas notas que um instrumento tem de ser substituído por outro no meio da maior pauleira. É bonito de ver, ou melhor, de ouvir.
Ia fazer um grande texto sobre as Goldberg, sobre o adolescente de enormes mãos e o Conde Keyserling, mas deixo este trabalho para a melhor versão desta obra: a de Pierre Hantaï. Sim, sei que “a melhor” tem de ser a de Gould, mas não é! Ou talvez seja a melhor que utilize o piano, sei lá. Porém, não pensem que não gosto de Gould – tenho a primeira e segunda versões, ouço-as bastante, assim como o DVD da segunda e os guardo no meu Panteão -, só que o temperamental Hantaï o vence.
Tudo são opiniões e, como eu sempre digo, as minhas não têm maior validade fora do espaço ocupado por meu pobre e limitado cérebro. Com vocês,
Bach: Goldberg Variations, BWV 988 (Aria With Variations, From Clavier – Ubung, Part lV) transcribed for Brass Quintet, Canadian Brass
Release Date: 2000
MP3 320 kbps – 117 MB
01. Aria
02. Variation 1
03. Variation 2
04. Variation 3: Canon At The Unison
05. Variation 4
06. Variation 5
07. Variation 6: Canon At The Second
08. Variation 7
09. Variation 8
10. Variation 9: Canon At The Third
11. Variation 10
12. Variation 11
13. Variation 12: Canon At The Fourth
14. Variation 13
15. Variation 14
16. Variation 15: Canon At The Fifth
17. Variation 16: Overture
18. Variation 17
19. Variation 18: Canon At The Sixth
20. Variation 19
21. Variation 20
22. Variation 21: Canon At The Seventh
23. Variation 22
24. Variation 23
25. Variation 24: Canon At The Octave
26. Variation 25
27. Variation 26
28. Variation 27: Canon At The Ninth
29. Variation 28
30. Variation 29
31. Variation 30: Quodlibet
32. Aria
olá pqp bach! esse post me lembrou um que baixei há algum tempo ja. como sou violonista faço parte do site/blog ou sei lá lnt guitar. um site vietnamita com muita coisa para esse magnifico instrumento que é o violão. mas sem mais delongas vou direto ao ponto. la foi postado as variaçoes goldberg PARA VIOLÃO transcritas e tocadas pelo violonista Joszef Eötvös. eis o link do post: http://lnt-guitar.com/archives/235
vale a pena conferir! caso queira baixar, tem que se registrar e baixar pelo servidor do proprio site.
grande abraço!
Olha só, essa realmente eu quero conferir. Sem ouvir, parece um trabalho hercúleo acompanhar a partitura nos metais.
Eu devo ser uma das únicas pessoas da Terra que prefiro todas as outras versões (de tudo em Bach) àquelas tocadas pelo Gould. Suas gravações são boas, mas nunca se fixam como minhas preferidas.
Nicolas, acho que você não é o único. Embora muito premiada e aclamada, não nutro preferencia pela primeira versão de Gould.
Já a segunda, gravada já no final da carreira de Gould, me parece mais adequada com a Intenção Bachiana: provocar sono dos anjos! É mais lenta e suave…
Tenho uma gravação com Bruno Canino gravada pela Aura, e a considero muito boa, em piano!
PQP, permaneço na esperança de aprender com seus comentarios sobre os ultimos quartetos de Beethoven, obra que muito me fascina!
Abraços!
Yuri. Vou lá.
Concordo inteiramente com a opinião do Flávio. A segunda versão é muito melhor que a primeira, que é quase uma apresentação de Gould ao mundo. Não entendo porque o endeusamento da versão de 1955.
Nícolas. Eu sei que Gould foi um pianista genial, tenho certeza disso e muitíssimos argumentos e fatos. De certa foma, ele ensinou como se tocar Bach, o que acentuar e o mundo nunca mais foi o mesmo depois dele. Porém, há algo nele – ou será algo que falta? – que também me faz preferir outros intérpretes. Acho que só o prefiro no Concerto Italiano. Até no Cravo Bem Temperado deixo-o de lado. Enfim, sei lá.
Flávio. Não espere muito de mim. Aqueles quartetos são demais.
Alguém por acaso saberia me informar se há algum site para baixar booklets dos álbuns?
Não sei, Nícolas, e como a esmagadora maioria do que posto vem de CDs comprados e não tenho scanner em casa…
Totalmente compreensível, PQP.
Não foi uma cobrança, que fique claro. Na verdade, gostaria de achar alguns booklets em particular, por isso perguntei. Isso é mais difícil de conseguir.
PQP, se entendi bem, tu tens o “cravo-bem-temperado” com o G.Gould, é isso? Se for, pelo amor de Deus, posta essa gravação. Os “Bach-Gould-maníacos”, como eu, te serão eternamente gratos. Um abraço e um grande 2008 pra todos. Mauro.
Boa noite, PQP. Conheci seu blog há pouco mais de um mês e estou, cuidadosamente, olhando um por um dos posts e baixando muitos cd’s. Queria parabenizá-lo pela iniciativa e agradecer por este seu trabalho valioso. Tenho muitos cd’s originais e gostaria de contribuir com o site, se for do seu interesse, é claro. Para iniciar gostaria de compartilhar “A Arte da Fuga” com o Canadian Brass, que possuo em CD. Posso ripar em MP3 – 320 kbps e colocar no rapidshare, pois sou assinante, ou enviar pra você de alguma outra maneira que preferir. Aguardo contato e, aos poucos, falo de outras coisas boas quem tenho e você talvez tenha interesse em colocar no site. Abraços, Caio.
Também tenho a Arte da Fuga com o Canadian Brass. coloquei em meu Dropbox:
http://dl.dropbox.com/u/2096621/Canadian%20Brass.mp3
A qualidade talvez não seja tão boa quanto a de Caio.
Confesso que não gostei muito desta interpretação. Principalmente a primeira fuga está muito rápida, para meu gosto.
Também sou Bach-Gould-maníaco. Se ainda houver interêsse no cravo bem temperado, posso publicar. Manifestem-se.
dear PQP, can you renew this link ? thanks