A Salzburg Chamber Soloists é a responsável pelo segundo ou terceiro CD mais baixado deste blog: este aqui. Não chega a surpreender. O programa de Vivaldi e Piazzolla é interessante, combina, e a interpretação da orquestra é cheia de intenções…
O segundo CD que possuo deles também é muito original. O regente Lavard Skou-Larsen, numa gravação ao vivo, faz algo estranho, unindo duas obras aparentemente inconciliáveis. Mas só aparentemente.
O que é estranho? Ele escreve um arranjo para orquestra a partir do quarteto de cordas “A Morte e a Donzela”. Pensando bem, não é tão estranho, pois Mahler, Schoenberg, Berg e outros já fizeram o mesmo. Para completar, usa o arranjo de Rudolf Barschai para o quarteto de Shosta e estamos prontos para o velório.
Schubert escreveu dramaticamente numa carta a um amigo, comentando sobre o quarteto: “Pense numa mulher cuja saúde nega-se a melhorar”. Shostakovich escreveu seu quarteto em três dias (!!!!) de 1960, em Dresden, após ver alguns filmes sobre a destruição na ex-Alemanha Oriental e dedicou-o às vítimas.
São duas obras que levam experiências pessoais com a morte e com grandes aflições a uma perspectiva mais ampla. Em sua paixão e revolta, tratam de situações brutais e inexoráveis e, como se fossem Réquiems, possuem o efeito de uma catarse. (Trad. por mim com muuuita liberdade a partir do encarte do CD.)
Curiosamente, Lavard Skou-Larsen é um portoalegrense. Seu pai tocava na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e ele nasceu em solo brasileiro. Skou-Larsen gravou para a Naxos as Sonatas para Violino e Piano de Camargo Guarnieri.
P.Q.P. Bach.
Franz Schubert
Dmitri Shostakovich
Salzburg Chamber Soloists
Lavard Skou-Larsen
Franz Schubert: String Quartet in d Minor D810 „Death and the Maiden“ (arr. for String Orchestra by Lavard Skou-Larsen) Premiere Recording
1. Allegro
2. Andante con moto
3. Scherzo. Allegro molto – Trio
4. Presto
Dmitry Shostakovich: Chamber Symphony Op. 110a (arr. for String Orchestra by Rudolf Barshai)
5. Largo
6. Allegro molto
7. Allegretto
8. Largo
9. Largo
De chorar de tão lindo. Não conhecia Shostakovich. Estou hipnotizada e embasbacada com sujeito que vc chama de Shosta. O Schubert, sem comentários.Uma fã de PQP moradora em Campo Grande-MS.
Marx gênio ? do que ? da lâmpada ?
Qualquer estudante sério de filosofia sabe que ele foi o maior charlatão intelecual do século XiX . Era tão bom charlatão que engana incautos até hoje. Para quem não acredita no que digo eu recomendo, só para começar, a leitura do capítulo dedicado a ele no célebre livro “Os Intelectuais ” , de Paul Johnson.
Desculpe, mas o meu comentário anterior caiu neste post por engano .Se o moderador puder deleta-lo eu agradeço.
Por acaso seria possivel postar a referência desse album? Gostaria de obtê-lo mas não sei como!
Abraços,
Chet.