Hinos Brasileiros (Osesp)

Hinos Brasileiros (Osesp)

Hino da Independência

O Hino da Independência é um dos símbolos oficiais da República Federativa do Brasil. Sua letra foi composta por Evaristo da Veiga e a música é de Dom Pedro I.

Segundo diz a tradição, a música foi composta pelo Imperador às quatro horas da tarde do mesmo dia do Grito do Ipiranga, 7 de setembro de 1822, quando já estava de volta a São Paulo vindo de Santos. Este hino de início foi adotado como Hino Nacional, mas quando D. Pedro começou a perder popularidade, processo que culminou em sua abdicação, o hino, fortemente associado à sua figura, igualmente passou a ser também desprestigiado, sendo substituído pela melodia do atual Hino Nacional, que já existia desde o mesmo ano de 1822.

Fonte: Wikipédia

Hino Nacional

Na aguda tonalidade de si bemol maior, a versão original celebra o Sete de Abril de 1831, quando D. Pedro I abdicou em favor de seu filho, D. Pedro II, monarca nascido no Brasil. Muito embora a música para o poema de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, intitulado Os Bronzes da Tirania, tenha sido reconhecida como Hino Nacional, não houve lei no Império que a oficializasse. Com a República, em 1890, ela foi formalmente adotada. Em 1922, quase um século após sua composição, com novos versos escritos por Joaquim Osório Duque Estrada e o acréscimo do refrão “Ó Pátria amada, idolatrada, salve! salve!”, o Ouviram do Ipiranga passou a ser o poema oficial do Hino Nacional. Somente em 1942, estabeleceu-se a orquestração de Antônio de Assis Republicano, na propícia tonalidade de fá maior (tanto sob o ponto de vista vocal como sinfônico). A partitura utilizada aqui é da Criadores do Brasil, a editora da Osesp, sob minha revisão musicológica.

Rubens Ricciardi, compositor e professor titular da USP.

A Osesp e a revista Nova Escola disponibilizam os hinos brasileiros gravados pela Osesp sob regência do maestro John Neschling. O download é gratuito e também é possível baixar o encarte para montar o CD.

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Osesp: Hinos Brasileiros

01. Hino Nacional Brasileiro – versão instrumental
Música: Francisco Manuel da Silva

02. Hino Nacional Brasileiro – versão com coro
Música: Francisco Manuel da Silva
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada

03. Hino da Independência
Música: D. Pedro I
Letra: Evaristo da Veiga

04. Hino da Bandeira Nacional
Música: Francisco Braga
Letra: Olavo Bilac

05. Hino da Proclamação da República
Música: Leopoldo Miguez
Letra: Medeiros de Albuquerque

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Coro da Osesp
John Neschling

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Strava

Aurora Luminosa: Música Brasileira no Alvorecer do Século XX – Antonio Carlos Gomes (1836-1986), Leopoldo Miguez (1850-1902), Alexandre Levy (1864-1892) e Alberto Nepomuceno (1864-1920) [link atualizado 2017]

Aurora Luminosa: Música Brasileira no Alvorecer do Século XX – Antonio Carlos Gomes (1836-1986), Leopoldo Miguez (1850-1902), Alexandre Levy (1864-1892) e Alberto Nepomuceno (1864-1920)  [link atualizado 2017]

Reapresentamos aqui este belíssimo projeto: a Aurora Luminosa, que desfila quatro dos maiores nomes do romantismo/nacionalismo brasileiro: Carlos Gomes, o maior compositor de óperas do continente americano; Leopoldo Miguez, autor Hino à Proclamação da República; Alexandre Levy, de obra muito pequena (faleceu precocemente, aos 28 anos…) mas de grande caráter nacionalista; e Alberto Nepomuceno, o cara que todo compositor do início do modernismo brasileiro queria ser…

Para ajudar, temos uma das melhores orquestras do país, a Sinfônica Nacional, comandada pela batuta sensível de Ligia Amadio. Já tive a oportunidade de vê-la regendo em São Paulo: há muito amor, sentimento e candura em sua condução, o que é perfeito para músicas do romantismo.

As peças são fenomenais! Ouça, ouça!
Abaixo, o texto original do colega Strava, com o excerto do texto do encarte do CD.

Este projeto foi realizado pela Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense em conjunto com o Ministério da Educação para comemorar os 45 anos da OSN-UFF e com o intuito de divulgar a música sinfônica brasileira gratuitamente na Internet através do Portal Domínio Público.

Obras

Werther – Alexandre Levy
Repleta de Lirísmo, Werther é inspirada na obra de Goethe – Os sofrimentos do jovem Werther, de 1774, um dos pontos de partida para o estabelecimento da imagem trágica do herói romântico, que, ironicamente, seria encarnada pelo próprio Levy em 1892, quando morreu prematura e misteriosamente, aos 28 anos de idade.

Alvorada – Carlos Gomes
Lo schiavo possui intenções claras de exaltar o movimento abolicionista brasileiro. Dedicada à Princesa Isabel, estreou no Imperial Teatro D. Pedro II, no Rio de Janeiro em 2 de Setembro de 1889. Hoje, pode causar certa estranheza serem  índios os escravos retratados nessa ópera e não negros africanos; o fato é que Carlos Gomes optou pela etnia indígena para não desgostar ainda mais D. Pedro II que, sabia ele, aceitara a abolição da escravatura muito a contragosto. Da partitura de Lo schiavo fazem parte oito das mais belas páginas orquestrais de Carlos Gomes: é a Alvorada, que retrata o nascer de um novo dia na floresta tropical, quando se ouvem a brisa nas folhagens, toques de corneta de uma frota portuguesa ao longe, voos de pássaros, gorjeios de uma sabiá  e ecos de um imponente hino marcial, tudo estruturado em harmonia ímpar. A riqueza de suas nuances melódicas tem impressionado ouvintes de todas as épocas, em qualquer parte do Brasil ou do mundo.

Avè libertas – Leopoldo Miguez
O poema sinfônico Avè libertas, composto em 1890 para comemorar o primeiro ano da Proclamação da República e dedicado ao Marechal Deodoro, segue a fórmula romântica de exaltação nacionalista, inspirada na Europa e mantendo o espírito libertário da época, o mesmo que marca o refrão do Hino à Proclamação da República, cuja música é de sua autoria.

Série Brasileira – Alberto Nepomuceno
Estreada, na versão integral para orquestra, em 1897, a Série Brasileira é um marco na música nacionalista brasileira, utilizando temas que evocam canções e melodias bastante populares, hoje incorporados à memória coletiva nacional. Sua qualidade composicional é indiscutível, e o “Batuque” (a Quarta da série) ganhou destaque internacional: foi muitas vezes executado isoladamente por orquestras do mundo todo.

Fonte: Os textos sobre as obras foram retirados do encarte do cd – Pesquisa textual – Robson Leitão.

Uma ótima audição!

Lígia Amadio em Alvorada

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Aurora Luminosa – Música Brasileira no Alvorecer do Século XX

Alexandre Levy (São Paulo, SP, 1864 — São Paulo, SP, 1892)
01. Werther

Antônio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)
02. Alvorada, da ópera Lo Schiavo

Leopoldo Miguez (Niterói, RJ, 1850 – Rio de Janeiro, RJ, 1902)
03. Avè Libertas

04 Alberto Nepomuceno (Fortaleza, CE, 1864 – Rio de Janeiro, RJ, 1920)
Movimentos:
– Alvorada na serra
– Intermédio
– A sesta na rede
– Batuque

Orquestra Sinfônica Nacional – UFF
Lígia Amadio, regente
Rio de Janeiro, 2006

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Em tempo: todas as obras estão disponíveis no http://www.dominiopublico.gov.br

Lígia Amadio em Werther

Marcelo Stravinsky