Os CDs do quarteto de cordas Kronos sempre fizeram minha alegria. O grupo existe há 34 anos e sempre faz trabalhos muito originais ligados à música moderna. Não surpreende o fato de terem estreado mais de 400 obras dedicadas a eles, algumas escritas por conhecidos nossos, como Piazzolla, Górecki, Reich, Boulez, etc. Ultimamente – pasmem! -, têm se apresentado com Tom Waits…
Mas fiquemos na música erudita. Há um CD de música erudita africana para quarteto de cordas que vou lhes contar… ou postar algum dia… quem sabe?
Este fantástico Black Angels (1990) é um CD sobre a guerra e a morte.
Inicia com a obra que dá nome ao CD, uma ode ao Vietman do norte-americano George Crumb (1929- ). Se o primeiro movimento é bastante assustador, o segundo começa por uma citação de A Morte e a Donzela de Schubert e finaliza com outra citação facilmente reconhecível mas que não consigo pescar na memória.
Thomas Tallis (1510-1585) parece estar como um peixe fora d`água neste trabalho do Kronos, porém o texto em que se baseia o moteto para 40 vozes Spem in Alium conta uma batalha bíblica.
Doom, a Sigh de Istvan Marta (1952- ) incorpora uma gravação autêntica de duas mulheres romenas lamentando a morte de parentes e amigos. É difícil ouvir até o fim o idioma universal da dor.
Depois, o completo contraste. Temos algo pra lá de espalhafatoso e engraçado. O compositor erudito americano Charles Ives (1874-1954) canta sua “Marcha Militar” They are there! (1917) de forma inacreditável. Exatamente, Ives canta! Trata-se de uma canção que escreveu “dedicada” à Primeira Guerra Mundial. A gravação de Ives é acompanhada discretamente pelo Kronos. Espantoso. Vale a pena conhecer a letra de They are there! (Fighting For The People’s New Free World):
There’s a time in many a life, when it’s do though facing death and our soldier boys will do their part that people can live in a world where all will have a say. They’re conscious always of their country’s aim, which is Liberty for all. Hip hip hooray you’ll hear them say as they go to the fighting front.
Brave boys are now in action They are there, they will help to free the world They are fighting for the right But when it comes to might, They are there, they are there, they are there, As the Allies beat up all the warhogs, The boys’ll be there fighting hard a-a-and then the world will shout the battle cry of Freedom. Tenting on a new camp ground.
When we’re through this cursed war, All started by a sneaking gouger, making slaves of men (God damn them), Then let all the people rise, and stand together in brave, kind Humanity. Most wars are made by small stupid selfish bossing groups while the people have no say. But there’ll come a day Hip hip Hooray when they’ll smash all dictators to the wall.
Then it’s build a people’s world nation Hooray Ev’ry honest country free to live its own native life. They will stand for the right, but if it comes to might, They are there, they are there, they are there. Then the people, not just politicians will rule their own lands and lives. Then you’ll hear the whole universe shouting the battle cry of Freedom. Tenting on a new camp ground. Tenting on a new camp ground
O Quarteto de Cordas Nº 8 de Dmitri Shostakovich (1906-1975), de 1960, é dedicado às vitimas do fascismo e da guerra. É uma obra-prima que já postamos aqui algumas vezes, mas que teima em reaparecer.
Crumb, Tallis, Marta, Ives & Shostakovich: Black Angels (Kronos Quartet)
– George Crumb “Black Angels: Thirteen Images from the Dark Land”, for ampliflied/electric String Quartet (1970)
– Thomas Tallis “Spem in Alium” 40-part motet (circa 16th century) arranged by Kronos
– Istvan Marta “Doom: A Sigh,” (1989)
– Charles Ives “They Are There!” (1917/1942) arranged by John Geist
– Dmitri Shostakovich String Quartet No. 8 (1960)
Faixas:
1. Black Angels: I. Departure (5:37)
2. Black Angels: II. Absence (5:25)
3. Black Angels: III. Return (7:13)
4. Spem In Alium (Sing And Glorify) (8:52)
5. Doom. A Sigh (10:54)
6. They Are There! (2:47)
7. Quartet No. 8: I. Largo (4:57)
8. Quartet No. 8: II. Allegro Molto (2:36)
9. Quartet No. 8: III. Allegretto (4:19)
10. Quartet No. 8: IV. Largo (4:12)
11. Quartet No. 8: V. Largo (3:56)
Admiradores do canto coral, o post de hoje é para vocês. Nada mais, nada menos que uma caixa com 6 cds trazendo o crème de la crème do trabalho que o regente Eric Ericson desenvolveu ao longo de décadas à frente de dois coros na capital sueca: o Coro da Rádio de Estocolmo (hoje Coro da Rádio Sueca) e o Coro de Câmara de Estocolmo, fundado por ele.
Correndo o risco de soar exagerado, essa caixinha é o tipo de coisa que eu botaria na sonda Voyager para que os habitantes extraterrestres do cosmos soubessem que, apesar de ter dado um tanto errado como espécie, a humanidade teve seus momentos de extrema beleza, de uma verdade essencial. Um troço assim como aquele gol do Maradona contra os ingleses em 86, a Annunziata de Antonello da Messina ou o filé à francesa do Degrau.
Não sei bem explicar o porquê, tem alguma coisa na música coral que me pega fundo na alma. Talvez seja algo verdadeiramente animal, instintivo – nos sentimos tocados quando ouvimos nossos semelhantes emitindo sons em conjunto. As Paixões de Bach, a Nona de Beethoven, o Réquiem de Mozart, para ficar só em algumas das mais consagradas páginas do repertório de concerto, todas têm aquele(s) momento(s) em que o coro descortina sua avalanche sonora e a gente se agarra na cadeira, como que soterrado por tamanha beleza, tamanho feito humano. A voz humana tem esse poder, mexe com a gente, sei lá, em nível celular…
Pois esta caixinha de seis discos faz um voo panorâmico amplo, percorrendo mais de cinco séculos de música coral europeia: de Thomas Tallis (1505?-1585) a Krzystof Penderecki (1933-2020). Os seis discos são divididos em dois trios: os três primeiros levam o nome de Cinco Séculos de Música Coral Europeia e trazem obras de: Badings, Bartók, Brahms, Britten, Byrd, Castiglioni, Debussy, Dowland, Edlund, Gastoldi, Gesualdo, Ligeti, Martin, Monteverdi, Morley, Petrassi, Pizzetti, Poulenc, Ravel, Reger, Rossini, Schönberg, R. Strauss e Tallis. Os três restantes, por sua vez, são agrupados como Música Coral Virtuosa e o repertório consiste em Jolivet, Martin, Messiaen, Monteverdi, Dallapiccola, Penderecki, Pizzeti, Poulenc, Reger, R. Strauss e Werle.
O texto de Michael Struck-Schloen sobre o repertório que integra o encarte é bem bom e vale a extensa transcrição, em livre tradução deste blogueiro:
“Cinco séculos de música coral europeia (cds 1 – 3) A seleção estritamente pessoal de Ericson do vasto repertório de música coral europeia dos séculos XVI a XX para a lendária produção de 1978 da Electrola pode surpreender, a princípio, pelas muitas lacunas que contém. Não há nada da audaciosamente complexa música coral do Barroco Protestante, de Schütz a Bach, nem obras do início do período Romântico, quando grandes mestres como Schubert e Mendelssohn contribuíram para a era dourada da tradição coral burguesa. As obras desses discos não foram selecionadas tendo em mente uma completude enciclopédica, mas por sua flexibilidade e brilhantismo, por sua mistura de cores e suas características tonais gerais.
A riqueza e o desenvolvimento da tradição coral europeia são melhor iluminadas quando agrupamos as obras de acordo com sua procedência ao invés de seu período de composição. A música coral europeia foi profundamente influenciada desde o início pelo som e expressão específicos do idioma utilizado; e, no século XIX, as harmonias e ritmos típicos da música tradicional folclórica também começaram a desempenhar um papel importante. As Quatro Canções Folclóricas Eslovacas (1917) e as Canções Folclóricas Húngaras (1930), de Béla Bartók, demonstram bem essa tendência rumo a uma identificação nacional, bem como os primeiros coros Manhã e Noite, de György Ligeti, escritos em 1955, um ano antes de ele escapar do regime comunista de sua Hungria natal.
Os quatro exemplos de música sacra a capella alemã incluídos aqui merecem o título dado por Brahms de Quatro Canções Séries já somente pela escolha do texto. Em uma de inflação tanto da intensidade expressiva como dos recursos musicais utilizados – como demonstrado por Paz na Terra (1907) de Schönberg e o Moteto Alemão (1913) de Richard Strauss para quatro solistas e coral de 16 vozes –, havia também um claro renascimento no interesse por antigos ideais composicionais e estilísticos. Assim, a esparsa ttécnica coral praticada por Schütz e seus contemporâneos foi a principal fonte de inspiração para os Motetos, op. 110 de Max Reger, trabalhando com textos biblicos (1909), ou para Fest- e Gedenksprüche com que um Brahms de 56 anos de idade reconheceu a liberdade que a sua Hamburgo natal o concedeu.
A mais importante revolução na história da música vocal entre a Renascença e Schönberg foi a introdução na Itália, por volta de 1600, do canto solo dramático. Esse novo estilo, que atendia pelo despretensioso nome de “monodia”, pavimentou o caminho para o gênero inteiramente novo da ópera, e também diminuiu gradativamente a importância do coral de múltiplas vozes ao norte dos Alpes. Dessa forma, os madrigais de Gesualdo e Monteverdi, com suas harmonias distintas, são na verdade música solo em conjunto, fazendo deles terreno fértil para grupos vocais ágeis e esguios como o Coro de Câmara de Estocolmo. Enquanto as extravagantes Péchés de ma vieillesse de Rossini foram escritas para quarteto e octeto vocais, o quarteto desacompanhado teve que esperar até o século XX para ser redescoberto como um meio expressivo em si mesmo. Ildebrando Pizzeti faz uma referência deliberada ao contraponto renascentista em suas duas canções Sappho, de 1964, enquanto seu conterrâneo Goffredo Petrassi explora uma ampla gama de técnicas corais modernas, de glissandi ilustrativos ao caos dissonante, em seus corais Nonsense (publicados em 1952) baseados em versos de Edward Lear.
Em uma época em que uma carga expansiva e sobrecarregada de som era a ordem do dia no trabalho coral alemão, compositores franceses ofereceram narrativas caprichosas e a poesia colorida da natureza. As Trois Chansons (1915) de Maurice Ravel, com textos dele mesmo, são uma mistura cativante de atrevida sabedoria popular e engenhosa simplicidade, enquanto Debussy incorpora antigos textos franceses em uma linearidade arcaica em suas Trois Chansons de Charles d´Orléans (1904). As Chansons bretonnes do compositor holandês Henk Badings são brilhantes estudos vocais no idioma francês, enquanto os coros Ariel do grande compositor suíço Frank Martin são importantes estudos preliminares para sua ópera A Tempestade. Não bastassem esses belos trabalhos, é a cantata para 12 vozes A Figura Humana (1943), de Francis Poulenc, a obra-prima do grupo francês: oito complexos movimentos corais a partir de textos do poeta comunista francês Paul Eluards que são o grito pessoal de protesto do compositor contra a ocupação nazista na França.
A Itália não foi o único reduto da música vocal no limiar do Barroco: a Inglaterra também manteve um alto nível em seus diversos esplendorosos corais de catedrais e na exclusiva Capela Real em Londres. O grande Thomas Tallis e seu pupilo William Byrd foram ambos membros da Capela Real, e Tallis serviu sob nada menos que quatro monarcas: Henrique VIII, Eduardo VI, Maria I e Elizabeth I. Enquanto a fama de Tallis reside em sua música coral de ingenuidade contrapuntística e grande destreza técnica, Byrd e seu pupilo Thomas Morley possuíam um alcance mais amplo, escrevendo refinadas séries de madrigais em estilo italiano. Esses, ao lado das canções usualmente melancólicas de John Dowland (“Semper Dowland, semper dolens“), representam o florescer supremo da música vocal elizabetana. Após a música vocal inglesa atingir seu pico barroco com as obras de Henry Purcell, o “sceptrd` Isle” teve que esperar até o século XX com o compositor Benjamin Britten para renovar a bela tradição coral do país com peças como seu Hino para Santa Cecília (1942).
As obras do pós-guerra incluídas nessa seleção não se prestam a serem rotuladas em nenhum escaninho nacional. Elegi, do compositor e professor sueco Lars Edlund, a intrincada Lux aeterna (1966) para 16 vozes de György Ligeti e Gyro de Niccolò Castiglione representam a vanguarda internacional no período posterior à Segunda Guerra Mundial, em que estilos individuais contavam mais que escolas locais.
Música coral virtuosa (cds 4 – 6) Música coral virtuosa: o título da lendária produção da Electrola lançada em 1978 não foi escolhido apenas para ressaltar a perfeição técnica de tirar o fôlego do Coro da Rádio de Estocolmo e de seu irmão, o Coro de Câmara de Estocolmo. O termo “virtuoso” também se aplica ao repertório gravado: as peças corais italianas do cd 4 são ampla evidência dos tesouros aguardando descoberta por alguém com ouvidos tão sensíveis como Eric Ericson.
A abertura aqui fica por conta de Claudio Monteverdi, cuja Sestina, de 1614, sobre a morte de uma soprano da corte de Mantua ergue o sarrafo no que se refere ao estilo vocal italiano e à riqueza harmônica. Como muitos compositores italianos do século XX, de Gian Francesco Malipiero a Luca Lombardi, Luigi Dallapiccola sentiu-se em dívida para com o novo e expressivo estilo vocal introduzido por Monteverdi. Os dois primeiros corais de seus Sei cori di Michelangelo il Giovane (1933-36) apresentam, em sagaz antítese, os coros das esposas infelizes (malmaritate) e o dos maridos infelizes (malammogliati). Mais heterogêneos em estilo são os três coros que Ildebrando Pizzetti dedicaram ao Papa Pio DII em 1943, para marcar seu 25º jubileu como sumo pontífice. O noturno no poema Cade la sera de D´Annunzio se desdobra em largos arcos que preenchem o espaço tonal, enquanto os textos bíblicos inspiram Pizzetti a um estilo mais arcaico e austero.
Lars Johan Werle, que chefiou por muitos anos o departamento de música de câmara da Rádio Sueca, apresentou um cartão de visitas em nome da música coral sueca contemporânea – que somente desenvolveu uma tradição autônoma sob a influência de Ericson e seus corais – com seus Prelúdios Náuticos de 1970. O compositor adorna a combinação do tratamento experimental das vozes com idéias precisas sobre articulação e a transformação do texto em música com expressões marítimas. Em contraste com este virtuoso estudo, Krzystof Penderecki escreveu seu Stabat Mater em 1962, no antigo estilo de música sacra funeral. O gênio altamente individual com que Penderecki procede da abertura com sinos em uníssono, atravessando uma intrincada polifonia tecida por três corais de 16 vozes, até o casto, luminoso acorde em puro ré maior do Gloria lhe renderam o status de um dos principais compositores jovens da Polônia na estreia de sua Paixão de São Lucas, em 1966, da qual o Stabat Mater faz parte.
Um dos focos das atividades dos dois corais, ao lado da música italiana de Gabrieli a Dallapiccola, sempre foi o repertório alemão a capella do Romantismo tardio, cujos antípodas característicos foram Max Reger e Richard Srauss. Enquanto Reger trabalhou para promover uma renovação da música litúrgica protestante no espírito de Bach, como fica evidente em seus Acht Gesänge (“Oito hinos”) de 1914, Strauss enxergava no coral de múltiplas vozes um equivalente vocal do grandioso entrelaçamento de seu estilo instrumental. Essa tendência da música coral de Strauss está documentada nessas duas peças, separadas por quase quatro décadas: sua adaptação para o poema Der Abend (“A noite”, de 1897), de Friedrich Schiller, e a caprichosamente ocasional Die Göttin im Putzzimmer (“A deusa no quarto de limpeza”), de 1935, com seus ecos da bucólica ópera Daphne, de Strauss.
Nessa jornada de descoberta ao longo da música coral europeia do século XX, é sobre as obras-primas francesas de Poulanc e Jolivet, e particularmente de Messiaen e Martin, que os dois corais de Estocolmo lançaram uma nova luz. O espectro expressivo dos ciclos apresentados aqui é inegavelmente impressionante. Enquanto em 1936 – muito após o Grupo dos Seis ter rompido – Poulenc voltou mais uma vez à poesia de Apollinaire e Eluard em suas Sept chansons, André Jolivet combinou textos sacros egípcios, indianos, chineses, hebreus e gregos em seu Epithalame, escrito em 1953 para celebrar seu vigésimo aniversário de casamento de uma forma mística. Naquele mesmo 1936, Olivier Messiaen, então com 28 anos, juntou-se a Jolivet e Daniel Lesur para criar o grupo Jeune France (“França jovem”), mas logo partiria novamente em seu idiossincrático caminho, alternando entre catolicismo, técnicas avant-garde e uma filosofia totalizante da natureza. Em termos de conteúdo, os Cinq Rechants de Messiaen, ligados entre si por refrões (rechants), representam um homólogo vocal de sua Sinfonia Turangalîla, que parte da história de Tristão e Isolda para criar uma mitologia de amor, natureza e morte. Frank Martin, nascido em Genebra, por sua vez, considerou sua Missa (1922-6) como algo “que diz respeito apenas a mim e Deus”. É música de pureza espiritual e arcaica, cuja estreia Martin autorizou apenas quarenta anos depois de sua composição.”
Obs.: para não deixar esse post ainda mais comprido, a lista completa de movimentos, intérpretes e afins está fotografada, dentro do arquivo de download.
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Five centuries of European choral music
Disco 1 Johannes Brahms (1833-1897) Fest. und Gedenksprüche, op. 109
Max Reger (1873-1916) O Tod, wie bitter bist du, op 110/3
Arnold Schönberg (1874-1951) Friede auf Erden, op. 13
Richard Strauss (1864-1949) Deutsche Motette, op. 62
Lars Edlund (1922-2013) Elegi
Béla Bartók (1881-1945) Vier slowakische Volkslieder
Disco 2 Béla Bartók (1881-1945) Ungarische Volkslieder
György Ligeti (1923-2006) Morgen Nacht Lux aeterna
The Choir of the Chapel Royal The Musicians Extra-Ordinary dir. Andrew Gant
James II e Queen Mary foram coroados na Abadia de Westminster em 23 de abril de 1685, no Dia de São Jorge e o ritual da coroação foi acompanhado por uma imponente coleção inspiradora de música coral, escrita pelos maiores compositores da época. Os trabalhos de William Child, Henry Purcell, John Blow, Thomas Tallis, William Turner e Henry Lawes foram brilhantemente executados para combinar com o esplendor e a magnificência da ocasião – esta gravação, apresentando o Coro da Capela Real dirigido por Andrew Gant, traz de volta à vida a celebração única e grandiosa com performances de clareza e poder. (extraído do catálogo)
Music for the Coronation of James II, 1685 William Child (Inglaterra, 1606 – 1697) 01. O Lord, grant the King a long life Henry Purcell (Inglaterra, 1659-1695) 02. I was glad John Blow (Inglaterra, 1649 – 1708) 03. Let thy hand be strengthened Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 04. LitanyO God, the Father of heaven William Byrd (England, 1540 – 1623) 05. Come, Holy Ghost, our souls inspire Henry Lawes (Inglaterra, 1595 – 1662) 06. Zadok the Priest John Blow (Inglaterra, 1649 – 1708) 07. Behold, O God our defender William Byrd (England, 1540 – 1623) 08. The King shall rejoice William Child (Inglaterra, 1606 – 1697) 09. Te Deum in E flat major John Blow (Inglaterra, 1649 – 1708) 10. God spake sometime in visions and said Henry Purcell (Inglaterra, 1659-1695) 11. My heart is inditing
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Music for the Coronation of James II, 1685 – 2006
The Choir of the Chapel Royal
The Musicians Extra-Ordinary
dir. Andrew Gant
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The Phoenix Rising: The Carnegie UK Trust & the revival of Tudor church music
• Diapason d’Or, September 2013 • IRR Outstanding, September 2013 • CHOC du Classica, September 2013
Na comemoração do centenário do Carnegie UK Trust (http://www.carnegieuktrust.org.uk), o qual tornou possível o lançamento pioneiro do Tudor Church Music Edition, o Stile Antico interpreta a gloriosa música dessa publicação, inclusive a Mass de Byrd de 5 partes e obras de Tallis, Taverner, White, Morley e Gibbons.
Stile Antico’s shaping of the music is sublime, its knitting of the counterpoint mellifluous… Poised and polished though the performances are, there is always the sense that this is living music with a powerfully expressive sacred message. (GN, The Telegraph, 22.8.13
An ideal single-volume compendium of Tudor music… whether the music is early or late Stile Antico presents it with a glorious and compelling freshness… a powerful reappraisal of repertoire which has become so popular we now almost take it for granted. (Marc Rochester, International Record Review, September 2013)
The Phoenix Rising is a programme of works collated in the 1920s publication of Tudor Church Music by the Carnegie UK Society… Exquisitely rendered by the Stile Antico consort. (Andy Gill, The Independent, 26.7.13)
There’s a forthright quality to the voices of Stile Antico, and especially its sopranos, that suits this English repertoire, balancing beauty with an intensity that reminds us that this is the music of protest and oppression as well as faith. (Alexandra Coghlan, Gramophone, September 2013)
The Phoenix Rising
Stile Antico
William Byrd (England, 1540 – 1623) 01. Ave verum corpus
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 02. Salvator mundi (14th-century Eucharistic Hymn, attributed to Pope Innocent VI)
William Byrd (England, 1540 – 1623) 03. Mass for 5 voices: 1. Kyrie eleison 04. Mass for 5 voices: 2. Gloria in excelsis Deo
John Redford (1540), perhaps after Medieval original & Thomas Morley (England, 1557-1602) 05. Nolo mortem peccatoris
Orlando Gibbons (England, 1583-1625) 06. O clap your hands together (Psalm 47, Book of Common Prayer+Gloria)
William Byrd (England, 1540 – 1623) 07. Mass for 5 voices: 3. Credo
Robert White (England, c. 1538-1574) 08. Portio mea (Psalm 119, 57-64) 09. Hymn: Christe, qui lux es et dies, (Complete hymn, 4th setting)
Orlando Gibbons (England, 1583-1625) 10. Almighty and everlastig God (Book of Common Prayer, Collect, 3d Sunday after Epiphany)
William Byrd (England, 1540 – 1623) 11. Mass for 5 voices: 4. Sanctus & Benedictus
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 12. In ieiunio et fletu (Matin Responsory, first Sunday in Lent (after Joel 2,17)
William Byrd (England, 1540 – 1623) 13. Mass for 5 voices: 5. Agnus Dei
John Taverner (England, c.1490-1545) 14. O splendor gloriae (Anonym (afger Geb 1,3; 2,8, Ps. 145,5, 1 Pet. 2,24 etc.)
História da Música Sacra Música para a Igreja Reformada vol. 17/18/19
Não há dúvidas de que um dos maiores aportes de Lutero foi o seu entendimento de que a música da Reforma deveria falar sobre o Evangelho diretamente para as pessoas. Ele estava convicto de que o tipo de hino que uma congregação canta determina o tipo de Teologia/espiritualidade destas pessoas.
Caso se queira que esta Teologia/espiritualidade reflita o Evangelho, então, há que se ter em alta consideração e se cuidar muito bem daquilo que está sendo cantado pelas pessoas. Lutero pôs as mãos à obra, cercando-se da ajuda e do conhecimento dos melhores Poetas e Músicos da época, que ele fez questão de escolher a dedo. Lutero e os seus colaboradores não rejeitaram as tradições musicais da sua época. Pelo contrário, de forma genuína e genial, usaram e incorporaram à música das Igrejas da Reforma as práxis musicais existentes! Atentemos para algumas dessas principais práxis.
A música da Reforma Luterana herdou a grande tradição musical da Idade Média e da Renascença, que consistia basicamente da música polifônica e do canto gregoriano. Nestas ricas tradições, praticamente não havia espaço para o canto congregacional de cunho popular. Diferentemente, outra grande tradição musical da época da Reforma, a versão metrificada dos Salmos cantada em uníssono e a cappella (sem acompanhamento), abria vastas possibilidades para o canto congregacional. Nesta tradição, não havia espaço para uma arte musical mais elaborada. Lutero e as gerações de Músicos luteranos que o seguiram nos séculos posteriores fizeram uso de ambas as correntes, combinando a tradição musical mais artística e elaborada com o canto congregacional de cunho popular.
O resultado musical desta combinação foi o Coral Luterano, com os seus textos poéticos centrados no Evangelho e escritos no vernáculo (na língua local) e não mais em Latim, com melodias vigorosas e com saltos e extensões de voz pensadas para o canto grupal, com cadências (pontos de repouso) ao final das diversas frases, com estruturas rítmicas fortes e baseadas em padrões de ritmo recorrentes. No seu conjunto, estas características resultaram em composições musicais em que texto e melodia formam uma totalidade, permitiram que o Coral Luterano fosse percebido como algo familiar e possibilitaram que comunidade, Coros e Instrumentistas se sentissem confortáveis, ´em casa´, enquanto cantavam e tocavam. (http://www.luteranos.com.br/conteudo/reforma-e-musica)
Harmonia Mundi: História da Música Sacra Music for the Reformed Church
• vol. 17: Songs and Psalms of Reform + J. S. Bach, Missa brevis in F-dur
• vol. 18 + vol. 19 Christmas Oratorio BWV 248 Johann Sebastian Bach (Germany, 1685-1750) RIAS Kammerchor, Akademie für Musik Berlin, Maestro René Jacobs
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“I am delighted to recommend this seasonal selection. Over the years we have recorded many different types of Christmas music – carols, chant, chorales, hymns, motets and masses – but this is the first time they have been put together in one collection.” Peter Phillips, director
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Medieval Carols
Anonymous 01. Angelus ad virginem
02. Nowell sing we
03. There is no rose The Coventry Carol
Anonymous 04. Lullay: I saw (The Coventry Carol)
05. Lully, lulla thou little tiny child (The Coventry Carol) Ave Maria
Josquin Desprez (Franco-Flemish, c.1450 to 1455 – 1521) 06. Ave Maria (4vv)
Philippe Verdelot (France, fl.1520-1550) 07. Beata es Virgo / Ave Maria (7vv)
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 08. Ave Maria (4vv)
Tomás Luis de Victoria (Spain, 1548-1611) 09. Ave Maria, for double choir German Chorales
Michael Praetorius (Germany, 1571-1621) 10. Es ist ein Ros’ entsprungen
Hieronymus Praetorius (Germany, 1560-1629) 11. Joseph lieber, Joseph mein
Hieronymus Praetorius (Germany, 1560-1629) 12. In dulci jubilo Flemish Polyphony
Jacob Clemens Non Papa (Flanders, c.1510-c.1555) 13. Pastores quidnam vidistis
14. Missa Pastores quidnam vidistis – Kyrie
15. Missa Pastores quidnam vidistis – Gloria
16. Missa Pastores quidnam vidistis – Credo
17. Missa Pastores quidnam vidistis – Sanctus & Benedictus
18. Missa Pastores quidnam vidistis – Agnus Dei Chant from Salisbury
Plainchant
19. Missa in gallicantu – Introitus
20. Missa in gallicantu – Kyrie
21. Missa in gallicantu – Gloria
22. Missa in gallicantu – Laudes Deo
23. Missa in gallicantu – Graduale
24. Missa in gallicantu – Alleluia
25. Missa in gallicantu – Sequentia
26. Missa in gallicantu – Credo
27. Missa in gallicantu – Offertorium
28. Missa in gallicantu – Praefatio
29. Missa in gallicantu – Sanctus
30. Missa in gallicantu – Agnus Dei
31. Missa in gallicantu – Communio
32. Missa in gallicantu – Dimissio
33. Christe Redemptor omnium
34. Veni, Redemptor gentium
35. Salvator mundi, Domine
36. A solis ortus cardine Tudor Polyphony
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 37. Missa Puer natus est nobis – Gloria
38. Missa Puer natus est nobis – Sanctus & Benedictus
39. Missa Puer natus est nobis – Agnus Dei
Christmas with the Tallis Scholars – 2003
The Tallis Scholars
Peter Phillips, director
For their fifth album, young British choral stars Stile Antico turn to Thomas Tallis magnificent seven-part Christmas Mass, based on the plainchant Puer natus est (A boy is born). The mass is interspersed with seasonal Tudor music, including William Byrd’s exquisite Propers for the fourth Sunday of Advent (from the Gradualia of 1605), responsories by Taverner and Sheppard, Robert White’s exuberant setting of the Magnificat, and Tallis own sublime Videte miraculum. All of Stile Antico’s previous recordings for Harmonia Mundi have charted on Billboard and the group has twice earned the Diapason d’Or de l annèe, the Preis der deutschen Schallplattenkritik and twice received GRAMMY nominations. (Amazon.com)
Palhinha: ouça 07. Ave Maria (Gradualia I)
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 01. Videte miraculum
John Taverner (England, c.1490-1545) 02. Audivi vocem de caelo
William Byrd (England, 1540 or late 1539 – 1623) 03. Rorate caeli desuper (Gradualia I, 1605)
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 04. Gloria (Missa Puer natus est)
William Byrd (England, 1540 or late 1539 – 1623) 05. Tollite portas (Gradualia I)
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 06. Sanctus & Benedictus (Missa Puer natus est)
William Byrd (England, 1540 or late 1539 – 1623) 07. Ave Maria (Gradualia I)
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 08. Agnus Dei (Missa Puer natus est)
William Byrd (England, 1540 or late 1539 – 1623) 09. Ecce virgo concipiet (Gradualia I)
Robert White (England, c. 1538-1574) 10. Magnificat
Plainchant 11. Puer natus est
John Sheppard (England, c. 1515-1558) 12. Verbum caro
Tudor Music for Advent and Christmas – 2010
Stile Antico
Collegium Musicum de São Paulo 40 anos: 1962 – 2002
REPOSTAGEM
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Collegium Musicum de São Paulo – 40 anos
Jacob Obrecht (Franco-Flemish, 1457/8-1505) 01. Parce Domine
Loyset Compère (French, c.1445-1518) 02. O Vos Omnes
Thomas Tallis (England,c.1505-1585) 03. O Sacrum Convivium
William Byrd (England, 1540 or late 1539 – 1623) 04. Ave Verum Corpus
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) 05. Immutemur Habitu 06. Inter Vestibulum
Anton Bruckner (Austria, 1824-1896) 07. Locus Iste 08. Ave Maria
Ernst Widmer (Aarau, Suiça 1927-1990, viveu na Bahia) 09. Salmo 150
Ernst Mahle (Stuttgart, Germany 1929-hoje em Piracicaba, SP) 10. Arca de Noé
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) 11. Laudate Pueri – Salmo 112 (Les Chant des Oyseaux)
Collegium Musicum de São Paulo – 40 anos – 2001
Diretor: Abel Rocha
Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
Trevor Pinnock tem cada gravação… O Messias dele… O que é aquilo? E as 6 Partitas de Bach? Aqui, ele resolveu fazer um disco-ostentação explorando 200 anos da história do cravo, entre 1550 e 1750, mais ou menos. O resultado é esplêndido de cabo a rabo, dando um pouquinho mais de espaço para meu pai, além de Handel e Scarlatti, o filho. Eu quase não consegui chegar ao Frescobaldi, tão boa achei sua interpretação da Suíte Francesa Nº 6. Longa vida para Pinnock que, de Pinóquio, só tem o narigão!
Cabezón / Byrd / Tallis / Bull / Sweelinck / Bach / Frescobaldi / Handel: Journey – 200 anos de música para cravo
1. Cabezón Diferencias sobre ‘El canto del caballero’
2. Byrd The Carman’s Whistle
3. Tallis O ye tender babes
4. Bull The King’s Hunt
5. Sweelinck Variations on ‘Mein junges Leben hat ein End’, SwWV 324
J.S. Bach French Suite No. 6 in E major, BWV 817
6. Prélude
7. Allemande
8. Courante
9. Sarabande
10. Gavotte
11. Polonaise
12. Bourée
13. Menuet
14. Gigue
15. Frescobaldi Toccata Nona
16. Frescobaldi Balletto primo e secondo
17. Handel Chaconne in G major, HWV 435
Scarlatti Three Sonatas in D major, K. 490-492
18. Sonata, K. 490: Cantabile
19. Sonata, K. 491: Allegro
20. Sonata, K. 492: Presto
O bom filho à casa torna. Para comemorar o Retorno do Chucruten, um CD primoroso que exalta a complexidade da harmonia e do contraponto na idade de ouro da polifonia, a Renascença.
Não é exagero dizer que, uma vez que a música se libertou dos grilhões monofônicos do cantochão, literalmente se esbaldou de sobrepor vozes. Nunca haviam comido mel, então, claro, se lambuzaram todos. E o resultado é, além de curioso, também incrivelmente convincente: motetos de 13, 16, 24 e até 40 vozes, cada uma com linhas melódicas distintas, criam um cluster harmônico que causam a impressão singular de estar diante de uma música ao mesmo tempo imemorial e moderna, extremamente antiga e nova: sensação de eternidade.
O moteto Qui Habitat de Josquin desPrez é uma das pérolas deste disco, 24 vozes que se sobrepõe, uma a uma, causando um curioso padrão de interferência sonoro de resultantes harmônicas e rítmicas. E, o carro-chefe do disco, o Spem in Allium de Thomas Tallis: 40 vozes. Um professor de música colega meu, que não conhecia a obra, ouviu-a numa instalação artística em Inhotim-MG, e achou ser uma peça contemporânea!
Utopia Triumphans
Thomas Tallis: Spem in alium
Constanzo Porta: Sanctus – Agnus Dei
Josquin Desprez: Qui habitat
Jean de Ockeghem: Deo gratias
Pierre de Manchicourt: Laudate Dominum
Giovanni Gabrieli: Exaudi me Domine
Alessandro Striggio: Ecce beatam lucem
Continuamos a saga pelos fantásticos instrumentos antigos!
Uns que deixaram de existir, outros foram mudando tanto ao longo dos anos que hoje possuem timbres já bastante distintos de seus originais.
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Também continuo sacana e estou esperando a última postagem, no domingo, para disponibilizar o livro completinho. Aqui vou deixando algumas imagens e trechos a cada dia, para que vocês tenham cada vez mais vontade de possuí-lo (ui!).
Hoje começam a aparecer alguns nomes de compositores mais famosos, como William Byrd e Orlando de Lasso (Roland de Lassus) e há também música vocal, mas o CD é uma verdadeira aula da família da viola! Tem composições com vários membros diferentes da família, além das aparições de bombardas, flautas de vários tipos e harpa cromática, entre outros. Muita informação num Cd só.
AGUARDEM! Já estamos no terceiro dos oito CDs, um por dia, de domingo passado até o domingo que vem, coroando com o livro de 200 páginas escaneado integralmente ao final.
Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!
Guide des Instruments Anciens – CD3
Fantasias & Ricercare / Chansons & Madrigais / Música eclesiástica / Variações