Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 9/9 – Música Fúnebre (Acervo PQPBach)

 

2wgvtzbA Liturgia dos Defuntos, no Rito Romano, possui oito cerimônias distintas, nas quais participava música polifônica nos séculos XVIII e XIX, cada uma delas com estrutura e textos específicos.

Inicialmente, as Exéquias (Funeral ou Ofício de Sepultura), seguidas pelo Officium Deffunctorum, este constituído de Vesperas, Matinas e Laudes. Há também a Missa (que pode ser dos Funerais, de Aniversário, Quotidiana ou pela Comemoração dos Fiéis Defuntos), a Absolvição e Inumação após a Missa (ou Encomendação Litúrgica de Adultos), as Cinco Absolvições (destinadas às exéquias solenes) e o Ofício de Sepultura de Crianças (ou Encomendação Litúrgica de Anjinhos). No universo luso-brasileiro, entretanto, foram comuns três outras cerimônias fúnebres, não prescritas no Rito Romano: a Encomendação Paralitúrgica de Adultos (ou Memento), a Encomendação Paralitúrgica de Crianças e as Estações na Comemoração dos Fiéis Defuntos.

Para este volume, foram selecionadas composições presentes em manuscritos musicais do Museu da Música de Mariana, destinadas a quatro cerimônias fúnebres, três delas litúrgicas (Matinas, Encomendação de Anjinhos e Absolvição e Inumação após a Missa) e uma paralitúrgica (Memento).

Pe. João de Deus Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832) – Seis Responsórios Fúnebres
Próprio das Matinas dos Defuntos, os Seis Responsórios de Castro Lobo são obra de fôlego, de grande maturidade e dramaticidade. São várias as tonalidades utilizadas, embora cada Responsório tenda a ser uniforme na apresentação de tais tonalidades, exceto os Responsórios I e VI. A textura é predominantemente homófona nas quatro vozes, destacando-se, no entanto, algumas seções a solo, como o Qui Lazarum e o De profundis, para o baixo.
01. Seis Responsórios Fúnebres – 1. Credo quod Redemptor. Et in carne. Quem visurus. Et in carne
02. Seis Responsórios Fúnebres – 2. Qui Lazarum. Tu eis, Domine. Qui venturus. Tu eis, Domine
03. Seis Responsórios Fúnebres – 3. Domine, quando veneris. Quia peccavi. Commissa mea. Quia peccavi. Requiem æterna. Quia peccavi
04. Seis Responsórios Fúnebres – 4. Memento mei. Nec aspiciat. De profundis. Nec aspiciat
05. Seis Responsórios Fúnebres – 5. Hei mihi! Miserere mei. Anima mea. Miserere mei
06. Seis Responsórios Fúnebres – 6. Ne recorderis. Dum veneris. Dirige, Domine. Dum veneris. Requiem æternam. Dum veneris

Florêncio José Ferreira Coutinho (c1750-1819) – Encomendação Para Anjinhos
O autor desta obra foi trompista, cantor (baixo), mestre de música e compositor, citado com frequência na documentação de Vila Rica, onde pertenceu e prestou serviços musicais a várias irmandades, tendo composto também a música das óperas reais de 1795, infelizmente perdida.
07. Encomendação para Anjinhos – 1. Antífona e Salmo 112
08. Encomendação para Anjinhos – 2. Kyrie – Kyrie.
09. Encomendação para Anjinhos – 3. Antífona do Salmo 148 – Juvenes est virgines.

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) – Matinas e Encomendação de Defuntos
Composta em 1799, associada a uma Missa de Defuntos, esta obra é de grande austeridade e apresenta seções concisas e homófonas nas quatro vozes. Apesar disso, existe uma certa variedade nas tonalidades utilizadas. É notável a presença de certos motivos empregados em obras fúnebres posteriores do mesmo compositor.
10. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório I
11. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório II
12. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório III
13. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório IV
14. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório V
15. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório VI
16. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório VII
17. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório VIII
18. Matinas e Encomendação de Defuntos – Responsório IX
19. Matinas e Encomendação de Defuntos – Kyrie.
20. Matinas e Encomendação de Defuntos – Requiescat.

Pe. José Maurício Nunes Garcia – Memento
O mais elaborado dos Mementos aquí presentes, é modulante em três de suas seções (Nec aspiciat, Kyrie e Requiescat) e exibe nuances como, por exemplo, os marcatos incisivos que sublinham a palavra clamavi e o piano sempre que matiza o canto do Requiescat.
21. Memento – I – Memento. Nec aspiciat. De profundis. Nec aspiciat
22. Memento – II – Kyrie
23. Memento – III – Requiescat

Anônimo Mineiro séc XVIII – Memento
O mais conciso dos Mementos aqui apresentados, possui seções que variam de apenas cinco a dez compassos, sendo duas delas modulantes de Si Bemol maior a Sol menor (Nec aspiciat e Requiescat). Como também é característico, prevalece a homofonia não imitativa, muito embora a maior independência entre as quatro vozes no expressivo Requiescat seja digno de nota, assim como a rápida diferenciação de textura que realça a palavra clamavi, no De profundis.
24. Memento – I – Memento. Nec aspiciat. De profundis. Nec aspiciat
25. Memento – II – Kyrie
26. Memento – III – Requiescat

Anônimo Mineiro séc XVIII – Memento
Pode-se destacar nesta peça, além de uma ênfase sobre a tonalidade da mediante, a predominância de ritmos pontuados no Nec aspiciat, o uso menos comum da métrica ternária no Kyrie e a presença de singelas imitações no Requiescat, sublinhando a expressão in pace.
27. Memento – I – Memento. Nec aspiciat. De profundis. Nec aspiciat
28. Memento – II – Kyrie
29. Memento – III – Requiescat

Pe. José Maurício Nunes Garcia – Libera Me
Esta obra, destinada à Encomendação Litúrgica de Adultos, contém o Responsório Libera me e o Kyrie, mas não o Requiescat, também prescrito para essa cerimônia.
30. Libera Me – I – Libera me
31. Libera Me – II – Kyrie

Pe. José Maurício Nunes Garcia – Memento
Trata-se de peça curta, austera e uniforme na tradicional tonalidade de Sol menor.
32. Memento – I – Memento. Nec aspiciat. De profundis. Nec aspiciat
33. Memento – II – Kyrie
34. Memento – III – Requiescat

Pe. José Maurício Nunes Garcia – Ego sum resurrectio
Esta singela Antífona do Benedictus (cantada na Encomendação Litúrgica de Adultos e nas Laudes dos Mortos), apesar de curta, apresenta grande variedade de texturas: homofonia e polifonia nas quatro vozes, além de um tratamento de vozes aos pares, que foge ao padrão mais comum da produção mauriciana. O tratamento tonal é simples, destacando-se o cromatismo do texto non morietur in æternum.
35. Ego Sum Resurrectio

(adaptado do encarte)

Conjunto Calíope & Orquestra Santa Tereza
Regência Júlio Moretzsohn
Museu da Música de Mariana – 2003
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. IX – Música Fúnebre

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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 8/9 – Ladainha de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)

al6st3Ladainhas de Nossa Senhora
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Coral de Câmara São Paulo
Orquestra de Câmara Engenho Barroco
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Maestrina Naomi Munakata

Ladainha, do grego litaneuein e do latim litania, significa “pedir insistentemente”. Esse gênero litúrgico originou-se na procissão de rogações e de penitência usada em Roma desde pelo menos o século VI, que já incluía as invocações iniciais Kyrie eleison, Christe eleison, Christe audi nos, Christe exaudi nos, usadas até hoje. Novas invocações, contudo, foram acrescentadas entre os séculos VII e IX, como as dos Santos, sempre respondidas pelos fiéis com ora pro nobis (rogai por nós). Após a enorme difusão das Ladainhas e a multiplicação de invocações, nem sempre corretas ou interessantes sob o ponto de vista dogmático, Bento XIV proibiu a maioria delas, com exceção da Ladainha de Todos os Santos e da Ladainha de Nossa Senhora, também denominada Ladainha Loretana ou Lauretana.

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805) – Ladainha em Sí Bemol Maior
Esta Ladainha destaca-se primeiramente pela expressividade dos motivos utilizados nas diferentes seções, além do domínio técnico das texturas e da escrita orquestral, características do autor. Observe-se, ainda, a vivacidade dos temas da Sancta Dei Genitrix e Rosa mystica, em contraste com o caráter mais sombrio e doloroso do motivo de Consolatrix afflictorum.
01. Ladainha em Sí Bemol Maior – 1. Kyrie
02. Ladainha em Sí Bemol Maior – 2. Pater de cœlis
03. Ladainha em Sí Bemol Maior – 3. Sancta Dei Genitrix
04. Ladainha em Sí Bemol Maior – 4. Rosa mystica
05. Ladainha em Sí Bemol Maior – 5. Consolatrix afflictorum
06. Ladainha em Sí Bemol Maior – 6. Regina Angelorum
07. Ladainha em Sí Bemol Maior – 7. Agnus Dei

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita & Gervásio José da Fonseca (Serro, 1870-1914) – Ladainha em Lá Menor
Esta Ladainha é um exemplo significativo da maneira pela qual boa parte do repertório setecentista chegou aos nossos dias por meio das cópias produzidas no século XIX. Nesse processo de transmissão, os copistas adaptavam o antigo repertório aos novos padrões de gosto, aos novos instrumentos e às necessidades de ocasião.
08. Ladainha em Lá Menor – 1. Kyrie
09. Ladainha em Lá Menor – 2. Salus infirmorum
10. Ladainha em Lá Menor – 3. Regina Angelorum
11. Ladainha em Lá Menor – 4. Agnus Dei

Jerônimo de Souza (Séc. XVIII) – Ladainha em Sol Maior
O Museu da Música de Mariana possui onze conjuntos de manuscritos desta Ladainha, todos eles sem o nome do autor. Na coleção Curt Lange do Museu da Inconfidência de Ouro Preto (MG), entretanto, há uma cópia com a indicação “Jeronymo de Souza“, obviamente ambígua, uma vez que pode se referir tanto a Jerônimo de Souza Lobo, quanto ao seu (provável) filho, Jerônimo de Souza Queiroz, ambos atuantes em Vila Rica.
12. Ladainha em Sol Maior – 1. Kyrie. Sancta Maria
13. Ladainha em Sol Maior – 2. Mater Christi. Mater Salvatoris
14. Ladainha em Sol Maior – 3. Virgo prudentissima
15. Ladainha em Sol Maior – 4. Agnus Dei

Francisco de Melo Rodrigues (1786-1844) – Ladainha em Lá Menor
Há nesta peça uma ligação muito grande com o melodismo lírico italiano do século XVII, lembrando também várias características das modinhas. Apesar das interessantes soluções melódicas e harmônicas, a obra revela uma escrita bastante rústica, com frequente utilização de dissonâncias, conduções paralelas e diferenças harmônicas entre as partes vocais e instrumentais.
16. Ladainha em Lá Menor – 1. Kyrie.
17. Ladainha em Lá Menor – 2. Sancta Maria
18. Ladainha em Lá Menor – 3. Sancta Dei Genitrix
19. Ladainha em Lá Menor – 4. Domus aurea
20. Ladainha em Lá Menor – 5. Consolatrix afflictorum
21. Ladainha em Lá Menor – 6. Regina Angelorum

Anônimo (Séc. XVIII) – Ladainha em Ré Maior a Três Vozes
Uma das raras composições religiosas para três vozes e cordas nos acervos brasileiros de manuscritos musicais, esta Ladainha também é incomum pelo fato de apresentar um único movimento.
22. Ladainha em Ré Maior a Três Vozes – Kyrie
(adaptado do encarte)

Coral de Câmara São Paulo & Orquestra de Câmara Engenho Barroco
Regência Naomi Munakata
Museu da Música de Mariana – 2003
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. VIII – Ladainha de Nossa Senhora

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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 7/9 – Devocionário Popular aos Santos (Acervo PQPBach)

28su9ohDevocionário Popular aos Santos

Projeto Acervo da Música Brasileira – vol 7/9

Museu da Música de Mariana

As celebrações litúrgicas quotidianas compreendem, além de um Ciclo Temporal, também um Ciclo Santoral, destinado ao louvor das personalidades santificadas pela Igreja. Existe uma hierarquia nas festas dos Santos, encabeçadas pelas da Virgem Maria, que define sua solenidade e posição no calendário. Paralelamente, além das cerimônias estabelecidas pelo Rito Romano, foram comuns, no universo luso-brasileiro, cerimônias paralitúrgicas de louvor aos Santos, promovidas principalmente por irmandades e ordens terceiras, tais como Tríduos, Quinquenas, Setenários, Novenas e Trezenas, que constituem, portanto, cerimônias de  caráter popular, uma vez que não constam nos livros litúrgicos romanos. Para este volume, foram selecionadas composições encontradas em manuscritos do Museu da Música de Mariana que ilustram o devocionário popular a Nossa Senhora, São Francisco de Paula, São Francisco de Assis, Santo Antônio de Pádua, São Caetano e Santa Cecília.

Anônimo séc. XVIII
Trezena de São Francisco de Paula
A Trezena de São Francisco de Paula é uma cerimônia celebrada em treze dias consecutivos, culminando no dia 2 de abril
01. Trezena de São Francisco de Paula – 1. Invitatório – Regem Confessorum
02. Trezena de São Francisco de Paula – 2. Veni Sancte Spiritus – Veni Sancte Spiritus.
03. Trezena de São Francisco de Paula – 3. Hino – Germen o mirum. Andante
04. Trezena de São Francisco de Paula – 4. Antífona – Mihi omnium. Largo
05. Trezena de São Francisco de Paula – 5. Responsório – Si quœris miracula. Moderato
06. Trezena de São Francisco de Paula – 6. Responsório – Cedit mare. Andante
07. Trezena de São Francisco de Paula – 7. Responsório – Quot pereunt. Moderato
08. Trezena de São Francisco de Paula – 8. Responsório – Cedit mare. Andante
09. Trezena de São Francisco de Paula – 9. Responsório – Gloria patri (Sem andamento)
10. Trezena de São Francisco de Paula – 10. Responsório – Cedit mare. Andante

Oração Litânica
11. Oração Litânica – 1. Kyrie. Allegro
12. Oração Litânica – 2. Franciscus triador. Allegro

Trezena de Santo Antônio de Pádua
A Trezena de Santo Antônio de Pádua, como a precedente, é celebrada em treze dias, porém culminando em 13 de junho. Obra singela, sem rebuscamentos, compõe-se apenas de Invitatório e Responsório, aos quais se somariam certamente trechos de cantochão ou de música tradicional.
13. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 1. Invitatório – Regem Dominum. Andante
14. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 2. Responsório – Si quœris miracula.
15. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 3. Responsório – Cedunt mare. Allegro
16. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 4. Responsório – Pereunt pericula. Moderato
17. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 5. Responsório – Cedunt mare. Allegro
18. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 6. Responsório – Gloria Patri. Andante
19. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 7. Responsório – Cedunt mare. Allegro

 Anônimo, séc. XVIII e Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
Novena de São Francisco de Assis
Celebrada nos nove dias que antecedem o dia 4 de outubro, esta Novena, da maneira como está apresentada nesta gravação, não foi composta por um único autor. Trata-se, provavelmente, da reunião, em um mesmo manuscrito, de peças isoladas ou de unidades funcionais extraídas de obras diversas, procedimento não incomum em muitas fontes que transmitem esse repertório.

Anônimo, séc. XVIII
20. Novena de São Francisco de Assis – 1. Veni Sancte Spiritus. Andante assai
21. Novena de São Francisco de Assis – 2. Deus in adjutorium – Deus in adjuntorium. Domine, ad adjuvandum. Cantochão. Allegro
22. Novena de São Francisco de Assis – 3. Gloria Patri – Gloria Patri. Sicut erat. Largo.
23. Novena de São Francisco de Assis – 4. Hino – Iste Confessor. Amen. Allegro. Allegro
24. Novena de São Francisco de Assis – 5. Antífona I – Salve, Sancte Pater. Andante
25. Novena de São Francisco de Assis – 6. Antífona II – Salve, Sancte Pater. Andantino
26. Novena de São Francisco de Assis – 7. Antífona III – Salve, Sancte Pater. Largo assai

Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
Plorans ploravit
Toques mixolídios e insistentes pedais harmônicos marcam esta breve peça. Extraído de Jeremias, Lamentação 1, 1-2, o Profeta lastima a sorte de Jerusalém, retratando-a como uma viúva em prantos.
27. Plorans ploravit – Moderato

Miguel Teodoro Ferreira (Caeté, 1788 – 1818)
Responsório de São Caetano
O texto latino deste Responsório exalta o poder de cura atribuído a São Caetano, tanto das enfermidades do corpo quanto da mente e da alma, fazendo referência a Nápoles, onde o Santo passou os quatro últimos anos de sua vida. A festa em seu nome é celebrada em 7 de agosto, inclusive com Novena, para o qual deve ter sido escrito este Responsório.
28. Responsório de São Caetano – 1. Si quœris beneficia. (Sem andamento)
29. Responsório de São Caetano – 2. Arœquœ flore. Allegro
30. Responsório de São Caetano – 3. Scit ista gens. Andante
31. Responsório de São Caetano – 4. Arœquœ flore. Allegro
32. Responsório de São Caetano – 5. Gloria Patri. (Sem andamento)
33. Responsório de São Caetano – 6. Arœquœ flore. Allegro

Anônimo séc. XVIII
Responsório de Santo Antônio de Pádua
As síncopas e a harmonia, sempre no campo de Ré maior, favorecem a manifestação expansiva de afeto e alegria, tão características dos festejos populares.
34. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 1. Si quœris miracula. Largo
35. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 2. Cedunt mare. Allegro
36. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 3. Pereunt pericula. Andante
37. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 4. Cedunt mare. Allegro
38. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 5. Gloria Patri. Andante moderato
39. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 6. Cedunt mare. Allegro

Emílio Soares de Gouveia Horta Júnior (Séc. XIX)
Hino a Santa Cecília
Este Hino, dedicado à festividade de Santa Cecília (22 de novembro), apresenta características bastante semelhantes à Ária do Pregador Maria Mater Gratiæ, do mesmo autor, sendo igualmente um claro exemplo de influência da ópera italiana no gosto musical brasileiro do século XIX. (extraído do encarte)
40. Hino a Santa Cecília – 1. Jesu corona. Qui pergis. Allegro. Cantabile
41. Hino a Santa Cecília – 2. Te deprecamur. Allegro moderato

Grupo Arcade da UFMG e músicos convidados
Maestro Rafael Grimaldi
Museu da Música de Mariana – 2003
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. VII – Devocionário Popular aos Santos

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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 6/9 – Quinta-Feira Santa (Acervo PQPBach)

1z1him8Quinta-Feira Santa

Conjunto Calíope & Orquestra Santa Tereza
Julio Moretzsohn, regente

Museu da Música de Mariana

Projeto Acervo da Música Brasileira

Para esta postagem foram selecionados manuscritos do Museu da Música de Mariana com composições para as Matinas; para o Salmo 50 (Miserere) cantado nas Laudes; para o Gradual e Ofertório da Missa e para a Procissão do Santíssimo Sacramento.

Jerônimo de Souza Queiróz (V. Rica, sec. XVIII – 1826?)
01. Matinas de Quinta-Feira Santa – 1. Antífona – Zelus domus. Andante
02. Matinas de Quinta-Feira Santa – 2. Lição I – Incipit Lamentatio… Aleph. Andante moderato
03. Matinas de Quinta-Feira Santa – 3. Responsório I – In monti Oliveti. Andante
04. Matinas de Quinta-Feira Santa – 4. Responsório I – Spiritus quidem. Allegro
05. Matinas de Quinta-Feira Santa – 5. Responsório I – Vigilate. Adaggio
06. Matinas de Quinta-Feira Santa – 6. Responsório I – Spiritus quidem. Allegro
07. Matinas de Quinta-Feira Santa – 7. Responsório II – Tristis est. Moderato
08. Matinas de Quinta-Feira Santa – 8. Responsório II – Vos fugam. Allegro
09. Matinas de Quinta-Feira Santa – 9. Responsório II – Ecce appropinquat. Adagio
10. Matinas de Quinta-Feira Santa – 10. Responsório II – Vos fugam. Allegro
11. Matinas de Quinta-Feira Santa – 11. Responsório III – Ecce vidimus. Andante
12. Matinas de Quinta-Feira Santa – 12. Responsório III – Cujus livore. Allegro
13. Matinas de Quinta-Feira Santa – 13. Responsório III – Vere languores. Adagio
14. Matinas de Quinta-Feira Santa – 14. Responsório III – Cujus livore. Allegro
15. Matinas de Quinta-Feira Santa – 15. Responsório III – Ecce vidimus. Andante
16. Matinas de Quinta-Feira Santa – 16. Responsório III – Cujus livore. Allegro
17. Matinas de Quinta-Feira Santa – 17. Lição IV – Ex Tractatu… Exaudi, Deus. Cantochão. Moderato. Adagio. Tempo I
18. Matinas de Quinta-Feira Santa – 18. Responsório IV – Amicus meus. Andante
19. Matinas de Quinta-Feira Santa – 19. Responsório IV – Infelix. Allegro
20. Matinas de Quinta-Feira Santa – 20. Responsório IV – Bonum. Adagio
21. Matinas de Quinta-Feira Santa – 21. Responsório IV – Infelix. Allegro
22. Matinas de Quinta-Feira Santa – 22. Responsório V – Judas mercator. Adagio
23. Matinas de Quinta-Feira Santa – 23. Responsório V – Denariorum. Allegro
24. Matinas de Quinta-Feira Santa – 24. Responsório V – Melius. Adagio
25. Matinas de Quinta-Feira Santa – 25. Responsório V – Denariorum. Allegro
26. Matinas de Quinta-Feira Santa – 26. Responsório VI – Unus. Adagio
27. Matinas de Quinta-Feira Santa – 27. Responsório VI – Melius. Allegro
28. Matinas de Quinta-Feira Santa – 28. Responsório VI – Qui intingit. Adagio
29. Matinas de Quinta-Feira Santa – 29. Responsório VI – Melius. Allegro
30. Matinas de Quinta-Feira Santa – 30. Responsório VI – Unus. Adagio
31. Matinas de Quinta-Feira Santa – 31. Responsório VI – Melius. Allegro
32. Matinas de Quinta-Feira Santa – 32. Lição VII – De Epistola… Hoc autem. Cantochão. Moderato
33. Matinas de Quinta-Feira Santa – 33. Responsório VII – Eram quase. Andante
34. Matinas de Quinta-Feira Santa – 34. Responsório VII – Venite. Allegro
35. Matinas de Quinta-Feira Santa – 35. Responsório VII – Omnis. Moderato
36. Matinas de Quinta-Feira Santa – 36. Responsório VII – Venite. Allegro
37. Matinas de Quinta-Feira Santa – 37. Responsório VIII – Una hora. Largheto. Allegro. Adagio. Allegro
38. Matinas de Quinta-Feira Santa – 38. Responsório VIII – Vel Judam. Allegro
39. Matinas de Quinta-Feira Santa – 39. Responsório VIII – Quid dormitis. Adagio
40. Matinas de Quinta-Feira Santa – 40. Responsório VIII – Vel Judam. Allegro
41. Matinas de Quinta-Feira Santa – 41. Responsório IX – Seniores populi. Adagio
42. Matinas de Quinta-Feira Santa – 42. Responsório IX – Ut Jesum. Allegro
43. Matinas de Quinta-Feira Santa – 43. Responsório IX – Collegerunt. Adagio
44. Matinas de Quinta-Feira Santa – 44. Responsório IX – Ut Jesum. Allegro
45. Matinas de Quinta-Feira Santa – 45. Responsório IX – Seniores populi. Adagio
46. Matinas de Quinta-Feira Santa – 46. Responsório IX – Ut Jesum. Allegro
Anônimo (Séc. XVIII)
47. Miserere (Salmo 50) – 1. Miserere mei, Deus. Et secundum. Amplius. Quoniam. Tibi soli. Andante
48. Miserere (Salmo 50) – 2. Ecce enim in iniquitatibus. Ecce enim veritatem. Asperges. Auditui. Averte. Cantochão
49. Miserere (Salmo 50) – 3. Cor mundum. Ne projicias. Redde mihi. Docebo. Andante
50. Miserere (Salmo 50) – 4. Lebera me. Domine. Quoniam si. Cantochão
51. Miserere (Salmo 50) – 5. Sacrificium Deo. Benigne fac. Tunc acceptabis. Andante
Anônimo (Séc. XVIII)
52. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Fá – 1. Gradual – Christus factus est. Propter quod. Andante
53. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Fá – 2. Ofertório – Dextera Domini. Andante
54. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Ré – 1. Gradual – Christus factus est. Andante
55. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Ré – 2. Ofertório – Dextera Domini. Comodo
Bento Pereira (de Magalhães?) (Séc. XVIII)
56. Pange  lingua – 1. Pange lingua (sem andamento)
57. Pange  lingua – 2. Nobis datus (sem andamento)
58. Pange  lingua – 3. In supremæ (sem andamento)
59. Pange  lingua – 4. Verbum caro (sem andamento)
60. Pange  lingua – 5. Tantum ergo (sem andamento)
61. Pange  lingua – 6. Genitori, Genitoque (sem andamento)

Palhinha: ouça 02. Matinas de Quinta-Feira Santa – 2. Lição I – Incipit Lamentatio… Aleph.

Conjunto Calíope & Orquestra Santa Tereza
Julio Moretzsohn, regente
Museu da Música de Mariana
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. VI – Quinta-Feira Santa – 2003
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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 5/9 – Natal (Acervo PQPBach)

330aaznNatal

Brasilessentia & Orquestra de Câmara Engenho Barroco.
Maestro Vitor Gabriel

Museu da Música de Mariana

Projeto Acervo da Música Brasileira

O ano litúrgico, na tradição cristã, foi dividido em vários períodos, para orientar o caráter das celebrações religiosas, mantendo-se, em tal divisão, algumas heranças judaicas e romanas pré-cristãs.

A fórmula adotada no rito tridentino prevê, para o período de doze meses, dois grandes ciclos: o do Natal e o da Páscoa. O Ciclo do Natal, que celebra o mistério da encarnação, corresponde, aproximadamente, ao inverno do hemisfério norte, sendo calculados os seus tempos em relação ao dia da semana em que figura a Natividade ou dia de Natal (25 de dezembro). Nessa ocasião, eram normalmente celebrados os Ofícios Divinos (principalmente as Vésperas, Matinas e Laudes) e as tres Missas (da noite, da aurora e do dia), cerimônias mais comuns em igrejas regulares e diocesanas (especialmente catedrais) que em capelas de irmandades ou ordens terceiras. Além dessas funções, também foi comum a inserção, nas Missas, de um solo ou Moteto ao Pregador, gênero paralitúrgico bastante utilizado no Brasil durante os séculos XVIII e XIX.

Para este volume foram selecionadas duas composições especificamente escritas para o Natal (Matinas e Solo ao Pregador), além de um Te Deum sem especificação cerimonial, mas que também poderia ser utilizado como Responsório IX das Matinas. (extraído do encarte e do livro de partituras)

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. V – Natal
Anônimo Mineiro séc XVIII
01. Matinas do Natal – 1. Invitatório – Christus natus est/venite, adoremus
02. Matinas do Natal – 2. Responsório I – Hodie nobis cœlorum
03. Matinas do Natal – 3. Responsório I – Gaudet exercitus – Allegro
04. Matinas do Natal – 4. Responsório I – Gloria in excelsis
05. Matinas do Natal – 5. Responsório I – Gaudet exercitus – Allegro
06. Matinas do Natal – 6. Responsório I – Gloria Patri – Cantochão
07. Matinas do Natal – 7. Responsório I – Hodie nobis cœlorum
08. Matinas do Natal – 8. Responsório I – Gaudet exercitus – Allegro
09. Matinas do Natal – 9. Responsório II – Hodie nobis de cœlo – Allegro
10. Matinas do Natal – 10. Responsório II – Hodie per totum – Allegro
11. Matinas do Natal – 11. Responsório II – Hodie illuxit
12. Matinas do Natal – 12. Responsório II – Hodie per totum – Allegro
13. Matinas do Natal – 13. Responsório III – Quem vidistis – Allegro
14. Matinas do Natal – 14. Responsório III – Natum vidimus – Allegro
15. Matinas do Natal – 15. Responsório III – Dicite, quidnam
16. Matinas do Natal – 16. Responsório III – Natum vidimus – Allegro
17. Matinas do Natal – 17. Responsório III – Gloria Patri – Cantochão
18. Matinas do Natal – 18. Responsório III – Natum vidimus – Allegro
19. Matinas do Natal – 19. Responsório IV – O magnum – Allegro
20. Matinas do Natal – 20. Responsório IV – Beata Virgo – Allegro
21. Matinas do Natal – 21. Responsório IV – Ave, Maria
22. Matinas do Natal – 22. Responsório IV – Beata Virgo – Allegro
23. Matinas do Natal – 23. Responsório V – Beata Dei – Allegro
24. Matinas do Natal – 24. Responsório V – Hodie geniut – Allegro
25. Matinas do Natal – 25. Responsório V – Beata, quæ credidit
26. Matinas do Natal – 26. Responsório V – Hodie geniut – Allegro
27. Matinas do Natal – 27. Responsório VI – Sancta et immaculata – Allegro
28. Matinas do Natal – 28. Responsório VI – Quia quem – Allegro
29. Matinas do Natal – 29. Responsório VI – Benedicta
30. Matinas do Natal – 30. Responsório VI – Quia quem – Allegro
31. Matinas do Natal – 31. Responsório VI – Gloria Patri – Cantochão
32. Matinas do Natal – 32. Responsório VI – Quia quem – Allegro
33. Matinas do Natal – 33. Responsório VII – Beata viscera – Allegro
34. Matinas do Natal – 34. Responsório VII – Qui hodie – Allegro
35. Matinas do Natal – 35. Responsório VII – Dies santificatus
36. Matinas do Natal – 36. Responsório VII – Qui hodie – Allegro
Francisco da Luz Pinto (c.1798-1865)
37. Te Deum – 1. Te Deum/Te Dominum – Cantochão. Allegro maestoso
38. Te Deum – 2. Te æternum Patrem – Cantochão
39. Te Deum – 3. Tibi omnes – Larghetto
40. Te Deum – 4. Tibi Cherubim – Cantochão
41. Te Deum – 5. Sanctus – Allegro non molto
42. Te Deum – 6. Pleni sunt – Cantochão
43. Te Deum – 7. Te gloriosis – Allegro
44. Te Deum – 8. Te Prophetarum – Allegro maestoso
45. Te Deum – 9. Te Martyrum – Allegro maestoso
46. Te Deum – 10. Te per orbem – Cantochão
47. Te Deum – 11. Patrem immensæ – Allegro
48. Te Deum – 12. Venerandum tuum verum – Cantochão
49. Te Deum – 13. Sanctum quoque – Andante
50. Te Deum – 14. Tu Rex gloræ – Cantochão
51. Te Deum – 15. Tu Patris – Allegro brillante
52. Te Deum – 16. Tu ad liberandum – Cantochão
53. Te Deum – 17. Tu devicto – Andante un poco sostenuto
54. Te Deum – 18. Aperuisti credentibus – Allegro
55. Te Deum – 19. Tu ad dexteram – Cantochão
56. Te Deum – 20. Judex crederis – Allegro maestoso
57. Te Deum – 21 Te ergo – Larghetto
58. Te Deum – 22. Æterna fac – Cantochão
59. Te Deum – 23. Salvum fac – Allegro moderato
60. Te Deum – 24. Et rege eos – Cantochão
61. Te Deum – 25 Per singulos dies – Allegro non molto
62. Te Deum – 26. Et laudamus – Cantochão
63. Te Deum – 27. Dignare Domine – Allegro
64. Te Deum – 28. Misere nostri – Cantochão
65. Te Deum – 29 Fiat misericordia – Larghetto
66. Te Deum – 30. In te, Domine – Alegro
C. G. de Moura
67. Hodie Christus natus est (Solo ao Pregador) – 1. Hodie Christus natus – Larghetto maestoso
68. Hodie Christus natus est (Solo ao Pregador) – 2. Hodie Christus natus – Allegretto

Brasilessentia & Orquestra de Câmara Engenho Barroco
Vitor Gabriel, regente
Museu da Música de Mariana – 2002
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. V – Natal

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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 4/9 – Conceição e Assunção de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)

34tan1tProjeto Acervo da Música Brasileira
Vol. IV – Conceição e Assunção de Nossa Senhora

Um excelente texto do Museu da Música de Mariana sobre o Dogma da Assunção! Aqui

Este é o 4º CD de uma série de 9 do Projeto Acervo da Música Brasileira – Restauração e Difusão de Partituras, uma das mais completas e arrojadas iniciativas de recuperação, preservação e divulgação do patrimônio musical do país. Obras preciosas da música religiosa brasileira dos séculos XVII a XX, antes restritas ao espaço do Museu da Música de Mariana foram reconstituídas, reorganizadas, editadas e oferecidas ao grande público na forma de concertos, CDs e livros de partituras, também acessíveis pela Internet. (http://www.mmmariana.com.br)

Pela profundidade, abrangência e volume de ações e recursos envolvidos, o projeto alcançou proporções inéditas no país. O Museu da Música de Mariana é um dos mais importantes acervos latino-americanos de música religiosa manuscrita, com mais de duas mil partituras. Muitas delas foram salvas pelo trabalho de restauração, já que estavam em estado precário de preservação. Foi recuperada a estrutura original das partituras tal como concebidas por seus autores.

O projeto envolveu 150 profissionais, com destaque para a equipe de musicólogos recrutada entre os melhores do país. A reorganização e nova catalogação foram realizadas com uma metodologia desenvolvida no final da década de 90 e pela primeira vez aplicada, em sua total potencialidade, em um acervo brasileiro do gênero. O modelo de inventário adotado já se qualifica como referência latino-americana na área de acervos de manuscritos musicais.

Ao cabo de 4 anos, de 2001 a 2003, foram produzidos 9 CDs de músicas sacras dos séculos XVIII e XIX, cantadas nas igrejas brasileiras durante as celebrações litúrgicas da época. Todos os 9 CDs apresentam músicas inéditas, foram produzidos e distribuidos somente 1.000 exemplares de cada. Hoje é considerada uma coleção rara e está esgotada! Este 4º CD é dedicado à Conceição e Assunção de Nossa Senhora.

Em Portugal, o culto à Assunção já era comum na Idade Média mas, após a vitória contra os castelhanos na Batalha de Aljubarrota, em 15 de agosto de 1385, D. João I determinou que todas as catedrais do reino fossem consagradas à Nossa Senhora da Assunção, tradição que se estendeu também ao Brasil.

O culto à Conceição foi oficialmente instituído no reino de Portugal e suas conquistas por D. joão IV em 25 de março de 1646 e representa, desde o século XVII, a mais popular das festas marianas celebradas no Brasil. Minas Gerais é, por excelência, a terra de Nossa Senhora da Conceição, não havendo uma só matriz, capela filial de outras invocações ou ermida sem um altar ou imagem de Maria Imaculada.

Nos séculos XVIII e XIX, eram principalmente musicadas, nas celebrações brasileiras da Conceição e da Assunção, as Matinas, as Vésperas e a Missa, mas também foi comum a prática de gêneros paralitúrgicos, como as Novenas e a música ao Pregador (em forma de ária ou solo ou moteto coral).  O Museu da Música de Mariana reune dezenas de obras para tais ocasiões, nove delas selecionadas para esta gravação. (resumo do encarte e do livro de partitura)

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. IV – Conceição e Assunção de Nossa Senhora
Anônimo (Séc. XVIII)
01. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 1. Invitatório – Conceptionem Virginis Mariæ (Sem andamento)
02. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 2. Invitatório – Deus in adjutorium (Sem andamento)
03. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 3. Invitatório – Veni Sancte Spiritus. Largo
04. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 4. Jaculatória – Virgem sagrada (Sem andamento)
05. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 5. Hino – Lux ecce. Choris triumphat. Andante. Largo
06. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 6. Conceptio tua Dei Genitrix – Conceptio tua Dei Genitrix. Largo
07. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 7. Antífona – Tota pulchra es, Maria. Largo
08. Invitatório e Jaculatória da Novena de Nossa Senhora da Conceição 1. Invitatório – Conceptionem Virginis Mariæ. (Sem andamento)
09. Invitatório e Jaculatória da Novena de Nossa Senhora da Conceição 2. Jaculatória – Virgem sagrada. Moderato
10. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 1. Invitatório – Venite, adoremus. Cujus hodie. Largo. Andante
11. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 2. Deus in adjutorium – Deus in adjutorium. Gloria Patri. Andante assai
12. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 3. Sicut erat – Sicut erat. Allegro
13. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 4. Hino – Ave maris stella. Andante
14. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 5. Antífona – Exaltata est. Largo
15. Tota pulchra es, Maria
16. Sicut cedrus – 1. Sicut cedrus – Sicut cedrus. Andante
17. Sicut cedrus – 2. Sicut cedrus – Dedi suavitatem. Allegro
18. Sicut cedrus – 3. Sicut cedrus – Et sicut cinnamomum. Andante
19. Sicut cedrus – 4. Sicut cedrus – Dedi suavitatem. Allegro
20. Beatam me dicent – 1. Beatam me dicent. Andante
21. Beatam me dicent – 2. Quia fecit. Allegro molto
22. Beatam me dicent – 3. Gloria Patri. Moderato
23. Beatam me dicent – 4. Quia fecit. Allegro molto
24. Ofertório de Nossa Senhora da Assunção – Assumpta est Maria. Comodo
Francisco Manuel da Silva (1795-1865)
25. Ladainha em Sol – 1. Kyrie eleison. Christie eleison. Andante
26. Ladainha em Sol – 2. Kyrie eleison. Christie eleison. Christie exaudi nos. Cantochão
27. Ladainha em Sol – 3. Pater de cœlis. Andante
28. Ladainha em Sol – 4. Fili Redemptor. Cantochão
29. Ladainha em Sol – 5. Spiritus Sancte. Andante
30. Ladainha em Sol – 6. Sancta Trinitas. Cantochão
31. Ladainha em Sol – 7. Sancta Maria. Un poco adagio
32. Ladainha em Sol – 8. Sancta Dei Genitrix. Cantochão
33. Ladainha em Sol – 9. Sancta virgo. Allegro
34. Ladainha em Sol – 10. Mater Christi. Cantochão
35. Ladainha em Sol – 11. Mater divinæ. Allegro
36. Ladainha em Sol – 12. Mater purissima. Cantochão
37. Ladainha em Sol – 13. Mater castissima. Allegro comodo
38. Ladainha em Sol – 14. Mater inviolata. Cantochão
39. Ladainha em Sol – 15. Agnus Dei I. Un poco sostenuto
40. Ladainha em Sol – 16. Agnus Dei II. Cantochão
41. Ladainha em Sol – 17. Agnus Dei III. Un poco sostenuto
Emílio Soares de Gouveia Horta Júnior (séc. XIX)
42. Maria, Mater gratiæ (Ária ao Pregador) – 1. Maria, Mater gratiæ. Vivo
43. Maria, Mater gratiæ (Ária ao Pregador) – 2. Maria, Mater gratiæ. Allegro moderato

Ars Nova Coral da UFMG e músicos convidados
Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933-2006)
Museu da Música de Mariana – 2002
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. IV – Conceição e Assunção de Nossa Senhora

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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 3/9 – Sábado Santo (Acervo PQPBach)

2rokyzd Projeto Acervo da Música Brasileira
Vol. III – Sábado Santo

Último dia da Quaresma e do Tríduo Pascal, o Sabbato Sancto possui cerimônias nitidamente estruturadas em torno de dois climas distintos: primeiramente, o caráter penitencial do Tempo da Paixão, especialmente da Semana Santa; a partir do Gloria da Missa, entretanto, cessam todas as manifestações de pesar e soam os sinos, que estavam em silêncio desde o Gloria da Missa de Quinta-feira Santa, iniciando-se a jubilosa solenidade preparatória da Páscoa, que celebra a Ressurreição. Como depois do Gloria canta-se o Alleluia, que não era pronunciado desde o início da Quaresma, este Sábado também é conhecido como de Aleluia.

A liturgia tridentina previa para esse dia, especialmente nas catedrais, o canto dos Ofícios Divinos, iniciando-se com as Matinas e Laudes (conjuntamente denominado Ofício de Trevas) e celebrando-se, depois da Nona e antes das Completas, um complexo cerimonial em torno da Missa e das Vésperas, iniciado pela Procissão do Fogo Novo.

Este volume está constituído de composições para as principais partes corais das Matinas, do Próprio da Missa (incluindo as cerimônias a ela anexas) e das Vésperas do Sábado Santo, com base em manuscritos musicais do Museu da Música de Mariana. (adaptado do encarte)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita é por muitos considerado o mais eminente dos compositores da “Escola Mineira”; cópias de suas obras foram conservadas em quase todos os arquivos musicais de Minas Gerais e de outros estados. Há inclusive registros do uso regular de algumas de suas obras em ofícios religiosos nas cidades de São João Del Rey e Prados. É patrono da cadeira nº 4 da Academia Brasileira de Música. Todas as obras conhecidas de Lobo de Mesquita são essencialmente vocais (solos ou coro), religiosas e em grande parte com acompanhamento orquestral.
(http://www.abmusica.org.br/patr04.htm)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
1. Matinas do Sábado Santo – 1. Primeiro Noturno – In pace in idipsum (Antífona I)
2. Matinas do Sábado Santo – 2. Primeiro Noturno – De Lamentatione Jeremiæ (Lição I)
3. Matinas do Sábado Santo – 3. Primeiro Noturno – Sicut ovis (Responsório I)
4. Matinas do Sábado Santo – 4. Primeiro Noturno – Jerusalem,surge  (Responsório II)
5. Matinas do Sábado Santo – 5. Primeiro Noturno – Plange quasi virgo (Responsório III)
6. Matinas do Sábado Santo – 6. Segundo Noturno – Ex Tractatu… Accedet homo (Lição IV)
7. Matinas do Sábado Santo – 7. Segundo Noturno – Recessit pastor noster (Responsório IV)
8. Matinas do Sábado Santo – 8. Segundo Noturno – O vos omnes (Responsório V)
9. Matinas do Sábado Santo – 9. Segundo Noturno – Ecce quomodo (Responsório VI)
10. Matinas do Sábado Santo – 10. Terceiro Noturno – De Epistola beati Pauli (Lição VII)
11. Matinas do Sábado Santo – 11. Terceiro Noturno – Astiterunt regis terræ (Responsório VII)
12. Matinas do Sábado Santo – 12. Terceiro Noturno – Æstimatus sum (Responsório VIII)
13. Matinas do Sábado Santo – 13. Terceiro Noturno – Sepulto Domino (Responsório IX)

Anônimo (Séc. XVIII) – Tractos, Missa e Vésperas do Sábado Santo
14. 1. Lições da Vigília Pascal – Cantemus Domino (Tracto I)
15. 2. Lições da Vigília Pascal – Vinea facta est (Tracto II)
16. 3. Lições da Vigília Pascal – Attende cælum (Tracto III)
17. 4. Benção da Fonte – Sicut cervus (Tracto IV)
18. 5. Missa da Vigília Pascal – Alleluia
19. 6. Missa da Vigília Pascal – Confitemini Domino (Versículo)
20. 7. Missa da Vigília Pascal – Laudate Dominum (Tracto)
21. 8. Missa da Vigília Pascal – Quoniam confirmata est (Versículo)
22. 9. Vésperas – Alleluia (Antífona)
23. 10. Vésperas – Laudate Dominum (Versículo I)
24. 11. Vésperas – Quoniam confirmata est (Versículo II)
25. 12. Vésperas – Gloria Patri (Doxologia: Parte I)
26. 13. Vésperas – Sicut erat (Doxologia: Parte II)
27. 14. Vésperas – Alleluia (Antífona)
28. 15. Vésperas – Vespere autem sabbati (Antífona do Magnificat)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
29. Magnificat – 1. Magnificat anima mea. Cantochão
30. Magnificat – 2. Et exsultavit. Andante non tanto
31. Magnificat – 3. Quia respexit humilitatem. Cantochão
32. Magnificat – 4. Quia fecit mihi magna. (Sem indicação de tempo)
33. Magnificat – 5. Et misericordia. Cantochão
34. Magnificat – 6. Fecit potentiam. (Sem indicação de tempo)
35. Magnificat – 7. Deposuit potentes. Cantochão
36. Magnificat – 8. Esurientes. (Sem indicação de tempo)
37. Magnificat – 9. Suscepit Israel. Cantochão
38. Magnificat – 10. Sicut locutus est. Andante
39. Magnificat – 11. Gloria Patri. (Doxologia: Parte I). Cantochão
40. Magnificat – 12. Sicut erat. (Doxologia: Parte II). Allegro
Anônimo (Séc. XVIII)

41. Antífona do Magnificat – Vespere autem sabbati. Andante

Conjunto Calíope
Júlio Moretzsohn, regente
Museu da Música de Mariana – 2002
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. III – Sábado Santo
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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 2/9 – Missa (Acervo PQPBach)

mkz09hProjeto Acervo da Música Brasileira
Vol. II – Missa

Diferentemente das partes do Próprio (Intróito, Gradual, Ofertório, Comúnio, etc.), cujos textos variam de uma festa para outra, as partes do Ordinário são cantadas na Missa sempre com o mesmo texto ou, em alguns casos, com texturas referentes a determinado tempo litúrgico.

Desde fins da Idade Média, a polifonia foi preferencialmente aplicada a seis partes do Ordinário: Kyrie, Credo, Gloria, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Com o aumento da duração das composições a partir de meados do século XVIII, em Portugal e no Brasil, o Ordinário das Missas passou a ser dividido em dois grandes blocos: o primeiro – denominado Missa – era integrado pelo Kyrie e pelo Gloria, enquanto o segundo – denominado Credo – era constituído pelo Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei.

Por essa razão, o Ordinário completo de uma missa festiva era normalmente denominado Missa e Credo, embora nem sempre seja possível definir hoje, nos acervos de manuscritos musicais, quais Missas correspondem a quais Credos e vice-versa. O Ordinário da Missa, que contém os textos mais utilizados nas celebrações católicas, é uma das categorias mais representadas na produção musical brasileira dos séculos XVIII e XIX. No Museu da Música de Mariana (http://www.mmmariana.com.br), existem mais de duzentas composições diferentes para Missas e/ou Credos, com vozes e instrumentos.

Nesta gravação estão representadas três Missas festivas na acepção dos séculos XVIII e XIX (Kyrie e Gloria) e uma Missa ferial para o Advento e a Quaresma (Kyrie). (adaptado do encarte)

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
1. Missa Abreviada em Ré – 1. Kyrie – Kyrie I, Christe, Kyrie II. Adagio. Allegro. Adagio. Allegro
2. Missa Abreviada em Ré – 2. Gloria – Gloria. Allegro
3. Missa Abreviada em Ré – 3. Gloria – Domine Deus. Andante
4. Missa Abreviada em Ré – 4. Gloria – Qui tollis. Andante moderato
5. Missa Abreviada em Ré – 5. Gloria – Quoniam. Andantino. Adagio
6. Missa Abreviada em Ré – 6. Gloria – Cum Sancto Spirito. Allegro
7. Missa de Oitavo Tom – 1. Kyrie – Kyrie I. Sem andamento
8. Missa de Oitavo Tom – 2. Kyrie – Christie. Sem andamento
9. Missa de Oitavo Tom – 3. Kyrie – Kyrie II. Sem andamento

Joaquim de Paula Sousa “Bonsucesso” (Prados, c. 1760 – idem, c. 1820)
10. Missa Pequena em Dó – 1. Kyrie – Kyrie I. Largo. Allegro
11. Missa Pequena em Dó – 2. Kyrie – Christie. Moderato
12. Missa Pequena em Dó – 3. Kyrie – Kyrie II. Allegro
13. Missa Pequena em Dó – 4. Gloria – Gloria. Allegro
14. Missa Pequena em Dó – 5. Gloria – Domine Deus. Andante moderato
15. Missa Pequena em Dó – 6. Gloria – Qui sedes. Allegro molto
16. Missa Pequena em Dó – 7. Gloria – Quoniam. Andante
17. Missa Pequena em Dó – 8. Gloria – Cum Sancto Spiritu. Largo. Allegro

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
18. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 1. Kyrie – Kyrie I. Christe. Kyrie II. Larghetto
19. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 2. Gloria – Gloria. Allegro vivo
20. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 3. Gloria – Laudamus. Andante
21. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 4. Gloria – Gratias. Larghetto. Allegro
22. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 5. Gloria – Domine Deus. Allegro maestoso
23. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 6. Gloria – Qui sedes/Quoniam. Larghetto. Allegro
24. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 7. Gloria – Cum Sancto Spirito. Larghetto. Allegro vivo

Coral de Câmara São Paulo & Orquestra de Câmara Engenho Barroco
Naomi Munakata, regente
Museu da Música de Mariana – 2001
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. II – Missa

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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 1/9 – Pentecostes (Acervo PQPBach)

16t4dcProjeto Acervo da Música Brasileira
Vol. I – Pentecostes

O Pentecostes – Celebrada pelos cristãos no domingo da última semana do Tempo Pascal, a Dominica Pentecostes ocorre cinquenta dias após a Páscoa (ou no sétimo domingo depois da Ressurreição), estendendo-se a solenidade da festa até a véspera do domingo seguinte, quando se comemora a Santíssima Trindade, que encerra o Ciclo da Páscoa. O Pentecostes, que representa a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos (Atos 2, 1-13), era mais conhecida nos séculos XVIII e XIX como o Espírito Santo ou Divino Espírito Santo, dando origem também às festas populares já muito difundidas nessa época com o nome de Folias do Divino. No Pentecostes foi comum a celebração dos Ofícios Divinos, da Missa e da Novena.

Para este volume foram selecionadas as Matinas (o primeiro dos Ofícios Divinos), o Vidi aquam (Antífona da aspersão da água benta no início da Missa), o Gradual e Ofertório (do Próprio da Missa), a Novena e o Te Deum (Hino de Ação de Graças), este último antigamente utilizado como anexo às Matinas ou às Novenas.

Além de ser cantado no Ofício Divino, em substituição ao terceiro ou nono Responsório das Matinas (à exceção de certos períodos penitenciais) e no final de algumas Novenas (ao menos em Minas Gerais), o Te Deum também era executado em ação de graças em determinadas ocasiões: a eleição de um papa, a canonização de um santo ou, como era comum em Portugal e no Brasil, o nascimento, aniversário, bodas ou coroação de um membro da corte.

A obra Te Deum em Sol, de Francisco Manuel da Silva, foi composta para quatro vozes, violino I e II, baixo, flauta, clarineta, trompas I e II e tímpano. O contraste entre a extroversão marcial e operística dos trechos polifônicos e a sobriedade solene do cantochão, evidencia o paradoxo entre o religioso e o profano que persistiu na prática sacro-musical brasileira do período. No Judex crederis e no Fiat misericordia, os compassos iniciais profetizam o Hino Nacional Brasileiro, que garantiu à posteridade o nome de seu compositor.
(adaptado do encarte)

Pe. João de Deus Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
1. Matinas do Espírito Santo – 1. Invitatório – Alleluia. Andante
2. Matinas do Espírito Santo – 2. Invitatório – Venite. Allegro
3. Matinas do Espírito Santo – 3. Hino – Jam Christus. Andante
4. Matinas do Espírito Santo – 4. Responsório I – Cum complerentur. Andante majestoso
5. Matinas do Espírito Santo – 5. Responsório I – Tamquam spiritus. Allegro
6. Matinas do Espírito Santo – 6. Responsório I – Dum ergo essent. Largo
7. Matinas do Espírito Santo – 7. Responsório I – Tamquam spiritus. Allegro
8. Matinas do Espírito Santo – 8. Responsório II – Repleti sunt. Andante majestoso
9. Matinas do Espírito Santo – 9. Responsório II – Et convenit. Allegro
10. Matinas do Espírito Santo – 10. Responsório II – Loquebantur. Largo
11. Matinas do Espírito Santo – 11. Responsório II – Et convenit. Allegro
12. Matinas do Espírito Santo – 12. Responsório II – Gloria Patri. Largo
13. Matinas do Espírito Santo – 13. Responsório II – Et convenit. Allegro

Anônimo (Séc. XVIII)
14. Vidi aquam. Egredientem de templo. Andate
João de Araújo Silva (séc. XVIII)
15. Gradual do Espírito Santo – 1. Alleluia. Sem andamento
16. Gradual do Espírito Santo – 2. Emitte Spiritum. Sem andamento
17. Gradual do Espírito Santo – 3. Alleluia. Sem andamento

Miguel Teodoro Ferreira (Caeté, 1788-1818)
18. Gradual e Ofertório do Espírito Santo – 1. Alleluia. Emitte Spiritum.Alleluia (Gradual). Poco andante
19. Gradual e Ofertório do Espírito Santo – 2. Confirma hoc Deus. Andante. Allegro

Frutuoso de Matos Couto (séc. XIX)
20. Novena do Espírito Santo – 1. Alleluia (Invitatório). Andante mosso
21. Novena do Espírito Santo – 2. Veni Sancte Espírito Jaculatória I). Andante
22. Novena do Espírito Santo – 3. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória I). Andante
23. Novena do Espírito Santo – 4. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória II). Andante
24. Novena do Espírito Santo – 5. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória III). Andante
25. Novena do Espírito Santo – 6. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória IV). Andante
26. Novena do Espírito Santo – 7. Non vos relinquam (Antífona). Andante sostenuto
Francisco Manuel da Silva (1795-1865)
27. Te Deum em Sol – Te Deum. Te Dominum. Cantochão. Maestoso. Allegro
28. Te Deum em Sol – Te æternum Patrem. Cantochão
29. Te Deum em Sol – Tibi omnes. Andante comodo
30. Te Deum em Sol – Tibi Cherubim. Cantochão
31. Te Deum em Sol – Sanctus. Allegro comodo. Un poco più mosso
32. Te Deum em Sol – Pleni sunt. Cantochão
33. Te Deum em Sol – Te gloriosus. Allegro comodo
34. Te Deum em Sol – Te Prophetarum. Cantochão
35. Te Deum em Sol – Te Martyrum. Andante mosso
36. Te Deum em Sol – Te per orbem. Cantochão
37. Te Deum em Sol – Patrem imensæ. Allegro
38. Te Deum em Sol – Venerandum tuum verum. Cantochão
39. Te Deum em Sol – Sanctum quoque. Allegro moderato
40. Te Deum em Sol – Tu Rex gloriæ. Cantochão
41. Te Deum em Sol – Tu Patris. Allegro comodo
42. Te Deum em Sol – Tu ad liberandum. Cantochão
43. Te Deum em Sol – Tu devicto. Recitatvo (Ária)
44. Te Deum em Sol – Tu ad dexteram. Cantochão
45. Te Deum em Sol – Judex crederis. Allegro maestoso
46. Te Deum em Sol – Te ergo. Sostenuto
47. Te Deum em Sol – Æterna fac. Cantochão
48. Te Deum em Sol – Salvum fac. Allegro non troppo
49. Te Deum em Sol – Et rege eos. Cantochão
50. Te Deum em Sol – Per singulos dies. Allegro non troppo
51. Te Deum em Sol – Et laudamus. Cantochão
52. Te Deum em Sol – Dignare Domine. Andante moderato
53. Te Deum em Sol – Miserere nostri. Cantochão
54. Te Deum em Sol – Fiat misericordia. Andantino sostenuto
55. Te Deum em Sol – In te Domine. Allegro vivo. Mais vivo

Orquestra e Coral de Câmera da Escola de Música da UFMG e músicos convidados
Afrânio Lacerda, regente
Museu da Música de Mariana – 2001
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. I – Pentecostes

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ilha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

A história dos 40 anos (e vários séculos) do Museu da Música de Mariana, MG

(Repostagem de 13.07.13)

Colegas,

Para quem estiver em Minas Gerais nessa ocasião, convido-os para os eventos comemorativos dos 40 anos do Museu da Música de Mariana (MG), que serão realizados nessa cidade nos dias 6 e 7 de julho próximos.

O Museu da Música foi a primeira instituição criada especialmente para reunir e preservar manuscritos musicais brasileiros, de maneira ainda informal na década de 1960, mas oficializado em 6 de julho de 1973 pelo então Arcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira. Centro do maior projeto conjunto de edição e gravação de música antiga brasileira (o Projeto Acervo da Música Brasileira, patrocinado pela Petrobras, entre 2001-2003), o Museu da Música de Mariana desenvolve atualmente vários projetos artísticos e sociais, e recebeu, do Programa Memória do Mundo da UNESCO, em 2 de dezembro de 2011, o Registro Regional para a América Latina e o Caribe (MOWLAC), tornando-se, assim, a primeira instituição brasileira do gênero com esse tipo de distinção.

Segue abaixo o texto publicado na revista portuguesa de música Glosas, sobre a história e as atividades atuais do Museu da Música, e seu respectivo link.

Abraço,

Paulo Castagna
[email protected]
http://paulocastagna.com/

A HISTÓRIA DOS 40 ANOS (E VÁRIOS SÉCULOS) DO MUSEU DA MÚSICA DE MARIANA

Prof. Paulo Castagna

.História de uma solução

O Museu da Música de Mariana, como tem sido popularmente chamado o Museu da Música do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (Minas Gerais), celebra 40 anos de uma contribuição que, de várias maneiras, vem participando da construção cultural de brasileiros e portugueses. Sua história, no entanto, exibe uma complexa teia de relações, que fez desta instituição um centro pioneiro de recepção, preservação e difusão do patrimônio histórico-musical luso-brasileiro, que se encontra em franco desenvolvimento.

A origem do Museu da Música está associada a um problema inicialmente observado pelo musicólogo teuto-uruguaio Francisco Curt Lange (1903-1997), que realizou as primeiras investigações histórico-musicais em território brasileiro nas décadas de 1940 e 1950: a falta de pessoal especializado e, principalmente, de instituições locais destinadas ao cuidado e estudo de acervos de manuscritos musicais. A primeira solução adotada por Curt Lange foi, no entanto, discutível: o musicólogo obteve muitos manuscritos musicais com os quais se deparou nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, por compra ou por métodos obscuros, levando-os à sua residência, nessas décadas no Rio de Janeiro e em Montevidéu (Uruguai).

Mas se, nesse período, não havia no Brasil nenhuma instituição especificamente dedicada a esse tipo de acervo, ao menos nos moldes defendidos por Curt Lange, os manuscritos por ele recolhidos estavam sendo cada vez mais referidos no Brasil, principalmente a partir da primeira publicação de uma coletânea desse repertório (LANGE, 1951) e de sua primeira gravação, em 1958. Por outro lado, praticamente nenhum especialista, além dele próprio, tinha acesso a tais documentos, antes de sua transferência para o Museu da Inconfidência (Ouro Preto – MG) em 1983 e sua disponibilização pública na década seguinte.

Foi nesse contexto que se destacou o trabalho do terceiro arcebispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Oscar de Oliveira (1912-1997). Desde o início de sua função arquiepiscopal, em 1960, Dom Oscar vinha tomando várias medidas referentes à preservação e acesso ao patrimônio histórico e artístico de sua região: em 1962 instituiu o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra e em 1965 o Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana. Até o final de sua atuação à frente da arquidiocese, em 1988, Dom Oscar fundou também o Museu do Livro (com o acervo da antiga Biblioteca dos Bispos de Mariana), o Museu dos Móveis, a Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana e a Fundação Marianense de Educação.

Mariana (figuras 01 a 03) é sede episcopal desde 1748 e a sexta diocese brasileira, depois das dioceses (ou bispados) da Bahia (1555), Rio de Janeiro (1676), Olinda (1676), Maranhão (1677) e Pará (1719), tendo sido elevada a arquidiocese em 1906. Primeira vila, cidade e capital de Minas Gerais, Mariana começou a se desenvolver economicamente em função da mineração aurífera, tornando-se região agropastoril no século XIX e, na recente fase industrial, um centro minerador de ferro.

A herança urbanística e eclesiástica de Mariana fez com que lá se concentrassem muitas reminiscências da antiga arte sacra (especialmente dos séculos XVIII e XIX), incluindo muitos manuscritos musicais e o conhecido órgão Arp Schnitger construído em Hamburgo (Alemanha) na primeira década do século XVIII e transferido para a catedral de Mariana em 1753.

Mudanças litúrgicas do século XX, no entanto, acarretaram uma sensível diminuição das atenções em relação ao repertório dos séculos anteriores, até o momento em que essa música começou a ser vista não apenas como componente litúrgico, mas também como patrimônio histórico. Quem pela primeira vez percebeu isso em Mariana foi Dom Oscar de Oliveira.

Desde sua consagração como arcebispo em 1960, Dom Oscar de Oliveira (figura 04) já manifestava especial interesse pela música sacra. Nesse mesmo ano publicou uma série de treze artigos com o título “Música sacra e liturgia” (OLIVEIRA, 1960), embora sem qualquer menção ao passado musical marianense. Em meio a tais iniciativas e sentindo a necessidade de uma ação também dirigida ao patrimônio histórico-musical, o arcebispo fundou em 1973 o Museu da Música, como parte do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana. Principalmente constituído de manuscritos musicais, apesar de também contar com alguns instrumentos musicais, o Museu da Música acabou recebendo esse nome em decorrência das instituições anteriormente fundadas por Dom Oscar para a proteção do patrimônio histórico marianense, como o Museu de Arte Sacra e o Museu do Livro.

A fundação do Museu da Música foi uma solução criada por Dom Oscar para a falta de instituições brasileiras destinadas à preservação e estudo de manuscritos musicais. Tal solução, entretanto, foi o resultado de uma longa série de ações anteriores à sua oficialização, que inclui a tradição dos mestres da capela do século XVIII e a acumulação de manuscritos musicais na cidade durante o século XIX.

Quando assumiu a arquidiocese, ou talvez mesmo antes disso, Dom Oscar de Oliveira percebeu que a cúria marianense, à época instalada na igreja de São Pedro dos Clérigos (figura 05), guardava um precioso acervo de manuscritos musicais, muitos deles bastante antigos. O arcebispo manifestou publicamente o interesse por esse acervo em 1966, quando convidou o irmão marista Wagner Ribeiro a publicar o artigo “Visita ao maravilhoso reino da música antiga mariananese” no jornal O Arquidiocesano, texto que se tornou a mais antiga notícia hoje disponível sobre o acervo que deu origem ao Museu da Música.

Entre outros impressos e documentos, Wagner Ribeiro (1966) descreveu dezenove manuscritos musicais do acervo da cúria, chegando a apresentar o incipit musical (figura 06) da Antífona de Nossa Senhora Regina Cæli lætare de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746?-1805), a partir de uma cópia de 1779 (figuras 07 e 08), o mais antigo manuscrito musical datado desse acervo. No ano seguinte, um artigo do mesmo jornal (VASCONCELLOS, 1967) já mencionava a existência de dois arquivistas musicais trabalhando na cúria: Aníbal Pedro Walter e Vicente Ângelo das Mercês. A partir desse período, o arcebispo estava firmemente decidido a cuidar desse acervo.

Mas qual foi a origem dos manuscritos musicais preservados na cúria de Mariana? A existência de uma tradição musical do século XVIII (CASTAGNA, 2004b) na matriz e depois catedral de Mariana (figura 09), associada à presença de várias cópias desse período no acervo encontrado por Dom Oscar, sugeriram a hipótese de que o acervo musical da cúria fosse o remanescente do antigo arquivo musical da catedral de Mariana, suposição apoiada pela existência de várias cópias com a indicação de propriedade “catedral” na página de rosto (figura 10).

De fato, vários documentos atestam a relação entre o arquivo musical catedralício e o acervo encontrado por Dom Oscar de Oliveira na cúria, como a “Lista das músicas pertencentes à Catedral”, de 1832 (figura 11), embora seja evidente que boa parte do repertório acumulado nessa igreja nos séculos XVIII e XIX tenha se perdido. Paralelamente, em 1882, o arcediago José de Souza Teles Guimarães (figura 12) doou à catedral de Mariana 164 músicas “dos melhores autores conhecidos, para uso da Catedral”, encaminhando “a lista nominal de todas as peças” e solicitando que “as ditas músicas sejam acondicionadas e zeladas de modo que se prestem ao fim proposto” (CASTAGNA, 2010). Essa “lista nominal” parece corresponder à “Lista Geral de Todas as Músicas” (figura 13) localizada no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, a qual exibe muitas correspondências com o antigo acervo musical da cúria e nos ajuda a esclarecer a origem de uma parte dos manuscritos preservados.


Não são conhecidos registros sobre a transferência do arquivo musical da catedral para a cúria, mas isso deve ter ocorrido após a promulgação do Motu Proprio Tra le sollecitudini (22 de novembro de 1903) do papa Pio X, que acarretou o desuso da maior parte do repertório sacro dos séculos XVIII e XIX, decorrente da depuração do “funesto influxo que sobre a arte sacra exerce a arte profana e teatral” solicitada pelo pontífice. Essa determinação foi amplamente conhecida pelo clero marianense, pois além de ter sido transcrita nas atas do cabido, foi impressa em Mariana poucos meses após sua assinatura em Roma (PIO X, 1904).

Pelo menos trezentas obras devem ter sido transferidas da catedral à cúria de Mariana no início do século XX, a julgar pelo atual conteúdo da seção mais antiga do Museu da Música. Entre elas, estão principalmente composições de autores afro-mineiros dos séculos XVIII e XIX, mas também algumas obras de autores portugueses mais antigos, com destaque para as quatro Paixões da Semana Santa escritas por Francisco Luís no século XVII. Fica assim evidente que, embora instituído há 40 anos, o Museu da Música de Mariana partiu de um repertório acumulado ao longo de três séculos – obviamente com muitas perdas e substituições – mas cujas raízes remontam à história musical portuguesa, europeia e católica. Nesse sentido, o acervo do Museu da Música é a reminiscência, no Brasil, de uma rede de difusão musical que iniciou-se na Europa e cruzou várias vezes o Atlântico, reunindo e mesclando estilos, tendências, origens, formas e funções.

A visão planejadora de Dom Oscar de Oliveira

Interessado em preservar toda essa documentação musical, o arcebispo Dom Oscar de Oliveira tomou duas medidas, ainda no final da década de 1960: a primeira delas foi convidar, para a função de arquivista musical, a professora Maria Ercely Coutinho (figura 14), que trabalhou na cúria, ainda na igreja de São Pedro dos Clérigos, de 1968 a 1972 (em substituição aos primeiros arquivistas Aníbal Pedro Walter e Vicente Ângelo das Mercês, que lá atuaram em 1967). A segunda foi solicitar às famílias de músicos que o arcebispo encontrava, durante as visitas episcopais às paróquias da arquidiocese, a doação de músicas à cúria de Mariana, o que ocorreu várias vezes a partir dessa época: o primeiro desses acervos foi oferecido em 1969 por José Henrique Ângelo, descendente de uma família de músicos da cidade de Barão de Cocais (MG)

O tamanho e a complexidade do acervo de Barão de Cocais tornou necessária a intervenção de um musicólogo com experiência na área, o que representou novo desafio ao arcebispo. Francisco Curt Lange, que já tinha conhecimento do acervo musical da cúria de Mariana, começou a oferecer seu trabalho a Dom Oscar de Oliveira em 1967 (CASTAGNA, 2005), mas este acabou aceitando a colaboração do padre José de Almeida Penalva (1924-2002) (figura 15), que já vinha trabalhando com manuscritos musicais em Campinas, sua cidade natal: o primeiro trabalho de Penalva como pesquisador havia sido impresso em 1955, mas a catalogação, em 1970, das obras de Carlos Gomes (1836-1896) no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas (SP), foi a iniciativa que diretamente o conectou à pesquisa que realizaria em Mariana dois anos mais tarde (PROSSER, 2000: 227).

Em Mariana, José Penalva organizou e elaborou um catálogo do arquivo de José Henrique Ângelo, parcialmente publicado no jornal O Arquidiocesano em 1972 (figura 16), porém impresso em sua forma integral no ano seguinte na revista Cadernos, periódico do Studium Theologicum de Curitiba (PR), cidade na qual o padre Penalva passou a residir.

Com o encerramento do trabalho de Maria Ercely Coutinho e do Padre José de Almeida Penalva, em 1972, surgiu novamente a necessidade de contar com alguém que continuasse o trabalho por eles iniciado. Dom Oscar de Oliveira, em nova ação planejadora, aceitou a colaboração de Maria da Conceição de Rezende, então professora de História e Estética Musical na Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte (MG), que assumiu as tarefas de organização, catalogação e estudo do acervo por doze anos ininterruptos.

Conceição Rezende conviveu pouco tempo com Penalva e Coutinho em Mariana e logo passou a desenvolver praticamente sozinha sua tarefa, às vezes contando com o auxílio de músicos e professores de Mariana e de Belo Horizonte (CASTAGNA, 2004a). Poucas semanas após o início do trabalho de Conceição Rezende, naquele agitado ano de 1972, a catalogação dos manuscritos musicais da cúria (especialmente do século XVIII) motivou constantes reportagens na imprensa diária (figura 17), o que acabou dando ao acervo, a partir desse período, uma notoriedade nacional e internacional.

Foi depois de tudo isso que Dom Oscar de Oliveira fundou o Museu da Música, inaugurado em uma sala do novo edifício da Cúria e Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (figura 18) em 6 de julho de 1973 (figura 19), paradoxalmente sem a presença do arcebispo, cuja mãe havia falecido nessa mesma época. A partir de então, as notícias sobre o Museu da Música tornaram-se frequentes e as doações de manuscritos musicais aumentaram consideravelmente.

Utilizando a metodologia desenvolvida por José de Almeida Penalva, Maria da Conceição de Rezende passou a separá-los pela cidade de origem e por seis categorias funcionais: 1) Te Deum; 2) Ladainhas; 3) Ofícios e Novenas; 4) Missas; 5) Semana Santa; 6) Fúnebres. Assim, o acervo encontrado na cúria por Dom Oscar tornou-se a seção “Mariana”, enquanto o acervo estudado por José Penalva tornou-se a seção “Barão de Cocais”, cada um deles divididos em seis seções referentes à categorias acima mencionadas.

Na década de 1980, os papéis de música já eram procedentes de cerca de trinta cidades mineiras – felizmente registradas por Conceição Rezende – e sua organização estimulou várias ações relacionadas ao patrimônio histórico-musical brasileiro. Uma delas foi a microfilmagem de parte dos manuscritos do Museu da Música (cujos fotogramas encontram-se na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), para a elaboração do catálogo O ciclo do ouro, que relaciona manuscritos musicais e outros documentos históricos de onze acervos mineiros e cariocas (BARBOSA, 1978).

Conceição Rezende, no entanto, encerrou seu trabalho no Museu da Música durante o I Encontro Nacional de Pesquisa em Música (Mariana, julho de 1984), ocasião na qual Dom Oscar providenciou o registro jurídico da instituição, abrindo-o finalmente à pesquisa. Em função da falta de espaço, o Museu da Música acabou sendo transferido para o recém-inaugurado Palácio Arquiepiscopal, na Praça Gomes Freire (figura 20), em 1988 (mesmo ano em que Dom Oscar de Oliveira encerrou sua atuação como arcebispo de Mariana) e, ao lado do Museu do Livro, continuou recebendo pesquisadores e estimulando ações semelhantes nos anos seguintes (figuras 21 a 23).

Felizmente, Dom Oscar foi sucedido por Dom Luciano Mendes de Almeida (1930-2006), que não apenas manteve o acervo aberto à pesquisa no Palácio Arquiepiscopal, como também, à frente da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana, aceitou novas ações referentes à modernização e desenvolvimento do Museu da Música.

O Museu da Música de Mariana no século XXI

Um trabalho decisivo foi realizado no Museu da Música entre 2001 e 2003: o projeto “Acervo da Música Brasileira / Restauração e Difusão de Partituras”, da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana, financiado pela Petrobras e administrado pelo Santa Rosa Bureau Cultural (Belo Horizonte – MG). Nessa fase, foi constituída uma equipe de pesquisadores para continuar a organização do acervo (figuras 24 a 29) e elaborar um instrumento de busca eletrônico, além de editar nove álbuns de partituras e coordenar sua gravação por coros e orquestras de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

O projeto Acervo da Música Brasileira gerou novo interesse e maior visibilidade em relação ao Museu da Música, que passou a contar com outras ações e projetos destinados a aumentar a difusão social de seu acervo. Após a restauração do antigo Palácio dos Bispos de Mariana, entre 2004 e 2007 (figura 30), o Museu da Música foi para lá transferido, onde se encontra atualmente (figura 31). O novo espaço tornou a instituição apta a desenvolver atividades diferentes, como a recepção de grupos de visitantes e o oferecimento de aulas e apresentações musicais, o que ampliou consideravelmente seu significado cultural e social.

Desde então, além de continuar o trabalho técnico (figuras 32 e 33) e de receber pesquisadores, o Museu da Música de Mariana têm realizado projetos destinados não somente ao desenvolvimento da pesquisa musicológica, mas também ao desenvolvimento musical, com a manutenção de espaços para exposições (figuras 34 e 35), aulas e apresentações musicais, e a realização de projetos de apresentações públicas com obras de seu acervo em várias cidades mineiras. Além disso, o Museu da Música mantém o projeto “Aperfeiçoamento de Maestros e Regentes de Coro”, destinado a desenvolver localmente a prática da música coral e a multiplicar ações nessa área.

Em reconhecimento à importância de seu acervo de manuscritos musicais, mas também por conta dos projetos acima referidos, o Museu da Música de Mariana recebeu, do Programa Memória do Mundo da UNESCO, em 2 de dezembro de 2011, o Diploma do Registro Regional para a América Latina e o Caribe (MOWLAC), tornando-se, assim, a primeira instituição brasileira do gênero com esse tipo de distinção.

Apesar dos projetos anteriores de edição e gravação, a maior parte do acervo do Museu da Música de Mariana é desconhecido do público. Bastante variado, esse acervo inclui instrumentos musicais, documentos históricos, recortes de jornais, livros cerimoniais, bibliografia musicológica, manuscritos e impressos musicais. Entre os manuscritos – que constituem a maior parte do acervo – estão obras sacras de vários períodos históricos e uma grande seção de música dos séculos XIX e XX para banda, ainda em processo de catalogação. É grande o número de autores de música sacra representados no acervo, entre eles muitos brasileiros, como José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746?-1805), Manoel Dias de Oliveira (c.1735-1813), Francisco Gomes da Rocha (c.1754-1808), João de Deus de Castro Lobo (1794-1832) e José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), e vários europeus, como os portugueses Francisco Luís (?-1693), Antonio Leal Moreira (1758-1819) e Marcos Portugal (1762-1830).

Por outro lado, a herança portuguesa e africana da maior parte dos compositores brasileiros representados no acervo – sem contar a música dos autores europeus que se transferiram para o Brasil – torna o Museu da Música de Mariana uma instituição de significado internacional. Os projetos nele desenvolvidos não afetam apenas a cidade de Mariana e nem somente o meio musicológico brasileiro, mas difundem pelo mundo, especialmente de língua portuguesa, uma herança cultural que vem participando de nossa vivência cultural por via direta ou indireta.

O Museu da Música de Mariana tem estimulado o surgimento de instituições semelhantes em outras cidades brasileiras – como o Museu da Música de Timbó (SC),[2] inaugurado em 2004, e o Museu da Música de Itu (SP),[3] inaugurado em 2007 – e seu desenvolvimento foi importante na elaboração de outros projetos de conservação, organização, catalogação, edição e gravação de obras, no Brasil e fora dele. Mesmo assim, as ações dessa instituição estão longe de serem encerradas: o Museu da Música planeja, atualmente, a digitalização e disponibilização eletrônica de seu acervo e outras iniciativas igualmente impactantes relacionadas ao patrimônio histórico-musical brasileiro.

Vivemos, entretanto, em um período bastante diferente das décadas de 1940 a 1980, nas quais a falta de informações, de instituições e de oportunidades mobilizou centenas de pessoas para o trabalho técnico e acadêmico relacionado ao patrimônio histórico-musical. Na atualidade, os desafios são quase opostos aos daquela época, estando entre os principais o excesso de informações e que circula nas sociedades e a falta de significado humano de boa parte das ações institucionais.

Em virtude da total reconfiguração do Museu da Música de Mariana e dos projetos nele desenvolvidos nos últimos treze anos, essa instituição vem se preparando para uma nova atuação junto à sociedade, que não se restringe somente à abertura de seu acervo aos especialistas (o que será permanentemente mantido), mas que visa também o desenvolvimento cultural e social, com ações de interesse público relacionados ao seu acervo. Se o Museu da Música foi, no passado, uma instituição pioneira no cuidado de antigos acervos musicais por especialistas, seu futuro aponta agora para o cuidado de pessoas por meio da música antiga.

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Os links para baixar os 9 CDs produzidos pelo MMM com músicas inéditas, em arquivos FLAC e MP3 320 kbps, com os respectivos encartes, podem ser encontrados AQUI, conforme forem sendo repostados.

Avicenna

O Museu da Música de Mariana (MMM) também no Wikipedia !!

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O MUSEU DA MÚSICA DE MARIANA inaugurou sua página no WIKIPEDIA, uma completa e detalhada pesquisa do Prof. Paulo Castagna. Haja fôlego!!

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Informação turística importante! O centro histórico de Mariana foi totalmente preservado do rompimento da barragem e espera sua visita!

Devido à circulação de muitas informações imprecisas em torno da tragédia sócio-ambiental acarretada pelo rompimento da barragem de rejeitos do Fundão, da Samarco/Vale/BHP, o Museu da Música de Mariana informa que o centro histórico de Mariana não foi fisicamente afetado pela lama que fluiu ao longo do Rio Doce, e nem sofreu corte no abastecimento de água, estando normais a recepção dos seus visitantes pelas estradas que vêm de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Brasília e outras cidades, bem como a sua acomodação nos hoteis e pousadas da região. (Prof. Paulo Castagna)
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Conheça a nova página do MMM no Wikipedia AQUI.

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O conteúdo da nova página

Dentre o conteúdo histórico e didático dos itens acima, destacamos:

8.2 CDs completos
Áudios de cada um dos 9 CDs produzidos pelo MMM, faixa por faixa, disponíveis também para download nos formatos Ogg Vorbis, Torrent, M3U e MP3.

8.3 Tabela de edições e gravações por obra
Partituras de cada faixa de todos os 9 CDs, com a parte vocal, disponíveis para download em arquivo PDF. Áudios disponíveis para download nos formatos Ogg Vorbis, Torrent, M3U e MP3, além de poderem ser simplesmente ouvidos. Cada capa dos CDs também pode ser baixada em JPEG.

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Links das postagens do PQPBach dos 9 CDs produzidos pelo Museu da Música de Mariana, disponíveis para download em arquivos FLAC e MP3 320 kbps, com os respectivos encartes:

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 1/9 – Pentecostes (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 2/9 – Missa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 3/9 – Sábado Santo (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 4/9 – Conceição e Assunção de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 5/9 – Natal (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 6/9 – Quinta-Feira Santa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 7/9 – Devocionário Popular aos Santos (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 8/9 – Ladainha de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 9/9 – Música Fúnebre (Acervo PQPBach)

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luto pelo nosso rio doce

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Avicenna

Mediação digital e pedagógica do Museu da Música de Mariana

Mediação digital e pedagógica do Museu da Música de Mariana

(email que recebemos do musicólogo Prof. Paulo Castagna)

O Museu da Música de Mariana é uma entidade cultural de interesse público e sem fins lucrativos, fundada em 1973 e mantida pela Arquidiocese de Mariana.

Desde a Páscoa de 2014, o Museu da Música iniciou um serviço de Mediação Digital e Pedagógica (MDP) para os usuários do Facebook, na forma de postagens diárias (sete dias por semana!) de notícias, informações, imagens, filmes e música, com a função de tornar o patrimônio histórico-musical brasileiro e o próprio conhecimento musicológico interessantes, contemporâneos e atrativos para o público em geral, além dos especialistas e do meio acadêmico.

Utilizando o Facebook como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), estamos divulgando diariamente, em nossa página (https://www.facebook.com/MuseuDaMusicaDeMariana/), aspectos interessantes do passado musical brasileiro, da atividade musical nas cidades históricas brasileiras, da relação entre a música, a sociedade, os costumes, as festas e a religião, além de aspectos marcantes da história, do acervo e dos projetos do Museu da Música. Esta ação visa promover o desenvolvimento de uma função social mais ampla do conhecimento histórico-musicológico e das instituições semelhantes ao Museu da Música, estimulando a multiplicação desse tipo de mediação no meio acadêmico-musical.

O serviço de MDP não deixa em segundo plano a pesquisa e nem a publicação acadêmica, que são preocupações do Museu da Música desde 1984, quando realizou (portanto há exatos 30 anos) o I Encontro Nacional de Pesquisa em Música e deu início aos encontros periódicos brasileiros na sub-área de musicologia histórica. A iniciativa visa apenas criar interesse pelos assuntos musicológicos no público em geral, bem como ampliar esse conhecimento e sua função no ambiente externo aos meios técnico e acadêmico, com o objetivo de aumentar as interrelações entre a instituição, o campo específico de conhecimento e a sociedade por eles beneficiada.

De um modo geral, as abordagens acadêmicas na área de música utilizam conceitos e terminologia muito específicas deste campo de estudo, sendo difícil sua compreensão por grande parte do público interessado pelas práticas musicais do presente ou do passado, caso não sejam profissionais da área de música.

Ao propor a mediação do seu conhecimento musicológico, o Museu da Música assume o desafio de estabelecer essa ponte, no espaço virtual ou presencial. Constatamos que a grande maioria dos visitantes do Museu da Música são portadores de gadgets (celulares, smartphones, leitores de MP3, etc.), geralmente percorrendo todo o trajeto do módulo expositivo, mesmo durante a visita guiada, com seus aparelhos em mãos, atitude que demonstra uma certa necessidade, por parte dos mesmos, de buscar maior interação entre sua familiaridade com o meio virtual e o conteúdo apresentado no Museu.

Para Maurice Halbwachs (A memória coletiva; trad. Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006), a memória coletiva se refere a uma identidade propriamente coletiva, que explica uma experiência e um passado vividos por participantes de um mesmo grupo, o que envolve as memórias individuais, mas não se confunde com elas. Ao adequar à linguagem da web o conteúdo musicológico, fruto do cotidiano da pesquisa e da gestão do acervo, o Museu da Música veicula tais conteúdos de maneira a se tornarem subjetivamente reconhecíveis pelos usuários da web, o que possibilita sua ressignificação por parte dos nossos consulentes, sejam eles virtuais ou presenciais.

A proposta está fundamentada no conceito pedagógico de “mediação” e suas múltiplas vertentes e possibilidades, tais como apresentadas, entre outros, por Ana Mae Barbosa e Rejane Galvão Coutinho no livro Arte educação como mediação cultural e social (São Paulo: UNESP, 2008), por Carlos Alberto Sobrinho no artigo “Mediação digital e pedagógica” (Teias, Rio de Janeiro, ano 4, n.7-8, p.1-13, jan/dez 2003) e por Solimar Patriota Silva na comunicação “O facebook na formação continuada de mediadores de leitura” (Anais do 18º Congresso Internacional de Educação à Distância, São Luís, 23-26 set. 2012). Nossa ação está em consonância com a “Lei de Acesso à Informação” (Lei Federal nº 12.527, de 18/11/2011) e com os “Princípios de Acesso aos Arquivos”, adotados pela Assembléia Geral do Conselho Internacional de Arquivos (Brisbane, 2012), cujo terceiro item possui esta recomendação: “Os arquivistas têm a responsabilidade profissional de promover o acesso aos arquivos. Eles divulgam informação sobre os arquivos utilizando vários meios, como a internet e publicações na web, documentos impressos, programas públicos, meios comerciais e outras atividades de alcance. Eles devem estar continuamente atentos a mudanças nas tecnologias de comunicação e usam aquelas que são disponíveis e práticas para promover a divulgação dos arquivos.” Finalmente, como apoio a este tipo de ação, vale a pena transcrever a epígrafe utilizada no artigo de Carlos Alberto Sobrinho: “Não foram os educadores que criaram as novas tecnologias do final do século XX, nem são eles que as controlam, mas têm agora a oportunidade e a responsabilidade de as usar criativamente e de um modo eficiente, no sentido de fortalecer e enriquecer a educação de todos.” Malcolm Skilbeck (Educador e ex-Diretor da OCDE).

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“Curtindo” a página https://www.facebook.com/MuseuDaMusicaDeMariana/, as postagens diárias do Museu da Música aparecerão em seu feed de notícias, juntamente com as postagens de seus(suas) amigos(as) e das demais páginas que você já curtiu. Gostando da página e das postagens, sugerimos clicar em “convide seus amigos para curtirem esta página” e agradecemos indicá-la aos seus(suas) amigos(as) e familiares, pois assim este trabalho chegará a um número cada vez maior de pessoas e cumprirá com maior eficiência sua missão de difusão e desenvolvimento da função social do conhecimento musicológico e dos projetos científicos, pedagógicos e sociais do Museu da Música de Mariana. E estando na região, venha visitar gratuitamente nossa exposição permanente ou pesquisar em nosso acervo, de terça-feira a domingo, nos horários indicados em nossa página.

Obrigado, colega!

A Equipe do Museu da Música de Mariana

Pe. Enzo dos Santos
José Eduardo Liboreiro
Vítor Sérgio Gomes
Sidiône Eduardo Viana
Gislaine Padula de Morais
Paulo Castagna

Museu da Música de Mariana
Rua Cônego Amando, 161
Bairro Chácara
CEP 35420-000 – Mariana – MG
Telefone: (31) 3557-2778
Website: http://mmmariana.com.br
E-mail: [email protected]

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O Museu da Música de Mariana já produziu 9 CDs que apresentam músicas inéditas. Foram produzidos e distribuidos somente 1.000 exemplares de cada. Hoje é considerada uma coleção rara e está esgotada!. Os 9 CDs já foram postados pelo PQPBach, em arquivos FLAC e MP3 320 kbps, exclusividade essa que somente os ouvintes do PQPBach desfrutam !!!

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 1/9 – Pentecostes (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 2/9 – Missa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 3/9 – Sábado Santo (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 4/9 – Conceição e Assunção de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 5/9 – Natal (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 6/9 – Quinta-Feira Santa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 7/9 – Devocionário Popular aos Santos (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 8/9 – Ladainha de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 9/9 – Música Fúnebre (Acervo PQPBach)
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As partituras e o aparato crítico das obras acima estão disponíveis aqui, em arquivos Adobe Acrobat (.pdf). As partituras estão divididas em partes para facilitar sua transferência pela internet.

Conheça a história dos 40 anos (e vários séculos) do Museu da Música de Mariana, aqui.

Aproveitem todos estes tesouros !!

Avicenna

Museu da Música de Mariana no Facebook

Mensagem do Prof. Paulo Castagna:

O Museu da Música de Mariana inaugurou, na última Páscoa, um serviço informativo diário em sua página do Facebook: veja aqui.

Nesse serviço apresentaremos áudios, vídeos, imagens e informações musicológicas interessantes relacionadas ao acervo e à história do Museu da Música. Para visualizar os posts diários basta entrar na página e curtir.

Com esse serviço pretendemos estimular o interesse pela musicologia histórica e pelo Museu da Música. Seria possível dar uma nota a respeito no PQP? Quanto mais curtidas maior o número de pessoas que será alcançada pelos posts. Pretendemos chegar à marca de 10 mil curtidas até julho.

Abraço!

Paulo Castagna
[email protected]
http://paulocastagna.com/

Avicenna

Eventos comemorativos dos 40 anos (e vários séculos) do Museu da Música de Mariana, MG

Convido-os para os eventos comemorativos dos 40 anos do Museu da Música de Mariana (MG), que serão realizados nessa cidade nos dias 6 e 7 de julho próximos, em alusão à fundação oficial do Museu da Música no dia 7 de julho de 1973. A seguir, o folder dos eventos e, abaixo, o link para baixar o texto publicado na revista portuguesa de música Glosas, sobre a história e as atividades atuais do Museu da Música (3 Mb):

http://rapidshare.com/files/2883510424/2013-MuseuDaMsica.pdf

Divulguem à vontade!

Abraço,

Paulo Castagna
[email protected]
http://paulocastagna.com/





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.Museu da Música de Mariana
Projeto Acervo da Música Brasileira – Restauração e Difusão de Partituras

O Projeto Acervo da Música Brasileira – Restauração e Difusão de Partituras é uma das mais completas e arrojadas iniciativas de recuperação, preservação e divulgação do patrimônio musical do país, idealizado pela Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana e patrocinado pela Petrobras, sob a coordenação do Santa Rosa Bureau Cultural.

Obras preciosas da música religiosa brasileira dos séculos XVII a XX, antes restritas ao espaço do Museu da Música de Mariana (MG), são reorganizadas, catalogadas, editadas e oferecidas ao grande público na forma de concertos, CDs e livros de partituras, também acessíveis pela Internet.

Pela profundidade, abrangência, volume de ações e recursos envolvidos, o projeto alcança proporções inéditas no país. O Museu de Mariana é um dos mais importantes acervos latino-americanos de música religiosa manuscrita, com mais de 2 mil partituras. Muitas delas foram salvas pelo trabalho de restauração, já que estavam em estado precário de preservação. Foi recuperada a estrutura original das partituras tal como concebidas por seus autores.

Compositores respeitados como Emerico Lobo de Mesquita, José Maurício Nunes da Silva e João de Deus de Castro Lobo têm novas peças reveladas. Outros, como Miguel Teodoro Ferreira, Frutuoso de Matos Couto e Manuel Dias de Oliveira começam a ter sua memória resgatada, com a identificação de criações importantes, anteriormente desconhecidas. O trabalho inclui também várias peças de autoria desconhecida.

Iniciado em janeiro de 2001 e com término previsto para 2003, o projeto envolve 150 profissionais, com destaque para a equipe de musicologia, coordenada pelo professor e pesquisador Paulo Castagna, da Unesp, e constituída por Aluízio José Viegas (São João del Rei), André Guerra Cotta (Belo Horizonte), Carlos Alberto Figueiredo (Rio de Janeiro), Clóvis de André (São Paulo), Francisco de Assis Gonzaga da Silva (Ouro Preto), Marcelo Campos Hazan (Rio de Janeiro), Maria José Ferro de Sousa (Ouro Preto), Maria Teresa Gonçalves Pereira (Mariana), Vitor Gabriel de Araújo (São Paulo) e Vladmir Agostini Cerqueira (Belo Horizonte).

A reorganização e catalogação está sendo realizada com uma metodologia desenvolvida no final da década de 90 e pela primeira vez aplicada, em sua total potencialidade, em um acervo brasileiro do gênero. O modelo de inventário adotado já se qualifica como referência latino-americana na área de acervos de manuscritos musicais.

(texto extraído de: http://www.mmmariana.com.br/)

Todos os 9 CDs apresentam músicas inéditas. Foram produzidos e distribuidos somente 1.000 exemplares de cada. Hoje é considerada uma coleção rara e está esgotada!. Os 9 CDs já foram postados pelo PQPBach, em arquivos FLAC e MP3 320 kbps, exclusividade essa que somente os ouvintes do PQPBach desfrutam !!!

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 1/9 – Pentecostes (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 2/9 – Missa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 3/9 – Sábado Santo (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 4/9 – Conceição e Assunção de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 5/9 – Natal (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 6/9 – Quinta-Feira Santa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 7/9 – Devocionário Popular aos Santos (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 8/9 – Ladainha de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 9/9 – Música Fúnebre (Acervo PQPBach)
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As partituras e o aparato crítico das obras acima estão disponíveis aqui, em arquivos Adobe Acrobat (.pdf). As partituras estão divididas em partes para facilitar sua transferência pela internet.

Aproveitem este tesouro!!


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Avicenna