F. J. Haydn – Sinfonias Nros. 22, 82 e 83

Com um sorriso de compreensão ao nada descortês Revoltado dos comentários do último post de Sonatas de Mozart, passo a fazer algumas postagens de Haydn. Este CD é uma curiosidade: trata-se de uma gravação antiga, era de meu pai e teoricamente deveria ser ruim, por ser da brasileira Movie Play… Só que amo as sinfonias deste CD, acho as interpretações excelentes – apesar da qualidade de som apenas aceitável – e é esta a versão que ouço. Tentei várias outras: a de Bernstein, a do Orpheus Chamber Orchestra e as de outras orquestras e regentes. Nada feito. O cedezinho da Movie Play é imbatível em meu coração avesso à grifes.

Segundo o opúsculo de Peter Gammond – com o qual concordo – Haydn teria sido tão grande quanto Mozart se tivesse sido mais infeliz. Só quando teve um contrato a cumprir é que ganhou aquela pitada de drama que o fez criar suas monumentais últimas sinfonias. O estresse fez-lhe um bem imenso. Só um homem com um coração duro como pedra é capaz de compor coisas tão incondicionalmente sorridentes e luminosas quanto algumas de suas obras. Adoro Haydn. Ouço demais suas Missas.

Ignoro o motivo pelo qual a sinfonia “O Filósofo” tem este nome, mas sou apaixonado por seu primeiro movimento monotemático. É uma sinfonia tão boa que até o minueto é legal! Já “A Galinha” e “O Urso” têm seus apelidos justificados pela própria música e não precisamos explicar nada.

P.Q.P. Bach

Sinfonia Nº 22 “O Filósofo”
1. Adágio
2. Presto
3. Minueto
4. Finale: Presto

Sinfonia Nº 82 “O Urso”
5. Vivace Assai
6. Allegretto
7. Minueto
8. Finale: Vivace Assai

Camerata Romana
Eugen Duvier

Sinfonia Nº 83 “A Galinha”
9. Allegro
10. Andante
11. Minueto
12. Finale: Vivace

Süddeutsche Philharmonie
Alexander von Pitamic

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