Franz Berwald (1796-1868): Complete Duos (Bergstrom, Lundin, Ringborg, Rondin)

Franz Berwald (1796-1868): Complete Duos (Bergstrom, Lundin, Ringborg, Rondin)

Berwald é um injustiçado. Hoje é um compositor um pouquinho conhecido por suas quatro sinfonias, mas não é  um nome familiar. Em sua Suécia natal, ele lutou bravamente para fazer um nome para si mesmo — lutando contra uma sociedade musical conservadora, contente em seus próprios caminhos e feliz em continuar a desfrutar de sua música principalmente na forma de peças íntimas para consumo doméstico. O país era um deserto musical principalmente para um compositor sueco cujo objetivo era escrever sinfonias aventureiras. Ele era um habilidoso cirurgião que seguia escrevendo em seu tempo livre. Sem deixar sua marca no país natal, partiu para ter um discreto sucesso em Viena e voltou para a Suécia a fim de dirigir uma fábrica de vidro (!). Percebendo que seus planos de composição precisavam mudar, começou a escrever música de câmara e a maior parte da música neste disco é desse período (1849-59). Berwald era violinista e, seguindo a moda, estava regularmente envolvido em tocar música íntima e em pequena escala com amigos à noite. Os instrumentistas suecos deste CD são excelentes e a gravação é ótima.

Franz Berwald (1796-1868): Complete Duos (Bergstrom, Lundin, Ringborg, Rondin)

Duo in D Minor for Violin and Piano
1 Allegro 08:36
2 Andante 04:03
3 Allegro giocoso 05:47

Fantasy on Two Swedish Folk Melodies for Piano Solo
4 Fantasy on Two Swedish Folk Melodies for Piano Solo 07:34

Concertino in A Minor for Violin and Piano (fragment)
5 Concertino in A Minor for Violin and Piano 02:43

Duo Concertant in A Minor for Two Violins
6 Adagio con espression 02:53
7 Andantino con variazioni 15:57
8 Rondo 05:38

Duo in B-Flat Major for Cello and Piano
9 Allegro ma non troppo 06:11
10 Poco adagio quasi andante 05:12
11 Allegro agitato 05:44

Bergstrom, David — violino
Lundin, Bengt-Åke — piano
Ringborg, Tobias — violino
Rondin, Mats — violoncelo

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Franz Berwald, em escultura de Carl Eldh na Berwaldhallen (supersala de concertos em Estocolmo).

PQP

Franz Berwald (1796-1868): Abertura “Estrela de Sória” / Sinfonia Nº 1, “Sérieuse” / Sinfonia Nº 2, “Capricieuse” (Kamu)

Franz Berwald (1796-1868): Abertura “Estrela de Sória” / Sinfonia Nº 1, “Sérieuse” / Sinfonia Nº 2, “Capricieuse” (Kamu)

Eu gosto muito de Berwald. Aliás, compositores suecos são raros. Escrevi “compositores eruditos suecos” e o Google mudou espertamente para “compositores escandinavos”. Citou Berwald, mas já dentro deste novo escopo. Coisas da AI. Ele escreveu 4 belas Sinfonias, das quais as duas primeiras estão aí. Franz Berwald, descendente de uma família de músicos suecos de remota origem alemã, era violinista por formação e se tornou a figura mais importante da música sueca do século XIX. Em suma, ele teve razoável sucesso em seu próprio país, eventualmente se voltando para os negócios, gerenciando uma fábrica de vidro e abrindo uma serraria. Ser músico na Suécia do século XIX devia dar uma grana… Ele acabou nomeado professor de composição da academia sueca apenas em 1867, um ano antes de  morrer.

Franz Berwald (1796-1868): Abertura “Estrela de Sória” / Sinfonia Nº 1, “Sérieuse” / Sinfonia Nº 2, “Capricieuse” (Kamu)

1 Overture to Estrella de Soria 08:08

Symphony No. 1 in G Minor, “Sinfonie serieuse”
2 I. Allegro con energia 11:26
3 II. Adagio maestoso 06:41
4 III. Stretto 05:14
5 IV. Finale: Adagio – Allegro molto 08:21

Symphony No. 2 in D Major, “Sinfonie capricieuse”
6 I. Allegro 11:49
7 II. Andante 08:41
8 III. Finale: Allegro assai 11:06

Conductor(s): Kamu, Okko
Orchestra(s): Helsingborg Symphony Orchestra

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O topetinho do bofe…

PQP

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonie Sérieuse / Overtures / Tone Poems (Swedish Radio Symph Orch, Ehrling)

Este não é um grande disco. Ehrling e a Orquestra Sinfônica da Rádio da Suécia fazem um belo trabalho, o problema é o repertório apenas médio. Berwald tem excelentes obras, mas as quentes são as Sinfonias 3 e 4, o Septeto e o Concerto para Piano (aqui também temos as Sinfonias citadas em sua melhor versão), todos presentes no PQP Bach. Aliás, o maestro e pianista sueco Sixten Ehrling foi o grande divulgador de Berwald dentro e fora da Escandinávia. Foi por anos o regente titular da Royal Swedish Opera e da Detroit Symphony Orchestra, entre outras. Ehrling foi um dos últimos regentes a conhecer tanto Stravinsky quanto Sibelius pessoalmente. Imaginem que ele descobriu erros em suas partituras, que foram imediatamente corrigidos.

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonie Sérieuse / Overtures / Tone Poems (Swedish Radio Symph Orch, Ehrling)

Symphony No. 1 In G Minor ‘Sinfonie Sérieuse’
1 I. Allegro Con Energia
2 II. Adagio Maestoso
3 III. Stretto
4 IV. Finale: Adagio – Allegro Molto – Un Poco Meno Allegro – [Allegro Molto] – Un Poco Meno Allegro – Tempo I [Allegro Molto] – Meno Allegro – [Allegro Molto]

5 Estrella de Soria: Overture

6 Bayaderen-Fest

7 Drottningen Av Golconda (The Queen Of Golconda): Overture

8 Erinnerung An Die Norwegischen Alpen (Memory Of The Norwegian Alps)

9 Elfenspiel

Swedish Radio Symphony Orchestra
Sixten Ehrling

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Sixten Ehrling (1918-2005)

PQP

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonia Nº 3 “Singular”, Nº 4 “Naive” (Ehrling)

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonia Nº 3 “Singular”, Nº 4 “Naive” (Ehrling)

Um dia, estava dirigindo para o trabalho e a Sinfonia Singular começou a tocar na rádio da UFRGS. Cheguei a meu destino ao final do primeiro movimento e não consegui sair de dentro do carro até o final. Eu simplesmente TINHA que saber o que era aquilo. Era 1989. Então, o locutor anunciou Franz Berwald? Berwald? Who the fuck is Berwald? Importei um vinil alemão e pude comprovar meu amor pela Sinfonia. Berwald eé uma raridade. Você conhece outro compositor sueco? São raros, né? Franz Adolf Berwald foi praticamente ignorado enquanto era vivo. Por isso, teve que procurar uma outra ocupação. Berwald trabalhou como cirurgião ortopédico, e posteriormente administrou uma serraria e uma fundição de vidro. Hoje, ele é considerado o compositor sueco mais importante de seu século. Em 1976, a nova sala de concertos da Sveriges Radio recebeu o nome de Berwaldhallen. Berwald morreu em Estocolmo em 1868 de pneumonia. O segundo movimento da Sinfonia Nº 1 foi tocado em seu funeral. Dez anos após a morte de Berwald, sua Sinfonia nº 4 em mi bemol maior, “Naïve”, foi estreada (a estreia originalmente planejada em 1848 em Paris foi cancelada por causa da agitação política da época). Essa lacuna entre a composição e a primeira execução foi relativamente curta, em comparação com o que aconteceu com a Sinfonia Nº 2 em ré maior, ” Capricieuse ” e a Sinfonia Nº 3 em dó maior, “Singulière”. Essas duas peças não foram estreadas somente em 1914 e 1905, respectivamente… Em 1866, Berwald recebeu a Ordem Sueca da Estrela Polar, em reconhecimento à sua música. No ano seguinte, o Conselho da Academia Real de Música nomeou Berwald professor de composição no Conservatório de Estocolmo, mas o Conselho da instituição reverteu a decisão alguns dias depois, nomeando outro. A família real interveio e Berwald conseguiu o cargo. Por volta desta época, ele também recebeu muitas encomendas importantes, mas não viveu para honrá-las todas.

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonia Nº 3 “Singular”, Nº 4 “Naive” (Ehrling)

Sinfonie Nº 3, Singulière
1 Allegro Fuocoso 11:09
2 Adagio-Scherzo: Allegro Assai – Adagio 9:26
3 Presto 8:14

Symphony Nº 4 “Naive” In E Flat
4 Allegro Risoluto 8:51
5 Adagio-Scherzo: Allegro Molto 12:05
6 Allegro Vivace 6:29

Conductor – Sixten Ehrling
Orchestra – The London Symphony Orchestra

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Berwald: um topete em bronze

PQP

Franz Berwald (1796-1868): Septeto, Serenata e Quarteto para Piano

Franz Berwald (1796-1868): Septeto, Serenata e Quarteto para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Desconhecido em vida, o compositor Berwald teve de largar a música para dedicar-se à cirurgia. Depois, sempre mantendo o ramo que primeiramente abraçara, foi serreiro e trabalhou numa fábrica de vidro. Grande parte de sua obra foi perdida. Foi durante o período vitral — após 1849 — que Berwald compôs grande parte de sua obra de câmara.

O Septeto é luminoso e é de suas peças mais gravadas e famosas, mas tenho enorme queda pela Serenata de formação tão estranha quanto de boa sonoridade: tenor, clarinete, trompa, violoncelo, baixo e piano… No mínimo, original. As fotos, esculturas e gravuras que retratam Berwald demonstram o importante detalhe de que o compositor cultivava um enorme e moderníssimo topete. Prova de que era um visionário.

BERWALD: Septet / Serenade / Piano Quartet

Septet in B flat major (clarinete, fagote, trompa, violino, violoncelo, baixo)
1. I. Adagio: Allegro molto 07:59
2. II. Poco adagio – Prestissimo – Adagio 09:15
3. III. Finale: Allegro con spirito 00:05:52
Arion Wind Quintet
Schein Quartet

Serenade
4. Serenade 14:17 (tenor, clarinete, trompa, violoncelo, baixo, piano)
Annmo, Thomas, tenor
Bjork, Mikael, double bass
Kallhed, Joakim, piano
Arion Wind Quintet
Schein Quartet

Piano Quartet in E flat major (piano, clarinete, trompa, fagote)
5. I. Adagio: Allegro ma non troppo 11:29
6. II. Adagio 03:11
7. III. Allegro 08:46
Kallhed, Joakim, piano
Arion Wind Quintet

Total Playing Time: 01:00:49

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Franz Berwald, em escultura de Carl Eldh na Berwaldhallen (supersala de concertos em Estocolmo).

PQP

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonia Nº 3 “Singular”, Nº 4 “Naive” e Concerto para Piano (Kamu)

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonia Nº 3 “Singular”, Nº 4 “Naive” e Concerto para Piano (Kamu)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Um dia, estava dirigindo para o trabalho e a Sinfonia Singular começou a tocar na rádio da UFRGS. Cheguei a meu destino ao final do primeiro movimento e não consegui sair de dentro do carro até o final. Eu simplesmente TINHA que saber o que era aquilo. Era 1989. Então, o locutor anunciou Franz Berwald? Berwald? Who the fuck is Berwald? Importei um vinil alemão e, com a Singular, veio este notável Concerto para Piano que também há neste CD da Naxos.

Fiquei meio abobalhado. Depois conheci o Septeto (que logo pretendo postar) e outras obras igualmente muito boas. A magia quebrou-se com os Poemas Sinfônicos, que não chegam aos pés das sinfonias e das obras de câmara que possuo.

Mas o que importa é que — sério! — este é um dos melhores CDs que tenho. É absolutamente inesperado e surpreendente. O sueco Berwald pode não ter sido constante, mas quando acertava uma obra, acertava mesmo. Não deixem de ouvir com atenção a Singular. É música de primeiríssima linha. O primeiro movimento é irresistível e o resto não lhe fica muito atrás. O Concerto para Piano também é excelente! Pois é, Berwald foi um mestre!

Franz Berwald (1796-1868): Sinfonia Nº 3 “Singular”, Nº 4 “Naive” e Concerto para Piano (Kamu)

1. Symphony No. 3 in C major, “Sinfonie singulière”: I. Allegro fuocoso 11:47
2. Symphony No. 3 in C major, “Sinfonie singulière”: II. Adagio – Scherzo: Allegro assai – Adagio 9:02
3. Symphony No. 3 in C major, “Sinfonie singulière”: III. Finale: Presto 8:25

4. Piano Concerto in D major: I. Allegro con brio 9:27
5. Piano Concerto in D major: II. Andantino 5:14
6. Piano Concerto in D major: III. Allegro molto 6:06

7. Symphony No. 4 in E flat major, “Sinfonie naive”: I. Allegro risoluto 8:54
8. Symphony No. 4 in E flat major, “Sinfonie naive”: II. Adagio 6:33
9. Symphony No. 4 in E flat major, “Sinfonie naive”: III. Scherzo: Allegro molto 5:32
10. Symphony No. 4 in E flat major, “Sinfonie naive”: IV. Finale: Allegro vivace 6:36

Niklas Sivelöv, piano
Helsingborg Symphony Orchestra
Okko Kamu

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O topetinho do bofe…

PQP