Ludwig van Beethoven (1770-1827): Variations and Bagatelles (Glenn Gould)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Variations and Bagatelles (Glenn Gould)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Para quem ouvia música erudita nos anos 80, este é aquele estranho álbum da CBS que trazia dois discos de vinil no mesmo “orifício”, por assim dizer. Isto é, não era um álbum de abrir, era uma capa vagabunda com dois discos dentro. Pura economia da “gravadora pobreza” que só se importava com sua maior estrela, Roberto Carlos. Porém, quem ouviu os discos, sabe o quanto eram bons. Pois esta é a reedição dele em CD. Era uma fase especialmente canora de Glenn Gould. Sua voz pode ser ouvida claramente, principalmente no primeiro CD.

Trata-se de um repertório beethoveniano que não chega a ser habitual, mas que é muito bom.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Variations and Bagatelles
1. 32 Variations in C minor for Piano on an original theme, WoO 80: Tema. Allegretto; Var. I; Var. II
2. 32 Variations in C minor for Piano on an original theme, WoO 80: Var. III; Var IV; Var. V
3. 32 Variations In C Minor For Piano On An Original Theme, Woo 80: Var. VI; Var. VII; Var. VIII
4. 32 Variations in C minor for Piano on an original theme, WoO 80: Var. IX. Espressivo; Var. X; Var. XI
5. 32 Variations In C Minor For Piano On An Original Theme, Woo 80: Var. XII. Maggiore; Var. XIII; Var. XIV
6. 32 Variations in C minor for Piano on an original theme, WoO 80: Var. XV; Var. XVI
7. 32 Variations In C Minor For Piano On An Original Theme, Woo 80: Var. XVII. Minore; Var. XVIII
8. 32 Variations in C minor for Piano on an original theme, WoO 80: Var. XIX; Var. XX; Var. XXI
9. 32 Variations In C Minor For Piano On An Original Theme, Woo 80: Var. Xxii; Var. Xxiii; Var. Xxiv
10. 32 Variations In C Minor For Piano On An Original Theme, Woo 80: Var. Xxv Leggiermente; Var. Xxvi; Var. Xxvii; Var. Xxviii
11. 32 Variations In C Minor For Piano On An Original Theme, Woo 80: Var. Xxix; Var. XXX
12. 32 Variations In C Minor For Piano On An Original Theme, Woo 80: Var. Xxxi; Var. Xxxii

13. Six Variations in F Major for Piano, Op. 34: Tema. Adagio
14. Six Variations in F Major for Piano, Op. 34: Var. I
15. Six Variations in F Major for Piano, Op. 34: Var. II. Allegro, ma non troppo
16. Six Variations in F Major for Piano, Op. 34: Var. III. Allegretto
17. Six Variations in F Major for Piano, Op. 34: Var. IV. Tempo di Minuetto
18. Six Variations in F Major for Piano, Op. 34: Var. V. Marcia. Allegretto
19. Six Variations in F Major for Piano, Op. 34: Var. VI. Allegretto – Coda – Adagio molto

20. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Introduzione col Basso del Tema. Allegretto vivace; a due – Poco adagio – Tempo I; a tre. – adagio – Tempo I; a quattro – Tema
21. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. I
22. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. II – Presto – Tempo I
23. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. III
24. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. IV
25. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. V
26. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. VI
27. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. VII. Canone all’ottava
28. 15 Variations With Fugue In E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. VIII
29. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. IX
30. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. X
31. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. XI
32. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. XII
33. 15 Variations With Fugue In E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. XIII
34. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. XIV. Minore
35. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Var. XV. Maggiore. Largo
36. 15 Variations with Fugue in E-Flat Major Op. 35 “Eroica”: Finale Alla Fuga. Allegro con brio – Adagio – Andante con moto

1. 7 Bagatelles, Op. 33: No. 1 in E-Flat Major – Andante grazioso, quasi allegretto
2. 7 Bagatelles, Op. 33: No. 2 in C Major – Scherzo (Allegro)
3. 7 Bagatelles, Op. 33: No. 3 in F Major – Allegretto
4. 7 Bagatelles, Op. 33: No. 4 in A Major – Andante
5. 7 Bagatelles, Op. 33: No. 5 in C Major – Allegro ma non troppo
6. 7 Bagatelles, Op. 33: No. 6 in D Major – Allegretto, quasi andante (Con una certa espressione parlante)
7. 7 Bagatelles, Op. 33: No. 7 in A-Flat Major – Presto

8. Bagatelles, Op. 126: No. 1 in G Major – Andante con moto canatbile e compiacevole
9. Bagatelles, Op. 126: No. 2 in G minor – Allegro
10. Bagatelles, Op. 126: No. 3 in E-Flat Major – Andante cantabile e grazioso
11. Bagatelles, Op. 126: No. 4 in B minor – Presto
12. Bagatelles, Op. 126: No. 5 in G Major – Quasi allegretto
13. Bagatelles, Op. 126: No. 6 in E-Flat Major – Presto; Andante amabile e con moto

Glenn Gould, piano

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Glenn Gould: tocando e cantando, como quase sempre
Glenn Gould: tocando e cantando, como quase sempre

PQP (2012)

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) / György Ligeti (1923-2006): Rameau & Ligeti (Krier)

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) / György Ligeti (1923-2006): Rameau & Ligeti (Krier)
Version 1.0.0

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em 2014, lembramos dos 250 anos de morte de Jean-Philippe Rameau. Porém, estranhamente, este disco apresenta também obras de um pioneiro musical do século 20: Ligeti! E a coisa funciona!

Vamos pensar um pouco? Rameau e Ligeti têm aqui uma abordagem semelhante: peças curtas, cheias de intenções e humor. Krier aborda as obras sem muitos rodeios ou reverência. Mas faz sentido combinar a música de um mestre barroco francês com obras de vanguarda escritas nos anos 50 do século passado? Pode-se colocar estes dois compositores — Jean- Philippe Rameau (1683-1764) e György Ligeti (1923-2006) — lado a lado? Será que eles têm algo em comum, e, em caso afirmativo, como podem ser vistos tais traços a partir dos pontos de vista de dois séculos totalmente diferentes?

Na minha opinião, o CD se justifica tanto quanto este aqui.

A Musica Ricercata de Ligeti traz de volta um gênero barroco chamado ricercare, um precursor da fuga. A escolha do título foi uma homenagem a Girolamo Frescobaldi, o pai da ricercare. Como no caso da música barroca, Ligeti coloca em cada peça um conjunto rigoroso de regras e limitações. Tais limitações formais e estruturais tornam-se a base de sua escrita, que exibe uma abordagem totalmente intelectual à composição, sempre submetendo-a a um determinado conceito. Visto por esse ângulo, os dois compositores, Rameau e Ligeti…

Chega! Tudo isso é blá-blá-blá. O que interessa mesmo é o julgamento de nossos ouvidos. Ouça e julgue você mesmo.

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) / György Sándor Ligeti (1923-2006): Rameau & Ligeti

RAMEAU – Pièces de clavecin – Suite En Sol

01. No. 1 Les tricotets. Rondeau
02. No. 2 L’indifferente
03. No. 3 Menuet – Deuxième menuet
04. No. 4 La poule
05. No. 5 Les triolets
06. No. 6 Les sauvages
07. No. 7 L’enharmonique
08. No. 8 L’égiptienne

LIGETI – Musica Ricercata (11 Stucke fur Klavier)

09. No. 1 Sostenuto – Misurato – Prestissimo
10. No. 2 Mesto, rigido e cerimoniale
11. No. 3 Allegro con spirito
12. No. 4 Tempo di valse – Poco vivace – “a l’orgue de Barbarie”
13. No. 5 Rubato. Lamentoso
14. No. 6 Allegro molto capriccioso
15. No. 7 Cantabile, molto legato
16. No. 8 Vivace. Energico
17. No. 9 Adagio. Mesto – Allegro maestoso (Béla Bartók in Memoriam)
18. No. 10 Vivace. Capriccioso
19. No. 11 Andante misurato e tranquillo (Omaggio a Girolamo Frescobaldi)

RAMEAU – Pièces de clavecin des Concerts

20. premier concert en ut mineur, CRT 7: No. 2, La livri
21. deuxième concert en sol majeur, CRT 8: No. 3, L’agacante
22. troisième concert an la majeur, CRT 9: No. 2, La timide
23. quatrième concert en si bémol majeur, CRT 10: No. 2, L’indiscrète

24. La Dauphine, RCT 12

Cathy Krier, Piano

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A lindinha Cathy Krier: mistura fina de barroco e contemporâneo
A lindinha Cathy Krier: mistura fina de barroco e contemporâneo

PQP

Gioacchino Rossini (1792-1868): Stabat Mater (Giulini)

Gioacchino Rossini (1792-1868): Stabat Mater (Giulini)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta obra-prima tem uma história atribulada. Rossini iniciou a composição em 1831, após sua aposentadoria das óperas, a convite do cônego espanhol Fernández Varela. No entanto, ele completou apenas parte da obra (números 1 e 5 a 9), devido a problemas de saúde, e pediu que Giovanni Tadolini completasse os restantes, entregando a versão “completa” em 1833. Varela morreu em 1837, e a partitura foi vendida a um editor em Paris — o que provocou a indignação de Rossini. Ele recuperou os direitos da obra e reescreveu integralmente o que não era seu, concluindo o Stabat Mater em sua versão definitiva até 1841. A obra mistura elementos litúrgicos e o estilo operístico refinado de Rossini, resultando em vislumbres profundamente emotivos que desafiam o cânone tradicional da música sacra. A versão completa estreou em 7 de janeiro de 1842, em Paris. O público reagiu com entusiasmo imediato — aplausos intermináveis e repetição de trechos. Na Itália, a estreia ocorreu em Bolonha, sob a batuta de Donizetti, com aclamações equivalentes. Rossini ouviu aplausos que se estenderam até sua casa. Críticos do norte da Europa consideraram a obra “excessivamente mundana e sensual” para um tema religioso. Rossini ignorou as críticas, é óbvio. É uma antecipação do Réquiem de Verdi, graças ao seu poder emocional e andamento sombrio. Para finalizar, esta gravação é daquelas coisas que permanecem por anos imbatível.

Gioacchino Rossini (1792-1868): Stabat Mater (Giulini)

1. Introduzione. Andantino Moderato »Stabat Mater Dolorosa« 9:54
2. Aria (Tenore). Allegretto Maestoso »Cujus Animam Gementem« 6:46
3. Duetto (Soprano I/II). Largo »Quis Est Homo« 7:17
4. Aria (Basso). Allegretto Maestoso »Pro Peccatis Suae Gentis« 5:05
5. Coro (A Cappella) E Recitativo (Basso). Andante Mosso »Eja, Mater, Fons Amoris« 4:49
6. Quartetto (Soli). Allegretto Moderato »Sancta Mater, Istud Agas« 8:46
7. Cavatina (Soprano II). Andante Grazioso »Fac, Ut Portem Christi Mortem« 5:08
8. Aria (Soprano I) E Coro. Andante Maestoso »Inflammatus Et Accensus« 5:16
9. Quartetto (Coro A Cappella). Andante »Quando Corpus Morietur« 5:43
10. Finale. Allegro – Andantino Moderato »Amen. In Sempiterna Saecula« 5:53

Bass Vocals – Ruggero Raimondi
Chorus – Philharmonia Chorus
Chorus Master – Heinz Mende
Conductor – Carlo Maria Giulini
Orchestra – Philharmonia Orchestra
Soprano Vocals [Soprano I] – Katia Ricciarelli
Soprano Vocals [Soprano II] – Lucia Valentini Terrani
Tenor Vocals – Dalmacio Gonzalez

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PQP

Vivaldi, Telemann, Heinichen, Fasch, Graun, Pisendel, Quantz, Zelenka, Hasse, Ariosti, A. Scarlatti, Fux: Música na Corte de Dresden (8 CDs!) (Virtuosi Saxoniae, Thüringen Academy Choir, Ludwig Güttler)

Vivaldi, Telemann, Heinichen, Fasch, Graun, Pisendel, Quantz, Zelenka, Hasse, Ariosti, A. Scarlatti, Fux: Música na Corte de Dresden (8 CDs!) (Virtuosi Saxoniae, Thüringen Academy Choir, Ludwig Güttler)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Copiei esses 8 CDs — pois estamos falando de um ÁLBUM ÓCTUPLO — , num pen drive e saí por aí de carro ouvindo a coisa. Nossa, é muito SEDUTOR, ATRAENTE, DO CARALHO e apenas me vinha à memória o ÍNCLITO blog Prato Feito, que é absolutamente tarado pela Corte de Dresden (grande Dresden!, diria o pessoal de lá). Parei o carro quatro vezes e cada uma delas foi sem relação alguma com meus compromissos ou EMENTÁRIO; parava apenas pela absurda COERÇÃO vinda da grande Dresden de tantos compositores geniais. A questão sempre era a mesma. O que era mesmo a maravilha que eu estava ouvindo naquele momento em meus ouvidos cheios de sons de um passado que URGE ser REEDIFICADO? Da primeira vez, o culpado foi o INSIDIOSO Telemann, da segunda, o VERMELHO Vivaldi e seu per eco in lontano, da terceira, o DELINQUENTE foi Zelenka e, da quarta, foi o FASCHinante. Todos esses seres andavam por Dresden, como disse o Prato Feito aqui

Sinto muito, mas tenho que voltar a falar de Dresden. Nessa cidade, nas primeiras décadas do século XVIII, havia muitos grandes compositores. Se você saísse na rua, era capaz de trombar com Pisendel enquanto olhava Hasse do outro lado da rua, cruzava com Zelenka saindo da igreja e, se não olhasse pra cima, ainda era acertado por Veracini caindo de uma janela (e isso é uma outra história). Mas ainda não é de nenhum deles que vamos falar, e sim de um outro sujeito: Johann David Heinichen.

… assim como antes (ou depois, sei lá) falara aqui

Uma das mais graves perdas históricas da II Guerra Mundial foi o bombardeio e arrasamento da cidade alemã de Dresden, pelas forças dos Estados Unidos. Nessa tragédia se perderam muitas vidas, monumentos e documentos. Após a reunificação alemã, em 1990, Dresden passou por um rápido e bem feito processo de reconstrução, que acabou trazendo de volta grande parte do brilho daquela que foi uma das mais importantes cortes da Alemanha barroca. Musicalmente a cidade foi privilegiada com grandes compositores, dentre os quais dois estão representados neste (no dele) CD.

Oh, esses ianques ignorantes e filhas-da-puta! Deviam ter feito RETROPERISTALTISMO com suas bombas! Ah, e aqui, falando sobre o imenso Schütz…

No entanto nunca compôs música puramente instrumental, e toda a sua obra profana foi perdida. Viveu em Dresden (grande Dresden!), e morreu em 1672.

Grande Dresden, repito! Tchê, Dresden é o canal e eu desafio o pessoal do Prato Feito a gostar mais de Dresden do que nós.

Que esta postagem épica sirva de PRESENTE do PQP para a massa sedenta que segue nosso blog nos três hemisférios, doze continentes e na Via Láctea, onde se DERRAMAM — como os milhões de espermatozóides que EJACULAREI logo mais à noite dentro de minha amada — as sementes de POLINIZAÇÃO de beleza que fazem sorrir a blogosfera e suas margens.

E vou ali na mesa beber mais um pouco, OK?

Ah, intérpretes excelentes, impecáveis.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sobre Dresden, Harry Crowl comentou:
dezembro 24th, 2010 às 11:21

Essa antologia é muito impressionante. Já conhecia 4 desses Cds que acompanham o belíssimo livro “Dresden”, com as pinturas do sec.XVIII realizadas por Canaletto. Ganhei esse livro quando estive lá em 2007, de uma grande amiga soprano que mora lá.

Queria fazer um esclarecimento em relação ao bombardeio de Dresden. O mesmo foi perpetrado pela Força Aérea Britânica (RAF), com um certo apoio logístico americano. Mas, a ordem veio do alto comando inglês, com aquiescência de Churchill. Os alemães dizem que foi uma vingança pelo bombardeio de Coventry, mas, na verdade, os ingleses já sentindo que não iam mais mandar no mundo, queriam assustar os russos que já estavam chegando perto e não estavam muito inclinados a respeitar os tratados. Durante o período da DDR, a cidade não teve seu monumentos reconstruídos. Depois da reunificação, tudo foi restaurado e reconstruído como era. A cidade voltou a ser exuberante. A reconstrução foi financiada inclusive com dinheiro inglês. A Inglaterra reconheceu o crime que cometera e pediu perdão oficialmente ao povo alemão. Quando a Frauenmarienkirche foi reinaugurada, os dirigentes máximos dos dois países estavam presentes e foi estabelecido o dia do perdão, que me parece que é celebrado em Dresden anualmente. O bombardeio matou tanta gente quanto uma das bombas atômicas. Um dos livros mais interessantes sobre o bombardeio é “Slaughterhouse 5″, de Kurt Vonnegut, que era um prisioneiro americano dos alemães e estava detido em Dresden durante o bombardeio.

Vivaldi, Telemann, Heinichen, Fasch, Graun, Pisendel, Quantz, Zelenka, Hasse, Ariosti, A. Scarlatti, Fux: Música na Corte de Dresden

Disc 1:

Antonio Vivaldi – Concerto for Violin, 2 Oboes, 2 Recorders and Bassoon in G minor, RV 577
1. Concerto for Violin, 2 Oboes, 2 Recorders and Bassoon in G minor, RV 577: 1st movement
2. Concerto for Violin, 2 Oboes, 2 Recorders and Bassoon in G minor, RV 577: 2nd movement, Largo non molto
3. Concerto for Violin, 2 Oboes, 2 Recorders and Bassoon in G minor, RV 577: 3rd movement, Allegro

Georg Philipp Telemann – Concerto for Violin, Hunting Horn & BC in D major
4. Concerto for Violin, Hunting Horn and Basso continuo in D major: 1st movement, Vivace
5. Concerto for Violin, Hunting Horn and Basso continuo in D major: 2nd movement, Adagio
6. Concerto for Violin, Hunting Horn and Basso continuo in D major: 3rd movement, Allegro

Johann David Heinichen – Concerto for 2 Oboe, 2 Flutes, Violin, 2 Horns & BC in F major
7.Concerto for 2 Oboe, 2 Flutes, Violin, 2 Horns and Basso continuo in F major: 1st movement, Allegro
8. Concerto for 2 Oboe, 2 Flutes, Violin, 2 Horns and Basso continuo in F major: 2nd movement, Andante
9. Concerto for 2 Oboe, 2 Flutes, Violin, 2 Horns and Basso continuo in F major: 3rd movement

Johann Friedrich Fasch – Concerto for 2 Trumpets, 2 Horns, 2 Oboes, Bassoon, Strings & BC
10. Concerto for 2 Trumpets, 2 Horns, 2 Oboes, Bassoon, Strings and Basso Continuo: 1st movement, Allegro
11. Concerto for 2 Trumpets, 2 Horns, 2 Oboes, Bassoon, Strings and Basso Continuo: 2nd movement, Andante
12. Concerto for 2 Trumpets, 2 Horns, 2 Oboes, Bassoon, Strings and Basso Continuo: 3rd movement, Allegro

Johann Gottlieb Graun – Concerto for 2 Violins, 2 Horns, Strings & BC in G major
13. Concerto for 2 Violins, 2 Horns, Strings and Basso Continuo in G major: 1st movement
14. Concerto for 2 Violins, 2 Horns, Strings and Basso Continuo in G major: 2nd movement, Adagio
15. Concerto for 2 Violins, 2 Horns, Strings and Basso Continuo in G major: 3rd movement, Allegro molto con spirito

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Disc 2:

Johann Georg Pisendel – Sinfonia in B major
1. Sinfonia in B major: Allegro di molto
2. Sinfonia in B major: Andantino
3. Sinfonia in B major: Tempo di menuet

Johann Georg Pisendel – Concerto for Violin, 2 Oboes, Strings & BC in D major
4. Concerto for Violin, 2 Oboes, Strings and Basso Continuo in D major: Vivace
5. Concerto for Violin, 2 Oboes, Strings and Basso Continuo in D major: Andante
6. Concerto for Violin, 2 Oboes, Strings and Basso Continuo in D major: Allegro

Johann Georg Pisendel – Concerto for 2 Oboes, Bassoon, Strings & BC in E flat major
7. Concerto for 2 Oboes, Bassoon, Strings and Basso Continuo in E flat major

Georg Philipp Telemann – Concerto for Violin in F major
8. Concerto for Violin in F major: Presto
9. Concerto for Violin in F major: Corsicana-Un poco grave
10. Concerto for Violin in F major: Allegrezza
11. Concerto for Violin in F major: Scherzo
12. Concerto for Violin in F major: Chasse
13. Concerto for Violin in F major: Polacca
14. Concerto for Violin in F major: Minuetto

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Disc 3:

Antonio Vivaldi – Concerto in C major, RV 558
1. Concerto in C major, RV 558
2. Concerto in C major, RV 558
3. Concerto in C major, RV 558

Antonio Vivaldi – Concerto for Oboe in F major, RV 455
4. Concerto for Oboe in F major, RV 455
5. Concerto for Oboe in F major, RV 455
6. Concerto for Oboe in F major, RV 455

Antonio Vivaldi – Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor, RV 540
7. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor, RV 540
8. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor, RV 540
9. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor, RV 540

Antonio Vivaldi – Concerto for 4 Violins in A major, RV 552 “Per eco in lontano”
10. Concerto for 4 Violins in A major, RV 552 ‘Per eco in lontano’
11. Concerto for 4 Violins in A major, RV 552 ‘Per eco in lontano’
12. Concerto for 4 Violins in A major, RV 552 ‘Per eco in lontano’

Antonio Vivaldi – Sinfonia for Strings in G major, RV 149
13. Sinfonia for Strings in G major, RV 149
14. Sinfonia for Strings in G major, RV 149
15. Sinfonia for Strings in G major, RV 149

Antonio Vivaldi – Concerto for Violin and Oboe in G minor, RV 576
16. Concerto for Violin and Oboe in G minor, RV 576
17. Concerto for Violin and Oboe in G minor, RV 576
18. Concerto for Violin and Oboe in G minor, RV 576

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Disc 4:

Georg Philipp Telemann – Concerto for Violin 3 Horns 2 oboes in D major
1. Concerto for Violin, 3 Hunting Horns, 2 Oboes, Strings and Basso Continuo in D major
2. Concerto for Violin, 3 Hunting Horns, 2 Oboes, Strings and Basso Continuo in D major
3. Concerto for Violin, 3 Hunting Horns, 2 Oboes, Strings and Basso Continuo in D major

Johann Joachim Quantz – Concerto for 2 flutes
4. Concerto for 2 Flute, Strings and Basso Continuo in G minor
5. Concerto for 2 Flute, Strings and Basso Continuo in G minor
6. Concerto for 2 Flute, Strings and Basso Continuo in G minor

Antonio Vivaldi – Concerto for 2 Violins, 2 Oboes and Bassoon in D major, RV 564a
7. Concerto for 2 Violins, 2 Oboes and Bassoon in D major, RV 564a
8. Concerto for 2 Violins, 2 Oboes and Bassoon in D major, RV 564a
9. Concerto for 2 Violins, 2 Oboes and Bassoon in D major, RV 564a

Jan Dismas Zelenka – Capriccio in A major for 2 oboes, fagott, 2 horns ZWV 185 (*)
10. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185
11. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185
12. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185
13. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185
14. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185
15. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185
16. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185

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Disc 5:

Jan Dismas Zelenka – Capriccio in C major for 2 oboes, fagott, 2 horns ZWV 183
1. Capricci (5): no 2 in G major, ZWV 183: Allegro
2. Capricci (5): no 2 in G major, ZWV 183: Canarie
3. Capricci (5): no 2 in G major, ZWV 183: Gavotte
4. Capricci (5): no 2 in G major, ZWV 183: Rondeau
5. Capricci (5): no 2 in G major, ZWV 183: Menuetto

Jan Dismas Zelenka – Laudate pueri in D major, ZWV 81 (**)
6. Laudate pueri in D major, ZWV 81: Laudate pueri
7. Laudate pueri in D major, ZWV 81: Qui sicut Dominus
8. Laudate pueri in D major, ZWV 81: Amen

Jan Dismas Zelenka – Capricci (5): no 5 in G major, ZWV 190
9. Capricci (5): no 5 in G major, ZWV 190: Allegro
10. Capricci (5): no 5 in G major, ZWV 190: Menuetto 1 & 2
11. Capricci (5): no 5 in G major, ZWV 190: Trio ‘Il contento’
12. Capricci (5): no 5 in G major, ZWV 190: Presto assai ‘Il furibondo’
13. Capricci (5): no 5 in G major, ZWV 190: Villanella 1 & 2

Jan Dismas Zelenka – Confitebor tibi Domine in C minor, ZWV 71
14. Confitebor tibi Domine in C minor, ZWV 71: Confitebor tibi Domine
15. Confitebor tibi Domine in C minor, ZWV 71: Memoriam fecit

Jan Dismas Zelenka – Capriccio in A major for 2 oboes, fagott, 2 horns ZWV 185 (*)
16. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185: Allegro assai
17. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185: Adagio
18. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185: Aria
19. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185: En tempo de canarie
20. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185: Menuet 1 & 2
21. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185: Andante
22. Capricci (5): no 4 in A major, ZWV 185: Paysan 1 & 2

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Disc 6:

Jan Dismas Zelenka – Missa Dei Patris in C major, ZWV 19
1. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Kyrie eleison 1
2. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Christe eleison
3. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Kyrie eleison 2
4. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Gloria in excelsis Deo
5. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Domine Deus
6. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Domine Fili
7. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Qui sedes ad dexteram
8. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Quoniam tu solus Sanctus
9. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Cum Sancto Spiritu
10. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Credo in unum
11. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Et incarnatus est
12. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Cruxifixus
13. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Et resurrexit
14. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Et vitam venturi saeculi
15. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Sanctus
16. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Benedictus
17. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Osanna
18. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Agnus Dei
19. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Agnus Dei
20. Missa Dei Patris in C major, ZWV 19: Dona nobis pacem

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Disc 7:

Johann Adolf Hasse- Mass in G minor
1. Mass in G minor: Kyrie eleison 1
2. Mass in G minor: Christe eleison
3. Mass in G minor: Kyrie eleison 2
4. Mass in G minor: Gloria in excelsis Deo
5. Mass in G minor: Gratias agimus tibi
6. Mass in G minor: Domine Deus, Rex caelestis
7. Mass in G minor: Domine Fili unigenite
8. Mass in G minor: Domine Deus
9. Mass in G minor: Qui tollis peccata mundi
10. Mass in G minor: Quoniam tu solus sanctus
11. Mass in G minor: Cum Sancto Spiritu
12. Mass in G minor: Credo in unum Deum
13. Mass in G minor: Et incarnatus est
14. Mass in G minor: Crucifixus etiam pro nobis
15. Mass in G minor: Et resurrexit tertia die
16. Mass in G minor: Ad te levavi animam meam
17. Mass in G minor: Sanctus
18. Mass in G minor: Benedictus
19. Mass in G minor: Hosanna in excelsis
20. Mass in G minor: Agnus Dei

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Disc 8:

Jan Dismas Zelenka – Laudate pueri in D major, ZWV 81 (**)
1. Laudate pueri in D major, ZWV 81: Laudate pueri
2. Laudate pueri in D major, ZWV 81: Quis sicut Dominus
3. Laudate pueri in D major, ZWV 81: Amen

Attilio Ariosti – O quam suavis est
4. O quam suavis est: O quam suavis est
5. O quam suavis est: Panem quem coelum dat

Alessandro Scarlatti – Su le sponde del Tebro
6. Su le sponde del Tebro: Sinfonia
7. Su le sponde del Tebro: Su le sponde del Tebro
8. Su le sponde del Tebro: Sinfonia
9. Su le sponde del Tebro: Contentatevi
10. Su le sponde del Tebro: Mesto, stanco e spirtante
11. Su le sponde del Tebro: Infelici miei lumi
12. Su le sponde del Tebro: Dite almeno
13. Su le sponde del Tebro: Ritornell
14. Su le sponde del Tebro: All’ aura
15. Su le sponde del Tebro: Tralascia pur di piangere

Johann David Heinichen – Lamentatio
16. Lamentatio: Incipit lamentation
17. Lamentatio: Beth
18. Lamentatio: Ghimel
19. Lamentatio: Daleth
20. Lamentatio: He

Johann Joseph Fux – Plaudite sonat tuba
21. Plaudite: Plaudite, sonat tuba
22. Plaudite: Dum exultat de morte Salvator
23. Plaudite: Mortales, vicit Leo de ttribu Juda
24. Plaudite: O! peccator gaude
25. Plaudite: Alleluja!

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(*) e (**) — Não é um engano de PQP Bach. A edição original colocou estas duas peças repetidas na coletânea.

Peter Schreier (Tenor)
René Jacobs (Countertenor)
Ludwig Güttler (Trumpet)
Ralph Eschrig (Tenor)
Dagmar Schellenberger (Soprano)
Axel Köhler (Countertenor)
Egbert Junghanns (Bass)
Olaf Bär (Bass, Baritone)
Reinhart Ginzel (Tenor)

Virtuosi Saxoniae
Thüringen Academy Choir

Ludwig Güttler

Dresden é bonitinha, não?

PQP

Domenico Scarlatti (1685-1757): Sonatas – Ivo Pogorelich (piano) ꝏ

Domenico Scarlatti (1685-1757): Sonatas – Ivo Pogorelich (piano) ꝏ

Esta é uma reedição de uma postagem original de nosso editor chefe, Herr PQP Bach! Eu gosto tanto deste disco que tenho umas duas cópias do CD e os arquivos digitais em vários formatos. Como estamos festejando os 340 anos desde o nascimento do Domenico, achei próprio reapresentar a postagem para a boa lembrança dos antigos PQP Bachianos, assim como para a devida apresentação aos novos frequentadores… Aqui está o texto original da postagem, com a picardia e concisão que são próprias do nosso CEO:

Domenico Scarlatti é um compositor barroco — quase clássico — italiano que anda meio fora de moda. Filho de um compositor maior, Alessandro Scarlatti, suas maiores contribuições para a música foram suas pequenas e numerosas sonatas para teclado em um único movimento, em que empreendeu abordagens harmônicas bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra e voz. Gente, ele compôs mais de 500 Sonatas! Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca européia, suas composições, mais leves e homofônicas, têm estilo mais próximo daquele do início do período clássico. Ivo Pogorelich interpreta espetacularmente bem esta 15 Sonatas. Não há exageros nem economia. Pogo trabalhou para a música. A interpretação da Sonata K. 380, faixa 15 do CD, por exemplo, é uma pérola de perfeição.

Domenico Scarlatti (1685-1757)

Sonatas

1 K. 20 In E Major 3:31
2 K. 135 In E Major 4:16
3 K. 9 In D Minor 4:14
4 K. 119 In D Major 5:14
5 K. 1 In D Minor 2:30
6 K. 87 In B Minor 6:21
7 K. 98 In E Minor 3:18
8 K. 13 In G Major 4:24
9 K. 8 In G Minor 5:55
10 K. 11 In C Minor 2:53
11 K. 450 In G Minor 3:32
12 K. 159 In C Major 2:31
13 K. 487 In C Major 3:52
14 K. 529 In B Flat Major 2:30
15 K. 380 In E Major 4:59

Ivo Pogorelich, piano

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Scarlatti em pose perfeitamente natural.

PQP

Abertura da resenha desse disco na famosa Gramophone: Although this anthology is weighted towards more familiar sonatas, the programming is sufficiently intelligent and varied for one to sample a fairly comprehensive range of the composer’s keyboard style. Five of the sonatas, at least, featured in Horowitz’s repertoire, and consequently one is rather tempted to compare the two pianists. Pogorelich really does not come off too badly.

Não sair tão mal ao ser comparado à Horowitz é muita coisa…

Aproveite!

Restaurado por RD em agosto de 2025

Uma opção para ouvir a música:

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para 2 & 3 Pianos / Fantasia, K. 608 / Andante e Variações para 4 mãos, K. 501 (English Chamber Orchestra, Perahia, Lupu)

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para 2 & 3 Pianos / Fantasia, K. 608 / Andante e Variações para 4 mãos, K. 501 (English Chamber Orchestra, Perahia, Lupu)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sem dúvida, um tremendo CD. Bem, com Perahia e Lupu seria difícil ser diferente. O Concerto para Dois Pianos, K. 365, foi composto por volta de 1779 e é uma das obras mais brilhantes e expressivas do repertório concertístico de Mozart. Mozart escreveu este concerto para tocar junto com sua irmã, Nannerl, que também era uma excelente pianista. Este concerto reside há décadas em meu combalido cérebro. É uma joia que mostra um incrível domínio tanto da forma concertante quanto da expressividade musical. Música bonita e grudenta pacas. O Concerto para Três Piano, K. 242, já é bem mais fraco. Depois melhora: a Fantasia em Fá Menor para Órgão Mecânico, K. 608, composta em 1791, é uma das obras mais enigmáticas e tecnicamente desafiadoras do compositor. Originalmente escrita para um órgão mecânico (um instrumento automático similar a uma caixa de música, mas enorme), ela é frequentemente executada em versões para piano a quatro mãos ou órgão tradicional. Foi encomendada pelo Conde Joseph Deym, que possuía um museu de curiosidades em Viena, incluindo um órgão mecânico acoplado a um mausoléu! A peça lembra o estilo barroco, mas com um drama tipicamente mozartiano. As Variações K. 501 foram escritas para tocar a 4 mãos com sua aluna e amiga Franziska von Jacquin, em saraus privados em Viena. Devia ser uma boa aluna porque a coisa não é simplesinha não. É uma das poucas obras para piano a quatro mãos de Mozart.

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para 2 & 3 Pianos / Fantasia, K. 608 / Andante e Variações para 4 mãos, K. 501 (English Chamber Orchestra, Perahia, Lupu)

Concerto For 2 Pianos & Orchestra In E-flat Major, K. 365 (K. 316a)
1 I. Allegro 9:36
2 II. Andante 7:09
3 III. Rondeaux: Allegro 6:35

Concerto For 3 Pianos & Orchestra In F Major, K. 242 “Lodron” Concerto
Arranged By [For 2 Pianos] – W. A . Mozart*
4 I. Allegro 8:07
5 II. Adagio 7:11
6 III. Rondo: Tempo Di Menuetto 5:16

Fantasia In F Minor, K. 608 (For Organ)
Arranged By [For 2 Pianos] – Ferruccio Busoni
7 I. Allegro Ritenutto 3:10
8 II. Andante 4:23
9 III. Allegro Ritenuto 2:33

Andante And Variations For Four Hands In G Major, K. 501
10 Andante 1:13
11 Variation I 1:06
12 Variation II 1:04
13 Variation III 1:01
14 Variation IV 1:24
15 Variation V 2:03

Orchestra – English Chamber Orchestra (tracks: 1 to 6)
Piano – Murray Perahia, Radu Lupu

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Lupu, Perahia e um dos filhos do segundo.

PQP

Rimsky-Korsakov / Borodin: Sherazade / Danças Polovetsianas (Orq. da Rádio de Liubliana *, Siegel *)

* Certamente, o maestro Laurence Siegel é fictício, assim como a Orquestra da Rádio da bela cidade de Liubliana só existe em gravações. Mas onde quer que o produtor e ladrão Alfred Scholz tenha comprado esta gravação, ela é boa.

Rimsky-Korsakov é um genial orquestrador que influenciou compositores como Ravel e Stravinsky. Sobre Sherazade, ele evitou descrições literais: “São meras sugestões para despertar a imaginação do ouvinte”. Já Borodin teve uma carreira dupla bastante incomum: foi químico e compositor de destaque, mas também tinha ligações com o ambiente militar devido à sua formação. Ele era filho ilegítimo de um príncipe georgiano e foi registrado como “filho de um servo” para evitar escândalos. Isso o impediu de ter acesso a educação tradicional, mas ingressou na Academia Médico-Cirúrgica, que tinha vínculos com o Ministério da Guerra russo. Formou-se em medicina e química, e sua tese foi sobre compostos de arsênio.

Rimsky-Korsakov / Borodin: Sherazade / Danças Polovetsianas (Orq. da Rádio de Liubliana *, Siegel *)

Rimsky-Korsakov: Shéhérazade, Suite Symphonique , Op. 35
La Mer Et Le Bâteau De Sinbad Le Marin (Largo E Maestoso) 10:03
L’Histoire Du Prince Kalender (Lento – Adagio) 12:11
Le Jeune Prince Et La Jeune Princesse (Andotino Quasi Allegretto) 10:10
La Fête A Bagdad – la Mer – Le Bâteau… Finale (Allegro Molto) 13:13

Borodin: Danse Polovtsienne N°1 (Extrait Du ‘Prince Igor’) 2:17
Danse Polovtsienne N°2 (Extrait Du ‘Prince Igor’) 11:29

Orquestra da Rádio de Liubliana
Laurence Siegel

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Camille Saint-Saëns (1835-1921): Sinfonia Nº 3, Op. 78, “do Órgão”, Bacchanale, Danse Macabre, etc. (Barenboim)

A Sinfonia do Órgão (ou Sinfonia Nº 3, Op. 78) é uma famosa obra do compositor francês Camille Saint-Saëns, escrita em 1886. Ela é conhecida por sua grandiosidade e pelo uso inovador do órgão em uma sinfonia orquestral. Apesar de ser chamada de “Sinfonia Nº 3”, ela é na verdade a quinta e última sinfonia de Saint-Saëns, mas foi numerada como a terceira porque ele considerou apenas três de suas sinfonias dignas de publicação. Ela foi estreada em Londres também em 1886. Saint-Saëns dedicou a obra à memória de Franz Liszt, seu amigo e grande influência. Claro, o uso do órgão não era comum em sinfonias, e essa inovação ajudou a consolidar a reputação da obra, que é grandiosa. Por falar em órgão e em grandeza, a Bacchanale é uma peça explosiva, sensual e exótica, que aparece como um interlúdio orquestral no ato final da ópera Samson et Dalila (1877). É o trecho mais popular da ópera — e com razão: ela incendeia a orquestra, mistura timbres orientais com ritmos dançantes e cria um clima de êxtase coletivo que faz jus ao título: uma celebração dionisíaca descontrolada. A Dança Macabra (Danse Macabre, Op. 40) é outra das obras mais famosas de Saint-Saëns. Composta em 1874, é um poema sinfônico que retrata uma cena sobrenatural em que esqueletos dançam numa noite. A coisa toda é baseada em um poema de Henri Cazalis, que descreve a Morte (representada por um violino solo) tocando à meia-noite, chamando os mortos para dançar até o amanhecer. Quando o galo canta, os esqueletos retornam aos seus túmulos. Normal.

Camille Saint-Saëns (1835-1921): Sinfonia Nº 3 “Organ”, Bacchanale, Danse Macabre, etc. (Barenboim)

Symphony No.3 In C-Minor “Organ” Op.78
1 Adagio-Allegro Moderate-Poco Adagio 19:26
2 Allegro Moderato-Presto 7:27
3 Maestoso-Allegro 7:23

Samson & Dalila Op.47
4 Bacchanale 7:11

Le Deluge Op.45
5 Prelude 7:32

Danse Macabre Op.40
6 Danse Macabre Op.40 6:47

Conductor – Daniel Barenboim
Orchestra – Chicago Symphony Orchestra (tracks: 1 to 3), Orchestre De Paris (tracks: 4 to 6)
Organ – Gaston Litaize (tracks: 1 to 3)
Violin – Alain Moglia (tracks: 5), Luben Yordanoff (tracks: 6)

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Glazunov / Dvořák: Concertos para Violino (Kaler, Polish National Radio Symph Orch, Kolchinsky)

Glazunov / Dvořák: Concertos para Violino (Kaler, Polish National Radio Symph Orch, Kolchinsky)

Ouvi 5 vezes este CD. Em todas as vezes, gostei do Concerto de Glazunov. E o de Dvořák passou em branco. Apenas não o percebi. Notava apenas que a música (ou o CD) acabava. Sim, tenho problemas com alguns compositores românticos. O Concerto do russo Glazunov traz a orquestra polonesa tocando com frescor e precisão. A grande melodia da segunda seção é rica e calorosa, sem nenhum toque de sentimentalismo, e os ritmos galopantes do final são contagiantes ao serem interpretados em uma velocidade bem calculada, repleta de diversão. Alexander Glazunov (1865–1936) foi professor de Dmitri Shostakovich (1906–1975) no Conservatório de Leningrado (atual Conservatório de São Petersburgo). Essa relação teve um impacto significativo na formação de Shostakovich, embora fosse marcada por contrastes geracionais e estéticos. Glazunov apoiou a entrada de Shostakovich — mesmo estando ele abaixo da idade mínima requerida para o ingresso — no conservatório e reconheceu sua genialidade, mas tinha reservas em relação à linguagem modernista que o jovem começava a explorar.

Glazunov / Dvořák: Concertos para Violino (Kaler, Polish National Radio Symph Orch, Kolchinsky)

1 Glazunov: Violin Concerto In A Minor, Op. 82: Moderato – Andante Sostenuto – Allegro 20:11

Dvořák: Violin Concerto In A Minor, Op. 53
2 Allegro Ma Non Troppo 10:32
3 Adagio Ma Non Troppo 10:10
4 Allegro Giocoso, Ma Non Troppo 9:07

5 Dvořák: Romance For Violin And Orchestra In F Minor, Op. 11 12:46

Conductor(s): Kolchinsky, Camilla
Orchestra(s): Polish National Radio Symphony Orchestra
Artist(s): Kaler, Ilya

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Vai ter cara de eslavo no PQP!

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Sonata for two pianos and percussion & other piano music (Tiberghien)

Béla Bartók (1881-1945): Sonata for two pianos and percussion & other piano music (Tiberghien)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sim, esse disco tem que ir para o pódio. A Sonata para Piano, a Sonatina e principalmente a Sonata para Dois Pianos e Percussão são peças que não podem ser deixadas de lado. E a interpretação a cargo ou chefiada por Tiberghien, se tornará certamente referência. A Sonata para Dois Pianos e Percussão recebeu, desde a estreia, em 1938, críticas entusiasmadas. Bartók e sua esposa também tocaram as partes do piano para a estreia americana que aconteceu em Nova York em 1940. Desde então, tornou-se uma das obras mais reverenciadas de Bartók. A partitura requer quatro artistas: dois pianistas e dois percussionistas, os quais que tocam sete instrumentos. Bartók deu instruções altamente detalhadas para os percussionistas, estipulando, por exemplo, qual parte de um prato suspenso deve ser atingido por que determinado tipo de baqueta. Deve ter dado certo pois… Que música, meus senhores!

PS: Links reativados para toda essa coleção de Bartók por Tiberghien. Os outros discos estão aqui e aqui.

Piano Sonata Sz80[14’12]
1 Allegro moderato[4’53]
2 Sostenuto e pesante[5’30]
3 Allegro molto[3’49]

Three Hungarian Folksongs from the Csík District Sz35a[3’47]
4 Rubato[1’42]
5 L’istesso tempo[1’14]
6 Poco vivo[0’51]

Sonatina Sz55[4’24]
7 Movement 1, Bagpipers: Molto moderato[1’37]
8 Movement 2, Bear Dance: Moderato[0’42]
9 Movement 3, Finale: Allegro vivace[2’05]

Three Rondos on Slovak folk tunes Sz84[9’09]
10 Andante – Allegro molto[3’03]
11 Vivacissimo[2’55]
12 Allegro molto[3’11]

Études Sz72 Op 18[8’40]
13 Allegro molto[2’29]
14 Andante sostenuto[3’41]
15 Rubato[2’30]

Sonata for two pianos and percussion Sz110[25’24]
with François-Frédéric Guy (piano), Colin Currie (percussion), Sam Walton (percussion)
16 Assai lento – Allegro molto[12’32]
17 Lento, ma non troppo[6’23]
18 Allegro non troppo[6’29]

Cédric Tiberghien, piano

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Bartók: nem sempre a vida foi sofrida
Bartók: nem sempre a vida foi sofrida

PQP (2017)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Beatrice Rana)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Beatrice Rana)

Beatrice Rana completou 24 anos neste ano da graça de 2017. Em seu segundo lançamento em CD, a jovem pianista italiana resolveu enfrentar um pináculo do repertório de teclado solo e o compositor que descreveu como seu “primeiro amor”, Johann Sebastian Bach. Sua interpretação é muito boa, sem chegar ao nível de gente como Gould, Hewitt, Hantaï e Leonhardt, é claro. O Le Monde adorou: “Beatrice Rana certamente não tem mais nada a provar quando se trata de técnica, mas o que impressiona é a sua maturidade e senso de arquitetura”, e a grande e querida Gramophone inglesa tascou que ela é “Uma artista totalmente desenvolvida, de uma estatura que desmente sua idade”. Bach foi o compositor que mais obcecou Beatrice Rana quando criança e, em uma entrevista recente, ela confessou que a obra de Bach seria a que escolheria se tivesse que dedicar sua vida a um único compositor. E citou especialmente as Variações Goldberg, como sua obra preferida.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Variações Goldberg

01. Goldberg Variations, BWV 988: Aria
02. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 1 à 1 clav
03. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 2 à 1 clav
04. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 3 Canone all Unisuono à 1 clav.
05. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 4 à 1 clav.
06. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 5 à 1 o vero 2 clav
07. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 6 Canone alla seconda à 1 clav.
08. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 7 à 1 o vero 2 clav.
09. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 8 à 2 clav.
10. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 9 Canone alla terza à 2 clav.
11. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 10 Fughetta à 1 clav.
12. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 11 à 2 clav.
13. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 12 Canone alla quarta
14. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 13 à 2 clav.
15. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 14 à 2 clav.
16. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 15 Canone alla Quinta à 1 clav.
17. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 16 à 1 clav. Ouvertura
18. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 17 à 2 clav.
19. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 18 Canone alla sexta à 1 clav.
20. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 19 à 1 clav.
21. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 20 à 2 clav.
22. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 21 canone alla settima à 1 clav.
23. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 22 à 1 clav. alla breve
24. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 23 à 2 clav.
25. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 24 Canone alla Ottava à 1 clav.
26. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 25 à 2 clav.
27. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 26 à 2 clav.
28. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 27 Canone alla Nona à 2 clav.
29. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 28 à 1 clav.
30. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 29 à 1 o vero 2 clav.
31. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 30 à 1 clav. Quodlibet
32. Goldberg Variations, BWV 988: Aria da capo e fine

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Beatrice Rana pensando no seu primeiro amor.
Beatrice Rana pensando no primeiro amor.

PQP

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade e Capricho Espanhol (Royal Philharmonic Orchestra, Wordsworth)

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade e Capricho Espanhol (Royal Philharmonic Orchestra, Wordsworth)

Grande compositor e notável orquestrador, Rimsky-Korsakov foi o principal membro do Grupo dos Cinco (os outros eram Balakirev, Borodin, Cui e Mussorgsky), que buscava a produção de música autenticamente russa. Ele possuía uma certa queda por utilizar temas de contos de fada e isto, aliada a sua habilidade orquestral, nos deu obras de peculiar colorido sonoro. Gosto demais das obras deste CD. Fico devendo A Grande Páscoa Russa.

Sherazade é uma suíte escrita em 1888 e baseada no livro das Mil e Uma Noites. Este belo trabalho orquestral combina duas características comuns seja à música russa, seja à de Rimsky-Korsakov: o colorido da orquestração e um imenso interesse pelo Oriente, sempre muito presente na história da Rússia imperial. É considerada a obra mais popular de Rimsky-Korsakov. Capriccio espagnol, Op. 34, é o título ocidental para outra fantástica suíte orquestral de Korsakov. Em cinco movimentos, baseada em melodias folclóricas espanholas, ela foi composta em 1887. O compositor originalmente pretendia escrever a obra para violino solo com orquestra, mas depois decidiu que uma obra puramente orquestral faria mais justiça às melodias animadas. O título russo é, literalmente, Capricho sobre Temas Espanhóis.

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade e Capricho Espanhol (Royal Philharmonic Orchestra, Wordsworth)

Scheherazade, symphonic suite for orchestra, Op. 35
Composed by Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov

1. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Sea and Sinbad’s Ship
2. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Story of the Kalandar Prince
3. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Young Prince and Princess
4. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Festival of Bagdad – The Sea – The Ship goes to pieces on a rock summounted by a bronze warrior

Capriccio espagñol (Kaprichchio na ispankskiye temï), for orchestra, Op. 34
Composed by Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov

5. Capriccio espagnol, Op. 34: Alborada
6. Capriccio espagnol, Op. 34: Variazioni
7. Capriccio espagnol, Op. 34: Alborada
8. Capriccio Espagnol, Op. 34: Scena e canto gitano
9. Capriccio Espagnol, Op. 34: Fandango asturiano

Performed by Royal Philharmonic Orchestra
Conducted by Barry Wordsworth

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Rimsky-Korsakov: cara de Tolstói, mas menos selvagem

PQP

Johann Rosenmüller (1619-1684): Sonatas de Câmara e Sinfonias (Hesperion XX, Savall)

Johann Rosenmüller (1619-1684): Sonatas de Câmara e Sinfonias (Hesperion XX, Savall)

Não sei se eu ouvi este CD de forma desatenta… Será? O fato é que a única coisa que eu posso dizer dele é que Savall é ótimo, mas Rosenmüller é rotineiro, comum. Acusado de homossexualidade, crime grave na época, Rosenmüller fugiu para Veneza para evitar prisão e possível execução. Na Itália, trabalhou como trombonista na Basílica de São Marcos e absorveu influências de compositores como Monteverdi e Cavalli. Ao final da vida, foi perdoado e voltou à Alemanha, onde suas obras instrumentais “italianas” passaram a ser referência para outros compositores, talvez maiores… Vou ouvir novamente hoje à noite. Vamos ver se o perdoo.

Johann Rosenmuller (1619-1684): Sonatas de Câmara e Sinfonias (Hesperion XX, Savall)

1 Sinfonia Seconda, Venezia 1667 8:04
2 Sonata VII, Nürnberg 1682 8:19
3 Sinfonia Quarta, Venezia 1667 8:28
4 Suite I, Leipzig 1654 14:13
5 Sonata XI, Nürnberg 1682 6:07
6 Sinfonia Prima, Venezia 1667 10:29
7 Sonata IX, Nürnberg 1682 6:15

Conductor – Jordi Savall
Cornett – Bruce Dickey, Jean-Pierre Canihac
Ensemble – Hespèrion XX
Organ, Harpsichord – Willem Jansen*
Theorbo – Robert Clancy
Trombone – Charles Toet, Harry Ries, Richard Lister
Viol – Carol Lewis (2), Jordi Savall, Paolo Pandolfo, Roberto Gini, Sergi Casademunt
Violin – Chiara Banchini, Monica Huggett
Violone – Bela Zedlak

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É o Rosenmüller, dizem.

PQP

Domenico Scarlatti (1685-1757): 18 Sonatas (Maria Tipo, piano)

Domenico Scarlatti (1685-1757): 18 Sonatas (Maria Tipo, piano)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Maria Tipo (1931-2025) foi uma bela napolitana. Domenico Scarlatti foi um dos filhos mais feios da mesma cidade, só que a genética compensou dando-lhe enorme talento. Mas há mais ligações entre ambos. Tipo interpreta fantasticamente bem seu conterrâneo. Não lembro de ter ouvido melhor interpretação destas Sonatas, seja ao cravo, seja ao piano. Este CD é uma joia que merece sua atenção. Ouvi-o inúmeras vezes e ele sempre me encantou. Li agora que esta versão é considerada referência absoluta, mesclando precisão barroca com um toque mediterrâneo único. Tipo era chamada de a Arturo Benedetti Michelangeli feminina” pelo rigor e perfeccionismo. Apenas para efeito de comparação, diria que enquanto Martha Argerich é a tempestade passional, Tipo era a arquiteta do som — controlada, mas com grande fogo interno.

Domenico Scarlatti (1685-1757): 18 Sonatas (Maria Tipo, piano)

1 Sonata In E Major, K. 495
2 Sonata In E Major, K. 381
3 Sonata In E Major, K. 20
4 Sonata In E Minor, K.394
6 Sonata In G Major, K 454
6 Sonata In G Major, K. 425
7 Sonata In D Major, K. 491
8 Sonata In D Minor, K. 32
9 Sonata In A Major, K. 432
10 Sonata In A Minor, K. 109
11 Sonata In A Major, K. 39
12 Sonata In G Major, K. 125
13 Sonata In G Major, K. 470
14 Sonata In E Major, K. 124
15 Sonata In G Major, K. 79
16 Sonata In G Major, K. 547
17 Sonata In B-flat Major, K. 551
18 Sonata In B-flat Major, K. 128

Maria Tipo, piano

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Maria Tipo jovem, a tipo velha vocês pesquisam, tá?

PQP

Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893): O Lago dos Cisnes, Op. 20 (completo) (Rozhdestvensky)

Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893): O Lago dos Cisnes, Op. 20 (completo) (Rozhdestvensky)

Isto é a música perfeita para morrer antes de ouvir. Depois de A Bela Adormecida, nada melhor do que Cisnes nadando por duas horas e meia. Ouvi e detestei, mas trata-se de um registro raro, pois é completo e sabe-se que poucos maestros suportam. De bom mesmo, só a faixa 10 do Ato 3. A gente lembra de Renata Vasconcellos quando ela aparecia de manhã… Era a música do resumo das notícias da semana. Que linda mulher! Mas falemos de cisnes, por favor.

A música é pura merda para uma arte anacrônica. É repetitiva e Tchaikovsky sabia disso. O xaroposo tema do cisne (“Leitmotiv de Odette”) é reciclado até a exaustão — aparece em quase todos os atos com poucas variações. O próprio Tchaikovsky reclamou da falta de inspiração em algumas passagens, especialmente nos atos I e III (que compôs por obrigação contratual).

A história original (encomendada pelo Teatro Bolshoi) é confusa e cheia de furos. Por que o mago Rothbart transforma mulheres em cisnes? Ninguém sabe. O final alterna entre tragédia (afogamento tipo enchente no RS) e happy end (o amor vence a maldição), dependendo da montagem. Um horror! O “grande pas de deux” do Cisne Negro, não era para estar lá, ou seja, a famosa cena do Ato III usa música emprestada de outro ballet de Tchaikovsky (sim, de A Bela Adormecida). Ou seja: o remendo de última hora virou a parte mais famosa. Não ouça este CD (duplo!) se você estiver pensando em suicídio. Cuidado, são 148 min! Ainda bem que não temos que VER o balé!

Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893): O Lago dos Cisnes, Op. 20 (completo) (Rozhdestvensky)
(Melodiya – 1969 / BMG – 1999)(2CD)

01. Introduction(2:48)
02. Act I – No. 1 / Scene. Allegro guisto(2:52)
03. Act I – No. 2 / Valse. Tempo di valse(6:52)
04. Act I – No. 3 / Scene. Allegro moderato(3:41)
05. Act I – No. 4 / Pas de trois – Intrada. Allegro(2:02)
06. Act I – No. 4 / Pas de trois – Andante sostenuto(2:31)
07. Act I – No. 4 / Pas de trois – Allegro semplice – Presto(1:10)
08. Act I – No. 4 / Pas de trois – Moderato(1:03)
09. Act I – No. 4 / Pas de trois – Allegro(1:05)
10. Act I – No. 4 / Pas de trois – Coda. Allegro vivace(1:38)
11. Act I – No. 5 / Pas de deux – Tempo di valse ma non troppo vivo, quasi moderato(2:09)
12. Act I – No. 5 / Pas de deux – Andante – Allegro(5:02)
13. Act I – No. 5 / Pas de deux – Tempo di valse(1:32)
14. Act I – No. 5 / Pas de deux – Coda. Allegro molto vivace(1:50)
15. Act I – No. 6 / Pas d’action. Andantino quasi moderato. Allegro(1:43)
16. Act I – No. 7 / Sujet(0:36)
17. Act I – No. 8 / Danses des coupes. Tempo di polacca(5:58)
18. Act I – No. 9 / Finale. Andante(2:46)

19.Act II – No. 10 / Scene. Moderato(2:40)
20. Act II – No. 11 / Scene. Allegro moderato – Allegro vivo, L’istesso tempo(4:46)
21. Act II – No. 12 / Scene. Allegro – Moderato assai, quasi andante(3:25)
22. Act II – No. 13 / Danses des cygnes – Tempo di valse(2:24)
23. Act II – No. 13 / Danses des cygnes – (Solo Odette) Moderato assai – Molto piu mosso(1:31)
24. Act II – No. 13 / Danses des cygnes – Danses des cygnes. Tempo di valse(1:46)
25. Act II – No. 13 / Danses des cygnes – Allegro moderato(1:18)
26. Act II – No. 13 / Danses des cygnes – Pas d’action (Odette et le prince). Andante-Andante non troppo-Allegro(6:35)
27. Act II – No. 13 / Danses des cygnes – Tout le monde danse. Tempo di valse(1:28)
28. Act II – No. 13 / Danses des cygnes – Coda. Allegro vivo(1:37)
29. Act II – No. 14 / Scene. Moderato(2:32)

1.Act III – No.15: Allegro giusto(2:24)
02. Act III – No.16 Danses du corps de ballet et des nains: Moderato assai – Allegro vivo(2:30)
03. Act III – No.17 Scene (La sortie des invites et la valse): Allegro – Tempo di valse(7:29)
04. Act III – No.18 Scene: Allegro – Allegro giusto(1:34)
05. Act III – No.19 Pas de six: Intrada. Moderato assai(2:24)
06. Act III – No.19 Pas de six: Var.1. Allegro(1:35)
07. Act III – No.19 Pas de six: Var.2. Andante con moto(3:14)
08. Act III – No.19 Pas de six: Var.3. Moderato(1:02)
09. Act III – No.19 Pas de six: Var.4. Allegro(0:53)
10. Act III – No.19 Pas de six: Var.5. Moderato – Allegro semplice – Allegro molto(1:20)
11. Act III – No.19 Pas de six: Coda. Allegro molto(1:41)
12. Act III – Appendice 1 – Pas de deux: Introduction. Moderato – Andante(4:14)
13. Act III – Appendice 1 – Pas de deux: Var.1. Allegro moderato(0:43)
14. Act III – Appendice 1 – Pas de deux: Var.2. Allegro(0:49)
15. Act III – Appendice 1 – Pas de deux: Coda. Allegro molto vivace(2:29)
16. Act III – No.20 Danses hongroise. Czardas: Moderato assai – Allegro moderato – Vivace(2:24)
17. Act III – Appendice 2 – Danse russe: Moderato – Andante semplice – Allegro vivo – Presto(4:40)
18. Act III – No.21 Danse espagnole: Allegro non troppo (Tempo di bolero)(2:25)
19. Act III – No.22 Danse napolitaine: Allegro moderato – Andantino quasi moderato – Presto(1:54)
20. Act III – No.23 Mazurka: Tempo di mazurka(3:44)
21. Act III – No.24 Scene: Allegro – Valse Allegro vivo(3:26)

22. Act IV – No.25 Entr’acte: Moderato(1:55)
23. Act IV – No.26 Scene: Allegro non troppo(2:16)
24. Act IV – No.27 Danses de petits cygnes: Moderato(4:21)
25. Act IV – No.28 Scene: Allegro agitato – Allegro vivace(2:58)
26. Act IV – No.29 Scene finale: Andante – Allegro agitato – Alla breve – Moderato e maestoso – Moderato(6:05)

Gravado em Moscou, 1969
Tempo Total: 148min19

Soloists:
Mikhail Chernyakhovsky – violin
Victor Simon – cello
Olga Erdeli – harp
Suren Gevorkian – trumpet

USSR RTV Large Symphony Orchestra
Gennady Rozhdestvensky

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Parabéns por ter chegado ao final, Rozh!

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Flauta Transversa (Kossenko, Arte Dei Suonatori)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Flauta Transversa (Kossenko, Arte Dei Suonatori)

Os Concertos para Flauta de Vivaldi formam um corpus indefinido. É difícil ter uma ideia precisa do número dos Concertos para Flauta escritos pelo Padre Vermelho. Seis deles, entretanto, foram publicados. Esta é uma versão absolutamente magnífica e um must-have para todos os amantes Vivaldi, bem como para todos os que apreciam as boas performances em instrumentos originais. O francês Alexis Kossenko dá um banho neste excelente CD da Alpha. Sim, coisa finíssima.

Importante: apesar de sacerdote, Vivaldi teve vários casos amorosos, um dos quais com uma de suas alunas, a cantora Anna Giraud. Tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida na pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que tiveram em Veneza na juventude do padreco. E vamo que vamo.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Flauta Transversa (Kossenko, Arte Dei Suonatori)

1. Concerto en Sol Majeur, RV 435: I. Allegro 2:18
2. Concerto en Sol Majeur, RV 435: II. Largo 2:46
3. Concerto en Sol Majeur, RV 435: III. Allegro 2:07

4. Concerto en La Mineur, RV 440: I. Allegro non molto 3:45
5. Concerto en La Mineur, RV 440: II. Larghetto 2:55
6. Concerto en La Mineur, RV 440: III. Allegro 2:54

7. Concerto en Sol Majeur, RV 436: I. Allegro 2:51
8. Concerto en Sol Majeur, RV 436: II. Largo 3:30
9. Concerto en Sol Majeur, RV 436: III. Allegro 2:30

10. Concerto en Mi Mineur, RV 430: I. Allegro 2:47
11. Concerto en Mi Mineur, RV 430: II. Largo 1:48
12. Concerto en Mi Mineur, RV 430: III. Poco Allegro 2:56

13. Concerto en Mi Mineur, RV 432: I. Allegro 3:27

14. Concerto en Sol Majeur, RV 438: I. Allegro 2:52
15. Concerto en Sol Majeur, RV 438: II. Andante 3:26
16. Concerto en Sol Majeur, RV 438: III. Allegro 3:20

17. Concerto « Il Cardellino » en Ré Majeur, RV 428 (extrait): Andante 3:11

18. Concerto en Ré Majeur, RV 429: I. Allegro 2:47
19. Concerto en Ré Majeur, RV 429: II. Andante 2:50
20. Concerto en Ré Majeur, RV 429: III. Allegro 3:30

21. Concerto en Fa Majeur, RV 434: I. Allegro ma non tanto 3:33
22. Concerto en Fa Majeur, RV 434: II. Largo cantabilte 4:06
23. Concerto en Fa Majeur, RV 434: III. Allegro 1:42

24. Concerto en Ré Majeur, RV 427: I. Allegro 2:55
25. Concerto en Ré Majeur, RV 427: II. Largo 3:47
26. Concerto en Ré Majeur, RV 427: III. Allegro 2:14

Alexis Kossenko flute & direction
Arte Dei Suonatori

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Antonio Vivaldi era assim

PQP

.: interlúdio :. Ennio Morricone: The Oscar Winner

.: interlúdio :. Ennio Morricone: The Oscar Winner

Dois CDs estupendamente bem produzidos com obras do grande Morricone. Mas os dois não podem ser mais diferentes. O primeiro vem dos filmes: com grande orquestra, solistas, órgão, tudo de bom e perfeito, é claro. O segundo é interpretado por um trio de jazz que também é genial. Sim, a dupla de CDs é um samba do afrodescendente desprovido de pensamento lógico, só que é bom de ouvir. Nossa memória afetiva é facilmente levada a passear por filmes extraordinários. Só a lembrança dos filmes de Sergio Leone já vale ouvir o CD com atenção.

Porém, se você veio de Marte e está lendo isso, conto-lhe que Ennio Morricone (Roma, 1928 – Roma, 2020) foi um compositor, arranjador e maestro italiano que escreveu músicas de diversos estilos, mas especializou-se em belas melodias e arranjos para o cinema. Morricone compôs mais de 400 partituras para filmes de cinema e televisão, além de mais de 100 obras, digamos, de música erudita. Sua trilha sonora para Três Homens em Conflito (The Good, the Bad and the Ugly, 1966) é considerada uma das trilhas sonoras mais influentes da história e foi introduzida no Grammy Hall of Fame. Sua filmografia inclui mais de 70 filmes premiados, dentre eles todos os filmes de Sergio Leone desde Por um punhado de dólares, todos os filmes de Giuseppe Tornatore desde Cinema Paradiso, mais A Batalha de Argel, Animal Trilogy de Dario Argento, 1900, de Bernardo Bertolucci, Exorcist II, Dias no Paraíso, vários filmes importantes no cinema francês, em particular Le Professionnel, bem como A coisa, A Missão, Os Intocáveis e muitos outros que você viu, se realmente não é um  marciano.

.: interlúdio :. Ennio Morricone: The Oscar Winner

1.1 Gabriel’s Oboe
1.2 The Good, The Bad And The Ugly
1.3 Mission
1.4 For A Fistful Of Dollars
1.5 Duck, You Sucker
1.6 Once Upon A Time in the West
1.7 Once Upon A Time in America
1.8 To the Ancient Stairs
1.9 Cinema Paradiso
1.10 Moses
1.11 A Trumpet
1.12 Brothers
1.13 Ave Maria Guarani
1.14 Once Upon A Time in the West
1.15 The Legend of the Pianist on the Ocean
1.16 Wild Bunch
1.17 For a fistful of Dollars
1.18 Playing Love
1.19 For a fistful of Dollars
1.20 The Return of Ringo
1.21 Cinema Paradiso
1.22 Gabriel’s Oboe
1.23 The Legend of the Pianist on the Ocean

2.1 For a few Dollars More
2.2 My name is Nobody
2.3 Sacco and Vanzetti
2.4 Metello
2.5 Once Upon A Time in America, Deborah Theme
2.6 The Mission Suite
2.7 The Legend of the Pianist on the Ocean
2.8 Per Amore
2.9 The Secret of the Sahara
2.10 Tie me up! Tie me down!
2.11 Here’s to you
2.12 To the Ancient Stairs
2.13 For a fistful of Dollars
2.14 Once Upon A Time in the West – Duck, You Sucker
2.15 The Godfather Part II
2.16 Once Upon A Time in America
2.17 The Legend of the Pianist on the Ocean
2.18 Lemon Scent
2.19 Your Love
2.20 Cinema Paradiso
2.21 Gabriel’s Oboe

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Ennio Morricone (1928-2020)

PQP

Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade e A Grande Páscoa Russa (NYP, Temirkanov)

Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade e A Grande Páscoa Russa (NYP, Temirkanov)

IM-PER-DÍ-VEL !!! 

Mussorgsky foi militar, Korsakov também. Os milicos do PQP Bach são melhores que os milicos dos outros, claro. Viram o nível de nossos milicos golpistas? Meu deus, o que é aquilo? Só prendendo mesmo. Eu gosto de Sherazade, gosto mais ainda de A Grande Páscoa Russa e a gravação de Temirkanov é uma joia indiscutível. Complicado arranjar um registro mais perfeito e compreensivo destas obras que não podem faltar em nenhuma discoteca básica. Excelente performance e alta temperatura emocional. Temo que seja uma das melhores gravações que já ouvi deste repertório. A única vez que chorei em um concerto, o regente era Temirkanov, a pianista era Martha Argerich, e eles interpretavam o Concerto Nº 3 para piano e orquestra de Prokofiev.

Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade e A Grande Páscoa Russa (NYP, Temirkanov)

1. Scheherazade, Op. 35: The Sea and Sinbad’s Ship 11:06
2. Scheherazade, Op. 35: The Story of the Kalender Prince 13:10
3. Scheherazade, Op. 35: The Young Prince and the Young Princess 11:10
4. Scheherazade, Op. 35: Festival in Bagdad 12:26
Glenn Dicterow, violin

5. Russian Easter Overture, Op. 36 16:06

New York Philharmonic
Yuri Temirkanov, conductor

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Não se fazem mais milicos como antigamente.
Não se fazem mais milicos como antigamente.

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Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para órgão (Bussi, Kraemer, Musica Ad Rhenum, Wentz)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para órgão (Bussi, Kraemer, Musica Ad Rhenum, Wentz)

É um bom disco raro de um repertório raríssimo. A gravadora deste CD é realmente obscura, mas os intérpretes são animados e de excelente nível. Vivaldi é às vezes é espetacular, mas nunca é ruim. Este fica bem acima da média e dificilmente alguma discoteca terá este CD. Os destaques são o concerto RV 335 e a surpreendente sonoridade do RV 779. Ambos me fizeram parar de trabalhar para dar-lhes atenção. Chutando um pouquinho, aposto que muitos destes concertos para órgão foram originalmente concebidos para outros instrumentos (como o violino ou o oboé) e depois adaptados ou transcritos para órgão. Isso eu acho, sei lá.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para órgão (Bussi, Kraemer, Musica Ad Rhenum, Wentz)

01 – Concerto in D minor for violin, organ + strings RV541, 1 Allegro.mp3
02 – Concerto in D minor for violin, organ + strings RV541, 2 Grave.mp3
03 – Concerto in D minor for violin, organ + strings RV541, 3 Allegro.mp3

04 – Concerto in C major for violin, cello, organ + strings RV544a, 1 Allegro.mp3
05 – Concerto in C major for violin, cello, organ + strings RV544a, 2 Andante.mp3
06 – Concerto in C major for violin, cello, organ + strings RV544a, 3 Allegro.mp3

07 – Concerto in A major, Il Rossignuolo, for violin, organ + strings RV335, 1 Allegro.mp3
08 – Concerto in A major, Il Rossignuolo, for violin, organ + strings RV335, 2 Largo.mp3
09 – Concerto in A major, Il Rossignuolo, for violin, organ + strings RV335, 3 Allegro.mp3

10 – Concerto in F major for traverso, organ + strings RV767, 1 Alla breve.mp3
11 – Concerto in F major for traverso, organ + strings RV767, 2 Larghetto.mp3
12 – Concerto in F major for traverso, organ + strings RV767, 3 Allegro.mp3

13 – Concerto in C minor for violin, organ + strings RV766, 1 Allegro.mp3
14 – Concerto in C minor for violin, organ + strings RV766, 2 Largo.mp3
15 – Concerto in C minor for violin, organ + strings RV766, 3 Allegro.mp3

16 – Concerto in C major for violin, traverso + organ RV779, 1 Andante.mp3
17 – Concerto in C major for violin, traverso + organ RV779, 2 Allegro.mp3
18 – Concerto in C major for violin, traverso + organ RV779, 3 Largo e cantabile.mp3
19 – Concerto in C major for violin, traverso + organ RV779, 4 Allegro.mp3

20 – Concerto in F major for violin, organ + strings RV542, 1 Allegro.mp3
21 – Concerto in F major for violin, organ + strings RV542, 2 Alla franchese.mp3
22 – Concerto in F major for violin, organ + strings RV542, 3 Allegro.mp3

Marcelo Bussi, órgão
Manfred Kraemer, violino
Balázs Máté, violoncelo
Jed Wentz, flauta transversa
Musica Ad Rhenum

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Johannes Brahms (1833-1897)

PQP

Brahms: Concerto para Piano e Orq. No 2 & Mozart: Concerto para Piano e Orq. No 23 (Rubinstein, Krips, Wallenstein)

Brahms: Concerto para Piano e Orq. No 2 & Mozart:  Concerto para Piano e Orq. No 23 (Rubinstein, Krips, Wallenstein)

O maestro Josef Krips gostava de fish and chips, mas só lhe davam crips. Chips são batatas fritas, um lanche clássico. É provavelmente o termo que você mais viu ou ouviu em filmes ou programas de TV. Contrariamente a Krips, eu sou das poucas pessoas do mundo que não acha batatas fritas uma iguaria de revirar os olhos. Como, é óbvio, mas jamais peço em bares e restaurantes. Já os crips… Crips é aquele biscoito crocante com manteiga, aquela coisa nojenta que nos faz felizes, nos torna gordos e por fim nos mata. Os Crips também são gangues de rua afro-americanas, com origem em Los Angeles. Eles são conhecidos por atividades criminosas como assassinatos, roubos e tráfico de drogas, e por vestirem roupas azuis, como os gremistas. Com toda esta informação, desejo-lhe uma boa audição deste CD gravado no mês passado.

Brahms: Concerto para Piano e Orq. No 2 & Mozart: Concerto para Piano e Orq. No 23 (Rubinstein, Krips, Wallenstein)

Concerto No. 2 In B-Flat, Op. 83
Composed By – Johannes Brahms

Conductor – Josef Krips
Piano – Arthur Rubinstein
Orchestra – RCA Symphony Orchestra*
1 Allegro Non Troppo
2 Allegro Appassionato
3 Andante
4 Allegretto Grazioso

Concerto No. 23 In A, K. 488
Composed By – Wolfgang Amadeus Mozart

Conductor – Alfred Wallenstein
Piano – Arthur Rubinstein
Orchestra – RCA Victor Symphony Orchestra
5 1. Allegro
6 2. Adagio
7 3. Allegro assai

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PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): The Two Piano Trios, Op. 8 & Op. 67 / Cello Sonata Op. 40 (Guarneri Trio Prague)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): The Two Piano Trios, Op. 8 & Op. 67 / Cello Sonata Op. 40 (Guarneri Trio Prague)

O Trio para Piano Nº 1, Op. 8, é uma das primeiras composições de câmara de Dmitri Shostakovich. Foi tocado privadamente no início de 1924, mas só foi publicado na década de 1980. Vinte anos depois, o compositor escreveu o mais conhecido Trio para Piano nº 2, Op. 67. Originalmente intitulada Poème, o Trio Nº 1 foi composto em 1923, quando o compositor tinha dezesseis anos e estava no Conservatório de Leningrado há três. Quando a partitura estava sendo preparada para publicação, seis décadas depois, os últimos 22 compassos da parte para piano haviam sido perdidos, tendo sido completados pelo aluno de Shostakovich, Boris Tishchenko. Depois vem o Trio nº 2, uma obra bastante sombria. Escrita em 1942, ela reflete tanto os horrores da guerra quanto a morte de alguns amigos próximos. O Trio Guarneri responde com aguda sensibilidade às oscilações de humor da música, às vezes assustadoramente soturna, opressiva e ameaçadora. A execução do finale é profundamente comovente, oscilando entre a paixão feroz e a desolação absoluta. A Sonata para Violoncelo, Op. 40, foi composta em 1934, no período em que Shostakovitch apaixonara-se por uma jovem estudante, o que ocasionou um efêmero divórcio de sua esposa Nina. O compositor dedicou esta sonata ao violoncelista Victor Lubatski e ambos a estrearam em Moscou, no dia 25 de dezembro de 1934. O primeiro movimento (Allegro non troppo) é escrito em forma sonata. O primeiro tema, bastante extenso, é apresentado pelo violoncelo, acompanhado por arpeggios do piano e depois desenvolvido por este até seu clímax; o segundo tema, muito mais delicado, é, contrariamente, apresentado pelo piano e imitado pelo violoncelo. Durante o desenvolvimento o primeiro tema ganha motivos rítmicos, mas logo o afetuoso segundo tema reaparece. Tudo parece em ordem, encaminhando-se para o final do movimento, mas Shostakovitch nos surpreende ao inserir alguns acordes em staccato do piano, acompanhados por notas sustentadas pelo violoncelo, o que faz com que a música torne-se quase estática. É uma estranha preparação para o que se ouvirá no segundo movimento (Allegro) o qual é um scherzo típico de Shostakovitch. Trata-se de um frenético ostinato que é interrompido por um tema apresentado pelo piano que, apesar de mais tranquilo, é também muito pouco contemplativo. O terceiro movimento (Largo) faz-lhe intenso contraste, pois é uma melodia tranquila e vocal, acompanhada pelo piano de forma introspectiva, dissonante e um tanto fúnebre. O Allegro final é um rondó bastante irônico no qual o tema principal é apresentado três vezes, ligados, a cada intervalo, por estranhas e vertiginosas cadenzas.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): The Two Piano Trios, Op. 8 & Op. 67 / Cello Sonata Op. 40 (Guarneri Trio Prague)

1 Piano Trio No. 1, In C Minor, Op. 8 12:21

Piano Trio No. 2, In E Minor, Op. 67 (25:18)
2 I. Andante – Moderato – Più Mosso 6:53
3 II. Allegro Con Brio 3:06
4 III. Largo 5:20
5 IV. Allegretto – Pesante – Adagio 9:51

Sonata In D Minor, Op. 40, For Violoncello And Piano (26:15)
6 I. Allegro Non Troppo – Largo – Poco Con Moto 11:36
7 II. Allegro 3:04
8 III. Largo 7:06
9 IV Allegro – Risoluto 4:16

Cello – Marek Jerie
Ensemble – Guarneri Trio Prague
Piano – Ivan Klánský
Violin – Čeněk Pavlík

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Trio Guarneri de Praga finalizando uma obra e aguardando seu aplauso. Sim, falei contigo mesmo, meu!

PQP

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4)  — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais Ligeti aqui.

Intrigante, surpreendente, engraçada, Ligeti é a música do final do século XX e além. Os trabalhos incluem peças para instrumentos solo (órgão, piano), para conjuntos de câmara desde quartetos até orquestras de câmara, mais obras para coral, concertos instrumentais e para grande orquestra. Os vários conjuntos — Ensemble Intercontemporain, Orquestra de Câmara da Europa, London Sinfonietta, Orquestra Filarmônica de Viena, Coro da Rádio Alemã de Hamburgo, Quarteto Hagen, Vienna Brass Soloists, irmãos Kontarsky, Quarteto LaSalle e vários outros solistas excepcionais — , estão sob a direção de luminares como Claudio Abbado, David Atherton, e Pierre Boulez. E quem não rir com as Aventures é mulher do padre ou come uma freira feia sob pagamento (módico, com dinheiro dos crentes). Destaques também para os ESPLÊNDIDOS Concertos para Piano e para Violino.

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4)

CD 3:

1. Aventures for 3 singers and 7 instrumentalists (1962) [12:01]
Nouvelles Aventures for 3 singers and 7 instrumentalists
2. 1. Sostenuto [6:17]
3. 2. Agitato molto [5:12]

Cello Concerto (1966)
4. 1. Quarter = 40: Attacca [6:55]
5. 2. (Lo stesso tempo) [8:14]
Jean-Guihen Queyras
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Chamber Concerto for 13 instrumentalists
6. 1. Corrente (Fliessend) [5:03]
7. 2. Calmo, sostenuto [5:48]
8. 3. Movimento preciso e meccanico [3:51]
9. 4. Presto [3:32]
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Mysteries of the Macabre for Trumpet and Piano
10. Arr. Elgar Howarth [6:52]
arr. Elgar Howarth
Håkan Hardenberger, Roland Pöntinen

Double Concerto for flute, oboe & orchestra
11. 1. Calmo, con tenerezza [8:08]
12. 2. Allegro corrente [7:51]
Jacques Zoon & Douglas Boyd
Chamber Orchestra of Europe, Claudio Abbado

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CD 4:
1. Die große Schildkröten-Fanfare vom Südchinesischen Meer [0:37]
Håkan Hardenberger

Three Pieces for two Pianos
2. 1. Monument [4:15]
3. 2. Selbstportrait [7:08]
4. 3. Bewegung [4:56]
Aloys Kontarsky, Alfons Kontarsky

Études pour piano (1985)
Premier livre
5. Étude 2: Cordes à vide [3:36]
6. Étude4: Fanfares [3:24]
Gianluca Cascioli

Piano Concerto (1985-88)
7. 1. Vivace molto ritmico e preciso – attacca subito: [3:54]
8. 2. Lento e deserto [7:01]
9. 3. Vivace cantabile [4:24]
10. 4. Allegro risoluto, molto ritmico – attacca subito: [4:48]
11. 5. Presto luminoso: fluido, costante, sempre molto ritmico [3:17]
Pierre-Laurent Aimard
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Violin Concerto (1992)
12. 1. Praeludium: Vivacissimo luminoso – attacca: [4:23]
13. 2. Aria, Hoquetus, Choral: Andante con moto – attacca: [8:11]
14. 3. Intermezzo: Presto fluido [2:44]
15. 4. Passacaglia: Lento intenso [5:55]
16. 5. Appassionato: Agitato molto [7:12]
Saschko Gawriloff
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

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Ma che...
Ma che…

PQP

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais Ligeti aqui.

Devo iniciar declarando meu amor. Pois a verdade, caríssimos pequepianos, é que amo Ligeti. Assim como o imenso Bartók, Ligeti foi um compositor húngaro, um dos mais notáveis do século XX. Este álbum quádruplo da DG é maravilhoso. Vejam só quem toca, não há second choices: só dá Boulez, Abbado, Hagen Quartett, Orquestra Filarmônica de Viena… Neste dois primeiros CDs já estão Lontano, Atmosphères, Luz aeterna, Volumina, o Quarteto Nº 1, a Sonata para Cello Solo, ou seja, muitas obras-primas. Ligeti se tornou conhecido por ter sido fartamente utilizado por um grande fã seu, o cineasta Stanley Kubrick, que usou suas músicas em filmes como 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001) e De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut). É preciso que se esclareça que Ligeti não compôs tais músicas como trilhas desses filmes, mas elas foram utilizadas por Stanley Kubrick pela extrema adequação entre suas linguagens. Não, não é pouca coisa.

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4)

CD 1:
György Ligeti (1923 – 2006)
Sonata for Solo Cello
1. 1. Dialogo: Adagio, rubato, cantabile [4:55]
2. 2. Capriccio: Presto con slancio [3:47]
Matt Haimovitz

Six Bagatelles for Wind Quintet (1953)
3. 1. Allegro con spirito [1:14]
4. 2. Rubato. Lamentoso [3:04]
5. 3. Allegro grazioso -attacca subito [2:43]
6. 4. Presto ruvido [0:58]
7. 5. Adagio. Mesto [2:27]
8. 6. Molto vivace. Capriccioso [1:21]
Jacques Zoon, Douglas Boyd, Richard Hosford, James Sommerville, Matthew Wilkie, Claudio Abbado

String Quartet No. 1 (Métamorphoses nocturnes)
9. Allegro grazioso [1:31]
10. Vivace, capriccioso [0:34]
11. A tempo [1:20]
12. Adagio, mesto [2:10]
13. Presto [2:11]
14. […] molto sostenuto – Andante tranquillo [1:34]
15. Più mosso [2:00]
16. Tempo di Valse, moderato, con eleganza, un poco capriccioso [0:55]
17. Subito prestissimo [0:43]
18. Subito: molto sostenuto [0:45]
19. Allegretto, un poco gioviale [0:54]
20. Allarg. Poco più mosso 0:001:03
21. Subito allegro con moto, string. poco a poco sin al prestissimo [0:34]
22. Prestissimo [1:05}
23. Allegro comodo, gioviale [0:13]
24. sostenuto, accelerando [1:46]
25. Lento [0:42]
Hagen Quartett

Ten Pieces for Wind Quintet
26. 1. Molto sostenuto e calmo [2:05]
27. 2. Prestissimo minaccioso e burlesco [0:43]
28. 3. Lento [1:48]
29. 4. Prestissimo leggiero e virtuoso [0:49]
30. 5. Presto staccatissimo e leggiero [0:31]
31. 6. Preso staccatissimo e leggiero [1:12]
32. 7. Vivo, energico [1:08]
33. 8. Allegro con delicatezza [2:32]
34. 9. Sostenuto, stridente [1:03]
35. 10. Presto bizzarro e rubato, so schnell wie möglich [1:01]
Wiener Bläsersolisten

String Quartet no.2 (1967-68)
36. Allegro nervoso [5:13]
37. Sostenuto, molto calmo [4:56]
38. Come un meccanismo di precisione [3:09]
39. Presto furioso, brutale, tumultuoso [2:01]
40. Allegro con delicatezza – stets sehr mild [5:38]
LaSalle Quartet

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CD 2:
1. Atmosphères [9:05]
Vienna Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

2. Volumina [17:28]

3. Lux aeterna (1966) [7:59]
Helmut Franz
Chor des Norddeutschen Rundfunks

4. Organ Study no.1 “Harmonies” [9:04]
Gerd Zacher

5. Lontano (1967) (for large orchestra) [12:44]
Vienna Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

6. Ramifications for string orchestra or 12 solo strings (1968-69) [8:28]
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

7. Melodien for Orchestra [13:07]
London Sinfonietta, David Atherton

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Ligeti: sorria, você está sendo fotografado!
Ligeti: sorria, você está sendo fotografado!

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Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 8 (Edição especial em comemoração aos 120 anos da RCO)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 8 (Edição especial em comemoração aos 120 anos da RCO)
Anton Bruckner: o genial e acanhado foi o único compositor presente na grande festa

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este disco, pelo que pude apurar, não teve venda comercial. Foi uma edição especial de 2008, comemorativa aos 120 anos da Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam. É uma esplêndida e gravação ao vivo — realizada em 2005 e transmitida pelo rádio (sim há rádios cultas de verdade na Holanda) — com, obviamente, o imortal Bernard Haitink na regência. Ouvi disco agora e, olha, só de pensar já fico arrepiado. É música de gente grande, tocada por uns sujeitos enormes. Haitink gravou a Oitava de Bruckner só várias vezes. Vejamos quantas  foram:

  • Concertgebouw Orchestra (1969) Philips
  • Concertgebouw Orchestra (1970) World Music Express
  • Concertgebouw Orchestra (1979) SunJay Classics
  • Concertgebouw Orchestra (1981) Philips
  • European Youth Orchestra (1989) Digital Co.
  • Bayerische Rundfunk Sinfoniorchester (1993) SunJay Classics
  • Wiener Philharmoniker (1995) Philips
  • Boston Symphony Orchestra (1998) Karna Musik
  • Staatskapelle Dresden (2002) Hänssler
  • Royal Concertgebouw Orchestra (feb. 2005) RCO <—- o CD que ora postamos
  • Royal Concertgebouw Orchestra (may. 2005) Karna Musik

E olha, ele aprendeu DIREITINHO!

Bruckner – Sinfonía Nº 8 – Haitink (RCO 120 años)

1. Symphony No. 8: I. Allegro moderato 16:40
2. Symphony No. 8: II. Scherzo: Allegro moderato 16:11
3. Symphony No. 8 III. Adagio: Feierlich langsam; doch nicht schleppend 28:03
4. Symphony No. 8: Finale : Feierlich, nicht schnell 24:34

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 1 e Canções de um Viandante (CD 1 de 16) (Bernstein)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 1 e Canções de um Viandante (CD 1 de 16) (Bernstein)

Como meu coração é mesmo grande, nele cabem muitos compositores que adoro com igual paixão. Mahler é um deles e já estava na hora de voltar a ele. FDP Bach já postou anteriormente a integral de suas sinfonias, mas vou refazê-la por um simples motivo: tenho a integral das sinfonias em 320 Kbps e sabemos: Mahler tem de ser ouvido em detalhes, com os pianissimi quase inaudíveis e os fortissimi de fazer as janelas gemerem, senão perde a graça. Mais: seus principais ciclos de canções — including A Canção da Terra — estão nesta coleção de 16 CDs da DG. O regente escolhido é o mesmo que FDP escolheu. Por que mudaria se concordo com ele?

A Sinfonia Nº 1 era originalmente um poema sinfônico baseado na péssima novela “Titan”, de Jean Paul. Depois, tornou-se Sinfonia Titan. O primeiro movimento é pura expectativa e energia. Bernstein o trata de modo estranho, cheio de maneirismos pouco comuns em outros regentes. Após este início, a coisa entra nos eixos. E como! O terceiro movimento é curiosamente uma variação em tom menor da canção Frère Jacques e descreve o enterro de um caçador, promovido pelos animais que ele costumava matar. Abaixo, deixo para vocês o texto da Wikipedia a respeito:

Histórico

A estréia da sinfonia ocorreu no dia 20 de Novembro de 1889, em Budapeste, sob a regência do próprio Mahler. Na ocasião, a sinfonia não foi bem recebida pelo público.

A Sinfonia 1 em Ré Maior é escrita para uma orquestra composta pelos seguintes instrumentos: 4 flautas (2 piccolos), 4 oboés (um corne inglês), 4 clarinetes, 3 fagotes (um contrafagote), 7 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, 4 tímpanos, pratos, triângulo, tam-tam, bombo, 1 harpa, 1 quinteto de cordas formado por: violinos, violas, cellos e baixos.

Um caso de amor do compositor durante sua juventude provavelmente serviu de inspiração para a criação da sinfonia. Contudo, ela é mais do que isso conforme explica o próprio Mahler numa carta para Max Marschalk, em 26 de Março de 1896: Gostaria que ficasse enfatizado ser a sinfonia maior do que o caso de amor que se baseia, ou melhor, que a precedeu, no que se refere à vida emocional do criador. O caso real tornou-se razão para a obra, mas não em absoluto, o significado real da mesma. (…) Assim como considero uma vulgaridade inventar música para se ajustar a um programa, também acho estéril dar um program para uma obra completa. O fato de a inspiração ou base de uma composição ser uma experiência de seu autor não altera as coisas.

Originalmente ela foi concebida para ser um grande poema sinfônico.

Mahler escreveu um programa para a sinfonia, após as primeiras apresentações, embora dissesse em várias ocasiões que acreditava que a música deveria falar por si mesma, sem a necessidade do apoio de um texto explicativo.

Características

Como costumava fazer com outras obras suas, Mahler revisou a Sinfonia 1, entre os anos de 1893 e 1896. A mudança mais significativa foi retirada de um movimento andante chamado “Blumine”, sobra de uma música incidental que Mahler tinha escrito para Der Trompeter von Säkkingen (1884). Em 1894, depois de três apresentações, Mahler descartou o movimento e só permaneceram as referências a ele no segundo motivo do finale.

O movimento “Blumine” só foi redescoberto em 1966, por Donald Mitchell. Benjamin Britten conduziu a primeira apresentação da Sinfonia 1 com o movimento “Blumine”, desde que ele tinha sido executado pela última vez por Mahler em Aldeburgh. As maiorias das apresentações modernas da sinfonia não incluem o “Blumine”, ainda que seja possível não raramente se deparar com execuções do movimento em separado. De forma análoga, poucas gravações da sinfonia 1 incluem o movimento.

A obra inclui vários temas de um ciclo de canções composto por Mahler entre 1883 e final de 1884 chamado: Lieder Eines fahrenden Gesellen (Canções de um Viajante). Existem influências também de Das klagend Lied (A Canção da Lamentação), completada por Mahler em 1 de Novembro de 1880 para participar de um concurso de 1881 conhecido como Prêmio Beethoven.

A Sinfonia 1 de Mahler é uma sinfonia primaveril, semelhante em alguns aspectos com a Sinfonia 1 de Robert Schumman. Ela não é contudo uma simples descrição visual da natureza. Ela reflete uma natureza sob os inocentes olhos de uma criança, que ao mesmo tempo toma consciência da fragilidade e da morbidez inerentes à condição humana.

Os movimentos

Na sua forma final a sinfonia, cuja duração aproximada é de 55 minutos, é formada por quatro movimentos distribuídos da seguinte forma:

1. Langsam, schleppend – Devagar, arrastando (~ 16 minutos)
2. Scherzo, Kraeftig bewegt – Poderosamente agitado (~ 8 minutos)
3. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen – Solene e moderado, sem se arrastar (~ 11 minutos)
4. Stuermisch bewegt – Agitado (~ 20 minutos)

A sinfonia inicia de forma misteriosa no primeiro movimento. Sons do cuco e de outros pássaros, representados musicalmente, anunciam o despertar da natureza e dão fim à tensão e às dúvidas. Um tema lírico segue.

O segundo movimento é um Landler-scherzo, parecido com os landlers de Anton Bruckner e de Haydn.

O terceiro movimento causou uma certa polêmica na época devido a sua aparente bizarrice. Adaptada como marcha fúnebre, é usada de forma paródica uma melodia infantil bastante conhecida, chamada em alguns países de Frère Jacques e em outros de Bruder Martin. A seu respeito Mahler escreveu no programa para os concertos em 1893 e 1894:

A idéia dessa peça veio ao autor por intermédio de uma gravura paródica conhecida por qualquer criança da Alemanha do Sul e intitulada “Os funerais do caçador”. Os animais da floresta acompanham o caixão do caçador morto; lebres empunham uma bandeira; à frente uma trupe de músicos boêmios acompanhados por instrumentistas gatos, corujas e corvos… Cervos, corças e outros habitantes da floresta, de pêlo ou pena, seguem o cortejo com fisionomias afetadas. A peça, com uma atmosfera ora ironicamente alegre, ora inquientante, é seguida de imediato pelo último movimento “d’all Inferno al Paradiso”, expressão súbita de um coração ferido no mais profundo de si…

O silêncio do terceiro movimento é abruptamente interrompido, de forma histérica, pela orquestra no quarto movimento. Conta-se que durante uma das primeiras apresentações da Sinfonia 1, uma senhora espantou-se e derrubou todos os objetos que carregava na mão.

Após alguns minutos a fúria inicial do último movimento é contida e cede lugar a uma melodia lírica. Os temas dos movimentos anteriores são lembrados. Perto do final, ocorre uma nova tempestade sonora, porém, ao contrário do início, que lembrava uma “luta”, agora o sentimento é de “triunfo”. Nesta parte Mahler pede para que os trompetistas da orquestra toquem de pé.

Na primeira postagem que fizemos da Sinfonia Nº 1, FDP Bach escreveu:

As opções de gravações das sinfonias de Mahler são inúmeras. Regentes como Bernstein chegaram a gravá-la duas vezes, enquanto outros não encaravam a totalidade, preferiam se concentrar em apenas algumas das sinfonias. Portanto, sei que muitos irão dizer que a “Titan” do Bernstein é superior à do Chailly, ou que a versão do Haitink é insuperável, ou que o atual menino de ouro da Filarmónica de Berlim, Simon Rattle é o cara, , ou que até mesmo a 9ª do Karajan, postada aqui há apenas alguns dias atrás é imbatível. Acatarei todas as opiniões, mas a versão que prevalecerá até o final é a do Bernstein, da DG. Os motivos que me levaram a escolhê-la são pessoais, mas baseados em diversas críticas altamente favoráveis, lidas nas mais variadas fontes. Até me dei ao trabalho de procurar uma biografia de Mahler entre as publicações brasileiras, mas infelizmente está tudo esgotado, até mesmo a autobiografia da Alma Mahler, publicada pela editora Martins Fontes nos anos 80, ou até mesmo a do Michael Kennedy, publicada pela Jorge Zahar Editor, também na mesma época. Em inglês as opções são múltiplas, basta fazer uma pesquisa no site da Livraria Cultura.

Esta introdução é necessária para alertá-los do tamanho da brincadeira a que estou me dedicando. Terei de conciliá-la com os estudos para um Concurso Público, para o qual estou me dedicando com total empenho. Portanto, se forem demorados os intervalos entre as postagens, peço para que considerem a situação a que os deixei cientes aí acima.

As gravadoras são pão-duras. Nas chamadas integrais destas sinfonias, as mesmas são divididas entre os cds. Exemplo: na versão do Chailly lançada pela DECCA, no final do cd em que se tem a primeira sinfonia, o espaço restante do cd é aproveitado para se colocar o primeiro movimento da 2ª, e assim por diante. Imagine como são os casos das sinfonias mais longas, como a 3ª, 6, 7, ou a 8ª… É uma confusão tremenda. E isso também acontece na gravação do Bernstein que irei postar.. Mas estou me dando ao trabalho de dividi-las devidamente (e viva o Sony Sound Forge). ´Seria sacanagem deixá-los esperando pela continuação num próximo cd. mas vamos ao que interessa.

CD1

Gustav Mahler – Sinfonia Nº 1 e Canções de um Viandante

Symphonie no. 1
01. Symphonie no. 1 – Langsam. Schleppend. Wie ein Naturlaut – Im Anfang sehr gemächlich
02. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell – Trio. Recht gemächlich
03. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
04. Stürmisch bewegt

Concertgebouw Orchestra
Leonard Bernstein

Lieder eines fahrenden Gesellen (Canções de um Viandante)
05. Wenn mein Schatz Hochzeit macht
06. Ging heut morgen übers Feld
07. Ich hab ein glühend Messer
08. Die zwei blauen Augen

Thomas Hampson: baritone
Wiener Philarmoniker
Leonard Bernstein

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Viram como eu sou bom pra caraglio?
Viram como eu sou bom pra caraglio?

PQP