Maurice Ravel (1875–1937): Música para Piano Solo (completa) (Gordon Fergus-Thompson)

Maurice Ravel (1875–1937): Música para Piano Solo (completa) (Gordon Fergus-Thompson)

Bio curtinha, retirada da Wikipedia:

Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875 – Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela sutileza, das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que considerava trivial e descreveu-o como “uma peça para orquestra sem música”.

Começou a manifestar interesse pela música aos 7 anos. Desde então dedicou-se ao estudo do piano, mas só começou a frequentar o Conservatório de Paris aos 14. Posteriormente, em 1895, passou a estudar só e retornou ao Conservatório em 1898, quando estudou composição com Gabriel Fauré. Concorreu no Prix de Rome, mas não foi bem sucedido.

Foi influenciado significativamente por Debussy, mas também por compositores anteriores, como Mozart, Liszt e Strauss, mas logo encontrou seu próprio estilo, que ficou, porém, marcado pelo Impressionismo.

É mundialmente conhecido pelo seu Bolero, ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo. A composição foi encomendada pela bailarina Ida Rubistein e estreou na Ópera de Paris em 1928.

Faleceu das conseqüências de um acidente de táxi ocorrido em 1932. Durante o período que precedeu a sua morte, havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta mas o seu corpo já não respondia adequadamente tendo sofrido de graves problemas motores.

Eu gosto muito da música orquestral de Ravel, mas não sou exatamente tarado por sua obra pianística. O Ravel que me interessa e que considero imortal é o notável orquestrador e compositor, não o de obras de câmara. FDP Bach já postou estas mesmas composições num CD duplo de Bavouzet. Eu acho que esta aqui é uma second choice. A postagem do FDP é superior. Mas a gente gosta de ouvir muita música e de variedade, não é assim?

Enjoy!

Maurice Ravel (1875–1937): Música para Piano Solo (completa) (Gordon Fergus-Thompson)

CD 1

1. Modere – Tres Franc (Valses Nobles Et Sentimentales)
2. Assez Lent (Valses Nobles Et Sentimentales)
3. Modere (Valses Nobles Et Sentimentales)
4. Assez Anime (Valses Nobles Et Sentimentales)
5. Presque Lent (Valses Nobles Et Sentimentales)
6. Vif (Valses Nobles Et Sentimentales)
7. Moins Vif (Valses Nobles Et Sentimentales)
8. Epilogue – Lent (Valses Nobles Et Sentimentales)
9. Ondine (Gaspard De La Nuit)
10. Le Gibet (Gaspard De La Nuit)
11. Scarbo (Gaspard De La Nuit)
12. Jeux D’eau
13. Prelude (Le Tombeau De Couperin)
14. Fugue (Le Tombeau De Couperin)
15. Forlane (Le Tombeau De Couperin)
16. Rigaudon (Le Tombeau De Couperin)
17. Menuet (Le Tombeau De Couperin)
18. Toccata (Le Tombeau De Couperin)

CD 2

1. Prelude Miroirs
2. Noctuelles
3. Oiseaux Tristes
4. Une Barque Sur L’ocean
5. Alborada De! Sracioso
6. La Vallee Des Cloches
7. Menuet Sur Le Nom De Haydn
8. Menuet Antique
9. Serenade Grotesque Sonatine
10. Modere
11. Mouvement De Menuet
12. Anime
13. Borodine (A La Maniere De…)
14. Emmanuel Chabrier (A La Maniere De…)
15. Pavane Pour Une Infante Defunte

Gordon Fergus-Thompson, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

A perfeita naturalidade de uma foto posada

PQP

The Island Of St. Hylarion – Music of Cyprus (1413-1422) (Ensemble Project Ars Nova — PAN)

The Island Of St. Hylarion – Music of Cyprus (1413-1422) (Ensemble Project Ars Nova — PAN)

Belíssimo e delicado disco da música antiga da ilha de Chipre. As sonoridades do Chipre dos inícios do século XV, recuperadas a partir de um manuscrito anônimo encontrado em uma biblioteca de Turim são absolutamente incríveis. A ilha foi invadida por Ricardo Coração de Leão em 1198 e, então, houve também a introdução da música polifônica na ilha. São impressionantes a pureza dos sons das vielas de roda, dos alaúdes, dos trompetes e dos três gêneros de vozes do CD – contratenor, tenor e mezzo-soprano. A variedade e qualidade da música cipriota – sob seus invasores ocidentais… – é surpreendente. Obrigatório para quem gosta de música antiga.

The Island Of St. Hylarion – Music of Cyprus (1413-1422)

1. Rondeau: Contre dolour (voice, harp)
2. Canonic rondeau: Tousjours (lute, harp, 2 vielles, corno muto)
3. Ballade: Aspre fortune (2 voices, vielle)
4. Ballade: Qui de fortune (2 vielles, lute)
5. Virelai: Je prens d’amour (voice, 2 vielles)
6. Bonne e belle (lute)
7. Rondeau: Qui n’a le cuer (2 voices)
8. Ballade: J’ai mon cuer (2 vielles)
9. Ballade: J’ai maintes fois (lute, harp)
10. Ballade: Moult fort me plaist (voice, 2 vielles, lute)
11. Danse d’Abroz (vielle, lute)
12. Ballade: Pymalion qui moult subtilz estoit (voice, lute, harp)
13. Motet: De magne Pater
Ballade: Si doucement (lute, harp, 2 vielles)
14. Antiphon: Anna parens matris (voices)
Motet: Alma parens natal / O Maria stella maris (3 voices, slide trumpet)
15. Antiphon: O Virgo virginum
Motet: O sacra virgo virginum / Tu nati nata suscipe (voices)
16. Antiphon: Hodie Christus natus est
Motet: Hodi peur nascitur / Homo mortalis firmiter (voices)

(1-13 Anonymous, from a Cyprus Manuscript
14-16 from the famous cycle of Cypriot “O” antiphons. )

Performers:
Michael Collver (countertenor, corno muto)
John Fleagle (tenor, harp)
Shira Kammen (vielle)
Laurie Monahan (mezzosoprano)
Crawford Young (lute)
Peter Becker (tenor)
Karen Clark-Young (mezzosoprano)
Randall Cook (vielle)
Steven Lundahl (slide trumpet)
Margaret Raines (mezzosoprano)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

La Serenissima no Chipre: ops! (1474/89)

PQP

.: interlúdio :. Pat Metheny Group: Offramp (1981)

.: interlúdio :. Pat Metheny Group: Offramp (1981)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Por incrível que pareça, nunca tínhamos postado este álbum antes. É um dos discos de jazz de que mais gosto. Na verdade, gosto dele desde a capa com um sugestivo, imenso e nada casual Turn Left. Se seus pontos altos são Au Lait e James, não podemos esquecer a merecida popularidade da sensacional bossanovista Are you Going with Me?, um dos poucos casos modernos onde a qualidade acompanhou as grandes vendas.

A guitarra sintetizada, marca registrada do Metheny dos primeiros anos está em todo o disco desde Barcarola e é decisiva em Are you Going with Me?. O pianista Lyle Mays dá tons aveludados a Au Lait, que traz Nana Vasconcelos percutindo, apitando e falando “Você é linda” e “Eu te amo tanto, tanto, tanto”, além de outras coisas. Poucos sabem que James é uma homenagem ao cantor e compositor James Taylor. Tema lindo, perfeito, relaxante, com novo show de Mays. Offramp é altamente melódico, mas, mesmo assim, nota-se aqui e ali a presença de um guitarrista que tem como mestres Ornette Coleman e o free jazz.

CD da ECM. Eu me entrego: Manfred Eicher, ich liebe dich.

Pat Metheny Group – Offramp

1. Barcarole [3:15]
(Metheny/Mays/Vasconcelos)
2. Are You Going With Me? [8:47]
(Metheny/Mays)
3. Au Lait [8:28]
(Metheny/Mays)
4. Eighteen [5:05]
(Metheny/Mays/Vasconcelos)
5. Offramp* [5:55]
(Metheny/Mays)
6. James [6:41]
(Metheny/Mays)
7. The Bat Part 2 [3:50]
(Metheny/Mays)

Pat Metheny – guitar synthesizer, guitar, synclavier guitar
Lyle Mays – piano, synthesizer, autoharp, organ, synclavier
Steve Rodby – acoustic & electric bass
Dan Gottlieb – drums
Nana Vansconcelos – percussion, voice, berimbau

Recorded October 1981 at Power Station, New York
Engineers: Jan Erik Kongshaug, *Gragg Lunsford
Assistant Engineer: Barry Bongiovi
Mixed at Talent Studio, Oslo
Mixing Engineer: Jan Erik Kongshaug
Produced by Manfred Eicher

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

A turma de Offramp

PQP

Dmitri Shostakovich (1906–1975): Sinfonias 2, 3, 12 & 13 “Babi Yar” (Andris Nelsons & Boston Symphony Orchestra)

Dmitri Shostakovich (1906–1975): Sinfonias 2, 3, 12 & 13 “Babi Yar” (Andris Nelsons & Boston Symphony Orchestra)

Estava escrito que o último álbum da integral de Nelsons e da Boston seria “estranho”, pois juntaria as três piores sinfonias de Shosta com uma indiscutível obra-prima.  Pois a Nº 2 e a 3 são irrevelantes, a 12 é um escorregão — nada contra um compositor escrever uma Sinfonia chamada O Ano de 1917 e dedicá-la À Memória de Lênin, até pelo contrário, o problema é que a música é ruim mesmo! — e então sim, chega a sob todos os aspectos notável Sinfonia Nº 13, Babi Yar. A gravação de Nelsons para a 13ª trai um enorme trabalho. Ele se esmerou mesmo! É difícil bater esta versão.

A Sinfonia Nº 13, Op. 113, para baixo solista, coro de baixos e grande orquestra foi composto por Dmitri Shostakovich em 1962. Consiste em cinco movimentos, cada um deles um cenário de um poema de Yevgeny Yevtushenko que descreve aspectos da história e da vida soviética. Embora a sinfonia seja comumente referida pelo apelido de Babi Yar, tal subtítulo não é utilizado na partitura manuscrita de Shostakovich. A Sinfonia foi concluída em 20 de julho de 1962 e apresentada pela primeira vez em Moscou em 18 de dezembro daquele ano. Kirill Kondrashin conduziu a estreia depois que Yevgeny Mravinsky amarelou.

A sinfonia consiste em cinco movimentos e é uma das mais perturbadoras, profundas e originais das muitas obras para orquestra de Dmitri Shostakovich. Ela lembra e lamenta um ato hediondo de assassinato em massa. Entre 1941 e 1943, durante a ocupação nazi da Ucrânia soviética, estima-se que mais de 100 mil pessoas, a maioria delas judeus, foram mortas por soldados nazistas, com a ajuda de membros da população local, numa ravina nos arredores de a capital ucraniana de Kiev, conhecida como “Babi yar” em russo e “Babyn yar” em ucraniano. Nos dois dias de 29 e 30 de setembro de 1941, cerca de 34 mil judeus foram massacrados. Desde que os fatos horríveis do massacre se tornaram conhecidos, o nome da ravina tornou-se sinónimo de anti-semitismo e racismo de todos os tipos.

Em “Babi Yar”, um poema de apenas noventa e dois versos, Yevtushenko transforma uma visita que fez ao local – que na altura não tinha sequer um monumento – numa denúncia eloquente e emocional do anti-semitismo na Rússia e noutros lugares. Adotando seu ponto de vista preferido na primeira pessoa, o poeta compara-se às vítimas de Babi Yar e a outros mártires judeus, incluindo Alfred Dreyfus e Anne Frank. “Estou tão velho hoje / Como todo o povo judeu. Agora pareço ser judeu.” Mas o que mais surpreendeu os leitores de Yevtushenko foi a acusação do poema de que os russos, e mesmo os cidadãos da URSS teoricamente socialista, anti-racista e igualitária, eram eles próprios culpados, até certo ponto, do virulento anti-semitismo praticado pelos nazis.

Oh você, meu querido povo russo!
Você é um povo internacional que conheço profundamente.
Mas muitas vezes aqueles com mãos sujas
mancharam ruidosamente o seu nome virtuoso.

Embora a maioria dos intelectuais russos conhecesse demasiado bem a longa e feia história do anti-semitismo nos impérios russo e soviético, poucos se atreveram a abordar este tema explosivo por escrito. Assim que leu o poema de Yevtushenko, Shostakovich decidiu musicá-lo. Embora o compositor, tal como o poeta, não fosse judeu, há muito que simpatizava com a difícil situação dos judeus na Rússia. Ele tinha experimentado em primeira mão o intenso anti-semitismo do regime soviético, especialmente durante os anos de Stalin, quando alguns dos seus amigos mais próximos foram vítimas de violenta perseguição e prisão devido à sua identidade judaica. No início de 1948, Solomon Mikhoels, renomada estrela do teatro iídiche soviético, principal figura cultural judaica do país e sogro do amigo íntimo de Shostakovich, o compositor Mieczyslaw Weinberg, foi assassinado por ordem de Stalin, o que foi feito de forma a parecer como um acidente de trânsito.

Naquele mesmo ano, Shostakovich musicou vários poemas folclóricos judaicos no comovente ciclo Da Poesia Folclórica Judaica , mas julgou o material tão politicamente sensível que a estreia foi feita apenas em 1955, após a morte de Stalin. Outras composições que incorporam referências à música e temas judaicos são o Concerto para violino nº 1 e o Quarteto de cordas nº 4, ambos compostos no final da década de 1940 e também impedidos de serem executados até depois da morte de Stalin. Para Shostakovich, os judeus tornaram-se um símbolo poderoso do seu próprio estatuto como artista/outsider tentando permanecer fiel a si mesmo enquanto vivia numa sociedade intolerante e repressiva.

No início, Shostakovich pretendia musicar apenas Babi Yar”. No final de abril de 1962, ele completou um “poema sinfônico” para baixo solo, baixo coro e orquestra baseado no poema. Mas Shostakovich ficou tão satisfeito com o resultado, e tão apaixonado pelo projeto, que acabou decidindo expandir a obra para uma sinfonia de cinco movimentos, cada movimento baseado em um poema de Yevtushenko. Numa carta ao seu amigo íntimo Isaak Glikman, professor do Conservatório de Leningrado, Shostakovich escreveu: “O que me atrai na poesia [de Yevtushenko] é a sua humanidade inegável. Toda a conversa sobre como ele é “descolado”, “um poeta boudoir”, é causada principalmente pela inveja. Ele é consideravelmente mais talentoso do que muitos de seus colegas que ocupam posições respeitáveis.”

Quatro dos poemas de Yevtushenko (“Babi Yar”, “Humor”, “Na Loja” e “Uma Carreira”) já haviam sido publicados. Para o quarto movimento, Yevtushenko concordou com o pedido de Shostakovich para um novo poema e produziu “Medos”. Embora “Babi Yar” seja o único dos poemas que aborda o anti-semitismo, os outros tratam claramente de outros problemas da URSS: a sua incapacidade de tolerar críticas (“Humor”), os fardos suportados por mulheres numa economia de escassez (“Na Loja”), o legado do terror stalinista (“Medos”) e a hipocrisia dos burocratas (“Uma Carreira”).

Como recordou numa entrevista de 1992, Yevtushenko ficou lisonjeado e surpreendido com a atenção do mais famoso compositor soviético, então no auge da sua fama e influência. “Não nos conhecíamos naquela época. Ele me telefonou e pediu, como ele disse, minha ‘gentil permissão’ para escrever música para ‘Babi Yar’. Fiquei surpreso com sua ligação e respondi: ‘Mas é claro, por favor.’ Ele respondeu alegremente: ‘Maravilhoso. A música já está escrita. Venha e ouça.’”

A Décima Terceira Sinfonia de Shostakovich não emprega a forma sinfônica convencional. Na verdade, se a obra pode realmente ser chamada de sinfonia é uma questão que críticos e musicólogos têm debatido há muito tempo, especialmente porque não faz uso da forma sonata em nenhum dos seus cinco movimentos. Como a musicóloga russa Marina Sabinina mostrou em seu excelente livro sobre as sinfonias de Shostakovich, a forma rondó domina a maior parte da estrutura musical. Esta peça altamente dramática – e até cinematográfica – aproxima-se, na sua forma, de um oratório ou cantata e demonstra a longa experiência do compositor na escrita para vozes, para palco e cinema. Talvez surpreendentemente, Shostakovich não faz uso de um motivo melódico unificador ligando as seções. O uso de vozes exclusivamente masculinas (solo e coral) em um estilo principalmente declamatório-recitativo liga a Décima Terceira Sinfonia às tradições da música folclórica, litúrgica e operística russa, e especialmente ao exemplo do herói pessoal de Shostakovich, Modest Mussorgsky, em tais obras como Canções e Danças da Morte e Boris Godunov. O resultado é uma textura musical e emocional de escuridão, profundidade, realismo e intensidade aterrorizantes.

Enormes e imponentes, carregados de pressentimentos e tristezas, os compassos de abertura soam como um vento frio soprando em um cemitério, mergulhando-nos imediatamente em um mundo de terrível sofrimento e injustiça. O uso frequente de sinos (ouvidos no primeiro e no último compassos) cria uma atmosfera quase religiosa, de réquiem. E, no entanto, há numerosos momentos alegres e sarcásticos, especialmente em “Humor” e “A Career”, que lembram o estilo fortemente irônico de “riso através das lágrimas” da ópera Lady Macbeth do distrito de Mtsensk . Como também é o caso de muitos dos quartetos de cordas posteriores de Shostakovich, a Sinfonia termina suave e liricamente, num espírito etéreo de arrependimento e perdão.

A estreia amplamente divulgada da Décima Terceira Sinfonia em Moscou, em 18 de dezembro de 1962, foi um evento seminal na história da cultura soviética. Durante os meses anteriores à estreia, Yevtushenko foi sujeito a duras críticas oficiais; até o líder soviético Nikita Khrushchev denunciou “Babi Yar” pelos seus sentimentos anti-soviéticos. Shostakovich foi convocado para uma reunião por funcionários do Partido descontentes com o tom perigosamente crítico dos textos e instados a cancelar a próxima apresentação. Mas desta vez, o compositor, por vezes maleável, recusou-se a ceder e Khrushchev permitiu que a estreia prosseguisse, em grande parte porque temia críticas vindas do estrangeiro, uma vez que muitos correspondentes e diplomatas estrangeiros estariam presentes. “Se depois da apresentação da Sinfonia o público vaiar e cuspir em mim, não tente me defender. Vou suportar tudo”, disse Shostakovich a Isaak Glikman de antemão.

Kirill Kondrashin, que dirigiu, mais tarde chamou a estreia de “um triunfo que quase causou uma manifestação política. No final do primeiro movimento o público começou a aplaudir e gritar histericamente. A atmosfera já estava tensa o suficiente e eu acenei para eles se acalmarem. Começamos a tocar o segundo movimento imediatamente, para não colocar Shostakovich em uma posição incômoda.” Embora tenha havido uma longa e estrondosa ovação de pé no salão no final da apresentação, a imprensa moscovita não publicou uma única palavra sobre a estreia, tendo sido ordenada pelo regime a permanecer em silêncio.

A polêmica também não terminou aí. Várias semanas após a estreia, Yevtushenko finalmente cedeu à intensa pressão oficial ao publicar uma versão alterada do texto de “Babi Yar” – aparentemente sem consultar primeiro Shostakovich. A nova versão suavizou o foco original mais acentuado nas vítimas do anti-semitismo, adicionando 40 novas linhas. A versão revisada substitui a identificação do poeta com velhos e crianças assassinados pelo patriotismo soviético convencional e pelo orgulho pela vitória sobre o fascismo. Como parecia certo que futuras apresentações e publicação da Sinfonia Nº 13 seriam proibidas, a menos que fossem feitas alterações correspondentes no texto das partes vocais, na partitura Shostakovich substituiu relutantemente oito versos da versão original de “Babi Yar” por oito do revisado. A mudança mais significativa ocorreu no início do texto. Os versos originais, cantados pelo solista do baixo (“Aqui pereço crucificado, na cruz, / e até hoje carrego as cicatrizes dos pregos”) foram substituídos por “Aqui jazem russos e ucranianos / Juntos na mesma terra”.

Esta versão foi apresentada em 10 e 11 de fevereiro de 1963 e publicada pela Muzyka State Publishers em 1984 no volume nove das Obras Coletadas Soviéticas oficiais de Shostakovich, embora a prática atual de publicação, gravação e performance restaure as linhas originais.

Dmitri Shostakovich (1906–1975): Sinfonias 2, 3, 12 & 13 (Andris Nelsons & Boston Symphony Orchestra)

CD1
Symphony No. 2 in B major op. 14 “To October”
Largo – Allegro molto – [12:07]
Chorus: My shli, my prosily raboty i khlyeba [07:18]
Tanglewood Festival Chorus
Chorus Master: James Burton

Symphony No. 3 in E flat major op. 20 “1st of May”
Allegretto – Più mosso – Allegro [10:49]
Andante [06:07] IG 1
Allegro – Andante – Largo – [12:24]
Moderato: V pervoye Pervoye maya [05:43]
Tanglewood Festival Chorus
Chorus Master: James Burton

CD2
Symphony No. 12 in D minor op. 112 “The Year 1917”
1. Revolutionary Petrograd: Moderato – Allegro – [15:08]
2. Razliv: Allegro – L’istesso tempo – Adagio – [14:03]
3. Aurora: L’istesso tempo – Allegro – [04:44]
4. The Dawn of Humanity: L’istesso tempo – Allegretto – Moderato [11:09]

CD3
Symphony No. 13 in B flat minor op. 113 “Babi Yar”
1. Babiy Yar (Babi Yar): Adagio [16:28]
2. Yumor (Humour): Allegretto [08:48] IG 2
3. V magazine (In the Store): Adagio – [14:02]
4. Strakhi (Fears): Largo [14:21]
5. Kar’year (Career): Allegretto [14:09]

Matthias Goerne, bass-baritone
Tenors and Basses of the
Tanglewood Festival Chorus
Chorus Master: James Burton
New England Conservatory Symphonic Choir
Chorus Master: Erica J. Washburn

Boston Symphony Orchestra
Andris Nelsons

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Foto do massacre de Babi Yar

PQP

Zbigniew Preisner (1955): Requiem for my friend (Preisner)

Faço coro aqui ao patrão PQP: a primeira obra de Preisner composta especificamente para as salas de concerto resulta num CD médio. A primeira parte é mais interessante, com seu conjunto instrumental e vocal enxuto e um sabor quase folclórico, particularmente no Lux Aeterna, meu movimento favorito. A segunda parte, “Life”, que dá a sensação de ter sido composta apenas para completar o CD, usa recursos maiores e também me pareceu  uma trilha sonora sem filme [Vassily]

É um CD médio. Não me impressionou muito. Parece uma trilha sonora sem filme.

Requiem for My Friend, for solo voices, string quartet, double bass, organ & percussion

1. Officium
2. Kyrie Eleison
3. Dies Irae
4. Offertorium
5. Sanctus
6. Agnus Dei
7. Lux Aeterna
8. Lacrimosaa
9. Epitaphium
10. The Beginning: Meeting
11. Discovering The World
12. Love
13. Destiny: Kai Kairos
14. Apocalypse: Ascende Huc
15. Veni Et Vidi
16. Qui Erat Et Qui Est
17. Lacrimosa-Day Of Tears
18. Postscriptum: Prayer

Piotr Janosik
Jacek Kaspszyk
Leszek Mozdzer
Elzbieta Towarnicka
Piotr Kusiewicz
Lukasz Syrnicki
Arkadiusz Kubica
Marek Mós
Roman Rewakowicz
Jacek Kaspszyk
Elzbieta Towarnicka

Warsaw Chamber Choir
Sinfonia Varsovia
Zbigniew Preisner

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Violin Concertos Nos. 1 and 2 (Kulka / Chee-Yun / Wit)

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Violin Concertos Nos. 1 and 2 (Kulka / Chee-Yun / Wit)

Dois concertos parrudos em um movimento do grande Penderecki! Nem todos os concertos para violino soam de forma semelhante. Você tem aqueles que expressam o lirismo romântico (Tchaikovsky, Brahms), aqueles que têm um toque de estranheza (Sibelius), as clássicos (Mozart), os barrocos (Vivaldi, Bach) e aqueles que apresentam harmonias modernas e selvagens (Bartók, Stravinsky). Basicamente, todos eles têm sons e atmosferas distintas. Os concertos para violino de Penderecki também possuem qualidades únicas. Estreados em 1977 (Nº 1) e 1995 (Nº 2, “Metamorphosen”). Ambos com duração de cerca de quarenta minutos, eles têm um único movimento em vez dos habituais três. Aqui, eles são tocados por Konstanty Kulka (n.º 1) e Chee-Yunn (n.º 2) com a PNRSO (Katowice), conduzida por Antoni Wit. Pendê é um dos mais importantes compositores dos últimos tempos, uma figura musical de efetivamente internacional. Suas obras estão gradualmente sendo ouvidas em todo o mundo graças a gravações como esta, que é excelente. Os Concertos são modernos e — tal como a música de Pendê se tornou a partir de 1980 — melódicos, embora com um caráter expressionista. Esta versão é intensa, sombriamente romântica e bastante bela, com sons que realçam os lindos cenários orquestrais e as falas dos solistas.

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Violin Concertos Nos. 1 and 2 (Kulka / Chee-Yun / Wit)

Penderecki, Krzysztof
Concerto for Violin and Orchestra No. 1
1 Concerto for Violin and Orchestra No. 1 39:16
Concerto for Violin and Orchestra No. 2, “Metamorphosen”
2 Concerto for Violin and Orchestra No. 2, “Metamorphosen’ 38:16

Total Playing Time: 01:17:32

Composer(s): Krzysztof Penderecki
Conductor(s): Antoni Wit
Orchestra(s): Polish National Radio Symphony Orchestra
Artist(s): Chee-Yun; Konstanty Andrzej Kulka

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Quem nunca teve um celular da Nokia?

PQP

Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Jobim, Krieger, Levy, Lorenzo Fernandez, Mignone, Nepomuceno, Pereira, Villa-Lobos: Danças Brasileiras (Minczuk)

Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Jobim, Krieger, Levy, Lorenzo Fernandez, Mignone, Nepomuceno, Pereira, Villa-Lobos: Danças Brasileiras (Minczuk)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Disco imperdível não apenas por ser brasileiro, mas pelo excelente repertório, pela qualidade da Osesp e pelo trabalho extraordinário do maestro Roberto Minczuk. Este panorama de Danças Brasileiras encontra seu ponto alto em Batuque, de Nepomuceno, na Congada de Mignone, no Batuque de Lorenzo Fernández, na bartokiana Passacalha de Edino Krieger, n`A Chegada Dos Candangos de Tom Jobim e em Mourão, de Clóvis Pereira e Guerra Peixe. Mas o restante não é esquecível. Gravado em 2003, este álbum é muito divertido, oferecendo músicas que são tocadas ocasionalmente, mas que raramente são reunidas para produzir uma hora de ritmos.  Algumas peças são desconhecidas. Por exemplo, A Chegada dos Candangos é um trecho da Sinfonia da Alvorada, uma das obras orquestrais negligenciadas de Tom Jobim.

Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Jobim, Krieger, Levy, Lorenzo Fernandez, Mignone, Nepomuceno, Pereira, Villa-Lobos: Danças Brasileiras (Minczuk)

1 Garatuja – Prelúdio
Composed By – Alberto Nepomuceno
8:55
2 Batuque
Composed By – Alberto Nepomuceno
3:39
3 Samba
Composed By – Alexandre Levy (2)
7:03
4 Dança Frenética
Composed By – Heitor Villa-Lobos
5:34
5 Congada
Composed By – Francisco Mignone
5:49
6 Batuque
Composed By – Oscar Lorenzo Fernández
3:54
Três Danças Para Orquestra
Composed By – Mozart Camargo Guarnieri
(8:48)
7 Dança Selvagem (Savage Dance) [No. 2] 1:43
8 Dança Negra (Negro Dance) [No. 3] 4:42
9 Dança Brasileira (Brazilian Dance) [No. 1] 2:13
10 Passacalha para o Novo Milênio
Composed By – Edino Krieger
7:07
11 A Chegada Dos Candangos
Composed By – Antonio Carlos Jobim
4:01
12 Mourão
Composed By – Clóvis Pereira, César Guerra Peixe
3:03

Conductor – Roberto Minczuk
Orchestra – Osesp — São Paulo Symphony Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): String Quartets Nos. 1 – 3 / Souvenir de Florence (Borodin Quartet, Yuri Yurov, Mikhail Milman)

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): String Quartets Nos. 1 – 3 / Souvenir de Florence (Borodin Quartet, Yuri Yurov, Mikhail Milman)

Esta bela coleção demonstra que Tchaikovsky foi um compositor essencialmente sinfônico, o que não chega a ser uma grande descoberta. As obras são boas e interessantes, mas em alguns momentos elas gritam por massa orquestral, não obstante todo o esforço e a (altíssima) qualidade do Borodin. E há uma falha grave neste CD: os engenheiros da Teldec concentraram-se nos violinos e esqueceram que um quarteto é um conjunto equilibrado e, portanto, viola e violoncelo não são apenas acompanhamento. Tal preconceito prejudica o resultado final e suprime a rica interação pela qual Borodin é conhecido. Por exemplo, na fuga do segundo quarteto, último movimento, o violoncelo é quase inaudível, pois os microfones só querem saber dos violinos. O resultado disso tem seu preço quando a acústica reverberante satura os microfones em alguns disparos poderosos. Ah, o sexteto Souvenir De Florence, tocado por russos, é outra história. Muito melhor.

Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893): String Quartets Nos. 1 – 3 / Souvenir de Florence (Borodin Quartet, Yuri Yurov, Mikhail Milman)

String Quartet No. 1 In D Major, Op. 11 (28:52)
1-1 Moderato E Semplice 10:45
1-2 Andante Cantabile 7:21
1-3 Scherzo: Allegro Non Tanto E Con Fuoco 3:59
1-4 Finale: Allegro Giusto 6:47

String Quartet In B Flat Major (13:22)
1-5 Adagio Misterioso – Allegro Con Moto – Adagio Misterioso 13:22

Souvenir De Florence, String Sextet In D Minor, Op. 70 (34:26)
1-6 Allegro Con Spirito 10:37
1-7 Adagio Cantabile E Con Moto 10:46
1-8 Allegretto Moderato 6:03
1-9 Allegro Vivace 7:00

String Quartet No. 2 In F Major, Op. 22 (35:31)
2-1 Adagio – Moderato Assai 11:42
2-2 Scherzo: Allegro Giusto 5:14
2-3 Andante Ma Non Tanto 12:44
2-4 Finale: Allegro Con Moto 5:52

String Quartet No. 3 In E Flar Minor, Op. 30 (38:16)
2-5 Andante Sostenuto 17:07
2-6 Allegretto Vivo E Scherzando 3:44
2-7 Andante Funebre E Dolorosa, Ma Con Moto 11:37
2-8 Finale: Allegro Non Troppo E Risoluto 5:48

Viola – Dmitri Shebalin, Yuri Yurov (faixas: 1-6 a 1-9)
Violin – Andrei Abramenkov, Mikhail Kopelman
Violoncelo – Mikhail Milman (faixas: 1-6 a 1-9), Valentin Berlinsky

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Tchai, o sinfônico.

PQP

Mendelssohn / Schumann: Concertos para Violino (Capuçon / Harding)

Nem com a maior boa vontade do mundo, alguém poderia classificar o Concerto Para Violino de Schumann como sendo um dos principais do gênero. Só em 1937 é que ele foi acrescentado à lista dos seus Concertos, uma vez que a sua viúva, Clara, juntamente com Brahms e Joachim, se recusaram a incluí-la entre as obras do compositor. Aqui, o esplêndido Renaud Capucon, com a excelente Orquestra de Câmara Mahler dirigida por Daniel Harding, pretende converter-nos a esta obra negligenciada. O primeiro movimento é pouco convincente, o segundo é ótimo, sublime até, conduzindo a um final que, novamente não é bem sucedido. Experimente, você vai ficar surpreso às vezes negativamente, mas ainda é a música de uma alma romântica que ainda tinha muito dentro de si. Lembrem-se de que Schumann ficou louco — como se dizia na época.

O Concerto de Mendelssohn, seguramente o mais gravado de todos os tempos, recebe outra execução linda que não chafurda nunca — refiro-me ao movimento lento onde certos executantes fazem algo bem brega. Aqui não, Capuçon vai direto ao ponto. Ela é uma música para sentar e fruir, o som é nítido e a orquestra toca demais.

Então você tem dois Concertos: um é um hit de todos os tempos, o outro é uma despedida.

Mendessohn / Schumann: Concertos para Violino (Capuçon / Harding)

Violin Concerto in E minor = E-moll = En Mi Mineur Op. 64
l Allegro Molto Appassionato 12:47
ll Andante – Allegretto Non Troppo 8:22
lll Allegro Molto Vivace 6:04

Violin Concerto In D Minor = D-moll = En Ré Mineur
l. In Kräftigem, Nicht Zu Schnellem Tempo 14:52
ll Langsam 6:16
lll Lebhaft, Doch Nicht Schnell 10:01

Conductor – Daniel Harding
Orchestra – Mahler Chamber Orchestra
Violin – Renaud Capuçon

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ele não tem cara de técnico de futebol?

PQP

Danze e musiche del Rinascimento Italiano (Piguet)

Danze e musiche del Rinascimento Italiano (Piguet)

Acho que eu já gostei mais da Música Antiga. Até os meus 40 anos, caçava discos com foco no Renascimento e que tais. Não sei o que houve. Talvez a tomada de poder pela Música Historicamente Informada tenha me acostumado aos sons mais antigos e agora eu queira música de verdade com eles e menos fius-fius e percussões naives. O fato é que este é um disco para o qual eu não estou mais preparado. O grupo de Zurich que interpreta as obras é muitíssimo bom. A Música Renascentista refere-se à música europeia escrita durante o período que abrange, aproximadamente, os anos de 1400 a 1600. A definição do início do período renascentista é complexa devido à falta de mudanças abruptas no pensamento musical do século XV. O processo pelo qual a música adquiriu características renascentistas foi gradual, não havendo um consenso entre os musicólogos, que têm demarcado seu começo tão cedo quanto 1300 até tão tarde quanto 1470. A música renascentista evoluiu a partir das bases da música medieval, e ao longo do período não se observam bruscas quebras de continuidade, mas sim uma prolongada e gradual transição de um predomínio absoluto da linha melódica horizontal em direção a novos parâmetros, marcados pela concepção da música em sucessivos acordes verticais encaixados dentro de compassos de ritmos invariáveis. Apesar de gradual, ao final do processo a mudança resultante é muito profunda. Assim, é impossível definir a música desta fase da história como um estilo unificado.

Danze e musiche del Rinascimento italiano

Giorgio Mainerio: Suite dal “Primo libro de balli”:
1. Pass’e mezzo della paganina
2. Putta nera ballo furlano
3. Tedesca 1
4. Tedesca 2
5. La lavandara gagliarda
6. Ungaresca
7. Giovanni Gabrieli: Canzon a 7
8. Giovanni Gabrieli: Canzon a 5
9. Giovanni Gabrieli: Canzon a 6
10. Giovanni Gastoldi: Capriccio a due voci
11. Vincenzo Galilei: Capriccio a due voci
12. Giovanni Gastoldi: Capriccio a due voci
13. Alessandro Orologio: Intrada a 5
14. Alessandro Orologio: Intrada a 5
15. Francesco Bendusi: Cortesa padana e frusta
16. Anonimo: Le forze d’Ercole e tripla
17. Vincenzo Ruffo: Capriccio ”Dormendo un giorno” (Verdelot)
18. Vincenzo Ruffo: Capriccio ”La gamba in basso e soprano”
19. Vincenzo Galilei: Contrappunto per due liuti
20. Francesco Canova da Milano – Johannes Matelart: Fantasia per due liuti
21. Luca Marenzio – Bassano: Tirsi morir volea
22. Sperindio Bartoldo: Petit fleur
23. Sperindio Bartoldo: Canzone francese

Performers:
Ensemble Ricercare di Zurigo – dir.Michel Piguet
Michel Piguet, Richard Erig, Renate Hildebrand,
Käte Wagner, Nils Ferber
(recorder, oboe, bassoon, crumhorn)
Anne van Royen, Anthony Bailes (lutes)
Jordi Savall, Adelheid Glatt (viole de gambe)
Martha Gmunder (spinet)
Dieter Dyk (percussions)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nego-me a dizer que pintura é esta. Mas digo que é do Renascimento Italiano.

PQP

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino / Variações sobre um Tema Rococó (Oistrakh, Kondrashin / Rostropovich, Rozhdestvensky)

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino / Variações sobre um Tema Rococó (Oistrakh, Kondrashin / Rostropovich, Rozhdestvensky)

Minha mulher é uma violinista russa e diz que o correto é falar Óistrach, com “ch” aspirado e “ó” discretinho. Tudo bem. Já a Mutter fala em crise dos violinistas. Ela afirma que hoje há melhores pianistas, violoncelistas, regentes, clarinetistas, flautistas, tudo!, mas não violinistas. Ela diz que todo mundo toca mais ou menos igual, sem ousadia. É uma multidão de gente correta, nada mais do que isso. Eu acho que James Ehnes supera a todos, mas isso sou eu, que não sou a maior influência musical nem dentro da minha casa. O fato é que o russo Oistrakh é mesmo um monumento. Mesmo através de uma gravação de 1957, nota-se que o cara é um deus. O som do Rococó de Rostrô —  gravado 6 anos depois — já é bem melhor. Só quero ver você encontrar registros mais satisfatórios do que estes da velha Melódia (parece que é assim que se diz). Ah, a música de Tchai… sim, é magnífica.

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino / Variações sobre um Tema Rococó (Oistrakh, Kondrashin / Rostropovich, Rozhdestvensky)

Violin Concerto In D Major Op. 35
1 Allegro Moderato 19:19
2 Canzonetta (Andante) 6:46
3 Finale (Allegro Vivacissimo) 9:49

Variations On A Rococo Theme Op. 33
4 Variations On A Rococo Theme For Cello And Orchestra Op. 33 18:47

Cello – Mstislav Rostropovich (tracks: 4)
Conductor – Gennadi Rozhdestvensky (tracks: 4), Kiril Kondrashin (tracks: 1, 2, 3)
Orchestra – Leningrad Philharmonic Orchestra (tracks: 4), USSR State Symphony Orchestra* (tracks: 1, 2, 3)
Violin – David Oistrach (tracks: 1, 2, 3)
Recorded in 1957, restored in 1971 (1,2,3) and 1963 (4)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Da esquerda para a direita: Rostrô, Oistrakh e mais dois caras aí…

PQP

C.P.E. Bach (1714-1788): Música de Câmara com Flauta Transversa (Helianthus Ensemble)

C.P.E. Bach (1714-1788): Música de Câmara com Flauta Transversa (Helianthus Ensemble)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é um grande CD! O repertório é excelente e a interpretação não lhe fica abaixo. Eu sou uma natureza fiel, então fico com pena de dizer que esta interpretação é melhor do que aquela que me apresentou a este repertório de Quartetos de CPE. Afinal, quem me apresentou foi um de meus ídolos: Christopher Hogwood, que tocou estas peças fazendo sua parte ao piano forte. Só que… sim, esta interpretação é superior.

Durante os últimos anos da sua vida, CPE, à semelhança do pai, não se interessou por seguir a moda ou o mercado, tendo como principal objetivo deixar à posteridade uma herança musical significativa. Numa carta escrita em 1787, ele declarou que havia concluído seu “trabalho para o público e agora desejava abandonar a pena”, até porque o desejo de ver publicadas certas obras que “lhe trariam honra após sua morte” havia sido satisfeito pela a publicação em 1786 do Zwey Litaneien Wq204 e em 1787 da cantata Die Auferstehung und Himmelfahrt Jesu Wq240. Os três quartetos deste disco, escritos depois, em 1788, último ano da sua vida e aparentemente sem encomenda, podem assim ser considerados as pérolas da produção de câmara do compositor, e um dos melhores frutos de um período de criatividade em que foi capaz expressar precisamente o que ele queria sem restrições. A escolha dos instrumentos é particularmente interessante – aliás, praticamente única como gênero e altamente original em termos de timbre. Estes belos quartetos são a manifestação mais pura e individual do seu gênio criativo.

C.P.E. Bach (1714-1788): Música de Câmara com Flauta Transversa (Helianthus Ensemble)

Quartet In A Minor Wq93 (H537) (1788) For Obbligato Harpsichord, Transverse Flute & Viola
1 I. Andantino 5:35
2 II. Largo E Sostenuto 3:31
3 III. Allegro Assai 4:38

Quartet In D Wq94 (H538) (1788) For Obbligato Harpsichord, Transverse Flute & Viola
4 I. Allegretto 4:44
5 II. Adagio (Sehr Langsam Und Ausgehalten) 3:18
6 III. Allegro Di Molto 5:08

Duet In E Minor Wq140 (H598) For Transverse Flute & Violin (Edited By The Author In Musikalisches Vielerley, Hamburg 1770)
7 I. Andante 1:50
8 II. Allegro 3:46
9 III. Allegretto 2:41

Quartet In G Wq95 (H539) (1788) For Obbligato Harpsichord, Transverse Flute & Viola
10 I. Allegretto 4:37
11 II. Adagio 2:47
12 III. Presto 5:28

Trio Sonata In A Wq146 (H570/H542) (1731-47) For Transverse Flute, Violin, Cello & Harpsichord
13 I. Allegretto 7:33
14 II. Andante 2:48
15 III. Vivace 4:40

Composed By – Carl Philipp Emanuel Bach
Ensemble – Helianthus Ensemble
Flute – Laura Pontecorvo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Laurinha Pontecorvo sorri para você dentro da Sala Côncava “Quasi una chiesa” da PQP Bach Corp. de Brescia.

PQP

Michael Praetorius (1571-1621): Dances from Terpsichore (1612) (Parley / Holman)

Michael Praetorius (1571-1621): Dances from Terpsichore (1612) (Parley / Holman)

Michael Praetorius (provavelmente 15 de fevereiro de 1571 – 15 de fevereiro de 1621) foi um compositor alemão, organista e ensaísta musical. Foi um dos mais versáteis compositores de sua época, sendo particularmente importante no desenvolvimento de formas musicais baseadas nos hinos protestantes.

Ao nascer, foi registrado como Michael Schultze, o caçula de um pastor luterano, em Creuzburg, na Alemanha. Após freqüentar a escola em Torgau e Zerbst, estudou divindade na Universidade de Frankfurt. Praetorius serviu como organista na Marienkirche em Frankfurt antes de trabalhar na corte em Wolfenbütte como organista e (desde 1604) como mestre-de-capela. De 1613 a 1616, trabalhou na corte da Saxônia, em Dresden, onde teve contato com a música italiana mais atual, inclusive as obras policorais da Escola Veneziana. Seu desenvolvimento subseqüente da forma do “concerto coral”, especialmente a variedade policoral, resultou diretamente de sua familiaridade com a música de venezianos como Giovanni Gabrieli. Michael Praetorius foi sepultado numa cripta sob o órgão da Igreja de Santa Maria em Wolfenbütten, Alemanha.

Seu nome de família aparece de formas variadas, tais como Schultze, Schulte, Schultheiss, Schulz and Schulteis. Praetorius é a forma latinizada do nome de família.

Praetorius foi um compositor tremendamente prolífero, tendo suas obras mostrado influência dos contemporâneos Samuel Scheidt and Heinrich Schütz, bem como dos italianos. Suas obras incluem a Musae sioniae (1605-10), de 9 volumes, uma coleção de cerca de 1000 corais e arranjos de canções; muitas outras obras para a igreja luterana; e Terpsichore (1612), um compêndio de cerca de 300 danças instrumentais, que é sua obra mais conhecida, bem como a única obra secular sobrevivente. Seu tratado de 3 volumes Syntagma Musicum I e o Syntagma Musicum de Organographia II (1614-20) são textos detalhados de práticas musicais contemporâneas e instrumentos musicais, e são documentos importantes para a musicologia, organologia e o estudo de performances de época.

(Fonte: Wikipedia, com alterações)

Este é um excelente CD, mas, tal como os comentaristas da Amazon, senti enorme falta das trompas, etc. Sobram violinos em obras que não são apenas para eles. Mesmo assim, trata-se de um CD de indiscutível qualidade. Sim, eu sei que o grupo de Peter Holman é de cordas, mas isso não muda muita coisa, certo?

Michael Praetorius (1571-1621): Dances from Terpsichore (1612)

1. Passameze, for 5 part instrumental ensemble (283)
2. Gaillarde, for 5 part instrumental ensemble (284)
3. Gaillarde, for 5 part instrumental ensemble (285)
4. Bransles, for 5 part instrumental ensemble (1)
5. Est ce Mars, for 4 lutes
6. Courante de Mars, for 4 lutes
7. Ballet, for four lutes
8. Ballet, for four lutes
9. Un jour de la semaine, for 4 lutes
10. Allons aux noces, for 4 lutes
11. Gaillarde, for 4 lutes
12. Pavane de Spaigne, for 4 part instrumental ensemble (Terpsichore, 30)
13. Spagnoletta (Terpischore, 27)
14. La Sarabande, for ensemble (Terpischore, 34)
15. La Canarie (Terpischore, 31)
16. Branse Simple, for 5 part instrumental ensemble (4)
17. Ballet, for 4 part instrumental ensemble (268)
18. Ballet du Roy pour sonner apres (Terpischore, 269)
19. Ballo del Gran Duca (from Novus Partus)
20. Une jeune fillette (from Novus partus)
21. Bransles de Villages
22. Bransles de Villages, for 5 part instrumental ensemble (Terpsichore, 14)
23. Courante (Wilson’s Wild), for violin, 2 violas, bass violin & 4 lutes (Terpsichore, 151)
24. Courante (Light of Love), for violin, 2 violas, bass violin & lutes (Terpsichore, 152)
25. Courante (Grimstock), for violin, 2 violas, bass violin & 4 lutes (Terpsichore, 154)
26. Mrs Winters Jump, fo lute, P 55
27. Packington’s Pound, courante
28. I Care Not for These Ladies for voice, lute & bass viol
29. Ballet des Baccanales (278)
30. Terpsichore Dances: Ballet des Feus (279) / Ballet des Matelotz (280) / Ballet des Coqs (254)
31. Courante (Battaglia), for 4 and 5-part violin band, 4 lutes, 4 guitars & drum (283)

The Parley of Instruments
Renaissance Violin Band
Peter Holman

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

This is the man
This is the man

PQP

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Nº 1 e 5 / Tenente Kijé / Marcha de “O Amor por Três Laranjas” (Gunzenhauser / Mogrelia)

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Nº 1 e 5 / Tenente Kijé / Marcha de “O Amor por Três Laranjas” (Gunzenhauser / Mogrelia)

Ora, ora, ora, uma repostagem? Não, meus caros amigos nada disso. A versão do Celibidache era a versão do Celibidache: lenta, tão lenta que não coube mais nada no CD. Aqui temos uma concepção diferente das Sinfonias Nº 1 e 5, bem dentro do habitual. Se ganhamos uma gravação boa, super-melodiosa e dentro dos padrões, perdemos algo da monumentalidade do Celi. E ganhamos uma versão completa do divertido “Tenente Kijé” e ainda a Marcha do “Amor por Três Laranjas”. Apesar da seriedade da Sinfonia Nº 5 parecer estranha ao resto do repertório, trata-se de um belo CD. A orquestra eslovaca que interpreta as obras mantém intacta a reputação do país de contar com conjuntos extraordinários.

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Nº 1 e 5 / Tenente Kijé / Marcha de “O Amor por Três Laranjas” (Gunzenhauser / Mogrelia)

1. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: I. Allegro 4:16
2. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: II. Larghetto 4:03
3. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: III. Non troppo allegro 1:27
4. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: IV. Molto vivace 4:21
Slovak Philharmonic Orchestra
Gunzenhauser, Stephen, Conductor

5. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: I. Andante 14:08
6. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: II. Allegro marcato 9:00
7. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: III. Adagio 13:33
8. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: IV. Allegro giocoso 10:41
Slovak Philharmonic Orchestra
Gunzenhauser, Stephen, Conductor

9. Lieutenant Kije, Op. 60: I. The Birth of Kije 4:10
10. Lieutenant Kije, Op. 60: II. Romance 4:48
11. Lieutenant Kije, Op. 60: III. Kije’s Wedding 2:57
12. Lieutenant Kije, Op. 60: IV. Troika 3:04
Slovak State Philharmonic Orchestra, Kosice
Mogrelia, Andrew, Conductor

13. The Love for Three Oranges Suite, Op. 33bis: No. 3: March
Slovak State Philharmonic Orchestra, Kosice
Mogrelia, Andrew, Conductor

Total Playing Time: 01:18:03

BAIXE AQUI -DOWNLOAD HERE

Nada mais russo

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Oratório de Natal, BWV 248 (Failoni / Oberfrank)

J. S. Bach (1685-1750): Oratório de Natal, BWV 248 (Failoni / Oberfrank)

Sou um traidor. Avisei para o grupo do PQP Bach que não publicaria nada relativo ao Natal, só que a caixinha deste álbum triplo cruzou na minha frente e eu me perguntei: por que não, né? É uma boa gravação, mas que não se compara com esta aqui nem com outras postadas no passado e que estão com os links quebrados (como a de Herreweghe). Ou como a desta sensacional versão de Harnoncourt que está com os links válidos.

Então é Natal. O Natal do pior ano de minha vida, mas a gente sempre pensa que vai melhorar. E vai.

Tchau, 2023. Nunca mais retorne!

Solitários,
decidimos que o formigueiro,
pisoteado e destruído,

seja reconstruído.
Por cada um de nós,
solitariamente.

J. S. Bach (1685-1750): Oratório de Natal, BWV 248 (Failoni / Oberfrank)

Christmas Oratorio, BWV 248,

Disc 1
Part I: Jauchzet, frohlocket, auf, preiset die Tage
1 Jauchzet, frohlocket, auf, preiset die Tage! (Chorus) 07:13
2 Recitative: Es begab sich aber, zu der Zeit (Evangelist) 01:18
3 Recitative: Nun wird der Held aus Davids Stamm (Alto) 00:46
4 Aria: Bereite dich, Zion (Alto) 05:15
5 Chorale: Wie soll ich dich empfangen (Chorus) 01:16
6 Recitative: Und sie gebar ihren ersten Sohn (Evangelist) 00:22
7 Chorale and Recitative: Er ist auf Erden kommen arm (Soprano, Bass) 02:45
8 Aria: Grosser Herr und starker Konig (Bass) 04:51
9 Chorale: Ach, mein herzliebes Jesulein! (Chorus) 01:04

Christmas Oratorio, BWV 248, Part II: Und es waren Hirten in derselben Gegend
10 Sinfonia 05:54
11 Recitative: Und es waren Hirten in derselben Gegend (Evangelist) 00:41
12 Chorale: Brich an, du schönes Morgenlicht (Chorus) 01:16
13 Recitative: Und der Engel sprach zu ihnen (Evangelist, Angel) 00:43
14 Recitative: Was Gott dem Abraham verheissen (Bass) 00:40
15 Aria: Frohe Hirten, eilt, ach eilet (Tenor) 04:09
16 Recitative: Und das habt zum Zeichen (Evangelist) 00:22
17 Chorale: Schaut hin! dort liegt im finstern Stall (Chorus) 00:46
18 Recitative: So geht denn hin! ihr Hirten geht (Bass) 00:49
19 Aria: Schlafe, mein Liebster, geniesse der Ruh (Alto) 09:22
20 Recitative: Und alsobald war da bei dem Engel… (Evangelist) 00:15
21 Ehre sei Gott in der Hohe (Chorus) 02:31
22 Recitative: So recht; ihr Engel, jauchzt und singet (Bass) 00:24
23 Chorale: Wir singen dir in deinem Heer (Chorus) 01:19

Disc 2
Christmas Oratorio, BWV 248, Part III: Herrscher der Himmels, erhore das Lallen
1 Herrscher des Himmels, erhore das Lallen (Chorus) 02:00
2 Recitative: Und da die Engel von ihnen gen Himmel führen (Evangelist) 00:11
3 Lasset uns nun gehen gen Bethlehem… (Chorus) 00:45
4 Recitative: Er hat sein Volk getrost’ (Bass) 00:41
5 Chorale: Dies hat er alles uns getan (Chorus) 01:00
6 Aria (Duet): Herr, dein Mitleid, dein Erbarmen (Soprano, Bass) 08:26
7 Recitative: Und sie kamen eilend (Evangelist) 01:12
8 Aria: Schliesse, mein Herze, dies selige Wunder (Alto) 04:51
9 Recitative: Ja, ja! mein Herz soll es bewahren (Alto) 00:21
10 Chorale: Ich will dich mit Fleiss bewahren (Chorus) 01:05
11 Recitative: Und die Hirten kehrten wieder um (Evangelist) 00:24
12 Chorale: Seid froh dieweil (Chorus) 00:57
13 Herrscher des Himmels, erhore das Lallen (Chorus) 02:12

Christmas Oratorio, BWV 248, Part IV: Fallt mit Danken, fallt mit Loben
14 Fallt mit Danken, fallt mit Loben (Chorus) 05:05
15 Recitative: Und da acht Tage um waren (Evangelist) 00:37
16 Recitative and Chorale: Immanuel, o susses Wort! (Bass, Soprano) 02:22
17 Aria: Flosst mein Heiland, flosst dein Namen… (Soprano) 06:15
18 Recitative: Wohlan! dein Name soll allein… (Bass and Soprano) 01:26
19 Aria: Ich will nur dir zu Ehren leben (Tenor) 05:12
20 Chorale: Jesus richte mein Beginnen (Chorus) 01:35

Disc 3
Christmas Oratorio, BWV 248, Part V: Ehre sei dir, Gott, gesungen
1 Part 5. Am Sonntag nach Neujahr: Coro 06:35
2 Recitative: Da Jesus geboren war zu Bethlehem… (Evangelist) 00:26
3 Chor und Recitative: Wo ist der neugeborne Konig der Juden? (Alto) 01:46
4 Chorale: Dein Glanz all Finsternis verzehrt (Chorus) 01:08
5 Aria: Erleucht auch meine finstre Sinnen (Bass) 04:08
6 Recitative: Da das der Konig Herodes horte (Evangelist) 00:15
7 Recitative: Warum wollt ihr erschrecken? (Alto) 00:32
8 Recitative: Und liess versammeln alle Hohenpriester (Evangelist) 01:13
9 Aria (Terzetto): Ach, wenn wird die Zeit erscheinen? (Soprano, Alto, Tenor) 05:57
10 Recitative: Mein Liebster herrschet schon (Alto) 00:23
11 Chorale: Zwar ist solche Herzensstube (Chorus) 01:27

Christmas Oratorio, BWV 248, Part VI: Herr, wenn die stolzen Feinde schnauben
12 Herr, wenn die stolzen Feinde schnauben (Chorus) 04:51
13 Recitative: Da berief Herodes die Weisen heimlich (Evangelist, Herodes) 00:43
14 Recitative: Du Falscher, suche nur den Herrn zu fallen (Soprano) 00:47
15 Aria: Nur ein Wink von seinen Handen (Soprano) 04:32
16 Recitative: Als sie nun den Konig gehoret hatten (Evangelist) 01:05
17 Chorale: Ich steh an deiner Krippen hier (Chorus) 01:16
18 Recitative: Und Gott befahl ihnen im Traum (Evangelist) 00:21
19 Recitative: So geht! Genug, mein Schatz geht nicht von hier (Tenor) 01:49
20 Aria: Nun mogt ihr stolzen Feinde schrecken (Tenor) 04:25
21 Recitative: Was will der Hollen Schrecken nun (Soprano, Alto, Tenor, Bass) 00:31
22 Chorale: Nun seid ihr wohl gerochen (Chorus) 03:21

Total Playing Time: 02:28:09

Lyricist(s): Franck, Johann; Gerhardt, Paul; Henrici, Christian Friedrich; Luther, Martin; Rist, Johann; Runge, Christoph; Weissel, Georg; Werner, Georg
Conductor(s): Oberfrank, Géza
Orchestra(s): Budapest Failoni Chamber Orchestra
Choir(s): Hungarian Radio Choir
Artist(s): Kertesi, Ingrid; Mukk, Jozsef; Nemeth, Judit; Tóth, Janos

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Adoração dos Magos por Albrecht Dürer (1504)

PQP

Berg / Chausson / Hindemith / Schoenberg: Infinite Voyage (Emerson String Quartet, Hannigan, Chamayou)

Berg / Chausson / Hindemith / Schoenberg: Infinite Voyage (Emerson String Quartet, Hannigan, Chamayou)

Após 47 anos como um dos principais quartetos de cordas do mundo, o Emerson deu seus últimos concertos neste mês de outubro de 2023. Uma pena. Este é seu último disco antes de se separarem e foi corajosamente construído em torno de um dos pilares do repertório do quarteto do século XX, uma obra que nunca tinham gravado antes. O Segundo Quarteto de Schoenberg é notável não apenas por incluir partes para soprano sobre poemas de Stefan George em seus dois movimentos finais, mas também como a peça em que ele deu seus primeiros e hesitantes passos no mundo desconhecido da atonalidade, embora em seus compassos finais a música retorne à segurança…

O Quarteto Op 3 de Alban Berg, concluído em 1910, dois anos depois do Segundo de seu professor Schoenberg, mas não publicado até 10 anos depois, é uma peça que funciona como complemento lógico, e os Emersons oferecem a ambas as obras performances calorosas e brilhantes, mais generosas do que muitas de suas anteriores. Barbara Hannigan é a soprano no Schoenberg, sua elegância precisa em cada frase é perfeitamente adaptada às linhas vocais intensamente expressivas, embora a gravação pareça colocar sua voz um pouco à frente.

Também há espaço no disco para mais algumas lindas raridades, ambas descobertas por Hannigan. Melancholie, de Hindemith, apresenta quatro poemas de Christian Morgenstern para soprano e quarteto. A obra foi composta durante os últimos anos da Primeira Guerra Mundial, quando a música de Hindemith estava muito mais próxima do mundo expressionista da Segunda Escola Vienense do que de seu próprio neoclassicismo posterior. Mas a verdadeira descoberta é Chanson Perpétuelle de Chausson, uma maravilha para soprano, quarteto e piano (Bertrand Chamayou aqui) sobre um poema de amor de Charles Cros, que, embora tenha menos de oito minutos de duração, parece encapsular todo um mundo de tragédia com intensidade operística.

Berg / Chausson / Hindemith / Schoenberg: Infinite Voyage (Emerson String Quartet, Hannigan, Chamayou)

Melancholie, Op. 13
Composed By – Paul Hindemith
1 Die Primeln Blühn Und Grüßen …
2 Nebelweben
3 Dunkler Tropfe
4 Traumwald

String Quartet, Op. 3
Composed By – Alban Berg
5 Langsam
6 Mäßige Viertel

7 Chanson Perpétuelle, Op. 37
Composed By – Ernest Chausson

String Quartet No. 2 In F Sharp Minor, Op. 10
Composed By – Arnold Schoenberg
8 Mäßig
9 Sehr Rasch
10 Litanei (Langsam)
11 Entrückung (Sehr Langsam)

Ensemble – Emerson String Quartet
Piano – Bertrand Chamayou (tracks: 7)
Soprano Vocals – Barbara Hannigan (tracks: 1 to 4, 7, 10, 11)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O Quarteto de Cordas Emerson com Barbara Hannigan e Bertrand Chamayou (segundo a partir da direita).

PQP

Zbigniew Preisner (1955): Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul)

Zbigniew Preisner (1955): Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul)

O que dizer? Um dos maiores filmes que vi e uma das melhores trilhas sonoras já compostas? Sim, é bom começo, é sincero. É um filme onde Juliette Binoche depara-se com toda a liberdade possível. Ela faz o papel de Julie, mulher de um importante compositor e regente francês que morre num acidente de carro. Com ele, morre também a única filha do casal. É uma liberdade de luto — incômoda, deprimente, indesejável, horrível. Junto a um amigo do casal, ela tenta finalizar uma composição para coro e orquestra que havia sido encomendada ao marido, a Canção pela Unificação da Europa, descobrirá detalhes da vida do marido e seguirá sua vida. Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul), de 1993, é um filme belíssimo e importante do cineasta polonês Krzysztof Kieslowski, o primeiro da Trilogia das Cores.

Zbigniew Preisner foi digno do filme. Deve ter trabalhado muito com Kieslowski, pois a música adapta-se ao filme — ou o filme a ela — de modo realmente arrepiante. Eu não consigo desgrudar o filme do CD da trilha sonora. A trilha faz parte do filme e gosto demais de ouvi-la para lembrar dele.

Zbigniew Preisner (1955): Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul)

1. Song for the Unification of Europe (Patrice’s version) 5:17
2. Van Den Budenmayer – Funeral music (winds) 2:05
3. Julie – Glimpses of Burial 0:32
4. Reprise – First appearance 0:34
5. The Battle of Carnival and Lent 0:59
6. Reprise – Julie with Olivier 0:51
7. Ellipsis 1 0:23
8. First flute 0:52
9. Julie – in her new apartment
10. Reprise – Julie on the stairs
11. Second flute 1:18
12. Ellipsis 2 0:23
13. Van Den Budenmayer – Funeral music (organ) 1:59
14. Van Den Budenmayer – Funeral music (full orchestra) 1:49
15. The Battle of Carnival and Lent II 0:44
16. Reprise – flute (closing credits version) 2:21
17. Ellipsis 3 0:25
19. Olivier and Julie – Trial composition 2:01
20. Olivier’s theme – finale 1:40
21. Bolero – Trailer for “Red” film 1:11
22. Song for the Unification of Europe (Julie’s version) 6:50
23. Closing credits 2:06
24. Reprise – organ 1:15
25. Bolero – “Red” film

Flute – Jacek Ostaszewski
Music By – Zbigniew Preisner
Piano – Konrad Mastylo*
Recorded By – Sinfonia Varsovia
Soprano Vocals – Elzbieta Towarnicka*
Vocals [Soloist] – Beata Rybotycka

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Uma tremendo filme com Juliette Binoche
Uma tremendo filme com Juliette Binoche

PQP

L’agonie Du Languedoc — Coleção Reflexe (Música medieval de primeira) (Claude Marti)

L’agonie Du Languedoc — Coleção Reflexe (Música medieval de primeira) (Claude Marti)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Já disse em minha última postagem: ando impossível. Tudo o tenho postado é absurdamente bom. Sim, é casual, pois estou apenas obedecendo a ordem dos CDs em minha pilha (crescente, crescente, sempre crescente). Este CD é tão bom que por anos foi objeto do desejo de mim e de meus amigos, isto desde os anos 70, quando apareceu a sensacional coleção REFLEXE, lançada pela EMI. Quando consegui o disco, fiquei louco de alegria. Baita LP (vinil) que, creio, nunca foi relançado em CD. Confiram a qualidade da coisa.

Languedoc foi uma antiga província da França que hoje integra parte da região Languedoc-Roussillon. No século XII, os habitantes do Languedoc, os Cátaros, foram considerados hereges pela Igreja Católica em razão de sua cultura singular, bem diferente da que a circundava: era uma área independente do Rei da França; nela falava-se o dialeto provençal, não o francês.

L’Agonie du Languedoc

Pèire Cardenal:
1. Tartarassa ni voutor
2. Ben volgra
3. Razos es qu’ieu m’esbaudei

Guilhelm Figueira
4. D’un sirventes far

Tomier et Palazi
5. Si col flacs moins torneja

Pèire Cardenal:
6. L’afar del comte Guió

Pèire Bremon Ricas Novas:
7. Ab marrimen

Bernart Sicart Marjevols:
8. Ab greu cossire

Studio der frühen Musik:
Andrea von Ramm (voice, organetto)
Richard Levitt (voice, percussions)
Sterling Jones (bowed instruments)
Thomas Binkley (plucked instruments)
Claude Marti (chanteur, reader)
Benjamin Bagby (voice)
Harlan Hokin (voice)
Alice Robbins (bowed instruments)
Paul O’Dette (plucked instruments)
Thomas Binkley, dir.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Imagem do Forte de Carcassonne, na França.
Imagem do Forte de Carcassonne, no Languedoc francês.

PQP

.: interlúdio :. John Surman & Jack DeJohnette: Invisible Nature (ao vivo)

.: interlúdio :. John Surman & Jack DeJohnette: Invisible Nature (ao vivo)

Invisible Nature é um álbum ao vivo do saxofonista inglês John Surman e do baterista norte-americano Jack DeJohnette, gravado em Tampere e Berlim em 1999. Quem segue o PQP sabe de minha tara por Surman. Bem, há cinco décadas, John e Jack encontram-se em Londres para jams regulares. Seu primeiro disco como dupla, The Amazing Adventures of Simon Simon, definiu um estilo espaçoso e aberto, quase de free jazz.

Os saxofones e o clarinete de Surman sempre tiveram um tom leve, de pássaro. Ele vibra, tece e mergulha no ar. DeJohnette é um baterista que usa suas habilidades com bom gosto e discrição. Ele se acomoda tranquilamente em Invisible Nature, até realiza isto com certo abandono em músicas como Rising Tide e Outback Spirits, ao lado das explorações proporcionalmente enérgicas de Surman. O CD oferece uma variedade idiossincrática de sons e abordagens. As melodias variam de sussurrantes a exploratórias, e a eletrônica expande a paleta de cada músico. Estas performances demonstram que DeJohnette e Surman têm um relacionamento intuitivo e aventureiro. Ao final de Fair Trade, Surman fala no fantastic Jack DeJohnette, Não há como não concordar. Surman também é.

(Relendo o que escrevi, acho que sugeri que o CD tem muita coisa eletrônica. É falso. Quase tudo é acústico).

.: interlúdio :. John Surman & Jack DeJohnette: Invisible Nature (ao vivo)

1 Mysterium 15:57
2 Rising Tide 9:32
3 Outback Spirits 12:30
4 Underground Movement 9:45
5 Ganges Groove 6:36
6 Fair Trade 11:21
7 Song For World Forgiveness 9:29

John Surman – soprano and baritone saxophones, bass clarinet, synthesizers
Jack DeJohnette – drums, electronic percussion, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Tielman Susato (c. 1510/15 – depois de 1570): Danserye 1551 (New London Consort, Pickett)

Tielman Susato (c. 1510/15 – depois de 1570): Danserye 1551 (New London Consort, Pickett)

Susato foi certamente um nome mágico em minha adolescência. Ouvir música do Renascimento era moda e, em meio daqueles autores anônimos ou de nomes estranhos, o do flamengo Susato era o que mais se repetia. Comecei a notar aquele autor, mas acho que nunca tinha visto ou procurado um CD com obras exclusivamente dele. A música do Renascimento saiu de moda e ele estava esquecido num canto da memória quando vi este CD dando sopa. O grupo de Philip Pickett torna Susato um tanto “sinfônico”, longe daqueles grupinhos dos anos 70, mas é um excelente disco da música do século XVI. Ele foi compositor e editor em Antuérpia. Ele escreveu (e publicou) vários livros de missas e motetos que seguem o estilo polifônico típico da época. Também escreveu dois livros de canções que foram projetadas especificamente para serem cantadas por cantores jovens e inexperientes. Susato também foi um prolífico compositor de música instrumental, e grande parte dela ainda é gravada e tocada hoje. Ele produziu um livro de música para dança em 1551, Het derde musyck boexken… alderhande danserye , composto de peças em arranjos simples, mas artísticos. A maioria dessas peças são formas de dança (alemandes , galliards e assim por diante). Adivinhe o que você ouvirá!

Tielman Susato (c. 1510/15 – depois de 1570): Danserye 1551 (New London Consort, Pickett)

1. Fanfare “La morisque” (4 trumpets, timpani)
2. Pass e Medio / Reprise “Le pingne” (2 violins, 3 viols, harpsichord, 4 lutes)
3. Bergerette “Sans Roch&quo;t / Reprise (2 cornetts, 4 sackbuts, rauschpfeife, 3 shawms, curtal, organ, regal, tabors, side drum, tambourine)
4. Den I. Ronde “Pour quoy” (2 violins, 3 viols, harpsichord, organ, tabors)
5. Den VII. Ronde “Il estoit une fillette” (7 recorders, curtal, organ, 5 guitars, side drum)
6. Den III. Ronde (4 viols, organ, tabors)
7. Den IV. Ronde (cornett, crumhorn, sackbut, curtal, organ, side drum)
8. Den V. Ronde “Wo bistu” (4 racketts, regal)
9. Den VI. Ronde / Saltarelle (violin, 4 viols, 7 recorders, curtal, harpsichord, organ, tabors)
10. Den XI. Ronde / Aliud (2 cornetts, 4 sackbuts, 2 violins, 4 viols, 7 recorders, curtal, regal, organ, harpsichord, 5 guitars, tabors, tambourine)
11. Bergerette “Dont vient cela” / Reprise (4 lutes)
12. Danse de Hercules oft maticine / De Matrigale (4 sorduns, regal, tabor)
13. De post (cornett, alto cornett, tenor cornett, serpent, organ, jingle bells)
14. Les quatre Branles (7 recorders, curtal, organ, 5 guitars, tambourine)
15. Fagot (4 curtals, regal)
16. Den Hoboeckendans (hurdy-gurdy, drone fiddle, cittern, curtal, contrabass viol, rommelpot)
17. Basse danse “Mon Desir” / Reprise “Le cueur est bon” (violin, bass viol, 3 lutes, organ)
18. Den I. Allemainge / Recoupe (cornett, 3 sackbuts, 2 violins, 4 viols, 7 recorders, curtal, organ, harpsichord, 4 lutes, bas drum, tabors)
19. Den II. Allemainge (4 lutes)
20. Den III. Allemainge (2 violins, 2 viols, harpsichord)
21. Den V. Allemainge (4 flutes, 5 guitars)
22. Den VI. Allemainge (4 crumhorns, regal, nakers)
23. Den VII. Allemainge (regal, nakers)
24. Den VIII. Allemainge / Recoupe / Recoupe Aliud (cornett, 3 sackbuts, 2 violins, 4 viols, 7 recorders, curtal, organ, harpsichord, 5 guitars, side drums, tabors)
25. Bergerette “La Brosse” (4 lutes)
26. Pavane “La Bataille” (2 cornetts, 4 sackbuts, serpent, rauschpfeife, 3 shawms, curtal, organ, regal, timpani, side drums)
27. Pavane “Mille regretz” (violin, 4 viols, 3 records, curtal, organ, 4 lutes, tabor)
28. Den II. Gaillarde (rauschpfeife, 3 shawms, curtal, regal, organ, tabor)
29. Den XI. Gaillarde (4 sackbuts, organ, tabor, bass drum)
30. Den IX. Gaillarde (4 flutes, 5 guitars, tabor)
31. Den IV. Gaillarde (violin, 4 viols, harpsichord, tabor)
32. Den VII. Gaillarde (7 recorders, curtal, organ, 5 guitars, tabor)
33. Den X. Gaillarde “Mille ducas” (4 crumhorns, contrabass rackett, regal, organ, tabors)
34. Den III. Gaillarde (2 cornetts, 4 sackbuts, organ, bass drum, tambourine)
35. Den XV. Gaillarde “Le tout” (2 cornetts, 3 sackbuts, 2 violins, 3 viols, 7 recorders, curtal, organ, regal, harpsichord, 5 guitars, tabor, side drum, bass drum, tambourine)
36. Danse du roy / Reprise (2 violins, 3 viols, harpsichord, organ, tabor, tambourine)
37. Entre du fol (gemshorn, rebec, cittern, contrabass viol, rommelpot, shaker)
38. La Morisque (2 cornetts, 4 sackbuts, 2 violins, 4 viols, rauschpfeife, 3 shawms, curtal, 3 recorders, organ, regal, harpsichord, 5 guitars, tabor, jingle bells, tambourine, cymbals)

New London Consort:

Alto Flute – Nancy Hadden
Alto Recorder – Catherine Latham, Pamela Thorby
Bass Flute – Keith McGowan
Bells [Jingle] – Alasdair Malloy
Cittern – Jacob Heringman
Composed By – Tielman Susato
Conductor – Philip Pickett
Cornett – Jeremy West, Michael Harrison (4), Michael Laird (2)
Cornett [Alto] – Michael Laird (2)
Cornett [Tenor] – Paul Nieman
Crumhorn [Alto] – Philip Pickett
Crumhorn [Bass] – Andrew Watts (2)
Crumhorn [Tenor] – Keith McGowan, William Lyons
Cymbal – Tim Barry (2)
Fiddle [Drone] – Pavlo Beznosiuk
Flute [Tenor] – Elizabeth Stanbridge, William Lyons
Gemshorn – Pamela Thorby
Guitar – David Miller (7), Jacob Heringman, Michael Fentross*, Paula Chateauneuf, Tom Finucane
Harpsichord – David Roblou, Paul Nicholson
Hurdy Gurdy – Nigel Eaton
Lute – David Miller (7), Jacob Heringman, Paula Chateauneuf, Tom Finucane
Organ – David Roblou, Richard Egarr
Performer [Alto Sordun] – Philip Pickett
Performer [Bass Curtal] – Andrew Watts (2), Keith McGowan, Penny Pay
Performer [Bass Rackett] – Penny Pay
Performer [Bass Sordun] – Penny Pay
Performer [Basset Rackett] – Andrew Watts (2)
Performer [Contrabass Rackett] – Keith McGowan
Performer [Contrabass Sordun] – Andrew Watts (2)
Performer [Nakers] – Stephen Henderson*
Performer [Rommelpot] – Stephen Henderson*
Performer [Tenor Curtal] – Philip Pickett
Performer [Tenor Rackett] – Philip Pickett
Performer [Tenor Sordun] – Keith McGowan
Rauschpfeife [Sopranino] – Keith McGowan
Rebec – Pavlo Beznosiuk
Recorder [Bass] – Elizabeth Stanbridge, Keith McGowan
Recorder [Contrabass] – Giles Lewin
Recorder [Garklein] – Pamela Thorby
Recorder [Sopranino] – Pamela Thorby
Recorder [Soprano] – Catherine Latham, Elizabeth Stanbridge, Pamela Thorby
Recorder [Tenor] – Penny Pay, William Lyons
Regal – David Roblou
Sackbut [Alto] – David Purser
Sackbut [Bass] – Ronald Bryans*
Sackbut [Tenor/Bass] – Kenneth Hamilton
Sackbut [Tenor] – Paul Nieman
Serpent – Stephen Wick
Shaker – William Lockhart
Shawm [Soprano] – Giles Lewin, William Lyons
Shawm [Tenor] – Penny Pay
Snare [Side Drum] – Alasdair Malloy, John Harrod (2), Norman Taylor (2), Stephen Henderson*, Tim Barry (2)
Tambourine [Tabor] – John Harrod (2), Stephen Henderson*, William Lockhart
Timpani – Stephen Henderson*, William Lockhart
Trumpet – Michael Harrison (4), Michael Laird (2), Phillip Bainbridge, Stephen Keavy
Viol [Bass] – Joanna Levine, Mark Levy
Viol [Tenor] – Susanna Pell
Violin [Renaissance] – Pavlo Beznosiuk, Rachel Podger
Violone [Contrabass Viol] – Peter McCarthy

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

De pintor flamengo Pieter Bruegel, o Velho (c. 1525-1530 – 1569) , A Dança de Casamento (1566)

PQP

.: interlúdio :. John Surman Quartet: Stranger Than Fiction

.: interlúdio :. John Surman Quartet: Stranger Than Fiction

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Alguém aí já deve ter notado que eu adoro John Surman. E é grande o número de downloads a cada postagem. O homem é mesmo espantoso. Este trabalho é muito mais jazzístico do que os últimos que postei. Não obstante, Surman segue interessado na música folclórica e religiosa da Inglaterra, mas desta vez dá-lhe outra feição. A banda é toda inglesa. O disco começa calma e livremente, com Canticle with response, de clara influência religiosa, e A distant spring. Fecha da mesma forma, com a totalmente improvisada Triptych, quase 15 minutos de interação altamente inteligente e empática entre os quatro músicos. No meio do disco há música vigorosa, incluindo Tess — Surman é um grande leitor, fã de Thomas Hardy — e Across the Bridge. Surman é sempre lírico e apaixonado. Muito estimulante. Dá-lhe.

John Surman Quartet: Stranger Than Fiction

1. Canticle With Response 6:09
2. A Distant Spring 7:42
3. Tess 6:39
4. Promising Horizons * 5:30
5. Across The Bridge 7:52
6. Moonshine Dancer 6:42
7. Running Sands 9:07
8. Triptych * 14:43

composed by Surman except * by Surman/Taylor/Laurence/Marshall

recorded December 1993, Rainbow Studio, Oslo

John Surman, baritone and soprano saxophones, alto and bass clarinets;
John Taylor, piano;
Chris Laurence, bass;
John Marshall, drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Surman esteve recentemente em Porto Alegre. E poderia ter dito sobre o início do show: “Entro sozinho e hipnotizo todo mundo” | Foto: Eduardo Quadro
Surman esteve recentemente em Porto Alegre. E ele poderia ter dito: “Entro sozinho e hipnotizo todo mundo” | Foto: Eduardo Quadros

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Uma piada musical, K.522 / Divertimento K. 136

W. A. Mozart (1756-1791): Uma piada musical, K.522 / Divertimento K. 136

Front_800Esta gravação foi encontrada por aí; não lembro onde. Trata-se de uma conversão de LP para MP3 tal quais muitas do Avicenna. E trata-se também de um tesouro. O divertido K. 522 é tão famoso quanto raro e a interpretação do grande Rudolf Barshai com a Orquestra de Câmara de Moscou vale o resgate. OK, o som não é tudo aquilo, mas e daí? O Divertimento K. 136 é bem mais gravado e é a melhor companhia para a genial brincadeira de Mozart. Uma joia para os pequepianos. Barshai foi um enorme regente. Confiram!

W.A.Mozart – Musical Joke K522, Divertimento No.1 in D K136

LP Conversion | MP3-320kbps

Contents:
W.A.Mozart (1756-1791)

Side 1
Musical Joke ‘The village musicians sextet’ (Village Symphony) in F major K.522
– 1. Allegro
– 2. Menuetto (Maestoso) – Trio
– 3. Adagio cantabile
– 4. Presto

Side 2
Divertimento No.1 for the string orchestra in D major K.136
– 1. Allegro
– 2. Andante
– 3. Presto
Melodija 1980

Moscow Chamber Orchestra
Rudolf Barshai

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Rudolf Barshai
Rudolf Barshai

PQP

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um dos melhores e mais belos discos que já ouvi! Algo verdadeiramente incrível! O barroco francês é período curioso, onde se encontram uma maioria de obras bastante entediantes misturadas a outras pepitas sensacionais. A obra de abertura La Sonnerie é um ostinato levado à frente por um Corelli enlouquecido. Talvez a melhor peça do CD seja Tombeau De Monsieur De Lully, obra absolutamente sentida e bela, mas que também parece fazer referências ao terrível caráter de Lully. O MAK, com seu líder Reinhard Goebel, são um dos pioneiros da Música Historicamente Informada e dá um show à parte neste CD de 1979.

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

1 La Sonnerie De Sainte-Geneviève Du Mont De Paris
Composed By – Marin Marais
7:50

Tombeau De Monsieur De Lully
Composed By – Jean-Féry Rebel
(15:51)
2 1. Lentement – Gravement 3:07
3 2. Vif – Marqué – Gai 1:59
4 3. Lentement – Doux – Récit – Grave 3:09
5 4. Doux – Récit – Vivement 4:33
6 5. Lentement – Gravement 3:03

Sonate << La Sultane >>
Composed By – François Couperin
(11:43)
7 1. Gravement 4:53
8 2. Gaiement 1:55
9 3. Air (Tendrement) – Gravement 3:05
10 4. Légèrement – Vivement 1:50

Sonate À La Marésienne
Composed By – Marin Marais
(13:53)
11 1. Un Peu Grave 1:47
12 2. Légèrement 1:39
13 3. Un Peu Gai 1:37
14 4. Sarabande 2:27
15 5. Très Vivement – 2:05
16 Gravement 2:06
17 6. Gigue 2:12

Ouverture, Op. 13, No. 2
Composed By – Jean-Marie LeClair
(13:28)
18 1. Grave – Allegro 6:03
19 2. Andante 4:53
20 3. Allegro 2:32

Ouverture (From: Trio In A Major, Op. 14)
Composed By – Jean-Marie LeClair
(8:50)
21 Gravement – Vivement 8:50

Cello [Violoncello] – Jaap ter Linden
Ensemble – Musica Antiqua Köln
Flute [Transverse Flute] – Wilbert Hazelzet
Harpsichord – Henk Bouman
Leader, Directed By – Reinhard Goebel
Viol [Viola Da Gamba] – Jonathan Cable
Viol [Viola Da Gamba], Violone – Charles Medlam
Viola – Karlheinz Steeb
Violin – Hajo Bäß, Reinhard Goebel

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Le Parnasse français: maquete de um projeto abandonado de monumento de Évrard Titon du Tillet para os jardins de Versalhes. Bronze e madeira, ambiente altivo 3 m. Realizado por Louis Garnier, Simon Curé e Augustin Pajou. Museu do Castelo de Versalhes, Inv: 6023. Terminado em 1762.

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este álbum triplo de 2023 já ganhou vários e merecidos prêmios. Kirill Petrenko, o novo regente da Filarmônica de Berlim, dá uma aula de como interpretar seu grande conterrâneo Shostakovich. O milagre que ele faz está nos detalhes que vão, pouco a pouco, iluminando as partituras. Kirill Petrenko é realmente genial, uma grande escolha dos músicos da Filarmônica.

Kirill Petrenko descreve a Oitava Sinfonia de Dmitri Shostakovich como um “grande drama psicológico”. O compositor escreveu-a enquanto a sua vida estava em perigo durante a Segunda Guerra Mundial: entre uma existência entre bombas nazistas e a censura stalinista. A Nona e a Décima também dão testemunho vívido do confronto de Shostakovich com o regime – e da sua auto-afirmação. Musicalmente, cada uma das três sinfonias é um mundo à parte – o que as une é o desejo de liberdade: num caso sussurrado a portas fechadas, noutro ironicamente distorcido, noutro gritado. A Oitava de Shostakovich entregou uma tragédia de sorriso forçado à autoridade ávida por hinos patrióticos. E apesar de toda a camuflagem, a obra foi proibida depois de alguns anos.

Com a sua Nona Sinfonia, o compositor deu então uma reviravolta surpreendente, de modo que teve de permanecer silencioso como sinfonista até depois da morte de Stalin – para sobreviver. Não só o significado tradicional do número 9, a NONA, mas também pelo fato de a guerra ter sido vencida, tendo levado o povo e os funcionários da União Soviética a esperar por uma grande celebração heróica. Em vez da redenção no final da guerra, Shostakovich viu as inúmeras vítimas – e a aproximação da próxima catástrofe. No tom distanciado da Primeira Escola Vienense e com uma alegria grotesca, a sua Nona Escola retrata um mundo circense que erguia um espelho distorcido do regime.

A Décima foi publicada após um hiato de oito anos, imediatamente após a morte de Stalin. Kirill Petrenko chama à obra em que o compositor se torna protagonista de a “libertação no seu trabalho artístico depois da Quinta”: o seu monograma em notas – DSCH – triunfa numa batalha feroz sobre a poderosa maquinaria da ditadura. A esperança de liberdade que está no final desta sinfonia tem grande atualidade como mensagem musical.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

Symphony No. 8 In C Minor, Op.65 (1:00:58)
CD1 1 1. Adagio – Allegro Non Troppo 25:12
CD1 2 2. Allegretto 6:10
CD1 3 3. Allegro Non Troppo – 6:01
CD1 4 4. Largo – 9:55
CD1 5 5. Allegretto 13:40

Symphony No. 9 In E Flat Major, Op.70 (26:02)
CD2 1 1. Allegro 5:10
CD2 2 2. Moderato 7:20
CD2 3 3. Presto – 2:44
CD2 4 4. Largo – 4:18
CD2 5 5. Allegretto 6:30

Symphony No. 10 In E Minor, Op.93 (51:00)
CD2 6 1. Moderato 23:07
CD2 7 2. Allegro 4:08
CD2 8 3. Allegretto 11:50
CD2 9 4. Andante – Allegro 11:55

Orquestra Filarmônica de Berlim
Kirill Petrenko

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Kirill Petrenko: esse veio para ficar. Que tremendo artista!

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

Este CD de 1985 é um discreto clássico da discografia bachiana. As Invenções e Sinfonias de Bach fazem parte da formação de todo tecladista. Valiosa instrução técnica e soberba originalidade são alguns de seus atributos. Escrita para seu filho mais velho, Wilhelm Friedmann (nascido em 1710), a diversidade temática e a ampla gama de ideias musicais são infinitas, um verdadeiro oceano. Esta versão de Kenneth Gilbert é linda. Bach intitulou a coleção:

Instrução direta para os amantes do cravo, especialmente àqueles desejosos de aprender. São mostrados de maneira clara não apenas (1) como aprender a tocar duas vozes claramente, mas também, após progresso adicional (2) a lidar corretamente e bem com três partes obrigatórias, além disso, ao mesmo tempo, a obter não apenas boas ideias, mas também executá-las bem. Acima de tudo, o aluno alcançará um estilo de tocar cantabile e, assim, adquirirá um forte gosto de composição.

Os dois grupos de 15 peças são organizados em ordem crescente de tonalidade , cada grupo abrangendo oito tonalidades maiores e sete tonalidades menores .

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

Fifteen Two-Part Inventions, BWV 772–786
1 Two-Part Invention In C Major BWV 772 1:31
2 Two-Part Invention In C Minor BWV 773 1:50
3 Two-Part Invention In D Major BWV 774 1:22
4 Two-Part Invention In D Minor BWV 775 0:58
5 Two-Part Invention In E Flat Major BWV 776 1:36
6 Two-Part Invention In E Major BWV 777 3:44
7 Two-Part Invention In E Minor BWV 778 1:31
8 Two-Part Invention In F Major BWV 779 0:58
9 Two-Part Invention In F Minor BWV 780 1:41
10 Two-Part Invention In G Major BWV 781 1:03
11 Two-Part Invention In G Minor BWV 782 1:11
12 Two-Part Invention In A Major BWV 783 1:44
13 Two-Part Invention In A Minor BWV 784 1:12
14 Two-Part Invention In B Flat Major BWV 785 1:35
15 Two-Part Invention In B Minor BWV 786 1:11

Fifteen Sinfonias (Three-Part Inventions), BWV 787–801
16 Three-Part Invention In C Major BWV 787 1:14
17 Three-Part Invention In C Minor BWV 788 2:14
18 Three-Part Invention In D Major BWV 789 1:34
19 Three-Part Invention In D Minor BWV 790 1:50
20 Three-Part Invention In E Flat Major BWV 791 2:06
21 Three-Part Invention In E Major BWV 792 1:15
22 Three-Part Invention In E Minor BWV 793 2:20
23 Three-Part Invention In F Major BWV 794 1:11
24 Three-Part Invention In F Minor BWV 795 3:09
25 Three-Part Invention In G Major BWV 796 1:09
26 Three-Part Invention In G Minor BWV 797 2:15
27 Three-Part Invention In A Major BWV 798 1:34
28 Three-Part Invention In A Minor BWV 799 1:53
29 Three-Part Invention In B Flat Major BWV 800 1:49
30 Three-Part Invention In B Minor BWV 801 1:37

Kenneth Gilbert, cravo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Gilbert feliz por finalmente ver este disco no PQP Bach

PQP