Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 41, 25 e 32 (Wordsworth)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 41, 25 e 32 (Wordsworth)

Duas notáveis sinfonias de Mozart e outra mais ou menos. A Júpiter é a Júpiter, né? É sua esplêndida última sinfonia e foi composta em circunstâncias incríveis. Geralmente, uma sinfonia leva meses para ser composta. Mozart, entretanto, durante o verão de 1788, compôs três sinfonias em menos de dois meses: a Sinfonia no 39 (K. 543) foi completada no dia 26 de junho; a Sinfonia no 40 (K. 550), em 25 de julho; e a Sinfonia no 41, “Júpiter” (K. 551), em 10 de agosto. Ao que tudo indica, as três não foram encomendadas por ninguém, mas Mozart raramente compunha sem um propósito. Em vista das dificuldades financeiras que passava na época, talvez ele estivesse planejando vendê-las a um editor ou executá-las em algum concerto em Viena.

Composta em apenas dois dias no final de 1773, quando Mozart tinha 17 anos, a espetacular Sinfonia nº 25 em Sol Menor, K.183 representa uma ruptura em relação às obras precedentes do compositor. Em sua perfeição, ela prenuncia suas últimas sinfonias. Seu estilo, cheio de fogo e paixão, é novo em Mozart. Lembra, porém, obras de Johann Christian Bach e Haydn deste mesmo período, conhecidas como Sinfonias Sturm und Drang (Tempestade e Tensão), por analogia ao movimento da literatura alemã.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 41, 25 e 32 (Wordsworth)

Sinfonia nº 41 em dó maior, K. 551, “Júpiter”
1 Allegro vivace 11:22
2 Andante Cantabile 11:24
3 Menuetto: Allegretto 4:45
4 Molto Allegro 9:34

Sinfonia nº 25 em sol menor, K. 183
5 Allegro Con Brio 7:41
6 Andante 3:49
7 Menuetto 3:26
8 Alegro 5:15

9 Sinfonia nº 32 em sol maior, K. 318 7:50

Maestro – Barry Wordsworth
Orquestra – Capela Istropolitana

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PQP

.: interlúdio :. Geri Allen, Charlie Haden & Paul Motian: Segments

.: interlúdio :. Geri Allen, Charlie Haden & Paul Motian: Segments

Um CD médio, principalmente se considerarmos o excepcional trio. Reeditado a partir da gravação original de 1989, Segments apresenta três dos melhores músicos de jazz modernos: a pianista Geri Allen, o baixista Charlie Haden e o baterista Paul Motian, todos falecidos. Na época, o trio tocava e gravava com frequência e a energia colaborativa que compartilhavam é às vezes palpável neste álbum. Juntamente com peças originais, eles executam versões de “Law Years” de Ornette Coleman, “Marmaduke” e “Segment” de Charlie Parker, juntamente com os clássicos “I’m All Smiles” e “You’ll Never Know”. Mas eu gosto mesmo é de “La Pasionaria”.

.: interlúdio :. Geri Allen, Charlie Haden & Paul Motian: Segments

Track List
01. Law Years 5:46
02. You’ll Never Know 5:00
03. Marmduke 4:42
04. Cabala / Drum Music 7:39
05. Home 4:30
06. I’m All Smiles 6:02
07. Segment 4:26
08. La Pasionaria 9:26
09. Rain 3:35

musicians
Geri Allen – piano
Charlie Haden – double bass
Paul Motian – drums

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Motian, allen e Haden

PQP

Henry Purcell (1659-1695): O Solitude (ou as canções que Purcell fez pra mim) (Lesne)

Henry Purcell (1659-1695): O Solitude (ou as canções que Purcell fez pra mim) (Lesne)

Não, não, esqueçam a bobagem acima. Sabem? Purcell tem uma belíssima coleção de canções, algo verdadeiramente esplêndido. Uma vez, em Porto Alegre, o Pro Cantione Antiqua ofereceu-nos um recital de canções cômicas de Purcell. Foi incrível aquilo, inesquecível. As pessoas riam a valer. Havia imitações de animais que eram verdadeiramente impagáveis, além de melodias que faziam a plateia sorrir mesmo sem entender perfeitamente seus conteúdos poéticos. Sem dúvida, algo de muito original.

Mas há também — e principalmente — as coleções líricas deste autor preferencialmente vocal. Mas parece que a escolha das canções deste disco destacou uma parte tão, mas tão obscura da série das centenas de canções de Purcell que ficou meio, assim, mais ou menos, entende?

Apesar disso, é fundamental dizer que o contratenor Gérard Lesne e Il Seminario Musicale cumprem um trabalho impecável ao interpretar a parte mais desconhecida das canções que Purcell fez para mim…

Henry Purcell (1659-1695): O Solitude

O solitude, my sweetest choice, Z406
If music be the food of love
The fatal hour comes on apace, Z421
What a sad fate is mine
While Thirsis, wrapp’d in downly sleep Z437
The Indian Queen: instrumental air
Distressed Innocence: Air lent
I attempt from Love’s sickness fly
Ask me to love no more, Z358
Beneath a dark and melancholy grove, Z461
If pray’rs and tears, Z380
Incassum Lesbia, incassum rogas (‘The Queen’s Epicedium’), Z383
In Cloris all soft charms agree, Z384
A thousand sev’ral ways I tried Z359
Intermède instrumental
Bacchus is a pow’r divine, Z360
Intermède instrumental
Intermède instrumental
Young Thirsis’ fate, Z473
An Evening Hymn ‘Now that the sun hath veiled his light’, Z193

Gérard Lesne, alto
Il Seminario Musicale

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Gérard Lesne descansando na cama da suíte do PQP Hotel de Paris

PQP

Henry Purcell, Georg Friedrich Händel, Joseph Haydn: To Saint Cecilia (Les Musiciens Du Louvre, Minkowski)

Henry Purcell, Georg Friedrich Händel, Joseph Haydn: To Saint Cecilia (Les Musiciens Du Louvre, Minkowski)

Roubo? Mas é claro! E digo de onde. Foi roubado do Átila do Prato Feito, um excelente blog. Tudo porque seduziu-me a ideia do CD duplo e o excelente conjunto que interpreta o repertório. O estranho é que não gostei muito da amada (por mim) Ode de Handel, levada um tanto em ponto morto, sem a densidade emocional que PQP exigiria em seus sonhos. Mas pensem bem: três Cecílias, três vezes a padroeira da música, uma vez por Purcell, depois por Handel e Haydn. Não, só roubando mesmo. Leiam o post do Átila, muito melhor do que aquilo que escrevo aqui.

Purcell, Handel e Haydn: To Saint Cecilia

Hail, bright Cecilia, Z 328 “Ode on St Cecilia’s Day” by Henry Purcell
1. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Symphony) 9:49
2. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Hail! Bright Cecilia!’) 4:03
3. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Hark, Each Tree’) 3:45
4. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Tis Nature’s Voice’) 4:28
5. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Soul of the World’) 2:07
6. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Thou Tun’st this World’) 5:11
7. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘With That Sublime Celestial Lay’) 2:49
8. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Wond’rous Machine’) 2:12
9. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘The Airy Violin’) 1:16
10. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (In Vain the Am’rous Flute’) 6:36
11. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘The Fife and All the Harmony of War’) 2:52
12. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Let These Amongst Themselves Contest’) 2:22
13. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Hail! Bright Cecilia!’) 4:09

Ode for St Cecilia’s Day, HWV 76 by George Frideric Handel
14. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (Overture: Larghetto e staccato – Allegro – Minuetto I – Minuetto II) 5:14
15. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘From Harmony’) 0:30
16. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘When Nature’) 2:54
17. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘From Harmony’) 3:17
18. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘What Passion Cannot Music Raise’) 10:12
19. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘The Trumpet’s Loud Clangor’) 3:12
20. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (March) 1:39

Disc 2:
1. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘The Soft Complaining Flute’) 6:28
2. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘Sharp Violins Proclaim’) 3:34
3. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘But Oh! What Art Can Teach’) 5:43
4. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘Orpheus Could Lead’) 1:29
5. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘But Bright Cecilia’) 0:54
6. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘As From the Pow’r of Sacred lays’) 7:52

Missa Cellensis in honorem, H 22 no 5 “Cäcilienmesse” by Franz Joseph Haydn
7. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Kyrie I’) 3:09
8. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Christe’) 3:02
9. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Kyrie II’) 2:51
10. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Gloria In Excelsis Deo’) 2:37
11. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Laudamus Te’) (‘Laudamus Te’) 3:35
12. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Gratias Agimus Tibi’) (‘Gratias Agimus Tibi’) 2:49
13. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Domine Deus’) 5:03
14. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Qui Tollis Peccata Mundi’) 5:15
15. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Quoniam Tu Solus Sanctus’) (‘Quoniam Tu Solus Sanctus’) 2:53
16. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Cum Sancto Spiritu’) (‘Cum Sancto Spiritu’) 0:27
17. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘In Gloria Dei Patris’) (‘In Gloria Dei Patris’) 3:03
18. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Et Incarnatus Est’) (‘Et Incarnatus Est’) 8:33
19. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Et Resurrexit’) (‘Et Resurrexit’) 4:36

Anders J. Dahlin (Tenor)
Lucy Crowe (Soprano)
Richard Croft (Tenor)
Nathalie Stutzmann (Alto)
David Bates (Countertenor)
Luca Tittoto (Bass)
Neil Baker (Baritone)

Regência: Marc Minkowski
Les Musiciens du Louvre
Choeur des Musiciens du Louvre

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Mendelssohn não sabe o que está fazendo aqui.

PQP

Chopin / Rachmaninov: Sonatas para Piano Nº 2 + Berceuse + Barcarolle (Grimaud)

Chopin / Rachmaninov: Sonatas para Piano Nº 2 + Berceuse + Barcarolle (Grimaud)

Vi Pollini tocar a Sonata Nº 2, a da Marcha Fúnebre,
dias após a morte de Claudio Abbado. Ele dedicou a interpretação a seu amigo e o que aconteceu depois foi uma coisa do outro mundo. Claro que Grimaud não é culpada disso, mas aquele recital reverbera até hoje em meus ouvidos. O que ela faz está OK, mas Pollini é quem tem uma das gravações de referência, não ela. Hélène Grimaud é uma mulher de fortes ideais.  Como pianista, frequentemente divide o público. Este disco é bastante bom, apesar do Rachmaninov, embora eu realmente pudesse passar sem a vocalização semelhante a de Glenn Gould. Não sei por que os produtores de discos não mandam os artistas ficarem quietos na frente dos microfones. Limite-se a fazer cócegas nos marfins, Hélène. O ponto alto do CD são os Chopins, claro. Esqueça Rach.

Chopin / Rachmaninov: Sonatas para Piano Nº 2 + Berceuse + Barcarolle (Grimaud)

Frédéric Chopin Piano Sonata No. 2 In B Flat Minor, Op. 35 (25:20)
1 – Grave – Doppio Movimento 7:32
2 – Scherzo 6:43
3 – Marche Funèbre. Lento 9:24
4 – Finale. Presto 1:41

Sergei Rachmaninov* Piano Sonata No. 2 In B Minor, Op. 36 (23:13)
5 – Allegro Agitato 9:49
6 – Non Allegro – Lento 7:25
7 – L’istesso Tempo – Allegro Molto 5:59

8 Frédéric Chopin– Berceuse In D Flat Major, Op. 57 5:00

9 Frédéric Chopin– Barcarolle In F Sharp Major, Op. 60 8:33

Piano – Hélène Grimaud

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Cuidado! Ela é faca na bota!

PQP

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonatas & Rondos (Hamelin)

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonatas & Rondos (Hamelin)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Marc-André Hamelin é, atual e merecidamente, um dos maiores nomes do piano. De habilidade miraculosa, não é um pianista que se apoie apenas em seu virtuosismo, também interpreta com senso de estilo seu material preferido, o das obras complicadas…

Neste CD duplo, ele se debruça sobre o estranho CPE Bach, compositor que tem o vanguardismo no sangue. O CD é sensacional e intrigante. Como disse o crítico da Gramophone, certos artistas parecem encontrar um portal secreto como o de Quero ser John Malkovich e entram nos cérebros de cada compositor que tocam. Marc-André Hamelin certamente está entre eles. E quando o cérebro é o do dissidente da dinastia Bach, Carl Philipp Emanuel, podemos esperar coisas extraordinárias. Com uma música enraizada no legado de seu pai, mas tão distante quanto Brahms e Schumann, CPE é uma daquelas figuras que desafiam a visão linear da história da música. Os dois discos generosamente preenchidos de Hamelin são um argumento forte não apenas para o significado histórico do compositor, mas também mostram que apenas o piano moderno serve a seus vôos ilimitados de imaginação e justaposições inquietantes. Neste Hamelin se junta a Danny Driver (2 posts diferentes) e Mikhail Pletnev (DG) entre os mais distintos pianistas modernos e enfrentarem CPE. Entre as peças de personagens da seleção de Hamelin, destaca-se o maluco L’Aly Rupalich (H95), trazido à vida aqui com muito entusiasmo e inteligência. É possível ouvir esta peça sem mexer o corpo? Eu duvido. Ao longo do programa, o deleite e o prazer de Hamelin são altamente contagiantes. O ensaio informativo do livreto é de Mahan Esfahani, ele próprio um expoente experiente de CPE Bach no cravo. Resumindo, não consigo pensar em uma introdução melhor a CPE Bach no piano moderno do que esses dois alegres discos.

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonatas & Rondos (Hamelin)

CD1
Sonata in A minor H247 Wq57/2[9’21]
1 Allegro[3’23]
2 Andante[1’50]
3 Allegro di molto[4’08]
4 Rondo in E major H265 Wq57/1[8’07]

Fantasia in C major H291 Wq61/6[6’07]
5 Presto di molto[0’38]
6 Andante[1’30]
7 Presto di molto[0’40]
8 Larghetto sostenuto[2’00]
9 Presto di molto[1’19]

Sonata in E minor H66 Wq62/12[15’49]
10 Allemande[2’51]
11 Courante[2’21]
12 Sarabande[3’42]
13 Menuet[4’37]
14 Gigue[2’18]

15 Abschied von meinem Silbermannischen Claviere, in einem Rondo H272 Wq66[7’56]

Arioso with 9 variations in C major H259 Wq118/10[13’38]
16 Arioso[1’18]
17 Variation 1[1’17]
18 Variation 2[1’06]
19 Variation 3[1’18]
20 Variation 4[1’16]
21 Variation 5[1’07]
22 Variation 6[1’18]
23 Variation 7[1’51]
24 Variation 8[1’31]
25 Variation 9[1’36]

26 March in G major BWVAnh124[1’22]

27 Solfeggio in C minor H220 Wq117/2[0’59]

CD2
28 Rondo in C minor H283 Wq59/4[4’40]

Sonata in F minor H173 Wq57/6[12’45]
29 Allegro assai[3’30]
30 Andante[4’16]
31 Andantino grazioso[4’59]
32 L’Aly Rupalich H95 Wq117/27[2’48]

Sonata in D major H286 Wq61/2[5’12]
33 Allegro di molto[2’19]
34 Allegretto[1’16]
35 Presto di molto[1’37]

Sonata in A flat major H31 Wq49/2[14’11]
36 Un poco allegro[6’11]
37 Adagio[4’01]
38 Allegro[3’59]
39 Rondo in B flat major H267 Wq58/5[5’14]

Sonata in E minor H281 Wq59/1[7’29]
40 Presto[3’24]
41 Adagio[1’37]
42 Andantino[2’28]

43 La complaisante H109 Wq117/28[2’55]

44 Rondo in E major H274 Wq58/3[4’06]

Freie Fantasie fürs Clavier in F sharp minor H300 Wq67[12’16]
45 Adagio[2’32]
46 Allegretto[0’43]
47 Largo[1’17]
48 Adagio[1’20]
49 Largo[1’54]
50 Adagio[1’54]
51 Allegretto[0’41]
52 Adagio[0’53]
53 Allegretto[0’32]
54 Largo[0’30]

55 L’Herrmann H92 Wq117/23[2’53]

56 La Prinzette H91 Wq117/21[2’46]

Marc-André Hamelin (piano)

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É, pra bonito não serve

PQP

Robert Schumann (1810-1856): Música de Câmara Completa (CDs 4, 5 e 6 de 6)

Robert Schumann (1810-1856): Música de Câmara Completa (CDs 4, 5 e 6 de 6)

Texto de 2008…

Estes CDs já estavam há alguns dias disponíveis, mas eu não conseguia tempo para vir aqui e organizar as coisas. Como agora estou saindo para o GreNal, não terei tempo de grandes textos a respeito de algumas destas músicas que realmente amo. Por exemplo, a Sonata para Violino e Piano Nº2. Há homenagem maior a papai do que seu primeiro movimento? E o Dolce semplice que me deixa perto das lágrimas a cada audição? E os quartetos 2 e 3? E o belíssimo Adagio & Allegro para trompa e piano? Dizer o quê? Que precisamos ganhar do Grêmio para mantermos acesa a chama — em verdade um pau de fósforo queimado pela metade — da Libertadores? Bom, vocês já sabem. A gravação é excelente, demonstrando que há franceses que são tão bons que parecem alemães. Devem ter nascido na Alsácia Lorena, né?

Schumann – Música de Câmara Completa

CD 4

# Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121
# String Quartets (3), Op. 41 No 1 in A minor

36. Schumann : Violin Sonata No.2 in D minor Op.121 : I Un poco lento
35. Schumann : Violin Sonata No.2 in D minor Op.121 : II Molto animato
34. Schumann : Violin Sonata No.2 in D minor Op.121 : III Dolce semplice
33. Schumann : Violin Sonata No.2 in D minor Op.121 : IV Animato

32. Schumann : String Quartet No.1 in A minor Op.41 No.1 : I Introduzione – Andante espressiveo – Allegro
31. Schumann : String Quartet No.1 in A minor Op.41 No.1 : II Scherzo – Presto – Intermezzo
30. Schumann : String Quartet No.1 in A minor Op.41 No.1 : III Adagio
29. Schumann : String Quartet No.1 in A minor Op.41 No.1 : IV Presto

Jean Hubeau, piano
Jean Moulliere, violin
Quatuor Via Nova

CD 5

# String Quartets (3), Op. 41 No 2 in F minor
# String Quartets (3), Op. 41 No 3 in A minor
# 5 Stücke im Volkston for cello & piano, Op. 102

28. Schumann : String Quartet No.2 in F major Op.41 No.2 : I Allegro vivace
27. Schumann : String Quartet No.2 in F major Op.41 No.2 : II Andante, quasi variazioni
26. Schumann : String Quartet No.2 in F major Op.41 No.2 : III Scherzo – Presto
25. Schumann : String Quartet No.2 in F major Op.41 No.2 : IV Allegro molto vivace

24. Schumann : String Quartet No.3 in A major Op.41 No.3 : I Andante espressivo – Allegro molto moderato
23. Schumann : String Quartet No.3 in A major Op.41 No.3 : II Assai agitato – Un poco adagio – Tempo risoluto
22. Schumann : String Quartet No.3 in A major Op.41 No.3 : III Adagio molto
21. Schumann : String Quartet No.3 in A major Op.41 No.3 : IV Finale – Allegro molto vivace

20. Schumann : 5 Stücke im Volkston Op.102 : I Mit Humor
19. Schumann : 5 Stücke im Volkston Op.102 : II Langsam
18. Schumann : 5 Stücke im Volkston Op.102 : III Nicht schnell
17. Schumann : 5 Stücke im Volkston Op.102 : IV Nicht zu rasch
16. Schumann : 5 Stücke im Volkston Op.102 : V Stark und markiert

Quatuor Via Nova
Frederic Lodeon, cello
David Hovora, piano

CD 6

# Adagio & Allegro for horn & piano in A flat major, Op. 70
# Märchenbilder for viola & piano, Op. 113
# 3 Romances for oboe & piano, Op. 94
# Märchenerzählungen for clarinet, viola & piano, Op. 132
# Phantasiestücke for clarinet & piano, Op. 73

15. Schumann : Adagio & Allegro in A flat major Op. 70

14. Schumann : Märchenbilder Op.113 : I Nicht schnell
13. Schumann : Märchenbilder Op.113 : II Lebhaft
12. Schumann : Märchenbilder Op.113 : III Rasch
11. Schumann : Märchenbilder Op.113 : IV Langsam

10. Schumann : 3 Romances Op.94 : I Nicht schnell
09. Schumann : 3 Romances Op.94 : II Einfach, innig
08. Schumann : 3 Romances Op.94 : III Nicht schnell

07. Schumann : Märchenerzählungen Op.132 : I Lebhaft, nicht zu schnell
06. Schumann : Märchenerzählungen Op.132 : II Lebhaft und sehr markant
05. Schumann : Märchenerzählungen Op.132 : III Ruhiges tempo, mit zartem Ausdruck
04. Schumann : Märchenerzählungen Op.132 : IV Lebhaft, sehr markiert

03. Schumann : 3 Fantasiestücke Op. 73 : I Zart und mit Ausdruck
02. Schumann : 3 Fantasiestücke Op. 73 : II Lebhaft, leicht
01. Schumann : 3 Fantasiestücke Op. 73 : III Rasch und mit Feuer

Jean Hubeau, piano
Pierre del Vescovo, horn
Gerard Caussé, viola
Pierre Pierlot, oboe
Walter Boeykens, clarinet

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Schummy gostava de lamber seus cabelos ondulados.

PQP

Robert Schumann (1810-1856): Música de Câmara Completa (CDs 1, 2 e 3 de 6)

Robert Schumann (1810-1856): Música de Câmara Completa (CDs 1, 2 e 3 de 6)

Vocês sabem que a gente não somos mole, então vamos atacar também em outra frente: a da música de câmara do marido louquinho de Clara Schumann. Este CD sêxtuplo é um verdadeiro tesouro. É óbvio que iniciam pelo filé, o Quarteto e o Quinteto. São o “the best of”, sem dúvida e, se Alexander Kluge utilizou o Andante cantabile do Quarteto em um de seus filmes (era O Ataque do Presente Contra o Restante do Tempo ou A Patriota?), Ingmar Bergman tornou o In modo d’una Marcia do Quinteto trilha sonora de Fanny e Alexander. A estrutura do Quarteto me seduz mais, talvez pela forma com que Schumann fez os movimentos dialogarem entre si, o que é digno de meu espanto a cada audição. Os outros dois CDs de trios são um pouco inferiores, mas não muito. Só não vou comentá-los porque os confundo… Estava procurando um troço no 1 e era no 3… Melhor não arriscar comentários ainda mais infelizes do que os que faço normalmente.

Como meu HD está cheio e preciso abrir espaço, agora vocês recebem postagens de 3 CDs, mas não pensem que é por generosidade, bondade ou outra palavra sentimentalóide. É que, por uma estranha e incoercível compulsão, não podemos parar com o blog. Ah, encontrei nas internets da vida a numeração das faixas dos CDs invertida. Começa em 64 e termina em 1. Como veem, há neuroses bem mais graves que a nossa.

Schumann – Música de Câmara Completa

CD 1

# Piano Quartet in E flat major, Op. 47
# Piano Quintet in E flat major, Op. 44

64. Schumann : Piano Quartet in E flat major Op.47 : I Sostenuto assai – Allegro, ma non troppo
63. Schumann : Piano Quartet in E flat major Op.47 : II Scherzo – Molto vivace
62. Schumann : Piano Quartet in E flat major Op.47 : III Andante cantabile
61. Schumann : Piano Quartet in E flat major Op.47 : IV Finale – Vivace

60. Schumann : Piano Quintet in E flat major Op.44 : I Allegro brillante
59. Schumann : Piano Quintet in E flat major Op.44 : II In modo d’una Marcia
58. Schumann : Piano Quintet in E flat major Op.44 : III Scherzo – Molto vivace
57. Schumann : Piano Quintet in E flat major Op.44 : IV Allegro, ma non troppo

Jean Hubeau, piano
Jean Moulliere, violin
Jean-Pierre Sabouret, violin (op.44)
Claude Naveau, viola
Jean-Marie Gamard, cello

CD 2

# Piano Trio No. 1 in D minor, Op. 63
# Piano Trio No. 2 in F major, Op. 80

56. Schumann : Piano Trio No.1 in D minor Op.63 : I Mit Energie und Leidenschaft
55. Schumann : Piano Trio No.1 in D minor Op.63 : II Lebhaft, doch nicht zu rasch
54. Schumann : Piano Trio No.1 in D minor Op.63 : III Langsam, mit inniger Empfindung
53. Schumann : Piano Trio No.1 in D minor Op.63 : IV Mit Feuer

52. Schumann : Piano Trio No.2 in F major Op.80 : I Sehr lebhaft
51. Schumann : Piano Trio No.2 in F major Op.80 : II Mit innigem Ausdruck
50. Schumann : Piano Trio No.2 in F major Op.80 : III In mässiger Bewegung
49. Schumann : Piano Trio No.2 in F major Op.80 : IV Nicht zu rash

Jean Hubeau, piano
Jean Moulliere, violin
Frederic Lodeon, cello

CD 3

# Piano Trio No. 3 in G minor, Op. 110

# Phantasiestücke for violin, cello & piano in A minor, Op. 88
# Sonata for violin & piano No. 1 in A minor, Op. 105
# Sonata for violin & piano, WoO 22 Second Movement, intermezzo

48. Schumann : Piano Trio No.3 in G minor Op.110 : I Bewegt, doch nicht zu rasch
47. Schumann : Piano Trio No.3 in G minor Op.110 : II Ziemlich langsam
46. Schumann : Piano Trio No.3 in G minor Op.110 : III Rasch
45. Schumann : Piano Trio No.3 in G minor Op.110 : IV Kräftig, mit Humor

44. Schumann : Fantasiestücke Op. 88 : I Romanze
43. Schumann : Fantasiestücke Op. 88 : II Humoreske
42. Schumann : Fantasiestücke Op. 88 : III Duett
41. Schumann : Fantasiestücke Op. 88 : IV Finale

40. Schumann : Violin Sonata No.1 in A minor Op.105 : I Mit leidenschaftlichem Ausdruck
39. Schumann : Violin Sonata No.1 in A minor Op.105 : II Allegretto
38. Schumann : Violin Sonata No.1 in A minor Op.105 : III Lebhaft

37. Schumann : Violin Sonata in A minor, “FAE” : II Intermezzo

Jean Hubeau, piano
Jean Moulliere, violin
Frederic Lodeon, cello

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Giuseppe Valentini (1681-1753): Concerti Grossi e A Quattro Violini, Op. VII (Ensemble 415 / Banchini)

Giuseppe Valentini (1681-1753): Concerti Grossi e A Quattro Violini, Op. VII (Ensemble 415 / Banchini)

Um bom disco de música barroca. Valentini não é Vivaldi nem Corelli nem D. Scarlatti, mas não é nada trouxa. Esses compositores parecem sobreviver longe dos concertos, mas estão nos CDs. Gente como Galuppi, Pergolesi, Torelli, Leo, Albinoni, Bonporti, Tartini, Bononcini, Cimarosa, Dall’Abaco, Marcello, Manfredini, Locatelli, Pisendel, Rosetti, Soler, Alessandro Scarlatti, Zipoli, Veracini, e, sim, Valentini são dificilmente vistos em programas de recitais, só em gravações mesmo. Neste CD você encontrará um variado conjunto de concertos tipicamente barrocos italianos. Aqueles que conhecem apenas Vivaldi só poderão ficar agradavelmente surpresos e satisfeitos com esta música que tem a mesma gama de emoções, surpresas, complexidades e temas cantáveis. As performances são brilhantes, o Ensemble 415 e Chiara Banchini usam apropriadamente instrumentos de época. A gravação é tecnicamente muito boa também. Se você gosta de música barroca, não pode errar com este CD. ​

Giuseppe Valentini (1681-1753): Concerti Grossi e A Quattro Violini, Op. VII (Ensemble 415 / Banchini)

Concerto Grosso No. 11, La Mineur “A Quattro Violini”
1 Largo 3:21
2 Allegro 5:46
3 Grave 0:45
4 Allegro E Solo 3:20
5 Presto 1:22
6 Adagio 3:09
7 Allegro Assai 1:29

Concerto Grosso No. 7, Sol Majeur
8 Grave 2:07
9 Fuga 1:53
10 Adagio 1:13
11 Vivace 1:02
12 Allegro Assai 1:28

Concerto Grosso No. 2, Ré Mineur
13 Grave 2:53
14 Vivace 0:43
15 Allegro 4:26
16 Adagio E Staccato 1:18
17 Allegro 2:12

Concerto Grosso No. 3, Ré Mineur
18 Grave 1:46
19 Allegro 1:50
20 Adagio 1:52
21 Fuga 2:11
22 Allegro 2:11

Concerto Grosso No. 1, La Majeur
23 Adagio, Allegro 3:05
24 Vivace 4:18
25 Adagio 3:25
26 Allegro 1:42
27 Affetuoso 3:52

Concerto Grosso No. 10, La Mineur
28 Andante 3:32
29 Allegro 2:32
30 Grave 2:03
31 Allegro 1:59

Cello – Alain Gervreau, Hendrike Ter Brugge
Composed By – Giuseppe Valentini
Contrabass – Michael Chanu*
Ensemble – Ensemble 415
Harpsichord – Andrea Marchiol
Lute – Matthias Spaeter
Viola – David Courvoisier, Martine Schnorhk
Violin – David Plantier, Helena Zemanova*, Odile Edouard, Olivia Centurioni, Stéphanie Pfister*
Violin, Directed By – Chiara Banchini

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Este é Giuseppe Valentini desenhado no perfil Ginetta Photography, do Facebook

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Krzysztof Penderecki (1933-2020): Complete Cello Concertos (Noras, Sinfonia Varsovia, Penderecki)

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Complete Cello Concertos (Noras, Sinfonia Varsovia, Penderecki)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os dois Concertos para Violoncelo deste CD são simplesmente maravilhosos! Arto Noras é um solista vigoroso e elegante em todas as três obras, embora apenas uma – o Concerto nº 2 – tenha sido originalmente projetada para esse instrumento. A composição descrita como “Concerto para Violoncelo nº 1” começou como uma obra para violino de cinco cordas (um violino com extensão de viola), enquanto – de acordo com o livreto – existem pelo menos seis versões do Concerto para viola, incluindo a opção de tocar o solo no violoncelo. A música de Penderecki, felizmente, é bem menos complicada do que tudo isso, e o Concerto nº 2, concluído em 1982 e executado pela primeira vez por Rostropovich, é uma das demonstrações mais satisfatórias de seu estilo posterior, descaradamente romântico. Com seus 35 minutos contínuos, ele mantém um forte perfil dramático‚ e o foco obsessivo em materiais temáticos – com fortes ecos da Funeral Music de Lutoslawski – é compensado por ocasionais pelos humores explosivos do radicalismo juvenil de Penderecki. Esse estilo inicial ganha maior espaço no Primeiro Concerto, uma divertida exploração frenética de extremos, próximo de uma erupção vulcânica. É uma música emocionante, na qual os efeitos sonoros importam mais do que os temas. O Concerto para Viola, escrito cerca de um ano depois do Segundo Concerto para violoncelo, é mais fraco. Mas Noras despacha tudo com raro brilho.

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Complete Cello Concertos (Noras, Sinfonia Varsovia, Penderecki)

1 Concerto for cello and orchestra No.1 (1967-1972) 17:48
2 Concerto for cello and orchestra No.2 (1982) 35:06
3 Concerto for viola and chamber orchestra 20:16

Cello – Arto Noras
Conductor – Krzysztof Penderecki
Orchestra – Sinfonia Varsovia

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Penderecki em momento de grande felicidade em família

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Johann Joachim Quantz (1697-1773): 7 Sonatas para Flauta e Baixo Contínuo (Csalog / Papp)

Johann Joachim Quantz (1697-1773): 7 Sonatas para Flauta e Baixo Contínuo (Csalog / Papp)

Johann Joachim Quantz nasceu em 30 de janeiro de 1697, em Oberscheden (próximo a Gottingen, Alemanha). Filho de um modesto ferreiro, seu destino provavelmente seria seguir a profissão do pai. Entretanto, iniciou-se muito cedo na música, e com a morte de seu pai quando tinha apenas dez anos, passou a estudar violino com o seu tio Julios Quantz, músico da cidade de Mersebourg. Estudou sucessivamente oboé e trompete. Durante este período também conheceu os trabalhos dos principais compositores barrocos.

Em 1716, aos dezenove anos, tornou-se membro da orquestra de Dresden, a mais famosa da Europa na época. Alargando os seus horizontes musicais, estudou contraponto em Viena e composição (1727) com Johann Georg Pisendel. Em 1718, instalou-se novamente em Dresden, onde foi designado oboísta, pela orquestra do rei da Polônia, Augusto II, de 1718 a 1723.

Dresden era um centro cosmopolita para as artes e ciências, e possuía uma das maiores casas de óperas e capelas musicais da Europa. Naquele tempo, a corte de Dresden teve em seu meio alguns grandes nomes, como Silvius Leopold Weiss, o flautista Buffardin e os violinistas Veracini e Pisendel (aluno de Vivaldi). Temendo que o oboé lhe trouxesse muitas limitações, Quantz preferiu estudar flauta, tendo aulas (1719) com o melhor flautista de sua época, Pierre Gabriel Buffardin.

Seu interesse pela composição começou a crescer, especialmente para os trabalhos com flauta, e em 1720 escreveu suas primeiras composições. De 1724 a 1727, teve muitas oportunidades de tocar para as realezas da Europa, nas grandes cidades como Varsóvia, Praga, Roma, Nápoles, Milão, Turim, Lion, Paris, Londres. Conheceu os maiores músicos de seu tempo, como Vivaldi, Scarlatti, Tartini (1723, Praga), Gasparini, Farinelli (1725), Händel (1726).

Após esta grande excursão, foi oferecido a Quantz um posto de flautista solo na orquestra da capela real de Dresden. Em 1727, tornou-se, segundo os seus biógrafos, o maior flautista da Europa.

Em 1728, durante uma visita a Berlim, Quantz tocou para o príncipe da Prússia. Frederico, 16 anos mais velho, ficou tão encantado com o músico que resolveu ter aulas de flauta com o ele, apesar das objeções de seu pai, o rei Frederico Guilherme I que considerava a música como um passatempo “para mulheres”. Durante os próximos treze anos, Quantz iria duas vezes por ano dar aulas ao futuro rei.

Quando Frederico subiu ao trono em 1741, tornando-se Frederico II, Quantz foi convidado a morar na residência real de Potsdam, onde o novo monarca vivia rodeado por músicos como Benda, Graun, e Carl Philipp Emmanuel Bach. Quantz tornou-se o compositor da corte, diretor da orquestra, professor do rei e fabricante de flautas. Em 1747, conheceu J.S.Bach, em Potsdam – NESTA CIRCUNSTÂNCIA NASCE “A OFERENDA MUSICAL” DE J.S. BACH -, e em 1750, conheceu Voltaire.

Frederico II, o Grande, foi um gênio político e militar. Trouxe muitas reformas nos campos da lei, da educação e da economia. Suas preocupações intelectuais e de sua corte foram fortemente influenciados pela França. Quantz serviu ao rei Frederico II até o dia de sua morte, em 12 de julho de 1773, em Potsdam (Alemanha).

Quantz viveu um período importante da história musical. Pertenceu à chamada “Escola de Berlim”, vivendo num período de transição entre o barroco e o classicismo. Também foi responsável por muitas inovações no desígnio da flauta, inclusive a adição de chaves para melhorar a entonação e a invenção de um novo afinador.

A produção de Quantz é extraordinária. Compôs músicas de câmara para flauta, violino e baixo contínuo, 204 sonatas para flauta, 12 duetos, etc.

Quantz escreveu cerca de 300 concertos para flauta. O Concerto para flauta em sol maior, é o seu mais conhecido concerto para flauta. É um trabalho modelar, de uma vivacidade invulgar, tanto na parte solista como na parte orquestral e muito bem estruturado no seu todo, revelando o porque, ter sido Quantz, o escolhido mestre de Frederico II. Digno de nota a extraordinária pulsação rítmica deste concerto.

Quantz não foi somente um músico excelente, mas também um grande observador das cenas musicais de seu tempo. Em 1752, publicou o seu famoso tratado A arte de tocar flauta, que não só oferece interesse considerável pela prática da flauta, mas também para muitos outros instrumentos.

Johann Joachim Quantz (1697-1773) – 7 Sonatas para Flauta e Baixo Contínuo (Csalog / Papp)

Sonata in B minor QV 1-167 (Dresden)
1. Siciliana
2. Allegro assai
3. Vivace

Sonata in D major QV 1-47 D-dur (Potsdam)
4. Cantabile ma con affetto
5. Allegro di molto, ma fiero
6. Vivace

Sonata in C major QV 1-12 (Potsdam)
7. Grave
8. Vivace di molto
9. Presto

Sonata in C minor QV 1-15 (Dresden)
10. Larghetto
11. Vivace
12. Allegro

Sonata in F major QV 1-86 (Dresden)
13. Vivace
14. Cantabile
15. Allegro

Sonata in E minor QV 1-73 (Dresden)
16. Affettuoso
17. Allegro
18. Con Brio

Sonata in G major QV 1-105 (Potsdam)
19. Largo ma con Tenerezza
20. Allegro di molto, ma fiero
21. Presto

Benedek Csalog – Baroque Flute
Rita Papp – Harpsichord

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Um Quantz pro 6.

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Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado, Livro I (Staier)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado, Livro I (Staier)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Andreas Staier é uma minhas preferências absolutas. Gosto demais de tudo o que ele gravou nas últimas décadas. Aqui, ele volta demonstrar sua notável competência. Discordo de algumas de suas escolhas estéticas, mas o conjunto é indubitavelmente uma versão de referência, uma first choice. Staier é menos poético quanto a maioria de seus pares, trazendo-nos talvez algo mais extravagante. Ele parece estar mais interessado na arquitetura e no colorido das peças do que em suas poesias, mas tenho que ouvir de novo para confirmar a impressão. Ou será que tentou ser didático? Eu ainda fico com Chorzempa (outra extravagância?), Hewitt e Pinnock (1 e 2).

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado, Livro I (Staier)

01. Prelude No. 1 in C Major, BWV 846
02. Fugue No. 1 in C Major, BWV 846
03. Prelude in C Minor, BWV 847
04. Fugue in C Minor, BWV 847
05. Prelude in C-Sharp Major, BWV 848
06. Fugue in C-Sharp Major, BWV 848
07. Prelude in C-Sharp Minor, BWV 849
08. Fugue in C-Sharp Minor, BWV 849
09. Prelude in D Major, BWV 850
10. Fugue in D Major, BWV 850
11. Prelude in D Minor, BWV 851
12. Fugue in D Minor, BWV 851
13. Prelude in E-Flat Major, BWV 852
14. Fugue in E-Flat Major, BWV 852
15. Prelude in E-Flat Minor, BWV 853
16. Fugue in D-Sharp Minor, BWV 853
17. Prelude in E Major, BWV 854
18. Fugue in E Major, BWV 854
19. Prelude in E Minor, BWV 855
20. Fugue in E Minor, BWV 855
21. Prelude in F Major, BWV 856
22. Fugue in F Major, BWV 856
23. Prelude in F Minor, BWV 857
24. Fugue in F Minor, BWV 857
25. Prelude in F-Sharp Major, BWV 858
26. Fugue in F-Sharp Major, BWV 858
27. Prelude in F-Sharp Minor, BWV 859
28. Fugue in F-Sharp Minor, BWV 859
29. Prelude in G Major, BWV 860
30. Fugue in G Major, BWV 860
31. Prelude in G Minor, BWV 861
32. Fugue in G Minor, BWV 861
33. Prelude in A-Flat Major, BWV 862
34. Fugue in A-Flat Major, BWV 862
35. Prelude in G-Sharp Minor, BWV 863
36. Fugue in G-Sharp Minor, BWV 863
37. Prelude in A Major, BWV 864
38. Fugue in A Major, BWV 864
39. Prelude in A Minor, BWV 865
40. Fugue in A Minor, BWV 865
41. Prelude in B-Flat Major, BWV 866
42. Fugue in B-Flat Major, BWV 866
43. Prelude in B-Flat Minor, BWV 867
44. Fugue in B-Flat Minor, BWV 867
45. Prelude in B Major, BWV 868
46. Fugue in B Major, BWV 868
47. Prelude in B Minor, BWV 869
48. Fugue in B Minor, BWV 869

Andreas Staier, cravo

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O Cravo Bem Temperado serviu a milhares de alunos de piano e cravo desde que foi publicado. (Theodore Robinson, At the Piano, 1887)

PQP

Johann Bernhard Bach (1676-1749): 4 Suítes Orquestrais (Freiburger Barockorchester, Hengelbrock)

Johann Bernhard Bach (1676-1749): 4 Suítes Orquestrais (Freiburger Barockorchester, Hengelbrock)

Tio Jotabê foi primo em segundo grau de meu pai Johann Sebastian, de quem sou filho ilegítimo, como todos sabem. A música de JB comprova que, numa família, o talento que aparece aqui e ali às vezes só explode com força numa pessoa e que explosão tivemos na família Bach com deus JS e seus grandes filhos CPE, WF e PQP! Apesar do excelente trabalho da Freiburger Barockorchester e de seu condutor Thomas Hengelbrock, falta ao tio Jotabê aquela luz dos efetivamente grandes. É uma música barroca com belo estilo, mas que faz nossa mente flutuar cada vez mais longe. Deve ser bom estudar ouvindo este tio que não conheci pessoalmente.

Johann Bernhard Bach (23 de maio de 1676 – 11 de junho de 1749) foi um compositor alemão e primo em segundo grau de J. S. Bach. Ele nasceu em Erfurt, e sua educação musical inicial veio de por seu pai, Johann Aegidus Bach. Ele assumiu o cargo de organista em Erfurt em 1695 e, em seguida, assumiu uma posição semelhante em Magdeburg. Ele substituiu Johann Christoph Friedrich Bach como organista em Eisenach e também como cravista na orquestra da corte em 1703. A maior parte de sua produção musical foi perdida, mas entre sua música sobrevivente há estas quatro suítes orquestrais. Sabe-se que J. S. Bach tinha partes individuais preparadas para execução por sua orquestra. Seu estilo musical foi descrito como semelhante ao de Telemann, mas sem o talento… Acredita-se que essas suítes tenham sido escritas antes de 1730.

Johann Bernhard Bach (1676-1749): 4 Suítes Orquestrais (Freiburger Barockorchester, Hengelbrock)

Suite No. 1 (Ouverture No.1) In G Minor
1 I Ouverture 7:17
2 II Air 4:13
3 III Rondeau 1:36
4 IV Loure 3:58
5 V Fanaisie 3:52
6 VI Passepied 2:17

Suite No. 2 (Ouverture No. 2) In G Major;
7 I Ouverture 4:50
8 II Gavotten En Rondeau 1:41
9 III Sarabande 1:08
10 IV Bourrée: Gayement 1:08
11 V Air: Grave 3:42
12 VI Gigue 1:29

Suite No. 3 (Ouverture No. 3) In E Minor;
13 I Ouverture 5:55
14 II Air 1:27
15 III Les Palisirs: Vitement 1:17
16 IV Air 2:18
17 V Rigaudon 2:18
18 VI Courante 1:28
19 VII Gavotte En Rondeau 2:04

Suite No. 4 (Ouverture No. 4) In D Major
20 I Ouverture 5:20
21 II Caprice 1: Vitement 2:08
22 III Marche 1:27
23 IV Passepied 1 1:00
24 Passepied 2 – Passepied 1 1:47
25 V Caprice2: Vitement 2:23
26 VI Air: Lentement 1:22
27 VII La Joye 1:24
28 VIII Caprice 3 2:50

Freiburger Barockorchester:
Bassoon – Rhoda Patrick
Cello – Guido Larisch, Ute Petersilge
Directed By – Thomas Hengelbrock
Harpsichord – Torsten Johann
Oboe – Hans-Peter Westermann, Pieter Dhont
Viola – Christian Goosses, Ulrike Kaufmann
Violin – Anne Katharina Schreiber, Brigitte Täubl, Christa Kittel, Gottfried Von Der Goltz (tracks: 1 to 6), Petra Müllejans, Regine Schröder, Wolfgang Greser
Violin, Concertmaster – Thomas Hengelbrock
Violone – Richard Myron

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Jotabê: com o focinho da nossa famíilia

PQP

Khatchaturian / Zakarian / Sharafyan / Komitas: Armenian Rhapsody (Chaushian / Armenian Philharmonic Orchestra / Topchjan)

Khatchaturian / Zakarian / Sharafyan / Komitas: Armenian Rhapsody (Chaushian / Armenian Philharmonic Orchestra / Topchjan)

Um excelente disco de compositores armênios. Claro que Khatchaturian é o mais famoso e é sua a melhor obra do CD, mas os outros “ian” não lhe ficam devendo muita coisa. O violoncelista Alexander Chaushian, solista do disco, é sensacional. As obras de Khatchaturian (1903-1978) e Zakarian (1895-1967) foram compostas durante o regime soviético e isto fica claro em cada compasso. Já Sharafyan é de 1966 e sua música vem bem mais leve e contemplativa, “100% Jdanov free”. Sua Suíte é lindíssima. E o muito talentoso Komitas Vardapet (1869-1935) tem uma história horrível. No período da Primeira Guerra Mundial, o governo dos Jovens Turcos iniciou seu monstruoso programa de extermínio do povo armênio. Em abril de 1915, Komitas foi preso junto com vários escritores, médicos e advogados armênios proeminentes. Após a prisão, acompanhada de tortura, ele foi deportado para a Anatólia, onde se tornou testemunha do extermínio brutal das mentes mais brilhantes da nação. Graças à intervenção de figuras influentes, Komitas foi devolvido a Constantinopla, mas o pesadelo experimentado por ele fê-lo enlouquecer, sem atinar para o mundo exterior. Ele acabou internado em um hospital psiquiátrico na França até o fim de seus dias.

Khatchaturian / Zakarian / Sharafyan / Komitas: Armenian Rhapsody (Chaushian / Armenian Philharmonic Orchestra / Topchjan)

Concerto-Rhapsody, For Cello And Orchestra
Composed By – Aram Khatchaturian
(25:52)
1 I. Andante Sostenuto E Pesante 13:23
2 II. Allegro Animato 9:29
3 III. Allegro Vivace 3:00

4 Monograph, For Cello And Chamber Orchestra
Composed By – Suren Zakarian
17:16

Suite For Cello And Orchestra
Composed By – Vache Sharafyan
(22:24)
5 I. Mattinata 6:25
6 II. Waltz 5:01
7 III. Sarabande-Courante 7:10
8 IV. Postero Die (The Next Day) 3:40

9 Krunk = Crane, For Duduk, Cello And Piano
Arranged By, Piano – Vache Sharafyan
Composed By – Komitas Vardapet
Duduk – Emmanuel Hovhannisyan

Cello – Alexander Chaushian
Conductor – Eduard Topchjan (tracks: 1 to 8)
Orchestra – Armenian Philharmonic Orchestra (tracks: 1 to 8)

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Katcha dando uma geral antes de um encontro na PQP Bach Blind Dates Limited de Ierevan, aliás, Erebango.

PQP

B. Britten (1913-1976) & M. Bruch (1838-1920): Violin Concertos (Kerson Leong / Philharmonia Orchestra / Patrick Hahn)

B. Britten (1913-1976) & M. Bruch (1838-1920): Violin Concertos (Kerson Leong / Philharmonia Orchestra / Patrick Hahn)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco extraordinário! Mas o canadense Kerson Leong não escapou das ironias do grupo do PQP Bach no WhatsApp. Disseram que Kerson, no Brasil, seria nome de borracheiro ou de centroavante brasileiro ruim, algo como Kersinho, com cabelo platinado e sobrancelhas de designer. Então, anos depois, surgiria uma versão genérica que não vingaria muito, o Kersinho Mineiro. Aqui no RS, tivemos o Joleno, atacante de lado. Perguntaram pra ele a origem do nome e ele respondeu que sua mãe gostava dos Bítus.

Mas o CD é sensacional. Não consigo imaginar um Concerto para Violino de que goste mais do que deste de Britten. Esse emparelhamento incomum com Bruch é uma reflexão sobre a jornada de um extremo de expressão a outro. O In Memoriam é a ponte perfeita entre eles. Após o jogo, Kersinho falou à imprensa na zona mista: “Foi uma grande vitória do nosso time. O Britten expressa uma experiência crua e exposta, enquanto o Bruch é reconfortante. Depois dos últimos anos em que o mundo passou por muitas dificuldades e incertezas devido à pandemia, guerra e crise, gravar este álbum em Londres em janeiro de 2022 com a Philharmonia Orchestra e Patrick Hahn foi um momento profundamente catártico. É com espírito de catarse que ofereço este álbum.”

(A primeira frase da declaração do atleta é uma intromissão deste que vos escreve).

B. Britten (1913-1976) & M. Bruch (1838-1920): Violin Concertos (Kersoden Leong / Philharmonia Orchestra / Patrick Hahn)

01. Britten: Violin Concerto in D Minor, Op. 15: I. Moderato con moto – Agitato – Tempo primo
02. Britten: Violin Concerto in D Minor, Op. 15: II. Vivace – Animando – Largamente – Cadenza
03. Britten: Violin Concerto in D Minor, Op. 15: III. Passacaglia – Andante lento (Un poco meno mosso)

04. Bruch: In Memoriam, Op. 65

05. Bruch: Violin Concerto No.1 in G Minor, Op. 26: I. Vorspiel. Allegro moderato
06. Bruch: Violin Concerto No.1 in G Minor, Op. 26: II. Adagio
07. Bruch: Violin Concerto No.1 in G Minor, Op. 26: III. Finale. Allegro energico

Kerson Leong, violino
Philharmonia Orchestra
Patrick Hahn

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Kersinho Mineiro em ação.

PQP

Britten, Bach, Ligeti: Peças para Violoncelo Solo (Perényi)

Britten, Bach, Ligeti: Peças para Violoncelo Solo (Perényi)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O húngaro Miklós Perényi é reconhecido como um dos grandes violoncelistas da sua geração, com um som distinto, matizado, acompanhado de uma  musicalidade extraordinária. Aqui ele dá o seu primeiro recital a solo para a ECM, interpretando obras notáveis ​​de Bach, Britten e Ligeti. O CD veio logo após sua brilhante atuação, ao lado de András Schiff, nas premiadas gravações da Música Completa para Piano e Violoncelo de Beethoven. Perényi interpreta a Terceira Suíte de Benjamin Britten para violoncelo solo, op. 97 (1971) e a Suite n.º 6 de Johann Sebastian Bach em ré maior, BWV 1012, tornando clara a sua interligação histórica e temática. Britten escreveu suas suítes para violoncelo para Mstislav Rostropovich, inspirado por ouvi-lo tocar as suítes de Bach. Rostropovich saudou todas as suítes de violoncelo de Britten como obras-primas, mas destacou a Terceira (escrita em 1971) para um elogio especial: “puro gênio”, em suas palavras. Na obra, Britten cita fragmentos de melodias de canções folclóricas russas que emergem plenamente no movimento final. Neste disco, a última suíte para violoncelo de Bach segue a de Britten, e o Bach de Perényi dança com elegância e energia. O álbum termina com um retorno à Hungria e à Sonata para violoncelo solo de Gyorgy Ligeti de 1948-1953. Ligeti lançou a peça para publicação apenas em 1979, então ela figura na cronologia antes e depois de Britten. Trata-se de uma obra poderosa e sincera de um compositor que estudou violoncelo.

Britten, Bach, Ligeti: Peças para Violocelo Solo (Perényi)

Benjamin Britten: Third Suite op. 87 (1971)
01 Introduzione. Lento 2:15
02 Marcia. Allegro 1:34
03 Canto. Con moto 1:08
04 Barcarola. Lento 1:12
05 Dialogo. Allegretto 1:09
06 Fuga. Andante espressivo 2:32
07 Recitativo. Fantastico 1:09
08 Moto perpetuo. Presto 0:51
09 Passacaglia. Lento solenne 8:33

Johann Sebastian Bach: Suite VI D-Dur BWV 1012
10 Prélude 5:31
11 Allemande 6:34
12 Courante 3:50
13 Sarabande 5:42
14 Gavotte I – II 4:32
15 Gigue 3:46

György Ligeti: Sonata (1948/53)
16 Dialogo. Adagio, rubato, cantabile 3:59
17 Capriccio. Presto con slancio 3:35

Miklós Perényi, violoncelo

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Britten comemorando mais um post no PQP Bach.

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Flauta e Baixo Contínuo (Graf / Sax / Dahler)

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Flauta e Baixo Contínuo (Graf / Sax / Dahler)

Este é um bom vinil duplo / CD simples de 1975. É uma gravação um pouquinho antiquada, mas não tanto quanto a de Nicolet / Richter, que parece ter saído das cavernas quando ouvida hoje. A versão de Graf não chega ao nível daquilo que fizeram neste século, por exemplo, Pontecorvo, Oberlinger, Marc Hantaï (a minha preferida) ou mesmo Pahud e a clássica gravação de Larrieu (1967). Mas é pra lá de boa!

As Sonatas para Flauta de Bach são belíssimas. Apesar disso, a cenário é nebuloso. Algumas delas apresentam problemas de atribuição. A Sonata BWV 1020, por exemplo, é provavelmente de seu filho Carl Philipp Emanuel. Ela está ausente neste disco. Há dúvidas ainda sobre a autoria das BWV 1031 e 1033, embora seja quase certo serem mesmo de Johann Sebastian. Por outro lado, algumas delas estão entre as melhores obras de Bach, especialmente a BWV 1030, que tem o autógrafo autêntico de JS. Outra questão a respeito destas obras é sobre o uso de flautas doces ou flautas transversais. As sonatas foram compostas na época de transição entre os dois tipos de instrumento. A BWV 1030, por exemplo, foi escrita para transversal.

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Flauta e Baixo Contínuo (Graf / Sax / Dahler)

Sonate H-moll Für Flöte Und Obligates Cembalo BWV 1030
1 Andante 7:28
2 Largo 3:35
3 Presto 6:22

Sonate Es-dur Für Flöte Und Obligates Cembalo BWV 1031
4 Allegro 3:40
5 Siciliano 2:05
6 Allegro 5:00

Sonate A-dur Für Flöte Und Obligates Cembalo (Ohne 1. Satz) BWV 1032
7 Largo 3:01
8 Allegro 4:49

Sonate C-dur Für Flöte Und Continuo BWV 1033
9 Andante, Allegro 4:29
10 Adagio 1:45
11 Menuetto I + II 2:54

Sonate E-moll Für Flöte Und Continuo BWV 1034
12 Adagio 3:28
13 Allegro 2:52
14 Andante 3:49
15 Allegro 5:08

Sonate E-dur Für Flöte Und Continuo BWV 1035
16 Adagio 2:33
17 Allegro 3:09
18 Siciliano 3:15
19 Allegro Assai 3:22

Peter-Lukas Graf, Flauta
Manfred Sax, Fagote
Jörg Ewald Dähler, Cravo

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Peter-Lukas Graf tem 94 anos e está vivinho da Silva.

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Kaija Saariaho (1952-2023): 2 CDs – Private Gardens & Graal Théâtre – Château de l’âme – Amers

Kaija Saariaho (1952-2023): 2 CDs – Private Gardens & Graal Théâtre – Château de l’âme – Amers

Composer Kaija Saariaho at home in Paris on 27 January 2004A água do Báltico é tão boa para a música erudita que as compositoras — infelizmente raras nesta função — também são beneficiárias. Kaija Saariaho não está apenas entre os mais importantes compositores finlandeses do seu tempo, mas deve ser classificada como um dos principais compositores do final do século XX e início do XXI no mundo. Nascida Kaija Anneli Laakkonen, ela começou a estudar artes plásticas na Universidade de Arte e Design. Casou-se com Markku Veikko Ilmari Saariaho em 1972, mas o casamento durou pouco, terminando no ano seguinte. A compositora, no entanto, manteve seu nome de casada. Em 1976, ela começou seus estudos de composição na Academia Sibelius, com Paavo Heininen. Ela obteve licenciatura em composição da academia em 1980. Depois disso, ela matriculou-se na Musikhochschule em Freiburg, Alemanha, para estudar com o compositor britânico Brian Ferneyhough e, na Alemanha, com Klaus Huber. Foi diplomada em 1983. Por esta altura, já começava a ser conhecida. Sus peças mais importantes no período são as Verblendungen para Orquestra e Gravador (1982-1984) e a peça minimalista Vers le blanc (1982). Esta peça foi composta com a utilização de um computador e um software desenvolvido no IRCAM (L’Institut de Recherche et de Coordination, de Paris), onde ela tinha começado estudos em 1982 a respeito de técnicas de computação e como estas se relacionam com a composição musical. Saariaho mudou-se para Paris no mesmo ano. Em 1984, casou-se com Jean-Baptiste Barrière, também compositor. Teve dois dois filhos, Alexandre, nascido em 1989, e Aliisa, em 1995. Em meados da década de 1980, as obras de Saariaho ganharam muita atenção e ela recebeu muitos prêmios, como o Kranichsteiner em 1986, o Prix Italia em 1988, e no ano seguinte, o Ars Electronica por seus trabalhos Stilleben (1987-1988) e Io (1986-1987). Ela também recebeu muitas encomendas, incluindo uma do Lincoln Center, que resultou em Nymphea (1987), estreada pelo Kronos Quartet. No início dos anos 1990, sua música estava começando a aparecer com maior frequência e começou a ser gravada com regularidade. Saariaho alcançou uma popularidade surpreendente para o tipo de música dissonante que fazia. Outras encomendas chegaram, incluindo uma do Ballet Nacional da Finlândia, para o qual ela produziu The Earth (1991). Muitas de suas composições foram escritas especificamente para grandes artistas ou grupos, como com a peça que ela dedicou ao violinista Gidon Kremer, intitulado Graal Théâtre (1994), e o ciclo de canções Château de l’âme (1996), para Dawn Upshaw. Uma viagem em 1993, para o Japão, levou Saariaho a compor uma obra para percussão e eletrônica, Seis jardins japoneses (1993-1995). A compositora passou um ano ensinando na Sibelius Academy (1997-1998). Em 1999, Kurt Masur e a Filarmônica de Nova York estrearam Oltra mar, e o Festival de Salzburgo, sua primeira ópera, L’amour de loin, em agosto de 2000, que contou com Upshaw e o maestro Kent Nagano. Saariaho também continua a receber prêmios, incluindo o alemão Kaske e o sueco Rolf Schock Prize, ambos em 2001. Muitas de suas obras foram disponibilizados em uma variedade de selos, incluindo BIS, Ondine e DG.


Kaija Saariaho: Private Gardens (Upshaw, Karttunen, Hoitenga, Jodelet)

Lonh – Dawn Upshaw (Soprano)
1. Lonh  15:58

Près – Anssi Karttunen (Cello)
2. Près: I. 7:29
3. Près: II. 3:13
4. Près: III. 8:47

NoaNoa – Camilla Hoitenga (Flute)
5. NoaNoa 8:52

Six Japanese Gardens – Florent Jodelet (Percussion)
6. 6 Japanese Gardens: No. 1. Tenju-an Garden of Nanzen-ji Temple 3:50
7. 6 Japanese Gardens: No. 2. Many Pleasures (Garden of the Kinkaku-ji) 1:28
8. 6 Japanese Gardens: No. 3. Dry Mountain Stream 3:20
9. 6 Japanese Gardens: No. 4. Rock Garden of Ryoan-ji 3:52
10. 6 Japanese Gardens: No. 5. Moss Garden of the Saiho-ji 2:52
11. 6 Japanese Gardens: No. 6. Stone Bridges 3:28

Florent Jodelet / Camilla Hoitenga / Dawn Upshaw / Anssi Karttunen

Recording at Ircam, Paris, 1997

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Kaija Saariaho: Graal Théâtre – Château de l’âme – Amers

Graal Théâtre
1) I. Delicato [16:56]
2) II. Impetuoso [10:32]
Gidon Kremer (Violin)
Esa-Pekka Salonen
BBC Symphony Orchestra

Château de l’âme
3) La liane [5:57]
4) A la terre [5:14]
5) La liane [3:01]
6) Pour repousser l’espirit [2:08]
7)Les formules [7:53]
Dawn Upshaw (Soprano)
Esa-Pekka Salonen
Finnish Radio Symphony Orchestra
Finnish Radio Chamber Choir members

Amers
8) Part 1: Libero, dolce, misterioso [8:48]
9) Part 2: Sempre molto energico, ma espressivo [10:59]

Anssi Karttunen (Cello)
Esa-Pekka Salonen
Avanti Chamber Orchestra

Recorded at Maida Vale Studio 1, London, June 1996 (tracks 1-2); Kulttuuritalo (Hall of Culture), Helsinki, June 2000 (tracks 3-7); Finnish Broadcasting Company, Helsinki, June 1998 (tracks 8-9)

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Saariaho em 2009
Saariaho em 2009

PQP (postagem original em 2012)

Jean Sibelius (1865-1957): Concerto para Violino, Op. 47 / Abertura em lá menor / Menuetto / In Memoriam (Gothenburg SO, Silvia Marcovici, Neeme Järvi)

Jean Sibelius (1865-1957): Concerto para Violino, Op. 47 / Abertura em lá menor / Menuetto / In Memoriam (Gothenburg SO, Silvia Marcovici, Neeme Järvi)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Como é bom ouvir Sibelius, não? Este CD tem seu conhecido Concerto para Violino e mais algumas obras desconhecidas e nada desprezíveis, antes pelo contrário. No Concerto, a romena Marcovici, se não chega ao Olimpo do Concerto, nos dá uma versão bem convincente. Já a orquestra e Järvi dão um banho de competência. O Concerto é uma obra melodiosa de grande expressão e virtuosismo, que goza de enorme popularidade entre os violinistas e o público. É um dos concertos para violino mais executados nas salas de concerto. E eu gosto muito dos extras, principalmente da Abertura em lá menor com sua linda introdução através dos metais. Acho que é um CD que merece ser ouvido.

Jean Sibelius (1865-1957): Concerto para Violino, Op. 47 / Overture In A Minor / Menuetto / In Memoriam (Gothenburg SO, Silvia Marcovici, Neeme Järvi)

Violin Concerto In D Minor, Op.47 (33:25)
1 Allegro Moderato 17:10
2 Adagio Di Molto 8:09
3 Allegro, Ma Non Tanto 7:48

4 Overture In A Minor (1902) 6:26

5 Menuetto (1894) 5:38

6 In Memoriam, Op.59 (Funeral March For Large Orchestra) 7:57

Conductor – Neeme Järvi
Orchestra – Gothenburg Symphony Orchestra
Violin – Silvia Marcovici (tracks: 1 to 3)

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Silvia Marcovici

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Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera e O Pássaro de Fogo ( Mäkelä)

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera e O Pássaro de Fogo ( Mäkelä)

Li algumas críticas norte-americanas bem pesadas, falando mal deste CD de Mäkelä e da Orquestra de Paris, mas não posso concordar com elas após a audição do menino-prodígio que assumirá o Concertgebouw de Amsterdam nos próximos meses. Mäkelä tem apenas 27 anos. Na Europa, o CD foi muito elogiado. Estranho…

Mäkelä parece ter reforçado o senso de drama e de dança das obras trazendo-as de volta a suas raízes parisienses. Nestes tempos de hipervirtuosidade, ele tenta reacender aquele choque inicial, aquele espanto, e demonstra grande cuidado com os detalhes e a atmosfera das peças. Há certa tendência norte-americana em fazer Stravas e Tchais mais selvagens e primitivos do que são. De alguma forma, eles negam a sofisticação russa. A introdução da Sagração é lenta e sinuosa, desenrolando-se como sementes germinando. Em seguida, o bater de pés coletivos destranca a selvageria que está por vir. Podemos pensar nos relatos clássicos de Bernstein como uma fonte de força, energia primordial, de Abbado como algo incandescente, mas com um espírito teatral, por exemplo. Não é assim com Mäkelä que, com detalhes requintados, constrói paredes de som verdadeiramente inspiradoras num mundo da dança. É como se todos os elementos da peça fossem revelados em sua verdadeira glória. Um grande disco, mas é apenas minha opinião.

Ah, aqui temos um Pássaro de Fogo completo, o que nem sempre ouvimos.

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera e O Pássaro de Fogo (Mäkelä)

Le Sacre Du Printemps (35:15)
01 L’Adoration de la Terre: Introduction 3:33
02 L’Adoration de la Terre: Les Augures Printaniers 3:17
03 L’Adoration de la Terre: Jeu Du Rapt 1:19
04 L’Adoration de la Terre: Rondes Printanières 3:51
05 L’Adoration de la Terre: Jeux Des Cités Rivales 1:52
06 L’Adoration de la Terre: Cortège Du Sage 0:42
07 L’Adoration de la Terre: Embrasse de la Terre 0:23
08 L’Adoration de la Terre: Danse de la Terre 1:13
09 Le Sacrifice: Introduction 4:37
10 Le Sacrifice: Cercles Mystérieux Des Adolescentes 3:28
11 Le Sacrifice: Glorification de L’élue 1:33
12 Le Sacrifice: Évocation Des Ancêtres 0:44
13 Le Sacrifice: Action Rituelle Des Ancêtres 3:46
14 Le Sacrifice: Danse Sacrale 4:49

L’Oiseau De Feu (47:57)
15 I Introduction 2:52
16 II Le Jardin Enchanté de Kastchei 1:49
17 III Apparition de L’oiseau de Feu, Poursuivi Par Ivan Tsarevitch 2:16
18 IV Danse de L’oiseau de Feu 1:15
19 V Capture de L’oiseau de Feu Par Ivan Tsarevitch 1:03
20 VI Supplications de L’oiseau de Feu 6:12
21 Vii. Apparition Des Treize Princesses Enchantées 2:34
22 VIII Jeu de Princesses Avec Les Pommes D’or 2:26
23 IX Brusque Apparition D’Ivan Tsarevitch 1:20
24 X Khorovod (Ronde) Des Princesses 4:42
25 XI Lever Du Jour 1:24
26 XII Carillon Féérique, Apparition Des Monstres-gardiens de Kastchei 1:31
27 XIII Arrivée de Kastchei Liimmortel – Dialogue de Kastchei Avec Ivan Tsarevitch – Intercession Des Princesses 3:26
28 XIV Apparition de L’oiseau de Feu 0:32
29 XV Danse de la Suite de Kastchei Enchantée Par L’oiseau de Feu 0:46
30 XVI Danse Infernale de Tous Les Sujets de Kastchei 4:37
31 XVII Berceuse (L’oiseau de Feu) 3:02
32 XVIII Réveil de Kastchei – Mort de Kastchei – Profondes Tenèbres 2:45
33 XIX Disparition Du Palais Et Des Sortilèges de Kastchei – Animation Des Chevaliers Petrifiés. Allegresse Génerale 3:25

Conductor – Klaus Mäkelä
Orchestra – Orchestre De Paris

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Mäkelä: O Pássaro de Fogo começa a levantar voo

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Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonias Nos. 5 & 7 / En Saga (Hallé, Elder)

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonias Nos. 5 & 7 / En Saga (Hallé, Elder)

Hallé? Como assim Hallé? A Orquestra Hallé, ou simplesmente Hallé, é uma orquestra sinfônica baseada em Manchester, Inglaterra. É a orquestra mais antiga em atividade do Reino Unido e a quarta mais antiga do mundo. Conta com orquestra profissional, coro, coro jovem e uma orquestra jovem. Realiza gravações em sua própria gravadora, mas trabalha também com a Angel e EMI. O atual Diretor Musical é Sir Mark Elder.

Acho que as versões de Elder das Sinfonias 5 e 7 de Sibelius é muito boa, mas não chegam a ser first choices. Ainda fico com Rattle e a CBSO na 5ª e com o velho Mravinsky e o portento de Leningrado na 7ª. Vocês devem saber que as orquestras britânicas e seu público há muito têm uma afinidade especial com as obras orquestrais de Jean Sibelius. As interpretações de Elder são meticulosas e apaixonadas e a orquestra responde à sua direção cavando fundo. São muito bons registros. Essas sinfonias e En Saga são representativas do estilo maduro de Sibelius. Seus ritmos e desdobramentos constantes de motivos ao longo de bons períodos de tempo requerem uma escuta atenta, mas a clareza das leituras de Elder torna o progresso da música fácil de seguir.

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonias Nos. 5 & 7 / En Saga (Hallé, Elder)

Symphony No.5, Op.82
01. I. Tempo molto moderato (13:31)
02. II. Andante mosso, quasi allegretto (08:25)
03. III. Allegro molto (09:24)

04. Symphony No.7, Op.105 (23:12)

05. En Saga, Op.9 (17:42)

Hallé
Sir Mark Elder

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Sir Mark Elder: “Se aproveitam de minha nobreza!”.

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György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4)  — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais Ligeti aqui.

Intrigante, surpreendente, engraçada, Ligeti é a música do final do século XX e além. Os trabalhos incluem peças para instrumentos solo (órgão, piano), para conjuntos de câmara desde quartetos até orquestras de câmara, mais obras para coral, concertos instrumentais e para grande orquestra. Os vários conjuntos — Ensemble Intercontemporain, Orquestra de Câmara da Europa, London Sinfonietta, Orquestra Filarmônica de Viena, Coro da Rádio Alemã de Hamburgo, Quarteto Hagen, Vienna Brass Soloists, irmãos Kontarsky, Quarteto LaSalle e vários outros solistas excepcionais — , estão sob a direção de luminares como Claudio Abbado, David Atherton, e Pierre Boulez. E quem não rir com as Aventures é mulher do padre ou come uma freira feia sob pagamento (módico, com dinheiro dos crentes). Destaques também para os ESPLÊNDIDOS Concertos para Piano e para Violino.

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4)

CD 3:

1. Aventures for 3 singers and 7 instrumentalists (1962) [12:01]
Nouvelles Aventures for 3 singers and 7 instrumentalists
2. 1. Sostenuto [6:17]
3. 2. Agitato molto [5:12]

Cello Concerto (1966)
4. 1. Quarter = 40: Attacca [6:55]
5. 2. (Lo stesso tempo) [8:14]
Jean-Guihen Queyras
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Chamber Concerto for 13 instrumentalists
6. 1. Corrente (Fliessend) [5:03]
7. 2. Calmo, sostenuto [5:48]
8. 3. Movimento preciso e meccanico [3:51]
9. 4. Presto [3:32]
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Mysteries of the Macabre for Trumpet and Piano
10. Arr. Elgar Howarth [6:52]
arr. Elgar Howarth
Håkan Hardenberger, Roland Pöntinen

Double Concerto for flute, oboe & orchestra
11. 1. Calmo, con tenerezza [8:08]
12. 2. Allegro corrente [7:51]
Jacques Zoon & Douglas Boyd
Chamber Orchestra of Europe, Claudio Abbado

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CD 4:
1. Die große Schildkröten-Fanfare vom Südchinesischen Meer [0:37]
Håkan Hardenberger

Three Pieces for two Pianos
2. 1. Monument [4:15]
3. 2. Selbstportrait [7:08]
4. 3. Bewegung [4:56]
Aloys Kontarsky, Alfons Kontarsky

Études pour piano (1985)
Premier livre
5. Étude 2: Cordes à vide [3:36]
6. Étude4: Fanfares [3:24]
Gianluca Cascioli

Piano Concerto (1985-88)
7. 1. Vivace molto ritmico e preciso – attacca subito: [3:54]
8. 2. Lento e deserto [7:01]
9. 3. Vivace cantabile [4:24]
10. 4. Allegro risoluto, molto ritmico – attacca subito: [4:48]
11. 5. Presto luminoso: fluido, costante, sempre molto ritmico [3:17]
Pierre-Laurent Aimard
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Violin Concerto (1992)
12. 1. Praeludium: Vivacissimo luminoso – attacca: [4:23]
13. 2. Aria, Hoquetus, Choral: Andante con moto – attacca: [8:11]
14. 3. Intermezzo: Presto fluido [2:44]
15. 4. Passacaglia: Lento intenso [5:55]
16. 5. Appassionato: Agitato molto [7:12]
Saschko Gawriloff
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

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Ma che...
Ma che…

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György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais Ligeti aqui.

Devo iniciar declarando meu amor. Pois a verdade, caríssimos pequepianos, é que amo Ligeti. Assim como o imenso Bartók, Ligeti foi um compositor húngaro, um dos mais notáveis do século XX. Este álbum quádruplo da DG é maravilhoso. Vejam só quem toca, não há second choices: só dá Boulez, Abbado, Hagen Quartett, Orquestra Filarmônica de Viena… Neste dois primeiros CDs já estão Lontano, Atmosphères, Luz aeterna, Volumina, o Quarteto Nº 1, a Sonata para Cello Solo, ou seja, muitas obras-primas. Ligeti se tornou conhecido por ter sido fartamente utilizado por um grande fã seu, o cineasta Stanley Kubrick, que usou suas músicas em filmes como 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001) e De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut). É preciso que se esclareça que Ligeti não compôs tais músicas como trilhas desses filmes, mas elas foram utilizadas por Stanley Kubrick pela extrema adequação entre suas linguagens. Não, não é pouca coisa.

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4)

CD 1:
György Ligeti (1923 – 2006)
Sonata for Solo Cello
1. 1. Dialogo: Adagio, rubato, cantabile [4:55]
2. 2. Capriccio: Presto con slancio [3:47]
Matt Haimovitz

Six Bagatelles for Wind Quintet (1953)
3. 1. Allegro con spirito [1:14]
4. 2. Rubato. Lamentoso [3:04]
5. 3. Allegro grazioso -attacca subito [2:43]
6. 4. Presto ruvido [0:58]
7. 5. Adagio. Mesto [2:27]
8. 6. Molto vivace. Capriccioso [1:21]
Jacques Zoon, Douglas Boyd, Richard Hosford, James Sommerville, Matthew Wilkie, Claudio Abbado

String Quartet No. 1 (Métamorphoses nocturnes)
9. Allegro grazioso [1:31]
10. Vivace, capriccioso [0:34]
11. A tempo [1:20]
12. Adagio, mesto [2:10]
13. Presto [2:11]
14. […] molto sostenuto – Andante tranquillo [1:34]
15. Più mosso [2:00]
16. Tempo di Valse, moderato, con eleganza, un poco capriccioso [0:55]
17. Subito prestissimo [0:43]
18. Subito: molto sostenuto [0:45]
19. Allegretto, un poco gioviale [0:54]
20. Allarg. Poco più mosso 0:001:03
21. Subito allegro con moto, string. poco a poco sin al prestissimo [0:34]
22. Prestissimo [1:05}
23. Allegro comodo, gioviale [0:13]
24. sostenuto, accelerando [1:46]
25. Lento [0:42]
Hagen Quartett

Ten Pieces for Wind Quintet
26. 1. Molto sostenuto e calmo [2:05]
27. 2. Prestissimo minaccioso e burlesco [0:43]
28. 3. Lento [1:48]
29. 4. Prestissimo leggiero e virtuoso [0:49]
30. 5. Presto staccatissimo e leggiero [0:31]
31. 6. Preso staccatissimo e leggiero [1:12]
32. 7. Vivo, energico [1:08]
33. 8. Allegro con delicatezza [2:32]
34. 9. Sostenuto, stridente [1:03]
35. 10. Presto bizzarro e rubato, so schnell wie möglich [1:01]
Wiener Bläsersolisten

String Quartet no.2 (1967-68)
36. Allegro nervoso [5:13]
37. Sostenuto, molto calmo [4:56]
38. Come un meccanismo di precisione [3:09]
39. Presto furioso, brutale, tumultuoso [2:01]
40. Allegro con delicatezza – stets sehr mild [5:38]
LaSalle Quartet

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CD 2:
1. Atmosphères [9:05]
Vienna Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

2. Volumina [17:28]

3. Lux aeterna (1966) [7:59]
Helmut Franz
Chor des Norddeutschen Rundfunks

4. Organ Study no.1 “Harmonies” [9:04]
Gerd Zacher

5. Lontano (1967) (for large orchestra) [12:44]
Vienna Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

6. Ramifications for string orchestra or 12 solo strings (1968-69) [8:28]
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

7. Melodien for Orchestra [13:07]
London Sinfonietta, David Atherton

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Ligeti: sorria, você está sendo fotografado!
Ligeti: sorria, você está sendo fotografado!

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Ligeti / Siqueira / Freitas: Ligeti + (Percorso Ensemble, Ricardo Bologna) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

Ligeti / Siqueira / Freitas: Ligeti + (Percorso Ensemble, Ricardo Bologna)  — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais Ligeti aqui.

Isso aqui é ouro puro! Um belo disco brasileiro com música de Ligeti e de compositores brazucas. Tudo muito bem gravado no ano de 2013 e notavelmente bem executado pelo Percorso Ensemble sob a direção de Ricardo Bologna. Claro que há alguma desproporção entre o mestre e os jovens brasileiros, mas o disco é realmente muito bom. Talvez Freitas e Siqueira não tenham utilizado suas próprias vozes, pois suas peças foram inspiradas pelo húngaro. O Concerto de câmara para treze instrumentos de Ligeti foi composto em 1969/1970. Foi criado num momento de maturação de seu estilo anterior, caracterizado por uma grande densidade de textura e precursor de alguns aspectos que ele virá a desenvolver posteriormente, como uma maior transparência e melodismo.

Concerto De Câmara Para 13 Instrumentistas

1 I. Corrente
2 II. Calmo, Sostenuto
3 III. Movimento Preciso E Meccanico
4 IV. Presto

Cello – Douglas Kier
Clarinet – Sérgio Burgani
Clarinet, Bass Clarinet – Nivaldo Orsi
Composed By – György Ligeti
Double Bass – Claudio Torezan
Flute, Piccolo Flute – Cassia Carrascoza
French Horn – Samuel Hamzem
Harpsichord, Electric Organ [Hammond] – Lucia Cervini
Oboe, Oboe d’Amore, English Horn – Peter Apps
Piano, Celesta – Horácio Gouveia
Trombone – Dárcio Gianelli
Viola – Elisa Monteiro
Violin – Ana De Oliveira, Simona Cavuoto
Regência – Ricardo Bologna

5 Kronos & Kairós: Um Retrato Para Nancarrow E Ligeti

Cello – Douglas Kier
Clarinet – Sérgio Burgani
Composed By – Marcus Siqueira
Double Bass – Claudio Torezan
Flute – Cassia Carrascoza
Harpsichord, Organ, Celesta – Lucia Cervini
Piano – Horácio Gouveia
Trombone – Dárcio Gianelli
Viola – Elisa Monteiro
Violin – Simona Cavuoto
Regência – Ricardo Bologna

Sinfonietta Para Orquestra De Câmara

6 I. Allegro Molto Moderato
7 II. Tutto È Cinque!
8 III. 3/4: A+A, B+B, C+C, D+D, A+B
9 IV. Adagio Molto Con Rigore – Rondo

Cello – Douglas Kier
Clarinet, Bass Clarinet – Nivaldo Orsi
Clarinet, Soprano Clarinet [E-flat Clarinet] – Sérgio Burgani
Composed By – Cláudio De Freitas
Double Bass – Claudio Torezan
Flute, Piccolo Flute, Alto Flute – Cassia Carrascoza
French Horn – Samuel Hamzem
Harpsichord, Organ – Lucia Cervini
Oboe, Oboe d’Amore – Peter Apps
Percussion – Sérgio Coutinho
Piano, Celesta – Horácio Gouveia
Trombone – Dárcio Gianelli
Viola – Elisa Monteiro
Violin – Ana De Oliveira, Simona Cavuoto
Regência – Ricardo Bologna

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Ligeti treinando em casa

PQP

György Ligeti (1923-2006): Quartetos Nº 1 e 2 / Andante e Allegretto (Quatuor Diotima) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

György Ligeti (1923-2006): Quartetos Nº 1 e 2 / Andante e Allegretto (Quatuor Diotima) — 28/05/2023 — 100 anos de Ligeti!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais Ligeti aqui.

Ligeti não é apenas o grande compositor que de certa forma carrega o legado de Bartók, mas é um sujeito bem-humorado e divertido. Imaginem que ele estudou com Zoltán Kodály e realizou —  como Bartók e Kodály — um trabalho etnomusicológico sobre a música folclórica romena, porém, depois de um ano, voltou à antiga escola em Budapeste e foi nomeado professor de harmonia, contraponto e análise musical. As 3 obras deste CD são de fases distintas do compositor. O Andante é de 1950, o Quarteto Nº 1 é de 1953 e o Nº 2 é de 1968.

Bem, como escrevi acima, cerca de 15 anos separam os dois quartetos de cordas numerados de György Ligeti e, do ponto de vista estilístico, eles pertencem a fases diferentes de sua carreira criativa. O primeiro, com o subtítulo “Métamorphoses nocturnes”, foi iniciado em 1953, quando Ligeti ainda vivia em sua Hungria natal, onde o realismo socialista era a regra para os compositores desde o governo comunista implantado cinco anos antes. Na época em que escreveu o segundo, ele já estava baseado na Europa Ocidental, tendo deixado seu país natal durante o levante de 1956 .

Ouvidos sucessivamente, os dois quartetos demonstram de onde vieram as obras madu0ras e todo um mundo musical recém-criado. Os gestos bartókianos dos 12 minúsculos movimentos do primeiro estavam totalmente fora das prescrições estilísticas autoritárias. No segundo, são substituídos pelas texturas mutáveis, pelos mecanismos interligados e as prestidigitações harmônicas com as quais Ligeti estabeleceu um distinto nicho dentro da vanguarda do pós-guerra. Infelizmente, ele nunca voltou a escrever um quarteto durante o notável terceiro período de sua carreira, embora após sua morte, em 2006, esboços de duas dessas obras tenham sido encontrados entre seus papéis, aparentemente destinados aos Quartetos Arditti e Kronos, respectivamente. UMA PENA, REALMENTE.

No entanto, o que temos são duas das contribuições mais significativas para o repertório do quarteto da segunda metade do século XX. Eles impõem enormes demandas técnicas e musicais, e o Quarteto Diotima atende a seus desafios com mais precisão e brilho do que qualquer outro que já ouvi antes. Cada detalhe da escrita das cordas, criada pela incrível imaginação de Ligeti, é cristalino, a forma de cada movimento totalmente lúcida. E, entre essas obras, o Diotima fornece um vislumbre de onde a jornada musical de Ligeti começou: se o Primeiro Quarteto pertence ao que o compositor chamou de seu período “pré-histórico”, então o Andante e Allegretto, composto em 1950, enquanto ele era aluno da Academia Franz Liszt em Budapeste, presumivelmente se qualificaria como um Ligeti primordial, quando Kodály e Bartók faziam parte da mistura estilística e a influência da música folclórica húngara e romena ainda era clara. Não sabemos se a capa do CD, no estilo 2001, uma odisseia no espaço, se deve ao bom humor do quarteto, mas que eu dei risada, dei.

György Ligeti (1923-2006): Quartetos Nº 1 e 2 / Andante e Allegretto (Quatuor Diotima)

String Quartet No. 1, “Métamorphoses Nocturnes” (20:57)
01 I Allegro Grazioso 1:28
02 II Vivace, Capriccioso 1:51
03 III Adagio, Mesto 2:13
04 IV Presto 1:08
05 V Prestissimo 1:24
06 VI Andante Tranquillo 3:12
07 VII Tempo di Valse, Moderato, Con Eleganza, Un Poco Capriccioso 0:52
08 VIII Subito Prestissimo 1:31
09 IX Allegretto, Un Poco Giovale 0:55
10 X Poco Più Mosso 1:41
11 XI Prestissimo 1:34
12 XII Ad Libitum, Senza Misura 3:15

Andante and Allegretto for String Quartet (13:17)
13 I Andante Cantabile 6:29
14 II Allegretto Poco Capriccioso 6:48

String Quartet No. 2 (19:29)
15 I Allegro Nervoso 4:40
16 II Sostenuto, Molto Calmo 4:41
17 III Come Un Meccanismo di Precisione 3:14
18 IV Presto Furioso, Brutale, Tumultuoso 1:57
19 V Allegro Con Delicatezza 4:57

Quatuor Diotima

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Ligeti tendo um papo super estimulante com Conlon Nancarrow

PQP